quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

PARA FAZER O QUE NUNCA FOI FEITO, VOTA BLOCO DE ESQUERDA

 

CITAÇÕES À QUARTA (88)

 
Se insistimos em procurar algo num sítio em que o será possível encontrar, regressaremos de mãos vazias e até podemos levar uma banhada.

(…)

Imaginem que isso se aplica a quem nos tem governado e agora vai a votos e a reflexão ganha atualidade e pertinência.

(…)

[Um exemplo] Nos Açores será de esperar que o voto no PSD sirva para apresentar soluções para melhores cuidados de saúde quando é da sua responsabilidade a degradação dos serviços públicos?

(…)

[Outro exemplo] encontrar soluções no PS para o custo da habitação quando foi sua escolha abraçar o mercado e a consequente especulação? 

(…)

[Mais outro exemplo] votar no Chega para atacar o sistema quando são os donos disto tudo que financiam este partido e andam com Ventura ao colo?

(…)

[Na Madeira] até dentro do PSD havia vozes como a de Sérgio Marques a denunciar promiscuidade entre o setor público e o privado.

(…)

Paulo Martins e Roberto Almada, eleitos pelo Bloco de Esquerda na região foram ameaçados e processados pelas mesmas denúncias.

(…)

Já nos Açores, novamente o Chega quer ir para o Governo com PSD, que continuou a mesma política nos grandes negócios que já vinha do tempo das maiorias do PS.

(…)

[Apenas um exemplo como denunciou o deputado do Bloco, António Lima] privatizaram a EDA para entregar todos os anos milhões em dividendos ao grupo Bensaúde e à EDP.

(…)

Tempo para não repetir erros do passado nem perseguir lutas contra moinhos de vento.

Pedro Filipe Soares, “Expresso”

 

Já quase todos disseram que, na forma como lidou com a crise na Madeira, Luís Montenegro foi pouco corajoso e pouco coerente com tudo o que dissera sobre António Costa.

(…)

Fontes do PSD fizeram saber, quando era evidente que o presidente do governo regional ia mesmo cair, que Montenegro o tinha pressionado para se demitir.

(…)

A verdade é que quem retirou a confiança política a Albuquerque foi o PAN, não foi o PSD. Humilhante.

(…)

Só que, até que esclareça o que pretende fazer, a incoerência mais relevante não é do líder da oposição, mas do Presidente da República.

(…)

Agora, nas mesmas circunstâncias [do que aconteceu com Costa], aceita-se que o PSD Madeira indique um substituto que não foi a votos.

(…)

A única diferença entre as duas situações é que o PS tinha uma maioria absoluta para oferecer, no apoio a Centeno, enquanto a coligação PSD-CDS não pode dar essa garantia.

(…)

O grande argumento em defesa de Marcelo baseia-se num facto indesmentível para chegar a uma conclusão torcida: o Presidente não tem, até março, o poder de dissolução.

(…)

O argumento contra o paralelismo [entre o que aconteceu no Continente e agora na Madeira] é que quando o anunciou já podia dissolver (mas não dissolveu), enquanto agora não pode anunciar porque não pode dissolver.

(…)

Com o historial do Presidente da República é impossível assumir outra coisa, que o Presidente se escuda num argumento constitucional extraordinariamente restritivo.

(…)

Já a assunção de que o governo da Madeira é, mesmo sem Albuquerque, para a legislatura, abre a possibilidade do cenário de uma maioria direita que afaste Montenegro caso ele cumpra a promessa eleitoral e recuse um entendimento com o Chega, que lhe dê maioria.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Marcelo Rebelo de Sousa reenviou para a Assembleia da República o diploma que autorizava a escolha de um nome neutro, ou seja, não identificável com o sexo masculino ou feminino.

(…)

O mesmo para o diploma sobre as medidas a adotar pelas escolas no cumprimento da lei que estabelece a autodeterminação da identidade e expressão de género.

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Estamos a falar de um assunto que diz diretamente respeito apenas a uma minoria absoluta dos portugueses.

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Há quem veja em cada avanço no sentido da autodeterminação da identidade de género uma ameaça civilizacional e que vocalize isso mesmo.

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O veto de Marcelo foi uma vitória para as reivindicações da extrema-direita. 

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Muitas escolas já tinham avançado com medidas de apoio a alunos com disforia de género. Marcelo agora dá ordem de recuo. Porquê?

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Há quem prefira usar a inteligência apenas para justificar as decisões que tomou.

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Quando isso acontece, temos boas razões para péssimas decisões. Isto acontece frequentemente a Marcelo Rebelo de Sousa.

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Marcelo recorreu a argumentos que parecem razoáveis para vetar as medidas a adotar pelas escolas.

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Um calvário de abstrações.

(…)

Olho para Marcelo Rebelo de Sousa e arrisco dizer que desconhece a tortura de viver num corpo no qual não se reconhece.

(…)

Nunca esteve noutra posição que não a de estar no topo da cadeia antropológica a tomar decisões sobre a vida dos restantes.

(…)

Agora são umas centenas de pessoas que querem ver reconhecido o seu direito à identidade de género, a aceder às casas de banho onde se sentem mais confortáveis e a usar nomes neutros.

(…)

Tenho é pena que a sua [de Marcelo] empatia seja tão seletiva [como por exemplo em relação às gémeas brasileiras] e que deixe de fora crianças e adolescentes que estão há demasiado tempo em fila de espera para ser felizes.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Sejamos claros: se uma vertente nuclear da educação for (e é) tornar o ser moralmente responsável pelos seus actos, perante a sua consciência e perante os outros, resulta evidente que não o podemos deixar entregue à sua natureza instintiva.

(…)

Temos, isso sim, de o orientar num processo que o leve a admitir que a sua liberdade tem limites e que a entrada na sociedade supõe a aceitação de um conjunto de normas e de regras (disciplina) a que terá de obedecer.

(…)

A autonomia que sempre tenho defendido para as escolas não serve se for entregue a (ir)responsáveis que escondem que a indisciplina é o maior problema das instituições que dirigem.

(…)

Dir-se-ia que a obsessão pelos cuidados a prestar às crianças e aos adolescentes obliterou a obrigação de os responsabilizar.

(…)

Erram os que identificam disciplina com repressão, sem lhe reconhecer a capacidade transformadora de um ser bruto num ser social, ética e culturalmente válido.

Santana Castilho, “Público” (sem link)


BLOCO DE ESQUERDA AÇORES: TEMPO DE ANTENA

 

Levar os Açores a sério


ISRAEL TEM DE CUMPRIR O ACÓRDÃO DO TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA

 


A Amnistia Internacional considera que a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), no dia 26 de janeiro, na qual ordenou medidas provisórias em resposta ao processo de genocídio da África do Sul contra Israel são um passo importante que pode ajudar a proteger o povo palestiniano na Faixa de Gaza. No entanto, voltamos a lembrar que só um cessar-fogo permanente poderá pôr fim a um sofrimento civil sem precedentes.

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CATARINA MARTINS NO LINHAS VERMELHAS DE ONTEM

 

A decisão do Tribunal de Haia é uma chamada do mundo à responsabilidade. Não podemos assistir a um genocídio de braços cruzados. É urgente travar Israel e proteger a população de Gaza. Portugal tem de tomar posição para travar Israel e reconhecer desde já o Estado da Palestina.

No Linhas Vermelhas de ontem, em que também falamos da crise política na Madeira e de corrupção. Na íntegra nas plataformas de podcast e na app e site da SIC Notícias


A FALTA DE CONDIÇÕES, ESPECIALMENTE REMUNERATÓRIAS, CONTINUA A EMPURRAR MUITOS PORTUGUESES PARA TRABALHAREM NO ESTRANGEIRO

 
Via "diário as beiras"

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

O BLOCO APRESENTA CONTAS QUE PERMITEM SALVAR O MAIS IMPORTANTE NA ÁREA DA SAÚDE: O SNS

 

O Bloco apresenta contas. Um regime de exclusividade a sério custa 501 milhões por ano. Contratar 2000 médicos e 2000 enfermeiros custa 166 milhões. Isto permite poupar 100 milhões em tarefeiros e 302 milhões em horas extra. E permite fazer o mais importante: salvar o SNS. (Mariana Mortágua)


FRASE DO DIA (2186)

 
Quase uma década depois da saída da troika, voltamos a ter técnicos não-eleitos a tomar decisões determinantes sobre o nosso orçamento e, mais uma vez, com o apoio do Partido Socialista.

José Gusmão e Madalena Figueira, “Público”


PARA ACABAR COM A CORRUPÇÃO, É PRECISO TOLERÂNCIA ZERO PARA OS OFFSHORES

 

Porque é que há tão poucas condenações por corrupção? O problema é que a lei deixa que o dinheiro sujo fuja. Impedir o recurso a offshores é a única forma de travar este círculo vicioso.

