sábado, 30 de setembro de 2023

INSTALAÇÃO DE BICICLETAS ELÉTRICAS NO CONCELHO DE PORTIMÃO RECOMENDADA PELO BE EM ASSEMBLEIA MUNICIPAL

 

Recomendação apresentada pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Portimão, a 27 de setembro de 2023, no sentido da instalação (por um sistema ou de partilha ou de aluguer) de bicicletas elétricas no concelho. Aprovada com a abstenção do Chega, da CDU e da deputada independente. https://portimao.bloco.org/assembleia-municipal-recomendacao/recomendacao-instalacao-de-bicicletas-eletricas-no-concelho-de-por


MAIS CITAÇÕES (251)

 
O Pacto Social da CIP, sedutoramente embrulhado com um falso aumento de 14,75% de salário e um suposto 15º mês, serve para instalar na opinião pública a ideia de que se paga mal por causa da carga fiscal e da Segurança Social e que a solução é cortar drasticamente no já baixo IRC e na TSU. 

(…)

Os trabalhadores só seriam compensados pela redução do poder de compra se tudo fosse livre de impostos e de descontos para as suas reformas.

(…)

[É bom ter presente que] são os impostos que pagam os médicos e professores que precisamos de contratar e que sem o contributo da TSU não há pensões presentes e futuras.

(…)

O que a CIP propõe é uma redução brutal dos seus impostos, não um enorme aumento de salários.

(…)

Em vez de aumentos salariais decentes distribuídos pelos 14 meses, abre-se uma via para alargar a parte dos salários não sujeita a obrigações fiscais e previdenciais, comprometendo pensões, prestações sociais e serviços públicos.

(…)

Não é difícil imaginar que a tendência seria a de ir transferindo parte dos 14 meses para este “15º”, mais barato para o patrão.

(…)

Só uma coisa mudaria para o empregado: ficaria com a pensão mais baixa, pois perde parte dos descontos do patrão, coisa que só descobrirá quando se reformar. 

(…)

Mas a maior fraude é o suposto aumento de 14,75%, durante dois anos, totalmente financiado com a redução equivalente da TSU. Na realidade, o trabalhador só receberia mais 4,75%. 

(…)

[Os restantes 10%] são uma transferência do que os patrões pagam à Segurança Social para um sistema complementar obrigatório de pensões.

(…)

Impunha-se um regime obrigatório com contribuição definida, porta aberta à muito esperada entrada do sistema financeiro num regime de pensões não solidário.

(…)

Os patrões limitam-se a propor um conjunto de borlas fiscais para si mesmos e uma transferência de recursos da Segurança Social para um sistema de capitalização.

(…)

O aumento que prometem é menos do que já estão a ter de dar.

(…)

[A proposta é] em troca de um aparente benefício imediato nos rendimentos líquidos e a sempre popular proposta de reduzir impostos, avançar com um assalto ao Fisco e à Segurança Social.

(…)

Não é rebentando com a sustentabilidade da Segurança Social e das contas públicas, com promessas demagógicas de rendimentos livres de descontos para a Segurança Social e de impostos (…) que se desenvolve o país. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Quando se vê com os olhos da curiosidade – uma qualidade que cada vez me parece mais importante –, vai-se mudando o modo como se percebe o presente.

(…)

E esse meu mundo passa por uma sequência: “salvar” papéis, imagens e coisas; “lê-las”; dar-lhes uma ordem e um contexto e depois usá-las para fazer propaganda e pedagogia da memória, para se salvarem muitas mais.

(…)

Aprender sobre a tolerância é o que se aprende olhando para estes espólios que cobrem vidas inteiras, perceber que estes homens tinham uma dedicação, um interesse, uma vontade de mudança, que é o que se encontra em muitos destes papéis.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Apesar da proibição imposta pelo Airbnb de não admitir “festas” em AL, sabemos por experiência que isso não é respeitado.

(…)

São precisos os dedos de várias mãos para contar o número de vezes que fomos bater à porta depois da meia-noite a pedir silêncio, e talvez um par para o número de chamadas para a polícia.

(…)

Também aconteceu recebermos de resposta “eu faço o barulho que eu quiser”, deles e delas, sempre jovens turistas estrangeiros, que levam para o AL a festa que começou na rua.

(…)

Além do ruído e da falta de respeito, o desgaste do edifício é notório.

(…)

O dono do apartamento, o tal que nunca ninguém viu, não quer saber. 

