quarta-feira, 30 de setembro de 2020

NOVO BANCO: “TEMOS DE TRAVAR A NEGOCIATA DA LONE STAR À CUSTA DE FUNDOS PÚBLICOS”

 

Mariana Mortágua lembrou a bancada do PSD que quando podiam ter impedido a venda ruinosa do Novo Banco não o fizeram e que optaram também por chumbar a proposta que permitia que as novas injeções tivessem de ser aprovadas na Assembleia da República.

A deputada do Bloco defendeu a substituição imediata do Fundo de Resolução e uma auditoria pública e independente.

 

REUNIÃO DE ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE PORTIMÃO (28/09/2020)

 

No rigoroso cumprimento das funções para que foram eleitos, os autarcas do Bloco de Esquerda presentes na Assembleia de Freguesia de Portimão apresentaram na última reunião ordinária deste órgão, realizada no passado dia 28 de setembro de 2020, dois documentos cujo teor apresentamos, em síntese, a seguir.

 

Assembleia de Freguesia de Portimão

Moção

Parque infantil na Quinta das Oliveiras

A urbanização da Quinta das Oliveiras, no Vale de Lagar, tem uma população residente relativamente jovem, com muitas famílias com crianças; alem disso, está implantada numa zona com relativamente vastas áreas não construídas nas redondezas. Assim, consideramos que um parque infantil nessa zona seria uma infraestrutura útil, e com espaços disponíveis para a sua implantação

Assim, a Assembleia de Freguesia de Portimão, reunida em sessão ordinária no dia 28 de setembro de 2020, recomenda que a Junta de Freguesia tome providencias (seja por iniciativa própria, seja contactando outras entidades, como o Câmara Municipal) no sentido da construção de um parque infantil nessa zona.

Obs: aprovada por unanimidade

 

Moção

Contra o processo de eleição indireta dos presidentes das CCDR e pela instituição efetiva das Regiões Administrativas 

Na sequência do Decreto-Lei n.º 27/2020, de 17 de julho e da Lei nº 37/2020 de 17 de agosto, vai ocorrer em 13 de outubro próximo a eleição dos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). Como é sabido, aqueles normativos consagram um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais e pelos presidentes e membros das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia) da respetiva área territorial. 

As CCDR são serviços periféricos da administração direta do Estado, sob a direção do Ministério da Coesão Territorial em coordenação com outros ministérios. Têm importantes atribuições: para além de apoio técnico às autarquias locais, é missão das CCDRs executar políticas de ambiente, ordenamento territorial e cidades e de desenvolvimento regional (abrangendo os programas operacionais regionais e outros fundos comunitários), assim como promover a atuação coordenada dos serviços desconcentrados de âmbito regional.   

A eleição dos presidentes das CCDR em outubro próximo será feita por eleitos autárquicos. Porém, para além de nenhum autarca ter sido eleito com tal competência, tal eleição dum presidente da CCDR para os próximos 5 anos, quando estamos a um ano de novas eleições autárquicas, enfraquece a legitimidade  do processo e está a transformar-se numa espécie de oligopólio eleitoral, com PS e PSD a distribuírem entre si cargos de presidente nas várias CCDR, num processo que de democrático tem muito pouco. Fica, isso sim, evidente a intenção de manter o bloqueio à Regionalização consagrada na Constituição desde 1976. 

A eleição em 13 de outubro próximo é também desconforme à descentralização democrática prevista na Constituição através da atribuição de competências e meios a órgãos regionais com legitimidade democrática própria, sujeitos ao escrutínio universal, democrático e transparente. 

