(…)
O
número de pensionistas, que é inferior [ao número de pensões pagas pela
Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações].
(…)
Nem
todos os dados são públicos, mas a diferença será de mais de meio milhão de
pessoas.
(…)
Há em
Portugal menos crianças e uma percentagem crescente de idosos.
(…)
A percentagem
[de crianças] na população [reduziu-se] de 28,6% para 12,8% entre 1972 e 2022.
(…)
Os
trabalhadores a salário mínimo não são pagos pelo Estado, exceto os seus
próprios funcionários.
(…)
Os
idosos não são dependentes do Estado (nem os que recebem subsídio de
desemprego, para o qual descontaram, ou o salário mínimo, para o qual
trabalham).
(…)
O
Estado paga as pensões por ser obrigado a retribuir o tempo e valor dos
descontos feitos durante a vida de trabalho. Está simplesmente a pagar o que
deve.
(…)
O
objetivo [do presidente da Associação de Bancos] há tanto tempo
perseguido [é] de captar umas dezenas de milhares de milhões de euros de
descontos da Segurança Social para os fundos financeiros.
(…)
Depois
da experiência da ditadura militar chilena que impôs um sistema privado que
faliu poucos anos depois, é ousado sugerir esta alternativa.
(…)
Não
deixa de ser preocupante que tenham sido adiadas [as propostas do grupo criado
pelo Governo atual para estudar o futuro da Segurança Social] para
depois das eleições, como se não se exigisse cartas na mesa.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)
O
Presidente guineense não lida bem com a Constituição da Guiné-Bissau que não
lhe dá os poderes a que se acha com direito e que outros chefes de Estado, de
África e de França, têm.
(…)
Descontente, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições.
(…)
Só que
os guineenses foram às urnas (em Junho) e voltaram a dar a maioria ao seu
rival, Domingos Simões Pereira, e ao PAIGC (agora com a coligação PAI-Terra Ranka),
deixando-o de mãos atadas
(…)
Mas
Umaro Sissoco Embaló não parece disposto a recuar nem perante a Constituição e
deu um golpe constitucional porque, justificou-se, alguém estava a preparar-se
para dar um golpe primeiro.
(…)
Perante este cenário, Portugal calou. Com a desculpa de não
querer interferir nos assuntos internos de uma antiga colónia.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
O genocídio prossegue na Palestina.
(…)
A situação que se vive na Palestina perturba qualquer pessoa.
(…)
Nada pode justificar esta matança de pessoas inocentes e o
agravar de uma crise humanitária sem precedentes.
(…)
O que o secretário-geral da ONU pretende reveste-se de
clareza e simplicidade: salvar vidas, parar a chacina.
(…)
Israel
interpretou de outra maneira as declarações de António Guterres. Acusou-o de
“baixeza moral” e classificou o seu mandato como constituindo “um perigo para a
paz mundial”.
(…)
Israel,
nas figuras dos seus mais altos representantes, considera estar protegido por
um escudo de legitimidade que lhe permite fazer tudo, mas tudo mesmo, na
Palestina e contra alvos civis palestinianos.
(…)
Israel julga ter uma carta-branca para bombardear hospitais,
escolas, edifícios ou ambulâncias.
(…)
Parece que temos todos de estar calados perante um genocídio
de um povo ou, em alternativa, seremos acusados de antissemitas.
(…)
Por
outro lado, considera ter o poder e a autoridade para acusar de ter preconceito
contra Israel todos os que se atrevam a pedir um cessar-fogo ou a criticar a
sua atuação.
(…)
Devemos
denunciar as atrocidades que estão a ser cometidas e fazer tudo o que estiver
ao nosso alcance para que aquelas pessoas e aquelas crianças parem de ser
assassinadas.
(…)
Não é Israel que decide quem são os antissemitas. Sobretudo
não pode silenciar o mundo com a ameaça dessa acusação.
(…)
Foram dois meses [desde 7 de outubro] em que Israel violou o
direito internacional e humanitário e cometeu crimes de guerra.
(…)
É
insuportável ver o que está a ser feito ao povo palestiniano e insuportável
perceber que ninguém vai fazer nada que efetivamente o possa salvar.
(…)
[Civis desarmados] estão completamente desprotegidos e à mercê
dos ataques militarmente sofisticados e mortíferos de Israel.
Carmo Afonso, “Público” (sem link)
A
narrativa política continua com a transição energética, praticamente como
sinónimo de uma transição ecológica, como se a ecologia se resumisse apenas ao
problema energético e o combate às alterações climáticas passasse apenas por um
incentivo em renováveis e tecnologias verdes, como oportunidade geradora de
novos empregos.
(…)
É
assustador pensar que perante o objectivo de triplicar a capacidade de
renováveis e duplicar a eficiência energética o incentivo dos fundos
estruturais seja direccionado às eólicas, nomeadamente, “offshore”.
(…)
A
necessidade de aumentar a capacidade de renováveis e assumir a transição
energética como grande objectivo de estado vai, no entanto, pressionar as
comunidades a aceitarem a adulteração de paisagens e desvalorizar a salvaguarda
da biodiversidade.
(…)
Esquece-se rapidamente a necessidade de uma transição
ecológica.
(…)
O
Acordo Global para a Biodiversidade é colocado numa gaveta e os projectos de
interesse público nacional tomam forma de lei.
(…)
Esquece-se
mais uma vez que o combate às alterações climáticas não pode, nem deve ser
feito sem ter em consideração a preservação dos ecossistemas.
(…)
A salvaguarda do planeta devia estar num patamar superior aos
interesses económicos e financeiros. Não devia ser uma utopia.
Maria Amélia Martins-Loução, “Público”
(sem link)
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