segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O TRABALHO DOS EURODEPUTADOS DO BLOCO EM BRUXELAS

 

Estas são as nossas caras e os nossos nomes. Revelamos quem está por trás do trabalho que fazemos agora que recomeçamos. Fica uma ideia de como nos adaptámos nestes tempos de coronavírus. São tempos difíceis muito para além das questões sanitárias. Muita gente perdeu trabalho, muita gente continua sem apoio. É em nome de todas as pessoas que trabalhamos todos os dias. Aqui estamos e aqui estaremos. (José Gusmão e Marisa Matias)


FRASE DO DIA (1430)


Os donos do Facebook ou da Google sabem mais sobre cada um de nós do que alguma vez a mais vigilante das ditaduras alguma vez sonhou saber.

Daniel Oliveira, "Expresso" Diário


ENTREVISTA DE FRANCISCO LOUÇÃ AO “EXPRESSO”

 O “Expresso” publicou este sábado uma entrevista com Francisco Louçã da qual respigámos as seguintes afirmações do ex-Coordenador do Bloco de Esquerda.

Na minha opinião, o Governo está a subestimar a natureza e o alcance da crise que estamos a viver.

(…)

Vai haver conflito de interesses nas decisões que Mário Centeno tomou como ministro das Finanças e que agora vai tutelar como regulador, enquanto governador do Banco de Portugal.

(…)

De qualquer modo, a subestimação do efeito desta crise leva o Governo a pensar que lhe pode responder com medidas ligeiras.

(…)

São melhores soluções a quatro anos, do que a um ano, mas qualquer solução é melhor do que uma fantasia.

(…)

O primeiro-ministro não quis fazer um acordo por quatro anos a seguir às eleições. Agora diz que quer. É preciso medir essa vontade.

(…)

Mas não se pode esperar por 2022 ou 2023 para evitar a vaga de despedimentos do próximo outono.

(…)

Quem não cumpre acordos não negoceia novos acordos.

(…)

O que mudou torna mais necessário que se cumpram os compromissos anteriores, que são [a contratação de] 8400 médicos e enfermeiros para o SNS.

(…)

É muito importante que haja capacidade de pressão, porque sem isso não há aumento do salário mínimo nacional, não há redução da precariedade, não há reforço da saúde, nem do investimento, nem há políticas climáticas.

(…)

Eu acho que o ordenado mínimo deveria aumentar mais do que o ano passado. Ou seja, mais do que €35. Se for menos será uma facada na recuperação económica.

(…)

Reforçar o salário mínimo nacional é criar uma âncora contra a pobreza e dar um sinal à economia.

(…)

Se o sinal é de que o congelamos então vai haver uma contenção do consumo. Lamento muito.

(…)

O que a boa economia diz é que se as exportações vão reduzir, devido à recessão internacional, é a procura interna que vai salvar a economia portuguesa.

(…)

Ou seja, são os salários que vão salvar a economia portuguesa.

(…)

[Durante esta pandemia] revelou-se um enorme défice nos serviços de saúde que foram quem salvou Portugal.

(…)

Percebemos que a vida social portuguesa está dominada por uma economia da precariedade. Estamos com cerca de 800 a 900 mil pessoas que não têm emprego em Portugal.

(…)

Defendo Marisa Matias [para candidata à Presidência da República] porque é quem pode unir pessoas independentes, juntar energias novas e representar uma mudança na política portuguesa.

(…)

[Na candidatura à PR] é importante que haja uma afirmação de uma esquerda que tem voz própria e sabe o que quer.

(…)

Marisa Matias porque tem uma capacidade de representação, mobilização e de entusiasmar a população que deixa uma raiz.

 

OS MAIS RICOS DO MUNDO POSSUEM FORTUNAS PORNOGRÁFICAS.