Assim, a Assembleia de Freguesia de Portimão reunida a  28 de Setembro de 2020, ao abrigo do artigo 9.º, n.º 2, alínea j) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, delibera:

  1. Manifestar discordância pelo processo de eleição indireta dos presidentes das CCDR, como previsto no DL nº 27/2020 e na Lei nº 37/2020 de 17 de Agosto
  2. Insistir junto dos órgãos da República para que se avance, o mais rapidamente possível, no processo de instituição efetiva das Regiões Administrativas prevista na Constituição desde 1976  

Portimão, 28 de setembro de 2020

Os representantes do Bloco de Esquerda

Miguel Madeira

Marilú Batista

Joaquina Lourenço

Obs: rejeitada, com os votos contra do PS e abstenção do PSD e do CDS

 

ELEIÇÃO INDIRETA DOS PRESIDENTES DA CCDR

 

“Estamos perante uma nova intenção com velhos e viciados métodos de afunilamento democrático”.

Na declaração política do Bloco, o deputado José Maria Cardoso explicou que com a eleição indireta dos presidentes das CCDR “passamos de uma nomeação administrativa para uma nomeação de acordo partidário, transformando organismos de planeamento e gestão regional em extensões de interesses partidarizados”, denunciando que esta alteração vai de encontro à intenção do PS e PSD de “encapotar” a regionalização.

 

AMNISTIA INTERNACIONAL: PESSOAS ESTÃO A SER DETIDAS EM FRANÇA POR SITUAÇÕES RIDÍCULAS

 

Por mais incrível que possa parecer, a situação en França está assim. Pessoas estão a ser detidas por situações tão ridículas como estas, num país que tem uma tradição orgulhosa de ação coletiva pela mudança social. (AI)

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

FOI DIVERTIDA A ENTREVISTA DE MARISA MATIAS A RICARDO ARAÚJO PEREIRA

 


CORRUPÇÃO: O EXEMPLO DA FAMÍLIA BOLSONARO

 
O candidato Bolsonaro prometeu acabar com a corrupção no Brasil e a sua família está agora a dar o exemplo...

ISABEL PIRES SOBRE A PROPOSTA DO GOVERNO, DE ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA

 

Hoje a tarde foi dedicada a audições relativas à proposta do governo de alteração ao código de Contratação Pública.

Por ser preciso investimento público efetivo e, ao mesmo tempo, transparência na utilização de dinheiros públicos há matérias em que o diploma mantém tudo na mesma, nomeadamente manutenção do fator preço mais baixo como critério quase exclusivo, preço anormalmente baixo, dumping social, formação de preço base.

Tanto se fala em oportunidades perdidas, e o governo perdeu uma boa oportunidade de combater a corrupção mas também combater o dumping social, a excessiva subcontratação e preços anormalmente baixos.

Da parte do Bloco de Esquerda iremos apresentar as alterações necessárias em especialidade porque não se pode desistir da transparência, da boa utilização dos dinheiros públicos e do rigor. (Isabel Pires)


FRASE DO DIA (1450)

 
Tal como está montado o cenário eleitoral [para o processo de eleição dos presidentes e vices das CCDR], estamos perante uma apelidada nova intenção com velhos e viciados métodos de afunilamento democrático.

José Maria Cardoso, “Público”

 

A IMPUNIDADE CONTINUA...

 

Exército israelita ataca e prende um jovem palestiniano (da forma brutal como as imagens documentam) em Jerusalém, esta manhã.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

MARISA MATIAS: O IMPACTO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS

 

Uma das propostas em que estamos a trabalhar neste momento no Parlamento Europeu, é sobre o impacto das alterações climáticas sobre os direitos humanos. Já sabemos que nem todos são afetados da mesma forma, que é uma questão de justiça social, que precisamos de alterar o modelo de desenvolvimento. Foi sobre isto que hoje falei de manhã na comissão parlamentar de Direitos Humanos.  (Marisa Matias)


CATARINA MARTINS: APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO SOBRE AS DENÚNCIAS DE ABUSO LABORAL

 

Sessão de apresentação do relatório sobre as denúncias de abuso laboral no site Despedimentos.pt, este domingo, em Aveiro.

Catarina Martins afirmou que os direitos laborais têm de estar no centro do debate sobre as escolhas no Orçamento do Estado. “Não podemos discutir apoios à economia sem discutirmos regras do trabalho, senão corremos o risco de estar a apoiar as piores práticas laborais e a permitir que alguns encham os bolsos à conta do sacrifício e da perda do emprego de milhares de pessoas”.

Confirmou também que está a ser trabalhada a proposta do Bloco de Esquerda para criar um novo apoio social, para assegurar que ninguém que ficou sem rendimentos viva abaixo do limiar da pobreza, mas que o Governo ainda não se comprometeu com a abrangência e com o valor da prestação.

 

FRASE DO DIA (1449)

 
Hoje precisamos mais do que nunca de uma transição ecológica na agricultura, ao invés de mais monocultura intensiva assente na delapidação e no uso insustentável da água, dos solos e da biodiversidade, cujas consequências se refletem na atual crise climática e ambiental.

Fabíola Cardoso, “Expresso” Diário


EUA: COMO É ISTO POSSÍVEL?

 

Estados Unidos este verão. Estas pessoas não são militares, são membros das chamadas milícias civis organizadas em grupos paramilitares, equipados com armas verdadeiras...


domingo, 27 de setembro de 2020

“LADO A LADO” SOBRE O NOVO PACTO PARA AS MIGRAÇÕES

 

Novo episódio do “Lado a Lado”. Esta semana sobre o novo Pacto para as Migrações, apresentado esta semana pela Comissão Europeia e a minha visita aos campos de refugiados de Lesbos. E também sobre a FinCEN, o mais recente escândalo financeiro, revelado na semana em que se iniciaram os trabalhos da nova Comissão do Parlamento Europeu a FISC, que contará com o José Gusmão como coordenador por parte da Esquerda Verde. (Marisa Matias)

 

MAIS CITAÇÕES (101)

 
A ofensiva de Trump contra a China, tendo como alvos imediatos a Huawei, a TikTok e a WeChat, é a guerra fria do nosso tempo.

(…)

A ordem da Casa Branca para proibir, a partir deste mês, o fornecimento de semicondutores é um golpe poderoso contra a Huawei.

(…)

A Huawei, dada a sua vantagem efetiva no 5G, aumenta a sua quota de mercado, pelo que Washington decidiu atacar a sua cadeia de fornecimento.

(…)

Mas tem uma consequência: a China procurará avançar depressa na produção desses equipamentos e na investigação em chips ou em sistemas operativos.

(…)

É por saber que o conflito não tem solução na guerra contra a Huawei, e que se trata de uma disputa pelo mercado global, que Trump, que ainda controla os circuitos financeiros e alguma alta tecnologia, ataca também as redes de difusão e de fidelização de utilizadores.

(…)

Temos aqui mais um processo de divisão do mundo em duas internets: na China, Facebook e Google são barrados, e, se Trump se impuser, as empresas chinesas serão barradas no ocidente.

(…)

Tecnologia de produção e sistemas de acesso são, assim, as duas primeiras frentes desta batalha. E há uma terceira, os jogos.

(…)

As duas internets lutam pela atenção e pelos dados, as armas mais poderosas do nosso tempo. A guerra já começou.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

Como já é notório, o Governo prepara-se para propor no Orçamento que continue o pagamento ao Novo Banco até se esgotarem os 3,9 mil milhões de euros assumidos no contrato

(…)

Ramalho é o mais poderoso dos banqueiros portugueses, pois pode fazer qualquer venda com a maior perda, com o acionista principal a aplaudir e o Estado a pagar o prejuízo.

(…)

Até por instinto de sobrevivência, o Governo devia acautelar-se e parar este jorro de dinheiro, dotando o Fundo de Resolução de capacidade efetiva de controlo das operações e demonstrando que os abusos de confiança representam uma rutura do contrato.

(…)

Num tempo em que falta dinheiro para contratar médicos, fechar os olhos às manigâncias pouco imaginativas destes banqueiros não é política. É gosto pelo abismo. E, sobretudo, desmerece o país.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Com a subida do SMN, de 30% desde 2014, o número de trabalhadores a recebê-lo foi aumentando, para mais de 22% do total. Hoje haverá cerca de 750 mil pessoas a ganhar 635 euros (565 líquidos 14 meses por ano).

(…)

Com a crise, que já ninguém esconde que será longa, os rendimentos já estão a cair e os quase 170 mil postos de trabalho que já foram varridos serão ainda engrossados por mais falências

(…)

O salário mínimo é um nivelador mínimo pela dignidade da vida dos trabalhadores.

(…)

Abdicar de combater as desigualdades por causa de uma crise que por natureza já as aprofunda é aceitar que os mais desfavorecidos ficarão entregues a si próprios.

(…)

[Quando se entra na] vida real, topa-se com um país com salários baixos e impostos altos, com uma desigualdade gritante e níveis persistentes de miséria.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

[Os juízes constituem] um grupo profissional a quem concedemos poderes únicos e de quem esperamos uma idoneidade à prova de bala.

(…)

O facto de chegarmos ao momento da acusação [na operação LEX] já com sanções disciplinares, decretadas pelo Conselho Superior de Magistratura, faz diferença em relação à confiança na prova produzida.

(…)

Talvez a partir da Operação Lex seja possível iluminar alguns dos lados sombrios da nossa Justiça.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Tornou-se proverbial o desconforto térmico das nossas casas e a pouca frequência dos painéis solares nas habitações quando somos um dos países europeus que mais horas solares anuais regista.

(…)

Repetidos inquéritos têm revelado que Portugal sofre de grande iliteracia energética, o que implica um esforço (in)formativo acrescido.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

O problema é os bairros sociais existirem. E não estou a dizer o óbvio — que o problema é haver pobres.

(…)

Já devíamos ter abandonado as políticas que fizeram nascer, entre os anos 70 e 80, este [Bairro Amarelo] e muitos outros bairros para onde foram viver retornados, realojados e imigrantes.

(…)

Não precisamos que Inês de Medeiros viva no Bairro Amarelo, precisamos que uma família do Bairro Amarelo viva no bairro de Inês de Medeiros, se ela vivesse em Almada.

(…)

As vistas maravilhosas só garantirão a pressão para que os pobres sejam expulsos para um bairro social menos “maravilhoso”.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Na sua proposta de revisão constitucional, o Chega evolui da castração química de abusadores sexuais de menores e atos sexuais com adolescentes para a castração física.

(…)

A vitória da barbárie não é conseguir levar uma proposta de extração dos ovários a um congresso ou a castração física ao Parlamento.

(…)

O Estado não mata, o Estado não mutila, o Estado não castra, o Estado não esteriliza contra a vontade do próprio.

(…)

Como se lê na Convenção Europeia dos Direitos Humanos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, ninguém pode ser submetido a tortura nem a penas ou tratamentos desumanos ou degradantes.

Daniel Oliveira, “Expresso” Diário (sem link)

 

TODO O NOSSO APLAUSO Á INTERVENÇÃO DE NELSON PERALTA

 

André Ventura pediu defesa da honra. Mas em nada se defendeu do que dissemos: as ligações do Chega ao escândalo do BES. Porque não é ataque à honra do Chega, é mesmo a sua essência. (Nelson Peralta) A sua intervenção de resposta.


SENTENÇA DE TRIBUNAL ESPANHOL FAZ NASCER NOVA ESPERANÇA

 
In "Expresso" Economia

sábado, 26 de setembro de 2020

MARISA MATIAS: DURANTE A PANDEMIA NINGUÉM PODE FICAR PARA TRÁS

 

O trabalho em Portugal continua assente na precariedade e, se a pandemia da covid-19 era impensável, as consequências da precariedade não o eram. Quando teve oportunidade para criar estabilidade, o PS escolheu adiar o problema e o resultado ficou à vista durante a pandemia.

Marisa Matias explica que, de uma vez por todas, precisamos de acabar com a precariedade para não deixar ninguém para trás.


A REALIDADE DOS ÚLTIMOS ANOS MOSTRA QUE AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO TRAZ MAIS EMPREGO

 

Rui Rio opõe-se ao aumento do salário mínimo e diz que vai aumentar o desemprego. Em que se baseia para dizer isso? Na realidade, não é com certeza. Se há alguma relação entre a evolução do salário mínimo e do desemprego, é tendencialmente inversa. Como Portugal demonstra.

