sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

CITAÇÕES

 
Desconfiarão os pensionistas (…) [de quem] anunciou que a sustentabilidade do sistema exigia que elas fossem ajustadas por menos do que a inflação ou, em bom português, um corte real?

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O número de pensionistas, que é inferior [ao número de pensões pagas pela Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações].

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Nem todos os dados são públicos, mas a diferença será de mais de meio milhão de pessoas.

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Há em Portugal menos crianças e uma percentagem crescente de idosos.

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A percentagem [de crianças] na população [reduziu-se] de 28,6% para 12,8% entre 1972 e 2022.

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Os trabalhadores a salário mínimo não são pagos pelo Estado, exceto os seus próprios funcionários. 

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Os idosos não são dependentes do Estado (nem os que recebem subsídio de desemprego, para o qual descontaram, ou o salário mínimo, para o qual trabalham).

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O Estado paga as pensões por ser obrigado a retribuir o tempo e valor dos descontos feitos durante a vida de trabalho. Está simplesmente a pagar o que deve. 

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O objetivo [do presidente da Associação de Bancos] há tanto tempo perseguido [é] de captar umas dezenas de milhares de milhões de euros de descontos da Segurança Social para os fundos financeiros. 

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Depois da experiência da ditadura militar chilena que impôs um sistema privado que faliu poucos anos depois, é ousado sugerir esta alternativa.

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Não deixa de ser preocupante que tenham sido adiadas [as propostas do grupo criado pelo Governo atual para estudar o futuro da Segurança Social] para depois das eleições, como se não se exigisse cartas na mesa.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O Presidente guineense não lida bem com a Constituição da Guiné-Bissau que não lhe dá os poderes a que se acha com direito e que outros chefes de Estado, de África e de França, têm.

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Descontente, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições.

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Só que os guineenses foram às urnas (em Junho) e voltaram a dar a maioria ao seu rival, Domingos Simões Pereira, e ao PAIGC (agora com a coligação PAI-Terra Ranka), deixando-o de mãos atadas

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Mas Umaro Sissoco Embaló não parece disposto a recuar nem perante a Constituição e deu um golpe constitucional porque, justificou-se, alguém estava a preparar-se para dar um golpe primeiro.

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Perante este cenário, Portugal calou. Com a desculpa de não querer interferir nos assuntos internos de uma antiga colónia.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

O genocídio prossegue na Palestina.

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A situação que se vive na Palestina perturba qualquer pessoa.

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Nada pode justificar esta matança de pessoas inocentes e o agravar de uma crise humanitária sem precedentes.

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O que o secretário-geral da ONU pretende reveste-se de clareza e simplicidade: salvar vidas, parar a chacina.

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Israel interpretou de outra maneira as declarações de António Guterres. Acusou-o de “baixeza moral” e classificou o seu mandato como constituindo “um perigo para a paz mundial”.

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Israel, nas figuras dos seus mais altos representantes, considera estar protegido por um escudo de legitimidade que lhe permite fazer tudo, mas tudo mesmo, na Palestina e contra alvos civis palestinianos.

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Israel julga ter uma carta-branca para bombardear hospitais, escolas, edifícios ou ambulâncias.

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Parece que temos todos de estar calados perante um genocídio de um povo ou, em alternativa, seremos acusados de antissemitas.

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Por outro lado, considera ter o poder e a autoridade para acusar de ter preconceito contra Israel todos os que se atrevam a pedir um cessar-fogo ou a criticar a sua atuação.

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Devemos denunciar as atrocidades que estão a ser cometidas e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que aquelas pessoas e aquelas crianças parem de ser assassinadas.

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Não é Israel que decide quem são os antissemitas. Sobretudo não pode silenciar o mundo com a ameaça dessa acusação.

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Foram dois meses [desde 7 de outubro] em que Israel violou o direito internacional e humanitário e cometeu crimes de guerra.

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É insuportável ver o que está a ser feito ao povo palestiniano e insuportável perceber que ninguém vai fazer nada que efetivamente o possa salvar.

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[Civis desarmados] estão completamente desprotegidos e à mercê dos ataques militarmente sofisticados e mortíferos de Israel.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

A narrativa política continua com a transição energética, praticamente como sinónimo de uma transição ecológica, como se a ecologia se resumisse apenas ao problema energético e o combate às alterações climáticas passasse apenas por um incentivo em renováveis e tecnologias verdes, como oportunidade geradora de novos empregos.
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É assustador pensar que perante o objectivo de triplicar a capacidade de renováveis e duplicar a eficiência energética o incentivo dos fundos estruturais seja direccionado às eólicas, nomeadamente, “offshore”.
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A necessidade de aumentar a capacidade de renováveis e assumir a transição energética como grande objectivo de estado vai, no entanto, pressionar as comunidades a aceitarem a adulteração de paisagens e desvalorizar a salvaguarda da biodiversidade.

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Esquece-se rapidamente a necessidade de uma transição ecológica.

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O Acordo Global para a Biodiversidade é colocado numa gaveta e os projectos de interesse público nacional tomam forma de lei.

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Esquece-se mais uma vez que o combate às alterações climáticas não pode, nem deve ser feito sem ter em consideração a preservação dos ecossistemas.

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A salvaguarda do planeta devia estar num patamar superior aos interesses económicos e financeiros. Não devia ser uma utopia.

Maria Amélia Martins-Loução, “Público” (sem link)


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