 

Este quadro que recolhemos do “Expresso” deste sábado representa (apenas) as 20 maiores fortunas do mundo e é muito importante que reflitamos sobre os valores acima representados em milhares de milhões de euros. Ao mesmo tempo, pensemos nos muitos milhões de pessoas que vivem na mais abjeta miséria. É justo que a desigualdade da distribuição atinja esta dimensão a nível global?


domingo, 30 de agosto de 2020

O PICO DO DESEMPREGO SERÁ EM 2021

 
Francisco Louçã, "Expresso" Economia

MAIS CITAÇÕES (97)

 O problema é que esta montanha-russa de bolsas que caíram e agora estão delirantes diz pouco sobre a economia e demasiado sobre a finança.

(…)

Enquanto continuava o confinamento e a pandemia devastava os Estados Unidos, que superam agora os seis milhões de casos e as 180 mil mortes, as suas bolsas recuperaram, primeiro devagar, depois em ritmo alucinante.

(…)

A Apple tornou-se a primeira empresa de todos os tempos a valorizar mais de dois biliões de dólares na bolsa, um décimo do PIB norte-americano.

(…)

A euforia bolsista é, em alguma medida, um processo autossustentado, é uma avalancha.

(…)

Como há pouco investimento, está disponível um mar de poupanças mundiais que procuram a especulação financeira.

(…)

Está consolidada a certeza de que os Estados e os seus bancos centrais não deixam cair os bancos e agentes financeiros e, mais, que injetam liquidez sem limites.

(…)

Segundo a “Forbes”, nos últimos 20 anos quadruplicou o número de pessoas com mais de mil milhões de dólares (são agora 2095).

(…)

Os 1% de cima detêm 44% da riqueza mundial e é para eles que vai pelo menos metade do benefício desta valorização bolsista.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Para ser racista é melhor ser racista e meio.

(…)

Abolir o imposto sobre o património? Tratar-se-ia de um rombo nas finanças públicas, em particular arruinando as autarquias, mas sobretudo de uma alteração de fundo na política fiscal.

(…)

Trump foi mais direto, reduziu a taxa sobre os grandes rendimentos, mas também não se esqueceu de aliviar o seu imposto patrimonial (ele próprio beneficiou disso).

(…)

A extrema-direita candidata-se a ser o braço armado do liberalismo. E isto nunca se viu.

(…)

Chegou por isso a vez da convocação dos rufias para martelarem a liberalização ou até para varrerem os impostos sobre os milionários.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

A ceifa de vidas nos lares não é só uma falha do Estado, é uma falha do país.

(…)

Vírus maldito que assim pôs a nu um sistema vulnerável de alojamento nacional de velhos.

(…)

Com tanto dinheiro de Bruxelas que aí vem, por que razão não surge uma verdadeira estratégia de reabilitação nacional de lares de terceira idade?

(…)

[A situação dos lares] é um espelho, espelho de um país em que muitos velhos são vistos como bigornas que pesam no Estado e nas famílias.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Poucas coisas simbolizam tanto a doença de uma sociedade como o bairro de lata.

(…)

O problema é social e tem um nome simples: pobreza.

(…)

O bairro de lata não é uma doença que se cure; é o sinal de um problema maior que dá a volta à governação toda de um país.

(…)

O bairro de lata não é uma doença que se cure; é o sinal de um problema maior que dá a volta à governação toda de um país.

(…)

[O Portugal dos condomínios de luxo e dos vistos gold] é o mesmo país que vira hipocritamente a cara aos seus bairros de lata.

(…)

[Há que] atacar o problema no ponto onde ele nasce: na desigualdade, na pobreza e na exclusão.

(…)

Um bairro de lata é uma violência todos os dias que se pode tornar violento de um dia para o outro.

(…)

O bairro de lata é a expressão alarmante dos erros mais graves que persistentemente minaram as prioridades políticas sucessivas do país.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

É má ideia dar poderes de fiscalização sobre o Estado a uma ordem profissional.

(…)

[As ordens] transformam-se em sindicatos únicos de inscrição obrigatória, reguladores dos profissionais e fiscalizadores de entidades públicas e privadas.

