O Eurostat mais uma vez confirma que o desemprego continua a crescer em Portugal. A taxa de desemprego voltou a subir e atingiu os 10,9% em Maio, enquanto na União Europeia e na Zona Euro manteve-se estável, e em índices abaixo dos de Portugal.
Os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia vêm assim desmentir as sucessivas afirmações do governo de que estaria em curso uma reversão da tendência para o crescimento do desemprego, que já teria alcançado o pico e que começaria a baixar. A ministra do Trabalho chegou a prever a queda do desemprego em Abril, o que não se confirmou.
Pelo contrário, o Eurostat mostra um crescimento contínuo da taxa de desemprego em Portugal nos últimos meses: era de 10,4% em Fevereiro, passou para 10,6% em Março e 10,8% em Abril, atingindo em Maio um novo máximo de 10,9%.
O desemprego na zona euro, diz o Eurostat, ficou em 10% em Maio, sem alterações em relação a Abril. Na Europa dos 27, o índice foi de 9,6%, também inalterado em relação ao mês anterior.
Comparativamente a Maio de 2009, a taxa de desemprego subiu um ponto e meio em Portugal (dos 9,4% para os 10,9%), enquanto na UE a 27 subiu 0,7 pontos (de 8,9% para 9,6%) e na Zona Euro 0,6 (de 9,4% para 10%).
O Eurostat estima que estão sem emprego 23,127 milhões de homens e mulheres na Europa dos 27, dos quais 15,789 milhões na zona euro, em Maio de 2010.
As taxas de desemprego mais elevadas registaram-se na Letónia (20%, dados referentes ao primeiro trimestre) e Espanha (19,9% em Maio, contra 19,7% em Abril). Portugal tem a 8ª mais alta taxa de desemprego da Europa dos 27.
Os países com desemprego mais baixo são a Áustria (4.0%) e a Holanda (4.3%).
Em Maio de 2010, o índice de desemprego foi de 9.7% nos EUA e 5.2% no Japão.
Para a deputada Cecília Honório, do Bloco de Esquerda, a situação que o país vive é verdadeiramente insustentável: "é o drama social de mais de 600 mil pessoas desempregadas, perante um governo que desistiu de confrontar-se com os números da realidade, desistiu de criar políticas de emprego e desistiu também de proteger estes mesmos desempregados”, disse.
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