sábado, 1 de março de 2025

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O governo israelita informa que já foi vista “por milhões” a campanha estreada quarta-feira nas ruas de “Nova Iorque, Los Angeles, Washington, Miami, bem como em grandes cidades europeias como Londres ou Berlim”, com as caras ruivas dos irmãos Ariel Bibas, quatro anos, e Kfir Bibas, dez meses, raptados no ataque de 7 de Outubro, e mortos pouco depois.

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Embora na própria versão israelita os Bibas não tenham sido mortos pelo Hamas, mas sim por um pequeno grupo desconhecido chamado Senhores do Deserto.

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Detalhes que não interessam ao marketing.

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Como foram mortos os irmãos Bibas? Não sei. O Hamas disse que foram mortos, tal como a mãe, Shiri, num bombardeamento israelita em Novembro.

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Já comunicara isso a Israel então, sugerindo enviar os corpos numa negociação. Israel recusou, optando por não reconhecer as mortes.

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Quando os corpos foram devolvidos agora, um ano e quatro meses depois, a pesquisa forense israelita concluiu que os dois irmãos foram mortos “com as próprias mãos” dos captores.

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[Netanyahu voltou] a usar o bebé Bibas e o seu irmão de quatro anos para tentar manipular os juízes do tribunal a que teve de ir como réu.

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Bibi ateara a fogueira, e tirou todo o proveito de mortes de que fora informado há um ano e quatro meses.

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A versão de Israel é a da peritagem forense mas não foram divulgadas provas. A versão do Hamas é a do bombardeamento. Temos muitas razões anteriores para não confiar numa ou noutra sem provas.

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Sei que Netanyahu os está a usar para matar mais, como tem feito aos reféns desde 7 de Outubro.

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Sei que vários bebés palestinianos morreram gelados em Gaza nos últimos dias, e os seus nomes não estão nas manchetes, muito menos em Times Square ou Berlim.

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Sei que 18 mil crianças foram mortas em Gaza desde 7 de Outubro, e se por cada uma fizéssemos o minuto de silêncio que há a fazer agora pelos Bibas seriam 300 horas de silêncio.

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A propósito de reféns mortos, esta semana as forças armadas de Israel divulgaram enfim o seu inquérito sobre o falhanço de inteligência e resposta militar a 7 de Outubro.

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O Estado de Israel não só falhou na protecção dos seus cidadãos, como foi bem sucedido a matar vários.

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Netanyahu usa bebés para matar melhor, isso inclui matar o seu próprio povo.

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Nos EUA, Trump e Musk ameaçam os empregos federais e a saúde, o clima, a ajuda humanitária do planeta.

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Trump tira o tapete à Ucrânia, à NATO, alia-se com Putin, a União Europeia vê-se sozinha. 

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[O novo líder alemão, Friedrich Merz]  Convida Netanyahu para uma visita, desafiando o mandado de captura do Tribunal Penal Internacional.

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Porque é que a Espanha ou a Irlanda têm coragem e Portugal é um capacho diplomático?

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Quem tem defendido Israel e ao mesmo tempo a Ucrânia, como descalça a bota de Israel agora votar contra a Ucrânia na ONU?

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Nos últimos dias vimos até Trump postar uma animação de si mesmo como estátua de ouro ou semi-nu com Bibi a beber cocktails na Trump Gaza.

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O Hamas disse que estava pronto a deixar o poder por um governo palestiniano alternativo e Israel respondeu que nem Hamas nem a Autoridade Palestiniana.

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O ministro da Defesa garantiu que os 40 mil já deslocados [da Cisjordânia] não vão poder voltar.

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Nas redes sociais palestinianas há uma ideia recorrente: “Israel não ocupa a Palestina, Israel ocupa o mundo.”

Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)

 

A discussão em torno da apetência de uma significativa parte de governantes e deputados para a criação e participação em empresas do negócio imobiliário e os argumentos que vão sendo expandidos em torno desta controvérsia exigem reflexão

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Montenegro optou por não esclarecer, nos tempos e espaços devidos, o que devia ter esclarecido.

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O desgaste do Governo parece imparável.

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Porque vários dos seus elementos estão em situações potencialmente idênticas à do PM.

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A questão a abordar neste texto não é o aprofundamento desta análise, mas, sim, observar as muitas inverdades ditas por diversos políticos e analistas a propósito deste imbróglio.

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Em Portugal existem muitas centenas de milhares de atividades empresariais. Proporcionalmente, são bem mais que em muitos países do nosso espaço económico.

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Determinação não lhes faltou. Faltaram, sim, políticas de incentivo para que apostassem mais em setores produtivos

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Os governantes e deputados que nas suas atividades profissionais escolheram ser empreendedores no imobiliário têm o direito de o fazer, mas há incompatibilidades a serem respeitadas.

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O país está prisioneiro da conjugação do inchaço imobiliário e turístico com a economia paralela, com o excesso de trabalhadores a recibo verde e empresários em nome individual, e com uma estrutura empresarial fragmentada e mal preparada.

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A esmagadora maioria faz milagres de gestão para que os seus baixíssimos salários lhes permitam não passar fome e ter um mínimo de dignidade,

Carvalho da Silva, JN

 

Trump tornou-se o homem providencial, convertendo o Partido Republicano numa mera claque dos seus caprichos e considerações, desferindo ao mesmo tempo o mais rude golpe ao Partido Democrata desde a época de Ronald Reagan.

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Trump governa por decreto, 75 até agora, uma média alucinante. Ignora o Congresso americano que, pela primeira vez em muito tempo, sobe 12% na taxa de aprovação, precisamente por nada fazer. Se isto não é uma sentença aterradora para a democracia parlamentar, não sei o que será.

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A única barreira entre Trump e o seu reinado têm sido os tribunais que, apesar de tudo, têm peneirado os seus diktats pelo crivo do Estado de direito. Aqui recai a primeira e mais relevante oposição ao assalto autoritário de Trump à Democracia

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Quem já percebeu que os ventos mudaram foi a Cooperativa de Preservação dos Super-Ricos, que pretende mais uma vez reativar a sua profana aliança com os ultranacionalistas para defender as suas desmedidas fortunas.

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Em Portugal, e no resto da Europa, parece que só nos resta resistir onde ainda não sucumbimos, enquanto cantamos os louros ao imperador.

João Vasco Ferreira, “Público” (sem link)


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