(…)

Outro é a renovação do património, as casas e prédios que ficaram arranjados e bonitos por causa do AL; os mesmos que esvaziaram as ruas e bairros da população autóctone e ajudaram a fazer disparar o preço das casas para um nível insuportável.

(…)

A perturbação causada por um modelo que beneficia uns quantos e prejudica todos os outros, é uma contradição que simplifica a resposta: não, os condóminos não querem ali o alojamento local.

(…)

O lucro do sr. X não vale mais do que o nosso descanso. E essa é uma guerra que vale a pena comprar.

Pedro Esteves, “Público” (sem link)

 

O caso do 15.º mês de salário [proposto pela CIP] é bom exemplo de uma proposta que ganha a atenção de qualquer um.

(…)

Na CIP se deram ao trabalho e que se empenharam em apresentar propostas que fossem recebidas como altamente aliciantes.

(…)

É uma evidência que os ideários da direita e do liberalismo estão a ganhar terreno na natural batalha ideológica que há muito se trava na vida política e económica.

(…)

É nesse contexto que parece estar cada vez mais assente que pagar impostos é um prejuízo para todos e que o Estado é uma espécie de mamão que nos rouba parte do rendimento.

(…)

As pessoas esqueceram-se da utilidade do imposto sobre o rendimento pessoal consagrada na Constituição: a diminuição das desigualdades socioeconómicas. 

(…)

A verdade é que são poucos os que reconhecem na obrigação coletiva de pagar impostos uma conquista democrática.

(…)

Este 15.º mês livre de impostos significa que a isenção fiscal será maior para os que ganham mais, ou seja, vai acentuar as desigualdades sociais.

(…)

Pode até ser inexistente para os que ganham menos.

(…)

Em vez de combatermos as desigualdades sociais, passamos ao movimento contrário. Um festim liberal.

(…)

A proposta ignora que as contribuições para a Segurança Social (SS) são uma garantia para todos de reformas na velhice e nas demais situações previstas na lei, bem como de apoios sociais em caso de doença ou situação de desemprego, proporcionais aos rendimentos.

(…)

Na prática estarão a hipotecar o futuro para ter uma folga agora.

(…)

Do lado das empresas as vantagens são evidentes. (…)  não terão qualquer desvantagem imediata ou futura perante a SS ou perante a fiscalidade.

(…)

Mas o que é perfeito para as empresas nunca foi perfeito para os trabalhadores.

(…)

Os trabalhadores precisam desesperadamente de aumentos salariais e as empresas têm margem para o fazer como fica demonstrado. Mas não através de acrobacias.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)


LIBERDADE DE ESCOLHA SEM OFERTA PÚBLICA É UMA RENDA ÀS ESCOLAS PRIVADAS

 

A direita que agora apregoa a liberdade de escolha foi a mesma que criou os obstáculos no acesso ao ensino artístico em Portugal. Como é que uma família ou um estudante de uma zona onde não existe oferta tem liberdade de escolha? Precisamos de mais escolas como a Soares dos Reis e a António Arroio, essa é a proposta do Bloco.

Joana Mortágua


O PODER DAS ÁRVORES URBANAS PERANTE AS TEMPERATURAS ELEVADAS

 

Via Economia Ecológica


MADEIRA: BLOCO SERÁ OPOSIÇÃO FIRME AO GOVERNO DE DIREITA

 

O governo da Madeira continua subjugado aos interesses imobiliários e aos grupos económicos da região. O Bloco, com a eleição de Roberto Almada, será uma oposição firme a um governo que coloca as negociatas e a especulação imobiliária acima dos direitos dos madeirenses.

Joana Mortágua


O DIREITO A UMA HABITAÇÃO CONDIGNA É UM DIREITO HUMANO

 

O direito a uma habitação condigna é um direito humano de todas as pessoas. Em Portugal, são mais de 38 mil famílias que se estima encontrarem-se em situação de carência habitacional.

“Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”. (Lei de Bases da Habitação, em conformidade com o artigo 65º da Constituição da República Portuguesa) (via AI)

Mais Aqui


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

CITAÇÕES

 
Um dos aspetos interessantes da evolução do discurso político é a franqueza com que alguns interesses sociais são hoje enunciados.

(…)

[O pionés dos liberais] são os donos do Alojamento Local, a quem prometem mais dinheiro.

(…)

[O Governo] quer uma subida prolongada do preço da habitação, para seduzir este sector dos empresários do AL, de promotores imobiliários e de construtores de luxo e beneficiar o turismo.

(…)

O resultado é um terramoto habitacional.

