(…)
Mais do que simbólica, a batalha de Lützerath travou-se por
iniciativa do movimento pela justiça climática para travar a extração de 280
milhões de toneladas de carvão que estão por baixo da devastada aldeia.
(…)
[A opor-se aos ativistas pela justiça climática] não estava
apenas uma empresa, mas grande parte do aparelho de Estado alemão, posto em
campo a favor da expansão da mina de Garzweiller e da indústria fóssil.
(…)
O Estado alemão gastou milhões de euros para garantir o
direito à destruição de Lützi pela RWE.
(…)
No centro da decisão da destruição da aldeia para expansão da
mina de carvão está o partido “Os Verdes”.
(…)
Na quarta feira, 11 de Janeiro, filas de polícias a perder de
vista, a pé, a cavalo e em jipes marcharam sobre este lugarejo como se fossem
um exército, com tanques, helicópteros e canhões de água.
(…)
Foi feita uma sondagem na Alemanha acerca da manutenção de
Lützerath, e 59% das pessoas pronunciaram-se a favor, com 33% a favor da
demolição.
(…)
No sábado, pelo menos 35 mil manifestantes vieram até Lützi,
incluindo Greta Thunberg.
(…)
[Ao lado da destruída Lutzerath] a mina de carvão que a vai
começar a engolir parece a superfície da Lua, um território irrecuperável por
milhares de anos.
(…)
Esta foi a conquista da aliança capital fóssil - Estado
alemão.
(…)
A mobilização e utilização massiva dos recursos do Estado
para garantir a continuação da destruição foi necessária.
(…)
Ativistas climáticos em vários países da Europa estão a ser
detidos preventivamente para tentar travar grandes ações disruptivas.
(…)
Nos Estados Unidos um ativista climático que protegia uma
floresta na Geórgia foi assassinado a sangue frio pela polícia.
(…)
[O sistema] vai mobilizar todos os recursos que forem
necessários para manter a destruição [e o lucro capitalista].
(…)
Usará da força bruta para manter a máquina insaciável do
lucro a funcionar, mesmo que tal custe o colapso climático.
(…)
Qualquer protesto climático (ou social) consequente terá de
ser proibido.
(…)
Isto será feito tanto com o aval dos Verdes na Alemanha como
com o do Labour no Reino Unido.
(…)
Se recordarmos que o anunciado presidente da cimeira do Clima
deste ano é o presidente de uma das maiores petrolíferas do mundo, fecha-se o nó.
(…)
Nenhuma eleição e nenhuma cimeira vai travar o caminho para a
catástrofe desenhado pelo capitalismo.
(…)
O sistema já escolheu: quer o colapso e confrontará
violentamente quem se lhe opuser.
João Camargo, “Expresso” online
Na palavra “respeito” [os docentes] resumem tudo – exatamente
a mesma que mostraram a outra maioria absoluta do PS, que alienou a escola a
quem tinha declarado um “amor” infindo ainda há pouco tempo.
(…)
A desconfiança é fundada em décadas de promessas e de
desinteresse pela escola, garrotada entre restrições orçamentais, arrogâncias
ministeriais e despreocupação em relação ao percurso pedagógico dos estudantes.
(…)
O primeiro-ministro fez da questão da não reposição do tempo
de serviço uma questão fundamental para a sua carreira política.
(…)
[O Governo alega] misteriosas razões orçamentais, “é muito
dinheiro” e, claro está, Bruxelas poderia enfadar-se com isso.
(…)
Já não foram poucas as vezes em que o Governo aldrabou
negociações com números fantasiosos.
(…)
[Os governantes] anunciam a ruína de Portugal se os
professores forem pagos pelo que trabalham.
(…)
Os professores, como outras profissões, comparam as notícias
desses abundantes milhões com a austeridade que lhes é imposta.
Francisco Louçã, “Expresso” online
António
Costa ficará para a História como aquele que, em sete anos de Governo, recorreu
mais vezes a mecanismos de excepção para impedir greves do que todos os outros,
nos restantes 42 da nossa democracia.
(…)
É mestre em serviços mínimos e requisições civis, talhadas
para servir os seus interesses políticos e os interesses do patronato que
atestam bem a qualidade do socialismo que defende.
(…)
[A opinião pública] desconhece a natureza de negociações
flácidas, cujo prolongamento é favorável ao Governo, que aposta em cansar os
docentes.
(…)
O
Ministério da Educação anunciou que ia permitir que todos os que completem 1095
dias de serviço a tempo integral entrem na carreira.
(…)
Mesmo
assim, não resistiu a mais uma artimanha, para tornar perene a iniquidade: no
momento do concurso, os docentes terão de estar contratados em horário completo.
(…)
[Em pleno litígio saíram] anúncios
de uma empresa contratada pela Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares para
recrutar médicos que, em Fevereiro, irão fiscalizar baixas por gravidez de
risco.
(…)
Está aqui bem evidente a sanha persecutória e a inabilidade
política do um ministro incendiário.
Santana Castilho, “Público” (sem link)
Vejo
muitas pessoas aliviadas, porque a taxa de inflação está a abrandar, ou seja,
continua alta, mas com uma taxa mais baixa do que a verificada nos meses
anteriores.
(…)
Significa muito pouco. Os preços continuam a aumentar, embora
um pouco menos do que há três meses.
(…)
Mesmo
que os preços não estivessem a subir, ninguém nos poderia aliviar do que já
aconteceu e que já se cristalizou na economia.
(…)
Vejo muitas pessoas na expectativa do abrandamento da
inflação este ano.
(…)
A essas pessoas deve ser dito que a perda de poder de compra
que agora sentem é definitiva.
(…)
[Costa afirmou que o aumento da inflação]
era extraordinário no sentido em que era superior ao que tivemos nos últimos
anos, mas as suas consequências, e refiro-me ao aumento dos preços, estão
estruturalmente consolidadas na vida dos portugueses.
(…)
O
crescimento da inflação abrandou, mas ela continua a existir e para já ainda
muito alta, ou seja, os portugueses continuam a perder poder de compra todos os
dias.
(…)
A realidade, para todos os que vivem dos rendimentos do seu
trabalho, é que estão cada vez mais pobres.
(…)
Enquanto
os salários não aumentarem de forma proporcional à inflação que conhecemos no
ano passado, e à deste ano, estaremos a empobrecer.
Carmo Afonso, “Público” (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário