domingo, 31 de março de 2024

FRASE DO DIA (2220)

 
A política do medo e da desinformação em torno das questões trans mostra o compadrio com as posições homofóbicas e antifeministas do século passado.

Daniel Santos Morais, “Público”


PRIMEIRO DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE TRANS

 

No primeiro Dia Nacional da Visibilidade Trans, não aceitamos nenhum recuo, lutamos para aprofundar direitos.

Como aqui explica Júlia Mendes Pereira, dirigente nacional do Bloco de Esquerda, as pessoas trans e as suas lutas têm uma história que hoje celebramos, lembramos e continuamos. A igualdade na lei e em todas as esferas da vida é um combate que prossegue e de que o Bloco não abdica.


O FIM DO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO FOI UMA VITÓRIA DA JUVENTUDE PORTUGUESA

 

Não faz sentido nenhum equacionar a reintrodução do serviço militar obrigatório. Fabian Figueiredo


DAQUI NÃO VEM NADA DE BOM

 

Via Bernardino José Guia


PAPA CONTRA "TODAS AS ASPIRAÇÕES DE PAZ DESTRUÍDAS PELA CRUELDADE DO ÓDIO E PELA FEROCIDADE DA GUERRA"

 

Este sábado, na vigília pascal na Basílica de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco falou contra "todas as aspirações de paz destruídas pela crueldade do ódio e pela ferocidade da guerra".

Leia mais: https://expresso.pt/.../2024-03-30-Papa-Francisco...


INQUISIÇÃO: FORAM 285 ANOS DE TREVAS E DE TERROR (25/05/1536 A 31/03/1821)

 

31 de março de 1821, fim da Inquisição em Portugal. Via Eduardo Jorge Pereira


sábado, 30 de março de 2024

MAIS CITAÇÕES (276)

 
Oferecendo uma oportunidade única a Pedro Nuno Santos, assim começou o mandato de Montenegro como líder de uma curta maioria parlamentar. 

(…)

Aguiar-Branco acabaria sempre por ser eleito, mas, apesar da pressão estar sobre o Chega e as trapalhadas do PSD, foi o PS o primeiro a ceder, fazendo um acordo absurdo.

(…)

O PS conseguiu um acordo que instituiu o bloco central para uma legislatura inteira sem qualquer ganho para o país ou para si.

(…)

O que estava em jogo era bem mais do que a presidência da AR.

(…)

O PSD esperava usar a tática Carlos Moedas — aprovem ou sejam responsáveis por uma crise —, mas foi longe demais nas conversas com o Chega.

(…)

Como correu mal, o Chega instalou o caos em que é especialista.

(…)

A tese dos três blocos é interessante e verdadeira. Só tem um problema: não serve para nada, porque nenhum deles tem força para governar.

(…)

Mas o que está em causa é a sustentação previsível deste Governo que se determina nos orçamentos de Estado.

(…)

É porque as pessoas acreditam que essa sustentação deve ser previsível que quem viabiliza o primeiro é candidato a viabilizar os seguintes.

(…)

Se não o fizer será ele o responsabilizado por uma crise política e punido nas urnas.

(…)

Pelos erros do PSD e a instabilidade do Chega, este primeiro ensaio dava ao PS a oportunidade de começar a conquistar a liderança da oposição. 

(…)

Até para ser “oposição construtiva” é preciso ser oposição de facto e ter autonomia estratégica para ser construtivo. 

(…)

Quem está amarrado a um Governo depende da boa vontade do governante. 

(…)

Sempre que Ventura sentir que Pedro Nuno Santos vai fazer oposição saltará para fora do barco para tentar atirar o PS para a maioria da estabilidade. 

(…)

Se os três blocos se mantiverem, as eleições acontecerão brevemente, porque o impasse de ontem será recorrente.