(…)

Os preços da habitação não são determinados pela oferta e procura.

(…)

A razão para o preço subir quando há menos procura é simplesmente que isto não é um mercado como o dos livros.

(…)

O preço é arrastado por um segmento da procura que nunca se contrai e que, aliás, é protegido: os compradores estrangeiros ricos ou os fundos globais de investimento, que compram barato o que para nós é caro.

(…)

Em julho, a diferença na Área Metropolitana de Lisboa era de cerca de 70% e em alguns concelhos do Algarve a procura por estrangeiros era 90% do total.

(…)

A política atual é o inferno e, se a solução fosse o milagre de mais oferta privada, seria fácil perceber o que iria ser construído, casas de luxo para norte-americanos ricos. 

(…)

A proibição da compra por estrangeiros não residentes foi proposta pelo liberalérrimo Governo canadiano e aplica-se na europeíssima Dinamarca, com Governos de direita e de centro. 

(…)

Explodiu aqui a acusação de que seria uma maldade xenófoba.

(…)

O problema é que o problema chega a muita gente e obriga a pensar fora da facilidade ideológica, pelo que surgiram dois contra-argumentos a essa condenação, a urgência e a comunidade.

(…)

De facto, a acusação de xenofobia é somente um testemunho de desespero argumentativo. 

(…)

Quem quer manter os vistos gold, os benefícios fiscais a estrangeiros e outras promoções do imobiliário de luxo está a arruinar gerações no nosso país.

(…)

É uma razão para que amanhã as ruas de Portugal lembrem que somos um país e não um resort.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Faço parte de uma geração que cresceu a ouvir que é feio não comer tudo o que está no prato porque existem crianças a morrer à fome.

(…)

À medida que fui crescendo, fui entendendo que a lógica por trás da afirmação recorrente dos meus pais, era a da gratidão.

(…)

É feio não sermos gratos por tudo o que temos e a gratidão também passa por saber receber. 

(…)

O que só fui percebendo mais tarde, foi que a questão da comida no prato era um bocadinho mais complexa e ia bastante além da gratidão.

(…)

Hoje, sou mãe de dois rapazes, tenho uma casa e escolas para pagar e uma preocupação crescente no que toca ao planeta em que os meus filhos — e os filhos dos outros — crescem e vão viver.

(…)

E o que é que isto tem a ver com a comida que se deixa no prato? Tudo.

(…)

Em pleno ano de 2023, o cidadão português perde em média 28€ mensais com o seu desperdício alimentar.

(…)

A preocupação aqui parece estar na minha carteira e não nas crianças que continuam a morrer à fome ou no futuro do planeta. Também, mas não só.

(…)

O que acontece é que neste momento, um terço da comida que se produz acaba no lixo.

(…)

Portugal é, enquanto escrevo, o 4.º país da União Europeia que mais comida desperdiça por pessoa.

(…)

A Boston Consulting Group (BCG) estima no seu estudo “Closing The Food Waste Gap” que no ano de 2030 (daqui a sete anos) se irão perder 1,5 mil milhões de dólares em comida desperdiçada.

(…)

Explicam que isto significa que se o desperdício alimentar fosse um país, estaria entre os 7% mais ricos pelo seu PIB e seria o 3.º maior emissor dos gases que contribuem para o efeito de estufa.

(…)

Sou, enquanto desperdiço alimentos, responsável por parte dos 4,4 milhões de toneladas de CO2 por ano que se podiam economizar se não houvesse desperdício.

(…)

Sou responsável por 25% da água doce do mundo que é utilizada para cultivar alimentos que nunca vão ser consumidos.

(…)

E sou, em última análise responsável pela má distribuição que continua a deixar 870 milhões de pessoas com fome e o resto do mundo com pratos por acabar.

(…)

Em Portugal o problema do desperdício não reside tanto na agricultura, na pesca ou na produção mas está principalmente na distribuição, na restauração e nas famílias.

(…)

No caso da distribuição e da restauração, as regras de apresentação e de saúde, como é o caso dos prazos de validade, são demasiado intransigentes.

(…)

Em Portugal, as famílias são as que levam a maior fatia da responsabilidade por tanto desperdício.

(…)

Este é um dos problemas que só conseguimos resolver, se cada um e cada vez mais pessoas tiverem consciência dele.

(…)

[Até crianças com 4 anos] têm capacidade de perceber que se fizermos um montinho com toda a comida que todos os meninos deixam no prato, vamos poluir ainda mais o planeta e destruir comida que podia ter sido aproveitada para alimentar aqueles meninos todos no dia a seguir.