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DEFENDER O AUMENTO DOS SALÁRIOS É DEFENDER A ECONOMIA

 

Os tempos da troika, da austeridade e da emigração forçada não foram há muito tempo. Todas e todos ainda nos lembramos o que aconteceu: os cortes nos salários, pensões, apoios sociais e o congelamento do Salário Mínimo Nacional juntaram crise à crise.

Temos a obrigação de aprender com o passado (tão recente) e não permitir que sejam cometidos os mesmos erros. Os salários não podem ser congelados e o emprego tem de ser protegido.

Quem foram os primeiros trabalhadores a ser descartados? Os precários. Os que têm contratos tão frágeis como as suas vidas. Tal como em Espanha ou Itália, Portugal tem de proibir os despedimentos e garantir que quem trabalha, independentemente do seu vínculo laboral, mantém o seu posto de trabalho. Só vencemos a crise se defendermos o emprego. (Catarina Martins)


PACTO PARA AS MIGRAÇÕES INSISTE NO REPATRIAMENTO, NÃO NA SOLIDARIEDADE

 

“O pacto não traz nenhuma solução para os refugiados do campo de Moria ou de outros campos da Europa” e não reflete um reforço da “dimensão de solidariedade ou de resgate”, assinalou Marisa Matias em declarações para a TVI 24.


CITAÇÕES

 
A Faculdade de Direito, segundo os jornais, conviveu tranquilamente com a existência de um programa e de uma cadeira de mestrado cuja frequência representa, nas palavras da presidente da Associação Portuguesa das Mulheres Juristas, “um ato de humilhação para qualquer estudante, que é violador da sua dignidade”.

(…)

O relato do julgamento, que hoje se concluiu, é um hino ao machismo e a um certo país patriarcal, miseravelmente curvado aos “senhores doutores” e pronto a culpabilizar as vítimas.

(…)

O professor de direito penal, de resto, parece ter querido fazer do julgamento uma tribuna semelhante àquela em que pretendeu transformar as suas aulas de direito penal.

José Soeiro, “Expresso”Diário

 

O que PS e PSD sinalizaram com esta lei [das petições] foi que a mobilização cívica que quer ter no parlamento um interlocutor é para eles um enfado, uma incomodidade.

(…)

Esta tentativa de dificultar o debate de petições em plenário veio de par com a supressão dos debates quinzenais com o Primeiro Ministro e com a retirada do plenário de outros momentos importantes de debate político.

(…)

O que fica desta rábula triste é o enfado do bloco central diante da vontade da gente que se mobiliza na expetativa de que o parlamento debata os seus problemas e as suas pretensões.

(…)

Em vez de mostrar o apreço que a democracia tem que ter por quem a exerce, o bloco central mostrou aversão à iniciativa popular, nem misto de aristocracia e de tecnocracia.

José Manuel Pureza, “Diário as beiras”

 

A Convenção Nacional do Chega foi um fartote, ópera bufa de fim de semana inteiro.

(…)

Ventura exigiu para outros o que não cumpriu - o uso de máscaras e o distanciamento físico pareciam indicados por Donald Trump ou Jair Bolsonaro.

(…)

A intervenção policial mostra a sobranceria que imperava no congresso e dá conta da irresponsabilidade geral.

(…)

O conteúdo [das moções apresentadas à votação] é tão educativo sobre o Chega que foi o próprio partido quem tratou de esconder estas pérolas, houve um apagão e já nada se encontra disponível para consulta.

(…)

O sonho desses congressistas [do Chega] não é muito diferente do que vimos em regimes totalitários, não podemos mesmo baixar a guarda.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

A pouco mais de um mês das eleições presidenciais norte-americanas, o cuidado que Trump coloca na tentativa de se eternizar no poder é sintomático do que fará na noite eleitoral, caso as perca.