(…)

Assistimos à lenta substituição do Estado democrático, sujeito ao escrutínio de todos, pelo Estado corporativo, em que elites profissionais capturam as funções públicas para seu benefício.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A crise pandémica deveria levar-nos a questionar profundamente a legitimidade de sistemas legais, ou de sistemas paralelos em que protagonistas privados têm mais poder do que os estados-nação, que favorecem as entidades mais poderosas.

Helena Lopes, “Público” (sem link)


A PANDEMIA AGRAVOU A DESIGUALDADE NA DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA

 
In "Expresso" Economia

Toda a retórica que diariamente escutamos não consegue apagar a dura realidade de que os ricos se encontram cada vez mais ricos à custa do empobrecimento da maioria da população.

Os dados recentes da distribuição da riqueza no mundo inteiro, revelam-nos que: a) 1% da população, os mais ricos, detêm 44% da riqueza mundial; b) os 10% a seguir detêm 37% dessa riqueza; c) os seguintes 32% seguram 16% da riqueza; d) por fim, 57% da população tem de se contentar com apenas 1,8% - são três mil milhões de pessoas que têm 25 vezes menos do que o 1% da população mundial mais abastada.

Esta desigualdade na distribuição do rendimento já existia nos últimos 20 anos, mas a situação agravou-se recentemente por via da pandemia. É que, enquanto vem crescendo o número de mortos pelo mundo, nomeadamente nos EUA, as bolsas entraram em euforia. Os 1% mais ricos ganharam metade da valorização bolsista recente. Entre estes, os 20 homens mais ricos aumentaram o seu rendimento em cerca de 1/3, só desde janeiro de 2020.

Acentuou-se, pois, a desigualdade na distribuição da riqueza já que aumentou o desemprego e a pobreza a cerca de 60% da população mundial.


DISCURSO DE ÓDIO DE BOLSONARO CONDENADO PELA ONU

 

O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, Rupert Colville, deu uma dura no presidente brasileiro e o alertou: "incitar a violência e o ódio é proibido na lei internacional".


sábado, 29 de agosto de 2020

CITAÇÕES

Houve centenas de milhares de pessoas em Portugal que, tendo perdido o seu emprego, ficaram sem acesso a qualquer proteção social.

(…)

A maior parte dos trabalhadores desempregados não tem proteção.

(…)

E se é certo que o número de pessoas com subsídio de desemprego aumentou bastante, já a cobertura do subsídio social de desemprego é absolutamente risível.

(…)

Não admira, por isso, que os desempregados sejam o grupo mais exposto à pobreza em Portugal e o único que diverge da tendência nacional de redução do risco de pobreza nas últimas décadas.

(…)

À debilidade do subsídio de desemprego soma-se uma degradação das prestações de combate à pobreza.

(…)

Os desempregados e os jovens adultos, o grupo social mais vulnerável à pobreza em Portugal, não tem no RSI uma medida capaz de lhes responder.

(…)

Os trabalhadores independentes são praticamente excluídos de proteção social quando ficam sem atividade.

(…)

[O problema de proteção social] não se resolve apenas com mais uma medida temporária, agora que os apoios extraordinários estão a acabar.

(…)

Ninguém sem emprego ou sem atividade e que não tenha rendimentos deve ficar desprotegido.

(…)

Nenhuma pessoa que trabalhou e descontou deve ter um apoio abaixo do limiar de pobreza.

José Soeiro, “Expresso”Diário

 

Que estratégias vamos adotar para preservar o emprego, o salário, a pensão, o Serviço Nacional de Saúde, a escola para todos?

(…)

[Com a crise anterior] aprendemos que a contração do salário e da pensão contrai a economia e gera desemprego e emprego precário.

(…)

Aprendemos que o desinvestimento nos serviços públicos (o hospital, a escola, o tribunal) tira aos de baixo rendimento e vida e nos torna mais desiguais e deslaçados como sociedade.

(…)

Está a voltar em força o discurso de que a compressão dos salários (a começar pelo salário mínimo) é uma inevitabilidade.

(…)

Os mesmos de sempre preparam-se para chamar de volta a austeridade chamando-lhe outra coisa qualquer.

(…)

Cumprir o orçamento de 2020 antes de avançar para o de 2021, isso sim é um sinal de seriedade.

José Manuel Pureza, “Diário as beiras”

 

Durante seis meses, conscientemente, congelaram-se problemas à espera de melhores dias, o Estado foi chamado a prestar proteção reforçada e a assegurar rendimentos a muitos portugueses e, acima de tudo, a apoiar empresas.

(…)

Os recursos são limitados e está na hora de fazer escolhas na perspetiva de se encetar um plano estratégico progressista para a saída da crise.

(…)

No Orçamento do Estado para 2021, peça primordial de opções de longo alcance, essas escolhas devem estar refletidas.

(…)

Entretanto, eleva-se o coro ensaiado por "destacadas" figuras do jornalismo e "líderes" de opinião, que visa colocar os trabalhadores e o povo português sob a batuta da austeridade.

(…)

As reivindicações fundamentais de centenas de milhares de trabalhadores - dos setores público e privado - que perante os duros impactos da pandemia foram considerados essenciais e que continuam com salários de miséria e frágeis condições de trabalho devem ser cumpridas.

Carvalho da Silva, JN

 

Não deixem o bastonário ser político, nem permitam ao primeiro-ministro ser médico.

(…)

Preocupa-me, isso sim, que partamos para uma nova fase de contingência global a 15 de setembro sem uma definição operacional clara sobre a responsabilidade sanitária nos lares.

Miguel Guedes, JN

 

Na resposta à maior crise das nossas vidas, o pior que podemos fazer é perder a calma e abraçar o medo.

(…)

A última década tem as lições perfeitas a que temos de prestar atenção.

(…)

A fadiga do capitalismo já era visível antes das últimas crises. No último meio século assistimos a uma longa tendência de queda da taxa de crescimento à escala mundial.

(…)

[Durante o Governo de direita diziam que a] crise vinha dos salários que não merecíamos, de direitos que eram regalias, de serviços públicos pesados com “gorduras” que afundavam o orçamento nacional.

(…)

A crise [anterior] foi a desculpa para o negócio, a teoria do choque que deu cobertura ao plano político em defesa de uma pequena elite, retirando o jogo económico da esfera democrática.

(…)

[No governo da “geringonça”] não se foi tão longe quanto poderíamos ter ido, mas demos passos fundamentais que mostraram como uma política diferente pode ter resultados melhores.

(…)

O “milagre” português passava por políticas diferentes daquelas que estavam a levar o mundo e a Europa à estagnação.

(…)

Vir repescar ao fundo do baú as ideias que os “sacrifícios compensam” ou o “empobrecimento é redentor” choca com tudo o que foi positivo nos últimos anos.

(…)

Mais direitos para as pessoas e a defesa do emprego mudando a legislação laboral não exige sequer mais orçamento.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

CTT, MAIS UMA VEZ NOTÍCIA PELA NEGATIVA

 
In "Expresso" Economia

Para não ser tudo mau, os CTT prometeram a reabertura de duas estações em sedes de concelho… É uma espécie de rebuçado que não pode servir para nos distrairmos.

 

MARCHA EM WASHINGTON 1963-2020

 

28 de agosto de 1963, Martin Luteher King faz o histórico discurso pelos direitos civis e contra a discriminação racial no Lincoln Memorial.

28 de agosto de 2020, milhares de pessoas marcharam em Washington em movimento do Black Lives Matter por Jacob Blake, contra a violência policial.  


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

FRASE DO DIA (1429)

 É preciso, sim, criar novos patamares de proteção social, que cubram todos os casos que não estão abrangidos pelas prestações de desemprego e pelo RSI.

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

OS DESAFIOS DA ESQUERDA NO MUNDO

 
A Joana Mortágua vai estar lá.