Inês Herédia, “Público” (sem link)

 

Há urgências a fechar? Perguntem à DE. Há grávidas de risco encaminhadas para o privado? Perguntem à DE. Há médicos a assinar escusas de fazer mais que 150 horas extras? Perguntem à DE [Direção Executiva do SNS].

(…)

Manuel Pizarro é o ministro, mas a Direcção Executiva do SNS é que tem de prestar todas as contas, dar todos os esclarecimentos e aparentemente resolver todos os problemas.

(…)
[A DE é] um organismo, recorde-se, que nem sequer tem os seus estatutos aprovados, mas que não só tem de tomar todas as decisões, como ainda deve responder por elas à comunicação social.

(…)

Enquanto cada vez mais serviços do SNS deixam de funcionar ou funcionam pior, Manuel Pizarro vai prestando declarações mais ou menos vagas quando vai a eventos públicos.

Rita Ferreira, “Público” (sem link)


GOVERNO ESTÁ A DEIXAR O SETOR DA AGRICULTURA PARA TRÁS

 

O governo desresponsabiliza-se para entregar ao mercado todo o pensamento estratégico na agricultura, deixando todo um setor para trás.

Pedro Filipe Soares


RECOMENDAÇÃO APRESENTADA PELO BLOCO DE ESQUERDA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTIMÃO, A 27 DE SETEMBRO DE 2023

 

É o seguinte o teor da dita Recomendação:

Assembleia Municipal de Portimão

27 de setembro de 2023

Recomendação

Requalificação do terreno na Rua dos Remédios, Pedra Mourinha para Habitação a Custos Controlados.

O Bloco de Esquerda apresenta esta recomendação para requalificação do terreno na rua dos Remédios, na Pedra Mourinha propriedade da Câmara Municipal, que no momento se encontra ao abandono, com edificado precário, junto de uma população na sua maioria sénior e junto a escolas, uma rua que serve de passagem de jovens para o acesso as escolas (Júdice Fialho).

Com uma enorme falta de Habitação no concelho, este lote de terreno deveria servir para construção de habitação a custos controlados.

Assim, a Assembleia Municipal de Portimão reunida em sessão ordinária no dia 27 de setembro 2023, delibera:

1) O terreno propriedade da Câmara Municipal, na rua dos Remédios na Pedra Mourinha, que seja requalificado para Habitação a Custos Controlados.

Bloco de Esquerda de Portimão.

Observação: Esta Moção, depois de aprovada, deverá ser enviada as Juntas de Freguesias do concelho, AMAL e ser divulgada à comunicação social.

Aprovada com a abstenção do PS, do PSD e do Chega. https://portimao.bloco.org/assembleia-municipal/recomendacao-requalificacao-do-terreno-na-rua-dos-remedios-pedra-mourinha-para-


SAÚDE: PS ESTÁ CADA VEZ MAIS PRÓXIMO DO QUE A IL DEFENDE

 

Da Iniciativa Liberal já se esperava que as suas propostas fossem com o objetivo de entregar o SNS aos privados. No entanto, é do PS que vemos o pior da aplicação das políticas liberais na saúde. (Isabel Pires)


BORDALO II TAMBÉM VAI JUNTAR-SE AO PROTESTO CONTRA O PREÇO E QUALIDADE DA HABITAÇÃO

 

Bordalo II juntou-se ao protesto contra o preço e qualidade da habitação com a instalação de quatro novas obras espalhadas por Lisboa.

Saiba mais: publico.pt/2065017


VALORIZAÇÃO E ALARGAMENTO DA REDE PÚBLICA DE ENSINO ARTÍSTICO ESPECIALIZADO

 

O ensino artístico especializado é fundamental na democratização do ensino e da cultura, mas permanece concentrado nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, excluindo milhares de estudantes.

Joana Mortágua


quinta-feira, 28 de setembro de 2023

DIA 30 DE SETEMBRO: MANIFESTAÇÃO "CASAS PARA VIVER"

 
Via Mariana Mortágua

PORTIMÃO, 30 SETEMBRO: CONCENTRAÇÃO EM DEFESA DE SOLUÇÕES PARA A SITUAÇÃO QUE SE VIVE NA HABITAÇÃO

 
Via Miguel Madeira

PROPOSTA DE LEI DO TABACO: PROIBICIONISMO E PROPAGANDA DO GOVERNO

 

Bloco desmonta a proposta de lei sobre tabaco e acusa o Governo de dar passos em direção ao proibicionismo, ao mesmo tempo que não apresenta nenhuma medida de apoio nos tratamentos para cessação tabágica.