(…)

Caso único. É o próprio poder que, antecipadamente, acusa o seu próprio sistema de fraude eleitoral, condicionando-o a um caso de derrota conveniente.

(…)

Donald Trump, em caso de derrota, vai querer usar a violência nas ruas que agora semeia, autoriza ou menospreza.

Miguel Guedes, JN

 

O ato fundador da Intersindical foi genuinamente laboral. Há centrais sindicais, cuja legitimidade se respeita, que nasceram bem distantes desta génese.

(…)

Conscientes da força do coletivo e da importância da unidade, os dirigentes dos 14 sindicatos que, a 11 de outubro, realizaram a primeira reunião (não era legal), tomaram em mãos essa agenda.

(…)

E não é exagero dizer-se que a grandeza do 1.oºde Maio de 1974, organizado pela Intersindical, foi determinante para a transformação de um golpe militar progressista numa Revolução.

(…)

Os sindicatos, indispensáveis à democracia, merecem o reconhecimento da sociedade pelo que fizeram e o apoio para as difíceis tarefas que têm de concretizar.

Carvalho da Silva, JN

 

Estes tempos de pandemia voltaram a colocar de novo a questão das praxes, que só a cobardia das instituições universitárias tem permitido sobreviver.

(…)

Apetece dizer que há coisas boas que advêm de coisas más, e que a pandemia, ao levar as autoridades académicas a proibir com diferentes graus de rigor as actividades da praxe, são disso exemplo.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Em 2011, a Agência Internacional de Energia avisou que as infra-estruturas de combustíveis fósseis em funcionamento em 2017 já seriam suficientes para um aquecimento global de 2ºC até 2100.

(…)

Toda a indústria petrolífera tem de ser desmantelada para que o planeta possa continuar a sustentar a civilização como a conhecemos e para travarmos a crise climática. Em causa está a sobrevivência da humanidade.

(…)

Quem menos contribui para as alterações climáticas é quem mais sofre com as suas consequências.

(…)

A crise climática é um resquício de séculos de colonialismo, escravidão e exploração.

(…)

Ora, a indústria petrolífera é a continuação do colonialismo no Sul Global, tendo uma responsabilização directa na militarização das zonas indígenas e na expulsão das comunidades locais.

(…)

É urgente destruir este sistema fóssil e extractivista em que vivemos. É preciso garantir reparações para com as comunidades e ecossistemas afectados.

(…)

É mais importante do que nunca continuar a aumentar a onda de mobilização por Justiça Climática.

Bianca Castro, “Público” (sem link)


NÃO HÁ PLANETA B. GREVE CLIMÁTICA ESTUDANTIL

 

Com declarações de Nelson Peralta, Deputado do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda  e Sofia Oliveira, ativista climática. (25/09/2020)


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

MARISA MATIAS: PRECARIEDADE PARA QUÊ?

 


MARIANA MORTÁGUA EXPÕE NECESSIDADE DE UMA COMISSÃO DE INQUÉRITO AO NOVO BANCO

 

Novo Banco: Bloco quer investigação para “pôr termo ao abuso e travar a sangria de recursos”.

“Alguém está a ganhar dinheiro com este negócio em que o Estado só perde, e nós temos de investigar essas negociatas”, afirmou Mariana Mortágua durante a apresentação da proposta do Bloco para a criação de uma comissão de inquérito aos prejuízos do Novo Banco imputados ao Fundo de resolução.


MANIFESTO DAS MULHERES CONTRA O CHEGA

 

Circula pela net em busca de assinaturas. Foi escrito pelo Movimento de Mulheres Ciganas , que repudiam o que foi dito durante a convenção do Chega.

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JOÃO VASCONCELOS: O ALGARVE PRECISA DE SOLUÇÕES URGENTES

 

João Vasconcelos defendeu medidas urgentes para a região do Algarve onde os efeitos da pandemia estão a ser muito negativos no emprego, relembrando que “a vulnerabilidade do Algarve deve-se ao modelo económico dependente do turismo”, responsabilidade dos governos PS e PSD.