CHEGA DE INJUSTÇA!

 

Mais provas de que o julgamento de Lula foi uma fraude.

O NEGÓCIO DOS LARES PRIVADOS RECEBE MILHÕES DO ORÇAMENTO DO ESTADO

 

Mais Aqui

O IMPÉRIO PROMOVE O NAZI-FASCISMO

Forças armadas, polícias, agências como a CIA, NSA, FBI, ONG, exércitos privados e outras, fazem parte do manancial de organizações que têm vindo a implantar o nazi-fascismo como regra imposta pelos governos dos EUA. Eles sentem-se no direito de raptar e levar para as suasprisões cidadãos de outros países, de os assassinar, de invadir países sob falsos pretextos, etc.


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

FRASE DO DIA (1428)

 O Bloco de Esquerda olha para o interior e vê a gente que aqui vive.

Catarina Martins, Esquerda. net


STEVE BANNON, GRANDE AMIGO E COLABORADOR DE TRUMP, METEU AS MÃOS NA MASSA E FOI DENTRO...


In "Sábado"


OS FRUTOS DAS SEMENTES DE ÓDIO SÓ PODEM SER ÓDIO

 

As sementes do ódio racista que Trump e a extrema-direita andaram a semear só podem ter as piores consequências de que os sete tiros com que foi baleado, pela polícia, o cidadão negro norte-americano, Jacob Blake, são mais um exemplo.

“Eu não estou triste, não quero que tenham pena de mim. Estou zangada. Quero mudança!”

Discurso de Letreta Widman, irmã de Jacob Blake, o cidadão negro baleado pelas costas por um agente da polícia de Kenosha (EUA).
 

TRUMP, O QUERIDO LIDER...

 
Pacheco Pereira, "Sábado"

TRUMP É RACISTA, VIGARISTA E TRAPACEIRO

 

Ex-advogado de Trump classifica-o como racista, vigarista e trapasseiro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

PELO FIM DO CERCO A GAZA

 

Mais de 240 figuras da cultura irlandesa e internacional contactaram a Amnistia Internacional para que seja levado a cabo um embargo militar a Israel “até que cumpra completamente as suas obrigações segundo a lei internacional” e pelos direitos dos refugiados palestinianos.

Mais Aqui


PARA QUE NUNCA MAIS (037)

Sem conhecermos grandes detalhes sobre a imagem, sabemos que se retrata o Portugal de 1955 (provavelmente Lisboa) em plena época salazarista.

Trata-se, como se pode observar, de uma pseudo bancada de peixe, instalada na rua, onde se pode constatar que todas as pessoas se encontram descalças e vestidas miseravelmente, em especial, as crianças.

É desta época que muitas pessoas têm agora saudades?...


FRASE DO DIA (1428)

Quem acompanhe a extrema-direita europeia sabe que nunca é preciso esperar muito para ver aqueles que vivem com a lei e a ordem na boca a passarem-se com malas e bagagens para as margens da criminalidade. A extrema-direita tende a atrair delinquentes.

Daniel Oliveira, Expresso Diário

 

O CHEGA É UMA FRAUDE POLÍTICA

 

Há alguns meses, a página do Chega de Ventura publicou uma imagem em que denunciava o facto de que o programa dos proto-fascistas do Chega penalizam as pessoas de baixos rendimentos e baixam os impostos aos ricos.

Agora, após ter sido solicitado para verificação de factos sobre essa alegação, o Polígrafo analisou o assunto, fez as contas e concluiu que, de facto, a proposta do Chega para os impostos beneficia ricos e prejudica famílias comuns.

Confrontado com os factos, o proto-fascista fez o que faz sempre: mentiu.

(…)

A proposta do Chega prejudicaria pessoas de baixos rendimentos, aumentando-lhes os impostos e beneficiaria pessoas de altos rendimentos, baixando-lhes os impostos. Mas, ainda assim, o proto-fascista sugere que isso é mentira.

(…)

Pois bem, há quase meio ano, nós denunciámos a fraude política que o Chega é, realçando o facto de que este sinistro grupo de pessoas tenta enganar o cidadão comum, apelando-lhe a preconceitos assentes em ódio i ignorância, mas que, na verdade, querem apenas desmantelar o Estado Social, beneficiar os mais ricos e privatizar tudo o que puderem.

(…)

Recuperamos hoje o vídeo “A fraude política”, em que todos podem ver Ventura a admitir o que o seu programa implica para os mais pobres, quando fi devidamente apertado pelos jornalistas.

(Excertos adaptados de um texto publicado no site “Uma Página numa Rede Social”)


terça-feira, 25 de agosto de 2020

PARA QUE NUNCA MAIS (036)

 

Momentos antes da sua morte. Memória da infâmia humana.

“Czeslawa Kwoka, polaca, católica, 14 anos.

Morta no campo de extermínio de Auschwitz em 18 de fevereiro de 1943 com uma injeção de fenol no coração. Pouco antes da execução, foi fotografada pelo prisioneiro Whilem Brasse, que testemunhou contra o carrasco de Czeslawa, uma mulher que, antes da foto, a atingiu no rosto, como mostra o hematoma no seu lábio. Vemos apenas o rosto de uma menina apavorada que nem mesmo falava a língua deles e que havia perdido a mãe poucos dias antes. Ela foi uma das cerca de 250.000 crianças e menores executados em Auschwitz-Birkenau.

A foto, originalmente a preto e branco no memorial de Oswiecim foi colorida pela fotógrafa profissional brasileira Anna Amaral, que ficou impressionada com a foto de Czeslawa e decidiu coloca-la em cores e disponível para todos. Para que todos saibam e ninguém esqueça…”

Do mural de Manuel Tavares

Via Francisco Colaço


ISRAEL IMPEDE QUE GAZA FAÇA TESTES À COVID-19

 
Israel utiliza a pandemia como mais uma forma de dizimar a população palestiniana. Mais uma vez, há que alertar para a passividade da comunidade internacional, tão lesta noutras situações...

FRASE DO DIA (1427)

 [Nos EUA] o desemprego aumentou mais de vinte milhões no primeiro semestre, depois só recuperou um terço dessa perda e estagnou desde então, mas os eleitores republicanos acreditam que tudo está a correr bem.

Francisco Louçã, “Expresso” Diário


OS 200 ANOS DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820

 

Passam agora 200 anos sobre a revolução Liberal de 1820. Foi a 24 de Agosto daquele ano. (Cecília Barreira)


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

ONDE ESTÁ A COMUNIDADE INTERNACIONAL? ONDE ESTÁ O MUNDO?

 
As forças de ocupação de Israel assassinaram cerca de 3 mil crianças nos últimos 17 anos.
No cartaz pode ler-se que 50 mil crianças foram detidas por Israel desde 1967.
(Via Fernando Gregório)

FRASE DO DIA (1426)

 Enquanto ter impostos absurdamente baixos para os dividendos das empresas lhes permitir ir buscar dinheiro dos Estados que garantem as infraestruturas para essas empresas funcionarem, a Holanda será uma offshore que vive da economia alheia.

Daniel Oliveira, Expresso Diário


A HISTÓRIA DA VENDA DO NOVO BANCO É A DE UM DESASTRE ANUNCIADO

 

Foi uma venda catastrófica que já custou ao Estado 3 mil milhões de euros, por um banco no qual não tem qualquer poder de decisão.

Não tinha de ser assim, o Bloco propôs alternativas à venda do Novo Banco ao fundo abutre Lone Star. Foram sempre chumbadas pelo PS, PSD e CDS. Mas bancos que foram capitalizados com dinheiro público têm de ser públicos.

O Bloco exige:

- Demissão da administração do Fundo de Resolução;

- Substituição da administração do Novo Banco;

- Suspensão de todas as transferências para o Novo Banco e todas as vendas de ativos;

- Conhecimento do Parlamento de todas as decisões relativas ao Novo Banco;

- Deve ser o Banco de Portugal a terminar a auditoria à gestão do Novo Banco.

(Esquerda net)

OS FASCISTAS SEMPRE ANDARAM POR AÍ...

 

Os fascistas não desapareceram, como que por magia, no dia 26 de Abril de 1974 nem se transformaram em democratas convictos, acoitados nos partidos de direita que, no pós-25 de Abril, se formaram. Os seus crimes nunca foram expiados. A lei da vida já levou muitos deles, mas ficaram os descendentes que agora se organizam para atacar a democracia e a Constituição de Abril que, apesar de já muito adulterada, ainda não lhes serve…

Se a PIDE/DGS, a polícia política da ditadura, é geralmente conhecida dos portugueses, o mesmo não acontece em relação à LP referida no post acima.

“A Legião Portuguesa constituiu uma organização nacional, integrando uma milícia, que funcionou durante o período do Estado Novo em Portugal. A LP era um organismo do Estado, normalmente dependente do Ministério do Interior. Foi fundada em 1936 e extinta com o 25 de Abril”. (Wikipédia)


domingo, 23 de agosto de 2020

A CRUELDADE SEM LIMITES

 

Deputados bolsonaristas tentam bloquear as portas do hospital onde vai abortar, com ordem do tribunal, uma menina de 10 anos que foi violada pelo tio.

23 AGOSTO: DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DO TRÁFICO DE PESSOAS ESCRAVIZADAS E A SUA ABOLIÇÃO!

 

“Hoje é dia internacional em Memória do Tráfico de Pessoas Escravizadas e a sua Abolição!
Este dia evoca a memória das pessoas escravizada que em 1791, na Ilha de São Domingos, se revoltaram contra o sistema escravocrata , conquistando a independência do Haiti. Hoje celebramos a luta vitoriosa daqueles e daquelas que se levantaram contra um sistema iníquo assente no preconceito, na discriminação e na exploração de pessoas tornadas mercadorias e afirmaram a sua subjetividade e humanidade, conquistando a liberdade para si e para a sua comunidade. Honrar a memória dos milhões de pessoas que foram escravizadas ao longo de séculos implica reconhecer os legados dessa opressão. O racismo que persiste na atualidade continua a colocar obstáculos a muitas pessoas e comunidades racializadas em todo o mundo.
Combatê-lo é um imperativo que não podemos ignorar. Para que uma nova História conquiste finalmente o seu lugar.”

MAIS CITAÇÕES (96)

 O compromisso governamental de um aumento faseado do salário mínimo até aos 750 euros na legislatura foi cumprido em 2020, com um aumento de 35 euros. Antecipar-se-ia que esse seria o ritmo para os próximos três anos.

(…)

A credibilidade democrática pede o cumprimento da promessa.

(…)

O primeiro-ministro assegurou repetidamente que, mesmo com a recessão da covid, não haveria recuo e não se repetiriam os erros da crise anterior, nomeadamente a política de ataque aos salários e pensões.

(…)

Não creio que o Governo possa alegar que o salário deva ser congelado por esse motivo [da recessão].

(…)

Não é aceitável [um aumento insignificante de salário] precisamente por estarmos a viver uma recessão muito real, se não mesmo mais grave do que o Governo admitiu até hoje.

(…)

É mesmo porque há crise económica que o salário mínimo deve aumentar em 2021, e até por valores superiores aos de 2020.

(…)

O salário mínimo é um valor de referência para as políticas sociais.

(…)

Sem o aumento do salário mínimo, tería­mos muito mais pobres em Portugal.

(…)

Com a redução das exportações, torna-se evidente que é na procura interna que está a capacidade de almofadar a recuperação a curto prazo.

(…)

Aumentar o salário mínimo cria emprego e não desemprego, ao contrário do que afirmavam as teorias que faliram na última década, como é agora reconhecido de modo generalizado na academia a partir da experiência concreta.