Mariana Mortágua


ACONTECEU ESTA SEXTA-FEIRA: BLOCO DE ESQUERDA FORMALIZOU A CANDIDATURA POR COIMBRA ÀS LEGISLATIVAS DE MARÇO


Via "diário as beiras"

AUSTERIDADE 2.0

 

"Esta abordagem completamente enviesada das contas públicas privilegia estratégias de consolidação através de cortes na despesa em detrimento do crescimento. Retoma a lógica das troikas e demonstra que Comissão, direita e socialistas não aprenderam nada com a experiência desastrosa da austeridade."

https://www.publico.pt/.../opiniao/austeridade-20-2078576.


UMA EXIGÊNCIA SIMPLES: BAIXAR O PREÇO DAS CASAS

 

Uma multidão nas ruas, com uma exigência simples: baixar o preço das casas. A escolha do Bloco é clara: o direito à habitação está acima da especulação. Mariana Mortágua


É PROVÁVEL QUE O NOSSO PLANETA SOBREVIVA A ESTE SISTEMA MAS O MESMO NÃO ACONTECERÁ EM RELAÇÃO À HUMANIDADE

 
Via "O Esquerdista!

A TRAGÉDIA QUE TEIMA EM NÃO TERMINAR E QUE PARECE COMEÇAR A FICAR ESQUECIDA


Via "Diário de Coimbra"

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

DECLARAÇÃO DE ANTÓNIO BRANCO, MANDATÁRIO DA CANDIDATURA BLOCO ALGARVE, NA ENTREGA DA LISTA

 

Um Bloco de muitas esquerdas para voltarmos a ter a esquerda do Algarve

representada no Parlamento.

A DIREITA NÃO É ALTERNATIVA AO PS

 
Imagem colhida no "diário as beiras"

FRASE DO DIA (2185)

 
Por exemplo, no Japão (um país há muito governado por conservadores ou liberais) as políticas de ciência, tecnologia e inovação têm por base planos quinquenais, que orientam cerca de metade do orçamento público para aquelas áreas.

Ricardo Paes Mamede, “Público”


NÃO TEM QUE SER ASSIM

 
Via "Underground lusófono"

A NOVA AD E O QUE TÊM EM COMUM OS SEUS LÍDERES

 
Via "Tugalíticos"

REFUGIADOS CLIMÁTICOS SÃO PESSOAS FORÇADAS A MIGRAR POR DESASTRES OU MUDANÇAS CLIMÁTICAS VIOLENTAS

 

Mais e mais pessoas estão sendo forçadas a migrar devido a desastres e mudanças repentinas no clima. A população de pessoas deslocadas internas (dentro de seus países), deslocadas externas (refugiadas) e apátridas (aquelas sem cidadania em qualquer país) está crescendo em número. (Árvore, Ser Tecnológico)

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domingo, 28 de janeiro de 2024

AÇÃO DE CAMPANHA NO MERCADO MUNICIPAL DE PORTIMÃO COM A PRESENÇA DE JOSÉ GUSMÃO, CABEÇA DE LISTA DO BLOCO PELO ALGARVE

 

Contacto com a população numa ação de campanha do Bloco de Esquerda, com a presença do cabeça de lista pelo Algarve José Gusmão, no Mercado Municipal de Portimão.

Via Bloco de Esquerda Algarve


PARA O CIDADÃO COMUM NÃO PASSA DE MAIS UMA PROMESSA DE CAMPANHA ELEITORAL

 

Depois de ter rejeitado dezenas de propostas do Bloco para acabar com as portagens nas ex-SCUT, o PS vem prometer em campanha eleitoral aprovar, depois das eleições, o que anda há mais de uma década a chumbar. Quem não os conheça que pague a portagem.

https://rr.sapo.pt/.../ps-promete-fim-das.../364439/

José Gusmão


PELA TERCEIRA VEZ, MILHARES DE PESSOAS SAÍRAM À RUA NA CAPITAL, E NOUTRAS CIDADES, UM POUCO POR TODO O PAÍS, EM PROTESTO PELO DIREITO À HABITAÇÃO

 

Numa longa caminhada da Alameda à Rua Augusta, jovens, reformados, imigrantes, pessoas de todas as origens gritaram muitas palavras de ordem. Uma das frases que mais se ouviu foi: “Baixem as rendas, prolonguem os contratos".

Leia a reportagem: https://expresso.pt/.../2024-01-27-A-cidade-e-para-morar...


FRASE DO DIA (2184)

 
Nos países desenvolvidos, o ensino cumpre a função de reproduzir a hierarquização social. O ensino tem sido um fraco elevador social. E é preciso muito mais que o ensino para que os pobres possam ascender na pirâmide social.

Nuno Ramos de Almeida, DN


DEFINITIVAMENTE NÃO AO RACISMO!

