quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (80)

 
O PS levanta-se para exigir a nomeação de um outro Primeiro-ministro, caso aquele saísse, apesar de, tendo-se demitido, não querer abandonar o cargo, ao que dizem os tais. [Trata-se de uma farsa?]

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O Presidente dá uma conferência de imprensa sobre emails que desmentiriam, embora sugiram uma confirmação de que houve tentativa de influenciar o ministério da saúde e a administração de um hospital no caso das crianças tratadas com o medicamento mais caro do mundo. (…) É tudo nevoeiro?

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O ex-Primeiro-ministro e ex-Presidente reclama a saudade de si próprio como norma para a política portuguesa. É tudo vaidade?

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Montenegro apresenta uma proposta de aumento para todos os pensionistas, que afinal vão ser só alguns e menos do que o sugerido.

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Se toda a gente acreditasse, o saldo poderiam ser alguns votos, mas a regra de proteger os pensionistas da pobreza é que não será aplicada com aquela proposta.

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Grandes sociedades de advogados escrevem leis e organizam processos de privatizações, exibindo a sua força e penetrando tentacularmente em todos os governos, e só se sabe das que caíram ao chão. É o Estado-paralelo quem manda?

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E depois queixam-se do ascenso do populismo.

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Melhor será reconhecer o problema: os progenitores do populismo são a degradação da vida pública, a desconfiança sobre as cunhas, a constatação da questiúncula (…).

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O resultado é descontentamento e ressentimento, quando já não se mascara o fingimento, o nevoeiro, a vaidade, a mentira e o impulso do Estado-paralelo.

Francisco Louçã, “Expresso” online (sem link)

 

Foi sob sua [de António Costa] égide, como secretário-geral do PS, que foi ensaiado um conúbio com o PSD para promover uma revisão constitucional que visava suprimir o direito à liberdade, consignado no art. 27.º da CRP.

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António Costa ficará para a posteridade como o primeiro-ministro que mais vezes recorreu a mecanismos de excepção para impedir greves e permitiu os maiores atropelos ao seu exercício.

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Assistimos também ao resvalar das intervenções da IGEC [Inspeção-Geral da Educação e Ciência], outrora respeitável e independente, para metodologias de cariz pidesco.

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O poder judicial já havia declarado ilegais os serviços mínimos impostos para dias de aulas e para as avaliações finais dos 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 10.º anos.

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Agora, conhecemos um novo acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que declarou ilegais os serviços mínimos impostos à greve às avaliações dos anos com provas finais ou exames (9.º, 11.º e 12.º anos).

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Depois desta exposição do ME como vulgar fora de lei na matéria, ficaria bem uma palavra de contrição.

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Mas das consciências cavernosas dos governantes só nos chegou um cobarde silêncio.

Santana Castilho, “Público” (sem link)

 

Este processo [das gémeas], para Marcelo, já tinha arrancado mal.

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[Marcelo] ameaçou processar quem se atrevesse a acusá-lo de favorecimento.

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Dessa fase até à recente declaração aos portugueses, em que admitiu a existência do email do filho e a sua intervenção no processo na qualidade de Presidente da República, vai de facto uma distância infinita.

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Marcelo este ano, na sequência da não aceitação da demissão de João Galamba por parte de António Costa, fez um discurso duríssimo.

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“Um governante, ao aceitar sê-lo, aceita ser responsável por aquilo que faz e que não faz”, recordemos as suas palavras.

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Marcelo estabeleceu padrões de exigência muito altos a propósito do caso de João Galamba (…) mas ele próprio não consegue cumprir esses padrões de exigência.

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Numa altura em que a sua popularidade conhece mínimos históricos a sua autoridade política também não rebenta a escala.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Nas organizações empregadoras são sempre o trabalho e as condições materiais e sociais em que é organizado, gerido, realizado e reconhecido que, directa ou indirectamente, medeiam ou bloqueiam, facilitam ou constrangem, melhoram ou pioram as relações sociais.

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O trabalho (ainda) é central na sociedade e na vida das pessoas. E daí que a condição estritamente pessoal e familiar das pessoas não seja deixada à porta dos locais de trabalho quando diariamente o iniciam.

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“Levam” a casa para o trabalho, tal como “levam” o trabalho para casa (aqui, muitas vezes mesmo literalmente).

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Enfim, assédio moral no trabalho é algo a que a gestão das organizações empregadoras e os representantes dos trabalhadores (…), nas empresas privadas e públicas bem como na administração pública, não podem deixar de estar consequentemente atentas no sentido da sua prevenção.

João Fraga de Oliveira, “Público” (sem link)

 

O discurso que [Cavaco Silva fez a 30 de Outubro de 2015 na tomada de posse do Governo de Passos Coelho] foi, antes de tudo, uma nota de encomenda em defesa do que o PS veio a batizar de “contas certas”.

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Nesse discurso da posse de Passos Coelho, um mês antes de António Costa o substituir, não há uma palavra sobre a recuperação do Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública ou os salários.

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Na realidade, até se pode dizer que Costa foi mais cavaquista do que Cavaco. E essa foi, do meu ponto de vista, a nossa tragédia.

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Agora, Cavaco Silva de 2023 não cai na armadilha de Cavaco Silva de 2015. Vêm eleições e Montenegro precisa de prometer dinheiro, com a bênção do agora estouvado Cavaco.

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Sobre a “baixa qualidade moral de alguns ministros” deste governo, não poderia estar de acordo. Mas, infelizmente, nem todos os primeiros-ministros têm um peneira tão apertada como a de quem soube escolher Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Arlindo Carvalho ou Duarte Lima (este como líder parlamentar).

Daniel Oliveira, “Expresso” online (sem link)


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