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Perante afirmações tão graves, o Diário de Coimbra foi saber a opinião do reputado economista, José Reis, Director da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, que desvalorizou a situação afirmando que apenas “houve menos procura na compra da dívida que o Governo colocou no mercado”. De qualquer maneira, José Reis não deixou de afirmar que a situação que se vive actualmente é “muito séria”.
A verdade é que, curiosamente, as afirmações de PP não tiveram qualquer eco na comunicação social a nível nacional, tendo em atenção a gravidade de que se revestiam.
Entretanto, numa conferência promovida pela Fundação Inês de Castro e que ontem teve lugar no Hotel Quinta das Lágrimas, Marques Mendes (MM) confirmou as declarações de PP reafirmando que no dia 16 de Fevereiro o nosso sistema financeiro ficou bloqueado e, se não tivesse havido uma intervenção do BCE, ficaríamos em grandes dificuldades. Mas, quem estava presente ficou com a ideia de que também MM procurou desvalorizar a situação.
Juntando tudo o que se vai ouvindo com o que fica por dizer, a sensação que resta é que algo nos está a ser escondido, numa espécie de pacto de silêncio tácito que envolve políticos de vários quadrantes e comunicação social.
A única forma de não sermos apanhados desprevenidos quando o cataclismo chegar é redobrarmos a atenção para o que se vai passando à nossa volta.
Luís Moleiro
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