sábado, 29 de março de 2025

MAIS CITAÇÕES (326)

 
Desde o 11 de setembro de 2001 (o ataque às torres gémeas), vivemos um movimento de erosão de liberdades cívicas, progressivamente alastrado aos mais diversos campos das liberdades políticas. 

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O fundamental do lastro político para esta desastrosa caminhada vinha das últimas décadas do século XX – a ideia de que não há alternativa ao capitalismo neoliberal, tendo por objetivo desacreditar qualquer projeto de emancipação da Humanidade. 

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Foi intencionalmente ignorada a análise sobre os poderes que estavam a ser gerados. 

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No Ocidente e muito em particular na Europa, impera agora a ideia de que o futuro só pode ser pior, muito pior do que o presente. 

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Devemos aceitar a guerra que nos vai sendo apresentada como a salvação da nossa civilização.

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Perante o perigo de guerra nuclear, é patética a ideia de que os seres humanos se podem proteger agindo individualmente.

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Estamos obrigados a debater os efeitos da opção assumida pelos EUA e, por consequência, a discutir a estratégia, a organização e caraterísticas das forças armadas e até a sua articulação no quadro europeu.

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Só a mobilização dos povos pode evitar o espoletar de guerras e a sua continuidade. Afirmemos valores humanistas e de progresso para travar o sofrimento, o retrocesso e a perda de vidas humanas.

Carvalho da Silva, JN

 

O tema, central em democracia, da liberdade de expressão é, ao mesmo tempo, simples e complexo, dependendo do modo como nos aproximamos dele.

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Quando há ou se sente a censura, e se perde assim a liberdade, cada um, nós, sabe que é assim.

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Os únicos [mecanismos] que para aqui interessam são os que se traduzem na percepção de que há menos liberdade.

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Este texto, de 1791, [Primeira Emenda da Constituição americana] é um dos mais revolucionários da história humana, quer pelo tempo em que foi escrito quer pelo modo como nas emendas posteriores, do período da chamada “reconstrução” posterior à guerra civil americana, foi reafirmado e consolidado.

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Nem sempre foi devidamente aplicado, em particular no período do macarthismo, como agora na era Trump, talvez o período da história americana em que a liberdade de expressão mais está ameaçada.

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Pergunto-me, sempre que há uma polémica sobre liberdade de expressão em Portugal, se nos EUA isso daria uma condenação.

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Calúnia, difamação, falsidades podem ser consideradas crimes, mas essa condenação terá sempre de ser feita por um tribunal, porque a única limitação à liberdade de expressão é o crime, mas isso não implica censura prévia.

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O que é mais grave do ponto de vista político [no cartaz do Chega] é a referência aos “50 Anos”, ou seja, a associação entre a corrupção e a democracia.

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Se tirarmos a manta da censura ao regime da ditadura, aparece corrupção por todos os lados.

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Os 50 anos ajudam a perceber a parte da corrupção — para o Chega, o regime democrático é intrinsecamente corrupto.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Direitos humanos, liberdade de expressão ou democracia são conceitos em regressão.

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“Recessão democrática” é uma expressão em vias de se transformar em algo tão normal como “recessão económica”.

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A erosão do Estado de direito, princípio basilar de qualquer regime democrático, que tem na separação de poderes um valor indiscutível, é uma evidência [em vários países europeus].

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Há uma crescente tendência para o controlo político do poder judicial, como tem sido prática da primeira-ministra italiana, a aprendiz europeia de Donald Trump.

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Sobre a Itália de Giorgia Meloni, o relatório da Liberties desfiava o habitual rol de ataques a um regime democrático, aos quais os autocratas e candidatos a autocratas não conseguem resistir.

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A saber: criminalizar a dissidência, interferir nos meios de informação públicos, para exercer censura e manipulação, perseguir jornalistas e exterminar qualquer crítica.

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Alguns destes países (…) talvez não reunissem hoje as condições necessárias para serem admitidos como países da União Europeia.

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Pluralismo é uma palavra que não pode ser soletrada na Turquia. 

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O autoritarismo faz parte deste nosso tempo, no qual qualquer candidato a tirano não esconde a sua paixão pela tirania.

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Ninguém ficará muito surpreendido se Erdogan alterar a Constituição para se eternizar como o novo “pai dos turcos”.

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Erdogan está a esticar a corda e a aproveitar esta conjuntura de desvalorização do Estado de direito e da liberdade de pensamento.

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O mundo não hesitava em condenar estas diatribes contra a democracia quando aconteciam na China ou no Irão.

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Impunidade é uma palavra comum a Erdogan, Putin ou Netanyahu.

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Vladimir Putin já explicou como se faz.

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A tomada da Rússia por Putin foi um “processo de esmagamento da democracia nascente”.

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Susan B. Glasser olha para esta segunda presidência de Trump e detecta “tácticas semelhantes às de Putin”.

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Deportações à revelia do sistema judicial, sem culpa formada, a condenação de qualquer discurso sobre igualdade.

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Qualquer discurso sobre o respeito pelos direitos humanos do povo palestiniano, a perseguição às universidades.

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Ameaças a juízes que decidiram contra a opinião governamental.

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A Administração Trump já fez a lista de palavras proibidas. Só falta começar a queimar livros.

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O maior sonho de Trump deve ser transformar a Casa Branca numa réplica do Kremlin. E a democracia numa arqueologia.

Amílcar Correia, “Público” (sem link)

 

O embuste da ZFM [Zona Franca da Madeira] não se explica por uma ingenuidade enternecedora dos responsáveis políticos da região, mas por uma promiscuidade de interesses apoteótica.

Susana Peralta, “Público” (sem link)


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