(…)
Eu tenho uma certa dificuldade em entender por
que diferentes formas de amor incomodam tanto algumas pessoas.
(…)
Anualmente,
diversas
paradas LGBT+ acontecem pelo mundo, celebrando a diversidade e a
importância de aceitarmos o outro do jeito que é.
(…)
[Em
2019, numa pesquisa demográfica, no Brasil] o percentual de respondentes que se identificavam como não
heterossexual ficou próximo de 2%.
(…)
[De acordo com um artigo de João
Tampellini] mulheres que se autodeclaram
lésbicas têm maior nível de escolaridade, maior probabilidade
de estarem trabalhando, inclusive em tempo integral, em comparação com mulheres
heterossexuais.
(…)
Por
outro lado, homens gays ou bissexuais têm menor probabilidade de trabalhar em
tempo integral em comparação com homens heterossexuais.
(…)
Com relação à divisão do trabalho doméstico, há
uma diferença entre homens e mulheres dependendo da orientação sexual.
(…)
Os homens gays alocam, em média, 14 horas por semana aos afazeres
domésticos, enquanto os homens heterossexuais dedicam cerca de 11 horas.
(…)
As
mulheres heterossexuais alocam, em média, 7 horas a mais nos afazeres (24 horas
por semana) do que as mulheres lésbicas.
(…)
A taxa
de participação das mulheres lésbicas no mercado de trabalho é quase 30 pontos
percentuais superior à das mulheres heterossexuais.
(…)
Essa
distribuição de tempo reflete como as normas de gênero influenciam tanto o
tempo alocado para as responsabilidades domésticas quanto na participação no
mercado de trabalho.
Lorena Hakak, “Público” (sem link)
O Ministério Público sentiu-se no dever de responder um
sobressalto cívico perante a total impunidade com que quotidianamente se viola
a lei.
(…)
Os PGR podem prestar, de viva voz, esclarecimentos sobre
processos. Como seria evidente quando esteve em causa a queda de um governo.
(…)
É impensável alguém ocupar um lugar de topo na hierarquia do
Estado durante seis anos sem nunca ter dado uma entrevista.
(…)
Uma detentora de um alto cargo público dar entrevistas não é
“espalhafato”.
(…)
Cultura de transparência não é fritar cidadãos na praça
pública. É prestar contas do que se faz.
(…)
O grande argumento de Lucília Gago é a igualdade perante a
lei. Um argumento que sabe calar fundo num país desigual, incluindo no acesso à
justiça.
(…)
Investigar tudo o que se ouve não é, ao contrário do que
disse a PGR, uma decisão automática. Se fosse não havia meios que chegassem.
(…)
Se as pessoas são todas iguais perante a lei, é habitual informar o País de que alguém, que não é arguido, está a ser investigado?
(…)
Do que ouvimos na entrevista, Lucília Gago não é mesmo
responsável por coisa alguma.
(…)
Há uma hierarquia no Ministério Público, mas ela não é
informada de nada e até pode ir falar com o Presidente sem saber que, nesse
momento, foi aberto um processo que o envolve.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
Sem comentários:
Enviar um comentário