quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

CITAÇÕES À QUARTA (136)

 
Desde há muito tempo que a paz e a democracia não estão tão ameaçadas e tão interdependentes como nesta entrada do ano 2025. Os grandes fatores que originam as guerras são, no fundamental, os mesmos que corroem a democracia.

(…)

A organização, a direção e a administração das comunidades, das nações e dos estados - o primado da política - são orientadas por uma espécie de confraria do cifrão.

(…)

Há grandes interesses que se conflituam e demasiadas loucuras belicistas.

(…)

No “Ocidente” alastra o desrespeito pelas instituições e escondem-se dos povos delicados desafios que temos pela frente. Ora, a falta de verdade não ajuda a democracia, nem contribui para a paz.

(…)

Muitos dirigentes políticos têm responsabilidade no esvaziamento da democracia.

(…)

Daí nasce marginalização, pobreza, miséria, descrença na democracia e aumento de conflitos.

(…)

Uma sociedade marcada pela promoção de inimizades, que coloca todos contra todos, desagua em soluções políticas autoritárias.

(…)

Existem compromissos coletivos que podem e devem ser seriamente revisitados.

(…)

Estes compromissos foram estabelecidos para dar dignidade à pessoa humana, evitar injustiças, descalabros humanitários e novas guerras. Tomemo-los em mãos em 2025.

Carvalho da Silva, JN

 

Na sua primeira visita oficial como presidente do Conselho Europeu, António Costa rumou a Kiev. 

(…)

Costa esteve reunido com duas personalidades que comungam da tese de que a NATO se deve envolver num confronto direto com a Rússia.

(…)

O anterior PM português, com o apoio da maioria esmagadora do Parlamento e do Presidente da República, é o rosto do maior fracasso histórico em matéria de Segurança Nacional.

(…)

O momento, aparentemente, mais alto da carreira política de Costa, coincide com o momento mais baixo e perigoso de toda a História portuguesa.

(…)

A guerra, por ser um desafio existencial, revela a fibra dos indivíduos e a inteligência estratégica dos Estados e seus líderes.

(…)

Foi nessa ótica [do interesse nacional] que Portugal precisou de aliados tendo em vista o serviço que eles prestassem a esse interesse, em troca de contrapartidas equilibradas.

(…)

Os fundadores da III República, e em especial Mário Soares, colocaram a integração europeia como o novo desígnio nacional.

(…)

O que a guerra na Ucrânia revelou, contudo, foi o culminar de uma perigosa metamorfose do papel dos EUA na política mundial.

(…)

Desde o final da Guerra Fria, os EUA têm perseguido uma hegemonia em que o soft power é sacrificado - perante inimigos e aliados - ao primado do poderio militar.

(…)

Contudo, hoje, a UE foi totalmente capturada por uma NATO de postura expansiva e ofensiva.

(…)

Os EUA, recuperaram essa prepotência de Brejnev face aos países do antigo Pacto de Varsóvia, aplicando-a brutalmente na UE. 

(…)

A maior ameaça ao nosso interesse nacional não é externa. Só por estultícia se poderá temer uma invasão russa de Portugal. 

(…)

Como já escrevi (DN, 11/02/ 2023), não seria preciso sair da NATO para evitar transformar o país num alvo direto em caso de guerra nuclear. Bastava cumprir as regras da NATO.

(…)

 Não encerrámos o nosso destino imperial, através de uma revolução democrática, para sacrificar no altar da desmesura alheia. 

Viriato Soromenho Marques, DN


Sem comentários:

Enviar um comentário