Isabel Pires


FRASE DO DIA (2118)

 
A decisão do MP (em, desde logo, ter acolhido a queixa de Mário Machado e de agora pedir a condenação de Mamadou Ba) é também um desserviço público porque contribui para a falsa tese de que o movimento antirracista e a extrema-direita racista são extremos opostos que se tocam.

Cristina Roldão, “Público”


“O LEGADO DE UM CRAVO”

 

A exposição itinerante "O Legado de um Cravo", criada numa parceria entre a Alumira, a Rebobinar, o Museu do Aljube e o Centro de Documentação 25 de Abril, pretende aprofundar o conhecimento sobre o Estado Novo, o 25 de Abril e o processo revolucionário através de 12 painéis, com documentos históricos e conteúdos digitais. A exposição vai circular nos próximos meses nas escolas do país.

A exposição será apresentada em Coimbra no âmbito da Noite Europeia dos Investigadores do dia 29 de setembro, junto ao Edifício Chiado, na Rua Ferreira Borges, das 17 horas à meia-noite, enquadrada nas atividades do CD25A.

Para mais informações contactar: ucd25a@ci.uc.pt

#noiteeuropeiadosinvestigadores2023 , Museu do Aljube Resistência e Liberdade, Rebobinar


CRECHES: GOVERNO MANTÉM O MONOPÓLIO DO SETOR PRIVADO

 

Uma rede pública de creches era a forma de garantir o acesso a este direito social, mas o governo contrariou sempre essa lógica e preferiu manter o monopólio do setor privado lucrativo e não lucrativo, que não asseguram as vagas necessárias, excluindo o setor público do programa de creches públicas.

José Soeiro


INADMISSÍVEL!

 
Via "Diário de Coimbra"

A JUSTIÇA CLIMÁTICA CHEGOU AO TRIBUNAL EUROPEU DOS DIREITOS HUMANOS!

 



Seis jovens portugueses defendem hoje o seu caso contra 33 Estados que alegadamente não estão a cumprir com as suas obrigações para minimizar os impactos das alterações climáticas.

Até agora, os seus argumentos têm sido desvalorizados pelos Estados em causa - classificados como “meras suposições”, “hipóteses vazias” ou como tendo natureza especulativa.

Caso os jovens tenham êxito na sua ação judicial, as entidades responsabilizadas poderão vir a ser legalmente obrigadas a reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa. (Via AI)

Mais Aqui


VÍTOR JARA COMPLETARIA HOJE, DIA 28 DE SETEMBRO DE 2023, 91 ANOS SE FOSSE VIVO

 

Vítor Jara nasceu no Chile, foi director de Teatro, professor, cantor e autor de músicas de intervenção e grande propulsionador da cultura no governo de Salvador Allende.

Víctor Jara foi, poucos dias depois do golpe fascista de Augusto Pinochet em 11 de Setembro de 1973, preso, torturado fuzilado e abandonado numa das ruas de Santiago.

Relembrar Vitor Jara é o dever de todos nós amantes da liberdade. no momento em que em Portugal é ameaçada pelo populismo de extrema direita. (Via Jaime Mestre)


quarta-feira, 27 de setembro de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (70)

 
A CIP montou, nas últimas semanas, uma grande operação político-mediática.

(…)

Os patrões, dizia o porta-voz da CIP, querem um aumento salarial superior ao que é proposto pela “mais radical das centrais sindicais”.

(…)

Na realidade, o que os patrões querem é outra coisa: um gigantesco benefício fiscal e um mecanismo em que aumentos salariais (…) têm como contrapartida a usurpação do salário indireto dos trabalhadores, por via da suspensão do pagamento das contribuições patronais para a segurança social.

(…)

A CIP anunciou a proposta de um aumento de 14,75% no rendimento mensal dos trabalhadores.

(…)

O aumento no salário, de acordo com esta proposta, seria apenas de 4,75%, e sem pagar impostos nem contribuições para a segurança social.

(…)

A CIP quer aproveitar para meter pela porta do cavalo, como contrapartida, esse velho sonho da direita e dos mercados financeiros que é abrir a porta do sistema de pensões aos fundos privados, desviando descontos para fora do sistema previdencial e abrindo uma fenda real nas contas da segurança social.

(…)

Mas a CIP brandiu ainda outra bandeira: um suposto “15º mês” extra que os trabalhadores poderiam receber. 