(…)

Com a atual composição parlamentar, decidida pelo voto popular e a irresponsabilidade do Presidente, vivemos a gestão da instabilidade para decidir como isto estabiliza, sobrando dois blocos fortes.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

O que aconteceu na Assembleia é mais normal do que anormal, dada a sua composição actual.

(…)

O que seria anormal é que um nome proposto solitariamente por um único partido, sem maioria, sem qualquer negociação prévia (…) O que seria anormal é que um nome proposto solitariamente por um único partido, sem maioria, sem qualquer negociação prévia.

(…)

Todos os nomes da Mesa da Assembleia vão a votos e ir a votos não é um pró-forma.

(…)

É legítimo os deputados, para isso é que a sua decisão é protegida pelo voto secreto, decidirem sobre os nomes propostos fazendo um julgamento moral e político individual.

(…)

Reprovar um qualquer candidato é inteiramente legítimo.

(…)

A Assembleia não é, como se disse, o “local onde se fazem acordos”, é o local onde se manifestam as diferenças, as “partes” que são o ar da democracia.

(…)

Só a nostalgia da não-política e a obsessão de que a boa política é o “consenso” – uma das sombras deixada pelos 48 anos de censura e de demonização da política – explicam a pseudo-indignação com o que se passou.

(…)

A ecologia política dos nossos dias é a da radicalização, verdade seja dita, hoje mais à direita do que à esquerda.

(…)

A designação [Governo de combate] não é inocente, destina-se a minimizar aquilo que, se o Governo fosse do PS, estaria a ser dito por todo o lado: é um governo de partido.

(…)

Mas o domínio da direita no comentário político e a impregnação do espaço público com classificações convenientes exercem os seus efeitos.

(…)

Até à queda do Governo do PS, o silêncio era falta de transparência, agora é recato.

(…)

Um dos aspectos fundamentais que distinguem a democracia da demagogia é não ser uma democracia directa.

(…)

O ciclo democrático implica usar o estado de graça para tomar decisões difíceis no início dos mandatos e as mais fáceis, as “eleitoralistas”, no fim.

(…)

[Este governo] se governar apenas a pensar nas próximas eleições, governará mal.

(…)

[Um bom governo] não ser um governo assente na resposta a reivindicações.

(…)

Uma das fragilidades deste período final do Governo do PS sob tutela presidencial foi criar um vácuo de poder que tornou as reivindicações de professores, polícias e médicos, e de outros grupos profissionais, no cânone das promessas de governação.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Tudo é instrumental [para a extrema-direita] ao serviço de um desígnio: espalhar o caos, para justificar a reclamação da “ordem” e da “autoridade” antidemocrática e fascista.

(…)

É conscientemente que entram em choque com o escrutínio e o compromisso democráticos, que mentem descaradamente, que substituem o argumento político pelo desrespeito e o insulto.

(…)

Nesta fase, o seu programa centra-se na montagem do circo feito de bagunça, de confusão, de atos de humilhação do outro. 

(…)

Em nenhum espaço institucional é tolerável a impunidade face à violação de regras e princípios democráticos. 

(…)

Há que encontrar formas de se irem fazendo retratos sérios dos mentores do projeto. 

(…)

O PSD não quer assumir a natureza do Chega. Mesmo debaixo de uma provocação, não quis perceber que se trata de uma força “não confiável”. 

(…)

O PS deu um passo para se resolver um problema institucional e isso compreende-se. Contudo, não tinha de o fazer na forma de partilha de lugares.

(…)

Para o imediato [as propostas vindas das forças à esquerda do PS] têm de ser ofensivas. 

(…)

[Alguns daqueles que se opõem à democracia] ocupam hoje lugares relevantes nas instituições.

Carvalho da Silva, JN


O PAPEL DOS VISTOS GOLD NO AUMENTO DOS PREÇOS DAS CASAS EM PORTUGAL

 

Os vistos gold foram um dos fatores que contribuíram para aumentar os preços das casas em Portugal, conclui um artigo científico publicado pelo Institute of Labor Economics, na Alemanha, e divulgado pelo Observatório Fiscal Europeu. Depois da entrada em vigor deste regime, que permitia dar vistos de residência a quem comprasse uma casa por um mínimo de €500 mil, e face ao período anterior, houve um aumento de 60% de imóveis vendidos precisamente por esse valor.

Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-03-28-Vistos-gold...


DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MUITOS PORTUGUESES

 
Capa do "Expresso"

POR UMA PALESTINA LIVRE! FIM DA OCUPAÇÃO! FIM DO GENOCÍDIO!

 
Via Eduardo Jorge Pereira

PALESTINA: FUNDAMENTALMENTE PELA PAZ

 

As feministas portuguesas juntaram-se hoje, no dia da Terra, à Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina, pela condenação do genocídio do povo Palestino, das violações a mulheres, da matança, à fome e à sede, de milhares de crianças. Pela paz, pelo cessar fogo-imediato, pelo reconhecimento do Estado da Palestina, pela condenação de Israel e dos Estados Unidos por crimes de guerra hediondos.

Sandra Cunha

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sexta-feira, 29 de março de 2024

UM DOS GOVERNOS MAIS À DIREITA DE SEMPRE

 

Defensores de vistos gold na habitação, uma paladina do imobiliário na Justiça, uma académica contra os direitos dos trabalhadores no Trabalho, um economista neoliberal na educação, ciência sem pasta própria, uma conservadora na cultura, um dos governos mais à direita de sempre, que marca o regresso de várias figuras da troika.

É um novo governo que cheira a passado e que, por isso, não trará as soluções de que o país precisa.

Não terá soluções para baixar o preço da casa, resolver os problemas da escola e da saúde, para fazer com que Portugal deixe de ser uma economia de baixos salários.

O Bloco será a mais determinante oposição, no parlamento e na rua.

Fabian Figueiredo


CITAÇÕES

 
Confirma-se que, à direita, reina a barafunda e a instabilidade.

(…)

O Chega, sem qualquer escrúpulo a dar o dito por não dito, aposta no bloqueio institucional para dobrar Montenegro num acordo à luz dos holofotes. 

(…)

Da refrega sai um presidente do Parlamento enfraquecido e a prazo, novos patamares de farsa na extrema-direita, e mais probabilidade de eleições repetidas em breve.

(…)

No imediato, há que cobrar promessas eleitorais

(…)

O que foi dito em campanha por PSD e PS tem de ser submetido ao teste da votação parlamentar.

(…)

Além das respostas aos aspetos sociais mais prementes - com a habitação, a saúde e os rendimentos à cabeça -, há ainda o tema da representação parlamentar e da consistência entre os votos expressos e os mandatos atribuídos a cada partido.

(…)

Milhares de cidadãos veem-se condicionados e desincentivados de participar eleitoralmente por saberem de antemão da improbabilidade da eleição da sua escolha no seu círculo eleitoral, onde só dois ou três partidos têm percentagem suficiente para eleger. 

(…)

A ausência de mecanismos de compensação pelos votos não convertidos em mandatos nos círculos distritais ou de região autónoma favorece os maiores partidos.

(…)

Neste início de legislatura, enfrente-se também esta entorse democrática.

José Soeiro, “Expresso” online

 

Mais do que capacidade técnica, estes ministros terão de demonstrar preparação política e deverão falar a uma só voz.

(…)

É um Governo de direita como era suposto. Estão de volta velhas tendências como integrar no mesmo ministério a Educação, a Ciência e o Ensino Superior.

(…)

Fazer isto é retirar importância a cada uma dessas áreas, o que terá impacto.

(…)

Preparem-se para recuos nas políticas do anterior Governo, sobretudo nas que estão incluídas no pacote Mais Habitação.

(…)

A esquerda que saiu à rua em protesto contra António Costa tem boas razões para começar a dar corda aos sapatos.