(…)

Aumentar o salário mínimo é das decisões mais ponderadas que se pode tomar para 2021.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Sim ao hidrogénio, mas sem embarcar nesta monumentalidade triunfal do Governo.

(…)

Não [ao hidrogénio] se for uma aposta chegada pela força dos lóbis e cegada pela urgência desesperada de espatifar o dinheiro dos outros.

(…)

Não temos sectores com lóbis tão poderosos como o da energia.

(…)

O hidrogénio é futuro, e sem ele o mundo continuará movido a três quartos pelo petróleo.

(…)

A competitividade do hidrogénio depende do custo futuro da energia

(…)

É, pois, um negócio que atrai não apenas elétricas mas sobretudo petrolíferas, que comem governos ao pequeno-almoço.

(…)

Estamos fartinhos de ver governantes engolidos na treta do progresso imparável, que acaba em custos imparáveis e talvez um emprego para eles.

(…)

Não concordo com a posição retrógrada, mesmo que fundamentada, de um documento assinado por 40 contra o hidrogénio verde.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Segundo o jornal [The New York Times], as autoridades gregas expulsaram secretamente, em 31 ações realizadas desde março, 1072 requerentes de asilo.

(…)

Também retiraram combustível a barcos de refugia­dos e rebocaram-nos para as águas turcas.

(…)

E abandonaram refugiados numa ilha desabitada.

(…)

E expulsaram migrantes legais, enfiando-os num barco no rio Evros.

(…)

Mas nada neste comportamento da Grécia a distingue de uma odiosa tirania.

(…)

E perante um bote à deriva com 22 seres humanos, dois bebés, carregado pela civilizadíssima Europa para alto-mar, pedem que não acicatemos a extrema-direita que já determina o que somos pelo medo que cresça.

(…)

Sei que o silêncio “moderado” perante o discurso bárbaro que se torna hegemónico na Europa é o problema.

(…)

Sei que o silêncio “moderado” perante o discurso bárbaro que se torna hegemónico na Europa é o problema.

(…)

Não foi por causa dos que resistiram ao antissemitismo generalizado na Europa que ele se transformou numa indústria de ódio.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Neste domínio [da “floresta cultivada”], a “visão” de Costa Silva ignora a existência de uma Lei de Bases da Política Florestal [aprovada há 24 anos por unanimidade na AR].

(…)

A “visão” de Costa Silva ignora também a existência de uma Estratégia Nacional para as Florestas, que entrou em vigor em 2006 e foi actualizada em 2015.

(…)

Não basta afirmar a preocupação com as emissões de gases de efeito estufa, ou defender a intenção de descarbonizar a economia. Há que definir uma visão consequente.  

(…)

Não se vislumbra uma aposta na investigação e, sobretudo, em extensão, tendo em vista cumprir metas mínimas de produtividade.

(…)

O que a “visão” de Costa Silva defende é a proliferação de extensas plantações de culturas energéticas? Haja água e aposta na biodiversidade que aguente!

Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)

 

[Joan Carlos é] um homem incapaz de fechar a braguilha, que se tornou exemplo de como o caruncho pode atingir uma instituição anquilosada como a monarquia.

(…)

Num mundo cada vez mais desigual, manter monarquias e casas nobiliárquicas é uma expressão institucionalizada dessa desigualdade.

(…)

A indiferença [do rei da Tailândia] ao impacto da pandemia e à crise económica no seu país é mais criminosa que qualquer crítica dos 20 mil estudantes que se juntaram, domingo, na capital tailandesa para mais um dia de protestos.

(…)

Delphine Boël cometeu o grande erro de ser resultado da longa relação extra-conjugal entre o que seria o rei Alberto II (…) e a baronesa Sibylle de Sélys Longchamps.

(…)

Mesmo sendo apenas um caso de divórcio em que a corda da tutela partiu pelo lado mais fraco, não mereciam os marroquinos saber o que se passou com a sua antiga primeira-dama?

António Rodrigues, “Público” (sem link)