(…)

Não seria um aumento de salário, mas um prémio facultativo.

(…)

Se dividíssemos pelos 14 meses, seria pouco mais de 6% de aumento, o que não anda longe do que as confederações já tinham assinado com a UGT e o Governo, e num cenário de inflação mais baixa do que a que existiu.

(…)

Mas o ”15º mês” é também um saque fiscal a favor de quem ganha mais

(…)

Mas o ”15º mês” é também um saque fiscal a favor de quem ganha mais (porque os impostos são progressivos) e a subtração de uma componente fundamental dos rendimentos dos trabalhadores: os pagamentos patronais à segurança social, que garantem a proteção na doença, na parentalidade e a construção de uma pensão de velhice.

(…)

Não precisamos de embaratecer para as empresas o trabalho suplementar e o trabalho por turnos, mas sim de reduzir os horários de trabalho reais e legais (…).

(…)

A cereja no topo do bolo é, contudo, a proposta sobre o IRC.

(…)

Deduzir à matéria coletável do IRC (…) todas as despesas com aumentos da massa salarial e com pagamento de dividendos a trabalhadores.

(…)

Num país em que os lucros das empresas já pagam muito menos impostos que os rendimentos do trabalho, a CIP quer diminuir a base sobre a qual se calculam aqueles impostos e quer baixar o IRC para uma taxa única.

(…)

Seriam milhões de euros desviados do orçamento do estado para os bolsos dos patrões.

(…)

Perante isto, como reagem o Governo e o PS? Com uma enfática abertura. 

(…)

O saque que a CIP propõe deveria ter um rotundo não, em lugar das simpatias e cumplicidades reveladas pelo governo.

José Soeiro, “Expresso” online (recomenda-se vivamente a leitura integral deste artigo de opinião)

 

Os ativistas climáticos quiseram atingir o ministro do Ambiente e era nessa qualidade que Duarte Cordeiro participava no evento.

(…)

O tema, nesta terça-feira, era “A nova energia é verde” e que foi patrocinado pela Galp e pela EDP.

(..)

Estamos habituados a ver empresas altamente poluentes associadas a eventos dedicados ao ambiente, à sustentabilidade e ao clima.

(…)

A tendência é para sermos condescendentes quando se trata de um protesto por uma causa que consideramos justa e intolerantes na situação contrária.

(…)

E digo-vos que é impossível ser de outra maneira. Ter razão legitima ações que, à partida, seriam ilícitas ou pelo menos incorretas.

(…)

Não podemos, nem devemos dissociar a bondade de um protesto da bondade da causa pela qual se protesta.

(…)

É que há atos de protesto, caraterizados como sendo violentos, que pretendem travar situações de superior violência, como era o caso do Black Lives Matter ou de Keyla Brasil.

(…)

As sufragistas foram violentas e o povo francês foi violento quando aboliu a monarquia absolutista. Serão precisos mais exemplos? A História avança assim.

(…)

Abomino muito mais que se exija a quem sofre que assim permaneça ou que faça protestos fofinhos, cordiais e apropriados. Essa exigência classifico-a também de violenta.

(…)

Os ativistas tinham razões para repudiar a presença da Galp e da EDP naquele evento e razões para estar zangados e impacientes com uma sociedade e com um Governo que falham em fazer o que é necessário para lhes garantir um futuro.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Para a maioria das nossas crianças, a exposição a ecrãs tornou-se um fenómeno omnipresente e, para as de tenra idade, a baby-sitter fácil e barata.

(…)

A estimulação em excesso transforma as crianças e os jovens em seres passivos, presas fáceis do imediatismo, porque lhes vai roubando a verdadeira capacidade de sentirem.

(…)

Finalmente parece que o país vai discutir o problema e começou a dar atenção à produção científica que há anos alerta para os perigos da onda do digital descontrolada e das tecnologias encantatórias

(…)

A investigação concluiu que as capacidades motoras, sociais, de comunicação e de resolução de problemas dessas crianças diminuíram à medida que foi maior o tempo em que estiveram expostas a ecrãs.

(…)

[Vários investigadores veem alestando para] a necessidade de encontrar um equilíbrio saudável entre o digital e o analógico.

(…)

Governo [sueco] anunciou um grande investimento para voltar aos manuais escolares impressos.

(…)

Apesar de tudo isto, quase duplicou, face ao ano transacto, o número de alunos portugueses que vão estudar com manuais digitais no presente ano lectivo.

Santana Castilho, “Público” (sem link)