(…)

O novo ministro das Finanças, Miranda Sarmento, foi contra o aumento do salário mínimo nacional no período pós-pandemia e considerou que a subida nessa altura foi feita “às custas da produtividade da economia portuguesa.”

(…)

O mesmo Miranda Sarmento é contra as 35 horas semanais e em tempos defendeu a privatização da Caixa Geral de Depósitos.

(…)

Não esquecer também o novo ministro da Economia, Pedro Reis, um crente na bondade do mercado. 

(…)

Pedro Reis parece acreditar que a função do Estado é não ser um empecilho para as empresas e fica tudo dito.

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Acredita que reduzir impostos é uma boa receita para o crescimento económico.

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Ventura não é um político fiável e orientará a bancada parlamentar do partido ao sabor de conveniências e não fará questão de honrar a palavra dada.

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Montenegro não esteve à altura da dificuldade desta equação e foi apanhado na curva numa clara demonstração de impreparação.

(…)

As pessoas mais à esquerda não viram com bons olhos que tenha sido o PS a ajudar Montenegro sem contrapartidas visíveis.

(…)

O PS poderia, e deveria, ter negociado mais, mas ficou demonstrada a necessidade que a direita tem do apoio de Pedro Nuno Santos.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Três meses e meio depois de assumir o poder, o Governo de Milei anunciou esta semana que as pensões de Abril dos reformados serão pagas em duas prestações. Em que data, o executivo não disse. 

(…)

[O aumento das reformas assim como a sua atualização vai ser] adiado para data incerta e que os reformados receberiam em primeiro apenas o valor sem actualização.

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O choque das políticas económicas do Governo Milei começa a atingir aqueles que habitualmente sofrem com os ajustes destinados a resolver problemas que não criaram, os mais pobres.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

O número de pessoas a viver na pobreza em Itália subiu em 2023 para valores que não se viam há uma década – desde que esta série começou em 2014.

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Com excepção de 2019, a pobreza vem subindo no país nos últimos dez anos, mas nunca em valores tão altos como estes dois últimos anos.

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Contra todos os avisos, nomeadamente do Banco de Itália, o Governo de extrema-direita de Giorgia Meloni decidiu começar a retirar os subsídios para os mais pobres, criados para minimizar o impacto da pandemia nas família.

(…)

[Para Meloni] que importa que os especialistas calculem que a Itália está a caminho de ter mais um milhão de indigentes? E que os 5% mais ricos detenham cerca de 50% de toda a riqueza nacional, subindo de 40% há apenas dez anos?

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Isabel Díaz Ayuso lidera a ala mais à direita do Partido Popular espanhol. A presidente da Comunidade de Madrid está no PP, mas o seu discurso político é mimético do Vox.

(…)

Ayuso é a típica política populista que sacrifica tudo e todos em prol do seu calculismo político sem escrúpulos – e dos seus interesses pessoais e familiares.

(…)

Pai, irmão, marido, amigos, todos surgiram envolvidos em negócios mais ou menos obscuros.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

[A Federação Russa, ainda soviética] assinou, aderiu, declarou que se submetia ao escrutínio das Nações Unidas, comprometendo-se a acabar com a tortura no seu território.

(…)

A tortura é impiedosa, é errada e não é, de modo algum, uma forma eficaz para obter informação.

(…)

Em 2023, a relatora especial das Nações Unidas para a tortura denunciou que a Rússia recorria à tortura como prática e como “política de Estado para intimidar e instalar o medo”.

(…)

Mais recentemente, a morte de Alexei Navalny chocou o mundo e as circunstâncias da sua morte continuam por esclarecer.

(…)

Vozes houve que denunciaram também que Navalny foi sujeito a tortura ao longo dos anos em que esteve detido e antes da sua morte numa prisão do Ártico.

(…)

[A tortura] segue em sentido contrário ao da obtenção de justiça. Se for cometida, é também um crime.

(…)

A tortura não é um atalho no caminho da justiça, da verdade e da reparação às vítimas, é um bloqueio.