O Bloco apresentou em maio uma proposta de plano de emergência social e económica para o Algarve, tendo sido aprovada.  

 

FRASE DO DIA (1448)

 
O líder fanfarrão [do Chega] teve um fim de semana de humilhação, um flop nas ruas e no congresso partidário. Só o beijo da amiga lhe aqueceu o coração.

Pedro Filipe Soares, “Público”


MARIANA MORTÁGUA EXIBE DE FORMA CERTEIRA LIGAÇÕES DE ANDRÉ VENTURA AO EX-BES

 

A deputada do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda denunciou no Parlamento as ligações de dirigentes e financiadores do partido de André Ventura a escândalos financeiros e casos de corrupção que envolvem o antigo BES, Banif, Vale de Lobo, Panama Papers e a elite angolana.

Apesar das ameaças de que tem sido alvo, Mariana Mortágua demonstrou mais uma vez a sua coragem e a força do sangue Mortágua que lhe corre nas veias.

Quem são os Donos de Portugal que apoiam André Ventura?


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

EM CABO DELGADO (MOÇAMBIQUE) ASSISTIMOS A UMA ENORME TRAGÉDIA HUMANITÁRIA

 

Em Moçambique vivem-se tempos muito difíceis. É preciso mostrar a nossa solidariedade, mas também ir além dela. O que algumas multinacionais europeias estão a fazer no território é parte do problema. (Marisa Matias)

 

ANTICORPOS: FORMAÇÕES EM DESOBEDIÊNCIA CIVIL

 

Para a ação do 5 de Outubro, vamos preparar-nos adequadamente, de forma a assegurar a nossa segurança e a de todas as pessoas que nos rodeiam.

Nas nossas Formações de Desobediência Civil vamos treinas as técnicas de ação direta não-violenta e organizar grupos de afinidade (grupos de 5-10 pessoas, que contem com confiança e alinhamento entre elas) para assegurar o desenrolar da ação.

Não é necessária a inscrição e a participação é gratuita e aberta a todas as pessoas.

Climáximo


INVESTIMENTO PÚBLICO, BENEFÍCIOS PRIVADOS?

 

(22 de Setembro) reunimos com responsáveis das farmacêuticas mundiais que receberam fundos europeus e estatais para desenvolver uma vacina para a Covid-19. ainda estamos longe de ter garantias, mas estas farmacêuticas assinaram um acordo recente par a produção que coloca todo o risco do lado público. Além disso, mantém a propriedade intelectual do que vierem a desenvolver e não revelam a estrutura de custos ou os procedimentos que estão a usar até que seja obtida a vacina. Foi sobre isso mesmo que me dirigi às farmacêuticas neste debate. Estamos a falar de muito investimento e sabemos que a capacidade atual de produção de todas as vacinas no mundo é de 5 mil milhões de unidades, ao passo que necessitamos de 8 mil milhões de unidades só para vacinar cerca de metade da população para a covid-19. Investimento público, benefícios privados… (Marisa Matias)

 

RELEMBRANDO O MASSACRE DE MILHARES DE PALESTINIANOS NOS CAMPOS DE REFUGIADOS DE SABRA E SHATILA

 
"Uma sobrevivente do massacre de Sabra e Shatila segura uma imagem de ele própria junto dos corpos do marido e dos seus três filhos.
Em 16 de setembro de 1982, a ocupação israelita assassinou 3500 pessoas inocentes nos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila no Líbano" (Toto Lolo)

FRASE DO DIA (1447)

 
Num tempo em que todos os poderes são escrutinados por mecanismos exteriores, continua a prevalecer nos tribunais uma cultura de fechamento à sombra da qual é fácil abrigarem-se práticas de desvio aos ditames do Estado de direito e até da simples legalidade.

