sábado, 4 de fevereiro de 2023

MAIS CITAÇÕES (218)

 
Tivemos casos que dariam notícias breves, outros que o são graças ao ambiente criado.

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Tivemos casos que não são casos.

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Tivemos infindáveis desdobramentos do mesmo caso.

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E chegámos ao ponto de descobrir que há um problema de corrupção na Madeira com… o PS. 

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Uns têm semanas, outros quase uma década.

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Que milagre se deu para se engarrafarem nos alinhamentos dos noticiários com o carimbo enganador de “investigação”?

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Da falta de critério da comunicação social ao calculismo trapalhão de Costa, que desaguou num questionário que o vai perseguir todo o mandato, o mundo político-mediático preparou este pântano.

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Montenegro não pode abrir a boca sem que lhe façam perguntas sobre Espinho e os custos do palco da Jornada Mundial da Juventude ganharam uma dimensão improvável.

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As pessoas ficam com uma perceção desfocada de asco que só beneficia os que podem dizer tudo e o seu contrário e a quem nada é exigido.

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O resultado será uma direita cada vez mais amarrada à extrema-direita para governar.

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Sem nada para dizer de distintivo sobre as escolhas económicas do Governo, sobra-lhe pouco tempo ao PSD para fazer cair esta maioria absoluta.

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Impedir que António Costa passe o cabo das Tormentas e chegue ao fim (sempre provisório) da crise e aos efeitos dos dinheiros europeus é uma urgência para a direita.

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Juntando aumento das taxas de juro à inflação, há uma crise social que escapa aos conflitos políticos do ‘centrão’ e às estatísticas triunfantes do crescimento económico.

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[Costa] usou a maioria absoluta para se indiferenciar da direita.

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Costa, que ficaria na história por ter unido a esquerda, pode ficar nela por destruí-la.

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Há uma forma de travar esta degradação: o Governo responder aos problemas das pessoas com políticas socialistas.

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Ou as forças mais à esquerda reerguerem-se da ressaca do fim da ‘geringonça’ e fazerem oposição social sem receio de fechar o ciclo anterior.

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Neste momento, suspeito que até os socialistas estão a perder votos para a extrema-direita.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Em todo o mundo há populações imensas que vivem e trabalham em zonas que o mar já galgou.

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[Há outras que] se sabe que irão ficar, mais tarde ou mais cedo, submersas pela subida do nível médio do mar causada pelas alterações climáticas.

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E com esta subida do nível do mar chegam também violentas tempestades marítimas, cujo ímpeto leva tudo à frente.

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Porquê insistir no erro óbvio [de construir junto ao mar]?

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Tivemos no inverno de 2014 uma pequena amostra do que poderá vir a acontecer no nosso país. 

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Com que nome qualificaremos pois, em 2023, o facto de continua­rem a ser propostos e licenciados em zonas de alto risco e dano ambiental tantos novos empreendimentos?

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O país já perdeu 13,5 km2 de território costeiro — o equivalente a 1300 campos de futebol!

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Se não houver uma inversão nas práticas governativas locais e centrais, Portugal perderá não só muito mais quilómetros quadrados, como também património e equipamentos.

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O nível médio do mar vai subir, e subir depressa. Quantos desastres serão precisos para ver declarada a emergência climática na nossa faixa costeira?

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

A possibilidade de municipalização dos concursos (apesar dos desmentidos do Governo) fez com que os professores portugueses chegassem ao limite, mas isso foi só a gota de água que fez transbordar o copo, a encher há anos.

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Os motivos de descontentamento são múltiplos.

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Os problemas da carreira, os ordenados baixos (especialmente para fazer face às despesas de deslocação), a precariedade, o envelhecimento da classe, as más condições de trabalho e a falta de proteção a docentes com doenças incapacitantes.

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Um bom professor faz bons alunos, faz da escola uma casa de saber e das aprendizagens uma felicidade.

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É um recurso que não pode ser desperdiçado, tem de ser valorizado e reconhecido. 

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A Educação é mesmo a arma mais poderosa para mudar o mundo

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Quando os professores lutam por melhores condições, lutam por melhor Ensino e melhor Escola.

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A Escola Pública é, juntamente com o Serviço Nacional de Saúde, a grande conquista de Abril.

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A Educação é um direito fundamental que o Estado tem a obrigação – e o imperativo moral – de garantir e defender. 

Martha Mendes, “Diário as beiras”

 

[O autor deste texto] é inteiramente favorável à luta dos professores de todos os graus de ensino por condições de vida e de trabalho que de há muito se têm vindo a desvalorizar.

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Mais: não lhe parece que ela consiga algo de positivo se não for levada a cabo de uma forma unitária e vigorosa, impedindo os seus interlocutores de a desvalorizarem.

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A luta dos professores, recentemente elevada a patamares de mobilização e de impacto público sem dúvida inéditos, deve necessariamente, (…), passar pelo crivo de uma atenção crítica.

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Não existe movimento social ou corrente política que possam ser avaliados apenas pelos objetivos que reclamam e pelas necessidades a que dizem corresponder.

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No mundo de hoje, as diferentes formas do perigoso populismo recorrem invariavelmente a objetivos justos e «populares», ainda que estes sejam por ele muitas vezes instrumentalizados. 

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Os professores ganhariam em manter na sua justa luta alguma vigilância crítica, evitando deixar-se aprisionar por interesses de quem pretende algo que a democracia não contempla.

Rui Bebiano, “Diário as beiras”

 

A Shell enganou as autoridades dos Estados Unidos, os investidores e o público em geral ao registar nas suas contas um investimento em energias renováveis muito maior do que realmente investe.

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Um modelo de sucesso [baseado em grande medida em combustíveis fósseis poluidores climáticos] que permitiu à petrolífera britânica [Shell] conseguir em 2022 o maior lucro em 14 anos: 45 mil milhões de euros.

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O passado da Shell é especialmente negro como o crude que explora.

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Em 2017, a Amnistia Internacional chegou a denunciar a empresa pela sua cumplicidade nos crimes horríveis cometidos pelos militares na Nigéria.

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Segundo a Global Witness, a Shell escondeu tantos combustíveis fósseis no item de investimento em energias renováveis, que a ONG só conseguiu contabilizar 288 milhões de dólares (264 milhões de euros) dos 2,4 mil milhões (2,2 mil milhões de euros) como directamente destinados a energia solar e eólica.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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