(…)

A tortura é errada. Bloqueia a verdade. Será que é isso que as autoridades russas querem, para assim poderem culpar outros [no do ataque à sala de concertos Crocus City Hall?

Pedro A. Neto, “Público” (sem link)


BLOCO, SEMPRE À FRENTE NO TEMPO

 
Via Jaime Mestre

“A EXTREMA-DIREITA VEM DA CRISE DO CAPITALISMO LIBERAL”

 

Ainda antes das eleições, Fernando Rosas esteve à conversa com o Gerador, a propósito da série jornalística que a revista está a dedicar ao tema do populismo e da ascensão da extrema-direita, fenómeno que o historiador previu no seu ensaio «Salazar e os Fascismos».

Oiça a entrevista completa, aqui (https://tinyurl.com/rk8e8dv2), e encontre este e outros livros de Fernando Rosas no nosso site: https://tinyurl.com/25exw2m5


O NOVO VICE-PRESIDENTE DA A.R. É UM FASCISTA DE BOA LINHAGEM...


Anda por aí muita gente com saudades da velha portugalidade. Saudades do nacionalismo, da fronteira, da ditadura, da guerra, da PIDE, de Caxias e do Tarrafal, das cheias do Tejo e do Douro, da tuberculose infantil, das mulheres mortas no parto, dos soldados com madrinhas de guerra, da guerra com padrinhos políticos, dos caramelos espanhóis, do telefone e da televisão como privilégio, do serviço militar obrigatório, do queres fiado toma, dos denunciantes e informadores.

Manuel Silvestre Gago


A DOR MENSTRUAL NÃO É NORMAL

 

Apesar de uma em cada dez mulheres sofrer de endometriose, segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença continua a ser “desvalorizada” e “sem tratamentos eficazes e direcionados”. Mas há um medicamento que está a mostrar resultados promissores e — se for aprovado — será o primeiro tratamento para a endometriose descoberto em 40 anos.

Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-03-27-Se-atingisse-os-homens...


quinta-feira, 28 de março de 2024

FRASE DO DIA (2219)

 
No imediato, há que cobrar promessas eleitorais, nomeadamente na recuperação do tempo de serviço dos professores, no suplemento para as forças de segurança, no pagamento aos oficiais de justiça ou na valorização da carreira dos profissionais de saúde.

José Soeiro, “Expresso” online


RECOLHA DE DADOS DA ÍRIS

 

Questionei a Comissão Europeia sobre a recolha de dados biométricos pela empresa #Worldcoin, suspensa pela CNPD por suspeita de violação de vários direitos. A Comissão Europeia deve agora deixar claro se considera esta recolha ilegal e se exigirá a eliminação dos dados já recolhidos a milhões de cidadãos. Nenhum princípio de precaução pode ser compatível com uma operação de recolha massiva de imagens da íris em stands comerciais (sem garantia da sua eliminação), manipulando e ocultando informação enquanto se acena vales de criptomoeda a tantas pessoas com dificuldades económicas. José Gusmão


TAILÂNDIA É O TERCEIRO PAÍS ASIÁTICO A APROVAR A LEI SOBRE O CASAMENTO HOMOSSEXUAL

 

Após Taiwan e Nepal, foi o parlamento tailandês a aprovar a lei sobre o casamento homossexual. A legislação que entra em vigor no final do ano garante que as uniões LGBTI tenham os mesmos direitos atualmente reservados às uniões entre pessoas de sexo diferente.

Leia mais: https://expresso.pt/.../2024-03-27-Tailandia-e-o-terceiro...


SOBRE O ATAQUE DE UM GRUPO ARMADO À SALA DE CONCERTOS CROCUS CITY HALL, NOS ARREDORES DE MOSCOVO

 

No passado dia 22 de março, um ataque de um grupo armado à sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscovo, provocou a morte de pelo menos 137 pessoas e deixou centenas de feridos. Em reação a este massacre, Marie Struthers, diretora da Amnistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, refere como a reparação e justiça são fundamentais para as vítimas, lembrando que a tortura dos suspeitos não pode ter lugar.