José Manuel Pureza, “Visão”

 

A EMERGÊNCIA NÃO É UMA POLÍTICA

 

O reforço dos instrumentos de resposta á pobreza tem sido incontestavelmente importante no contexto da pandemia. Mas a emergência não é uma política. Numa EU em que, já em 2018, 1 em cada 5 pessoas vivia em situação de pobreza, deve haver compromisso sobre uma estratégia estrutural, com medidas económicas e reforço dos serviços públicos, que atue em todas as frentes para que a pobreza possa ser evitada em vez de corrigida. Justiça social não se fará de remendos e apoios de último recurso. (José Gusmão)

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

SAUDAÇÃO DE MARISA MATIAS NO DIA MUNDIAL DE LÍNGUAS GESTUAIS

 

Em Portugal e no Mundo muitas pessoas Surdas são postas de lado, é preciso interpretes em todos os serviços públicos e o ensino da língua gestual nas escolas. (Marisa Matias)


LIBERDADE PARA ASSANGE!

 
O grande crime de Assange foi revelar ao mundo os crimes de guerra cometidos pelos EUA.

A GRANDE URGÊNCIA É A CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O SNS

 

Catarina Martins criticou o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro, proposta levada a cabo por PS e PSD, defendendo a necessidade de se debater as urgências do país.

A coordenadora do Bloco voltou a insistir na contratação de mais profissionais para o SNS, proposta aprovada no Orçamento do Estado e que acabou por não se concretizar, alertando que temos menos médicos durante a pandemia, levando a uma ainda maior pressão sobre o SNS e a incapacidade de dar respostas nas áreas fora da Covid-19.

Catarina Martins explicou ainda que as propostas do Bloco para responder à crise social e económica, como o reforço do subsídio de desemprego e do subsídio social de desemprego, a criação do rendimento social de cidadania e o acesso a apoios públicos apenas para empresas que não despeçam e que prolonguem os contratos de trabalho.

 

FRASE DO DIA (1446)

 
Num momento em que crescem as forças que nos querem dividir, temos de indignar-nos com a catástrofe humana e de sentir empatia por quem fugiu com a família da guerra e da fome.

Ricardo Moreira, Jornal Económico

 

INICIATIVA LEGISLATIVA CIDADÃ SOBRE INSEMINAÇÃO POST MORTEM

 

Ouvimos hoje na Comissão de Saúde os promotores de uma iniciativa legislativa cidadã sobre inseminação post mortem. É um absurdo impedir a utilização de material criopreservado pra realização de um projeto parental estabelecido. ´´E um absurdo obrigar à destruição deste material para depois a mulher ir para uma lista de espera para aceder a material anónimo de um dador que pode estar vivo ou morto.

Este absurdo tem de ser corrigido. O Bloco acompanha os objetivos dos promotores e apresentou também um projeto de lei para permitir a inseminação ost mortem em situações em que exista um projeto parental claramente estabelecido. (Moisés Ferreira)


terça-feira, 22 de setembro de 2020

600 MULHERES APOIAM CANDIDATURA PRESIDENCIAL DE MARISA MATIAS

 

É com muita emoção que recebo o apoio destas 600 mulheres incríveis e lutadoras, que todos os dias trabalham para um país e um mundo mais igualitário. Estamos juntas! (Marisa Matias)

Mais Aqui e Aqui

 

SOBRE O PROJETO DE APROFUNDAMENTO E ALARGAMENTO DO PORTO DE PORTIMÃO

 

Ontem (21 setembro), reuniões do Bloco de Esquerda, de âmbito parlamentar, com a Junta de Freguesia de Ferragudo (Presidente e Secretário) – com a presença do movimento “Defensores de Ferragudo – NÂO à destruição! SIM à reservação! e com a Câmara Municipal de Lagoa (Presidente).

Objeto da reunião: ouvir as diversas entidades – que devem ser envolvidas – no Projeto de Aprofundamento e Alargamento do Porto de Portimão.

Para o Bloco de Esquerda, o projeto deverá ser ambiental, social e economicamente sustentável. Um projeto que seja equilibrado, positivo para o Algarve e, principalmente, para os concelhos de Lagoa e Portimão. Um projeto que salvaguarde e valorize o vasto património arqueológico subaquático existente no Rio Arade. (João Vasconcelos)