sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

CITAÇÕES

 
[Uma nova AD] com estes protagonistas, em substituição de três das maiores figuras de sempre da direita portuguesa [Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Teles], dá à coligação o arrebatamento de uma triste banda de tributo.

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O CDS perdeu a representação parlamentar. Já o PPM, nas últimas eleições, arrecadou 260 votos.

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Uma associação do PSD com o CDS já dava desta direita uma imagem conservadora. O PPM e Gonçalo da Câmara Pereira eram os ingredientes que faltavam para a transformar em bafienta.

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Ao pé do líder do PPM, o próprio Nuno Melo é um grande progressista.

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A nova AD não aposta nas mulheres.

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A direita tradicional coligou-se de forma a configurar o sonho molhado daqueles que a luta feminista, a antirracista ou a LGBTQI+ tendem a combater.

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A consequência do enfraquecimento da direita tradicional é o desaparecimento da alternância democrática entre o centro-direita e o centro-esquerda e o eventual aparecimento de um novo eixo político que oporá o centro-esquerda à direita radical.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

A compra de 0,24% do capital dos CTT em 2021 por parte do Estado, após o assalto perpetrado ao interesse nacional pela governação de Passos Coelho com a privatização da empresa, entre 2013 e 2014, no período da “troika”, introduz mais um factor de irritante irracional na política portuguesa na antecâmara pré-eleições. 

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O crescimento parlamentar da extrema-direita não acontece apenas pela equação de alianças e branqueamento da sua ausência de princípios: semeia e germina quando a direita democrática abraça o discurso e o faz seu.

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É confrangedora a ideia de que o debate sobre os problemas do país se irá resumir à troca de escândalos e casos eventuais entre PS e PSD, sem mais.

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Há limites para a falta de decência que não permita o decurso democrático e possibilite golpes de Estado informais.

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A “entrega” dos CTT à Goldman Sachs ficará escrita como um dos maiores desastres de que há memória nas opções económicas do Estado em democracia.

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Tentar assacar responsabilidades à influência de BE e PCP na aquisição de 0,24% de migalhas de uma empresa que sempre consideraram dever ser inteiramente pública, são partes de um sinistro em parada, perante os nossos olhos.

Miguel Guedes, JN

 

O racismo é todas as desigualdades enraizadas em narrativas e estruturas de poder que beneficiam os mesmos de sempre, é um sistema de opressão.

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De repente, com a Palestina, existe muita hesitação e é demasiado complexo para sequer tentarmos entender.

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De repente, não podemos fazer nada, não nos queremos “expor” e não conseguimos perceber. Não é connosco.

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[Não é inocente] que os Estados Unidos financiem Israel e exerçam o seu direito de veto a favor de Israel no Conselho de Segurança da ONU.

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Não é inocente que países da UE continuem cúmplices e subscrevam resoluções sem exigir um cessar-fogo nem aplicar sanções a Israel.

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Os outros eventos, guerras, atrocidades e actos terroristas a que fomos expostos também eram, seguramente, complexos.

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Mas nós falámos na mesma, sem sentir “medo”, porque, no fundo, ainda existem algumas coisas simples de entender: como o facto de Israel ser um Estado terrorista.

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Além de ignorar apelos de cessar-fogo, impedir a ajuda humanitária a um povo sem água, comida e medicamentos, destrói infra-estruturas e casas, bombardeia escolas, hospitais e ambulâncias, invade o território e comete crimes de guerra contra vítimas inocentes.

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O nosso silêncio é exactamente a resposta que um poder colonial quer.

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Neste momento, escolhermos o silêncio é internalizar (conscientemente) a desumanização das pessoas palestinianas.

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Sermos silêncio é sermos parte da opressão.

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O nosso silêncio significa cumplicidade com o assassinato de dois milhões de pessoas inocentes.

Carolina Pereira, “Publico” (sem link)

 

Não me lembro de uma manifestação tão triste como a que vi no sábado à noite em Telavive.

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Muitos milhares de pessoas tristes na imensidão da praça do Museu de Arte de Telavive, que depois de 7 de Outubro passou a ser conhecida como Praça dos Reféns.

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Todas as noites de sábado desde então, familiares, reféns libertados e outros testemunhos sucedem-se no palco, ampliados em ecrãs gigantes.

Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)

 

A oscilação para cima [do índice de risco da confiança dos mercados na Argentina] mostra que a lua-de-mel com o Presidente populista Javier Milei pode acabar mais depressa do que se imaginava (e ainda não passou um mês da tomada de posse).

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A oscilação está relacionada com a decisão do Tribunal do Trabalho argentino de suspender as reformas laborais e sindicais que o chefe de Estado tentou impor por decreto.

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Os mercados estão desagradados porque foi travada a reforma que o economista ultraliberal anti-Estado que assumiu a presidência de um país em crise tentou impor por decreto.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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