Saiba mais em http://www.amnistia.pt/russia-verdade-e-justica-para-as...


NA SOCIEDADE DO DESPERDÍCIO, O DESPERDÍCIO FAZ REGRA

 
Via "Diário de Coimbra"

EM GAZA, A FOME TAMBÉM É ARMA DE GENOCÍDIO

 

“Hoje, em Gaza, pode-se claramente falar em fome“, afirmou Jean-Pierre Delomier, director-adjunto de operações da Handicap International (RFI, 25 de Março), quando “bombardeamentos [prosseguem,] incessantes“. De regresso de Rafah – no Sul da Faixa de Gaza, onde se amontoam 1,4 milhões de refugiados expulsos pelo exército israelita – Jean-Pierre Delomier conta como “cinco ou sete quilómetros antes de entrar na Faixa de Gaza, deparei com filas de camiões. É preciso lembrar que um camião corresponde a 20 toneladas de mercadorias em espera e que 100 metros correspondem a cinco camiões. Portanto, são 100 toneladas.” Só que o exército israelita bloqueia há meses a entrada destes milhares de toneladas de produtosalimentares transportados por camião em Gaza. Em Gaza, acrescenta, “cada dia é uma jornada a tentar encontrar comida para si e para a família“.

Via “Plataforma Contra a Guerra”

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quarta-feira, 27 de março de 2024

CITAÇÕES À QUARTA (96)

 
[Miranda Sarmento] tem a lata de ir pedir ao PS que seja uma espécie de suplente do Chega, substituindo os votos que este negou à última da hora.

(…)

[Este início de mandato de Luís Montenegro prova] que gerir silêncios não chega para ser um bom líder, muito menos quando o contexto político é tão difícil como este.

(…)

Um começo que já está a ajudar a marcar o lugar que cada um ocupará neste complexo xadrez político.

(…)

Aconselha-se o respeito político [ao PSD] pelos oponentes.

(…)

É deslocada a arrogância com que [o PSD] entrou neste processo.

(…)

PSD, PS e Chega estão lutar pela sua autonomia estratégica que pode determinar a sua própria sobrevivência política.

(…)

[Nestes primeiros meses] ficará claro que se o PSD tem um interlocutor preferencial, se fica em condições de o prender à sua governação e se terá condições para o responsabilizar por uma crise política.

(…)

Nenhum aceitará ser usado sem dar muita luta.

(…)

Os jogos de sombras, as meias palavras, os acordos escondidos, as chantagens dissimuladas só resultariam com muita arte política.

(…)

Neste jogo, o PSD terá de fazer escolhas e aceitar o preço dessas escolhas. 

(…)

Quando quiser falar com o PS (…) tem em conta que está a conversar com um partido que tem os mesmos deputados que ele.

(…)

O primeiro dia do resto da vida do PSD não podia ter sido mais desastroso. Juntou-se o amadorismo ao cinismo, uma combinação politicamente explosiva.

(…)

O Chega conseguiu o caos de que se alimenta.

(…)

Ninguém conseguiria tramar o PSD como o PSD se tramou.

Daniel Oliveira, “Expresso” online (sem link)

 

Pacheco de Amorim fez parte do grupo de luta armada, de extrema-direita, Movimento Democrático de Libertação de Portugal, responsável por vários ataques bombistas e mortes, entre elas a do padre Max e da estudante Maria de Lurdes.

(…)

Tenham presente que os crimes de sangue nunca foram amnistiados e que houve um julgamento no Tribunal da Boa Hora para esses crimes.

(…)

Tenham sobretudo presente que o homem a quem devemos a organização do 25 de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, não teve direito ao decretamento de luto nacional por ter feito parte das FP-25. Neste caso houve consequências.

(…)

Em vida, Otelo foi julgado e condenado a pena de prisão por associação terrorista. Cumpriu cinco anos.

(…)

Otelo acertou as suas contas com a justiça e com a sociedade. Mas não lhe reconheceram o direito às honras que os seus feitos de Abril exigiam.

(…)

As contas ficaram por acertar.

(…)

A história escreve-se mesmo quando não nos apercebemos que está a ser escrita e a nossa história recente descreve um país a virar à direita.

(…)

[Pacheco de Amorim] nunca foi julgado pela sua associação a um movimento de luta armada. A extrema-direita nunca acertou contas com a justiça.

(…)

[A luta armada] da extrema-direita pretendia a reposição da ditadura do antigo regime.

(…)

Os ideais da extrema-direita continuam vivos e presentes entre nós. 

(…)

Em 2021, na Convenção do Movimento Europa e Liberdade, os estados-gerais da direita, Rui Rio afirmou que o PSD está muito mais à direita do que estava com Sá Carneiro.

(…)

Reparem que este definia o PSD como um partido de esquerda não marxista.

(…)

O que aconteceu ao PSD é muito parecido ao que aconteceu aos portugueses. Vamo-nos deslocando para a direita e, entretanto, normalizando aquilo que deveria ser inaceitável.

(…)

A bancada parlamentar do PSD já deveria saber que o Chega não é fiável.

(…)

O sistema [democrático] ignorou as suas próprias regras para proteger quem diz estar na vida política para o derrubar. 

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

É bastante distópico ser estudante no tempo que estamos a viver.

(…)

Neste momento histórico, só vemos algo que, mais que nunca, é completamente abstrato.

(…)

O nosso futuro nunca foi tão incerto como agora.

(…)

Parece estranho estarmos ativamente em construção de um futuro que não sabemos como virá.

(…)

Face a isto, muitos estudantes sentem a desproporcionalidade no que toca à resposta do "movimento estudantil" ao momento atual, em que seria necessária uma maior combatividade.

(…)

Celebrar Abril sem o cumprir é um erro que estamos a fazer há demasiado tempo.

(…)

O porquê destes protestos [pelo fim ao fóssil, por exemplo] também é o mesmo: não aceitamos a vida que nos está a ser imposta. 

(…)

Como jovens no limiar de um futuro, é nosso dever rebelar-nos contra as injustiças que este sistema nos impõe.

(…)

Até há alguns anos isto [polícia fora do campus das nossas faculdades] seria impensável, mas, de facto, voltou a acontecer, e isso significa algo.

(…)

Clima não é causa. Clima é contexto. 

(…)

A ciência e a justiça são claras quando alertam para o necessário: precisamos do Fim ao fóssil até 2030.

(…)

O sistema é claro ao não ter sistema, é claro ao não ter nenhum plano para isto. 

(…)

O ritmo atual de mudança não é suficiente face ao que estamos a viver. Torna-se então claro que a insurgência pela vida é uma necessidade.

(…)

[Os estudantes organizados na Greve Climática Estudantil] após dois anos de marchas perceberam que fazer isso apenas não era suficiente face à destruição, colapso e mortes que a crise climática estava a causar com uma intensidade crescente.

(…)

É insanidade achar que repetindo as mesmas coisas que não têm funcionado vamos chegar a lado algum.

(…)

A alternativa que nos deixaram é uma luta que se deve fazer combativa e ativa, constante, criativa e interseccional.

(…)

Precisamos de interromper as instituições de poder que nos estão a condenar.

(…)

Sem futuro não há paz, não é apenas uma frase para ser gritada numa marcha. É uma forma de luta.

(…)

É sabermos que enquanto o nosso governo não tiver um plano que garanta fim ao fóssil até 2030, e com isso nos garanta um futuro, nós não lhe daremos paz.

(…)

Precisamos de um movimento massivo e disruptivo que se mobilize por justiça climática e justiça social, porque não nos deixaram outra hipótese.

Matilde Ventura, “Expresso” online