 
Via "Underground Lusófono"

A PROPÓSITO DA COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

 
Via "Diário de Coimbra"

ALTAMENTE CHOCANTE: HÁ DOIS DIAS, TODAS AS TENDAS ESTAVAM COMO ESTA NA FAIXA DE GAZA

 

Crianças a dormirem sobre lama. (Imagem via Women for Palestine)


sábado, 27 de janeiro de 2024

PRECISAMOS DE UM QUARTO PARA ESTUDAR E DE UMA CASA PARA VIVER

 

À medida que se reduzia a disponibilidade de quartos para estudantes, aumentava o preço da habitação. Enquanto isso, o alojamento local, o turismo e a especulação imobiliária lucraram e continuam a lucrar, sem que haja respostas para o alojamento estudantil. (Mariana Mortágua)


MAIS CITAÇÕES (267)

 
Pela minha origem, sempre denunciei a promiscuidade entre a política e os negócios na Madeira e até fui processado por isso.

(…)

Quem se queixa de oito anos de um partido à frente do país deve imaginar o que são 50 anos numa ilha. 

(…)

Não há como Montenegro se pôr ao largo, depois da colagem descarada e trapalhona à vitória do PSD na Madeira.

(…)

A convicção é que, se não passa na televisão, a justiça não se faz. Sobretudo a eleitoral.

(…)

Se isto se traduzisse em condenações, ainda se tolerava. Assim, serve para desgastar a democracia.

(…)

Desde José Sócrates que a direita, para não se concentrar nas suas propostas antipopulares, adotou a superioridade ética face ao PS como o principal substrato do seu discurso.

(…)

E há uma década que a direita se alimenta do exibicionismo da Justiça.

(…)

Uma coisa é a Justiça investigar crimes, como deve acontecer no Estado de Direito, outra é o aproveitamento partidário.

(…)

O PSD tornou-se, subitamente, amante da presunção de inocência.

(…)

Miguel Albuquerque explicou, em novembro, que era impossível António Costa continuar a governar.

(…)

[Montenegro] tratou este episódio como uma mera “perturbação na atenção política dos portugueses”.

(…)

Em novembro [Montenegro] disse que o Governo não tinha “nenhuma condição para continuar”.

(…)

Agora diz que “as diferenças são mais que muitas” nas duas histórias.

(…)

Conheço a Madeira e sei o que a casa gasta. Até por isso me espanta a pontaria de, em meio século de uso do Estado para proveito privado e condicionamento da comunicação social, esta investigação cair em vésperas de eleições.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Em 2018, o Governo cessante garantiu que em 2024, 50 anos depois da Revolução de Abril, teríamos o problema de habitação resolvido.

(…)

Voltou a reforçar esse anúncio em 2021. Porém, chegados aqui, temos de voltar a lutar pela habitação e por muito mais.

(…)

O acesso à habitação está em retrocesso acelerado.

(…)

Os jovens, com o avançar na idade, não conseguem resolver a sua vida e sair de casa dos pais, saindo, em vez disso, do país.

(…)

Desde o referido anúncio, vários pacotes de políticas para a habitação têm sido anunciados.

(…)

Todos falharam, porque não vão ao essencial: não têm a coragem política de confrontar os interesses imobiliários e turísticos.

(…)

A única forma de resolver a crise na habitação será através da continuidade da organização, da pressão e da mobilização popular nas ruas.

(…)

A plataforma Casa para Viver, que desde 1 de Abril tem convocado manifestações amplas, junta uma centena de organizações com experiência e conhecimento, ancoradas na realidade concreta.

(…)

Foi graças a estas manifestações que se conseguiu, por exemplo, o fim dos "vistos gold" associados ao imobiliário (…) que se conseguiu que o Governo subsidiasse parte das famílias inquilinas, aliviando o seu orçamento (…) ou o anúncio, dois dias depois da manifestação de 30 de Setembro, do fim do regime fiscal dos residentes não habituais, com grande impacto na inflação do valor das casas.

(…)

Se há algo que o 25 de Abril nos ensinou foi que é preciso organizarmo-nos, mobilizarmo-nos, lutarmos para conquistar os nossos direitos.

Rita Silva, “Público” (sem link)

 

Depois de uma mudança de regime [em 25 de Abril de 1974] feita sem sangue eis-nos presos a uma estratégia de desenvolvimento pouco ambiciosa, a políticas públicas teimosamente redistributivas, e a uma classe política com evidentes fragilidades.

(…)

Nesta fase de pré-campanha eleitoral o cruzamento da política com a justiça arrisca-se a fazer implodir o centro político em Portugal.

(…)

nunca como agora enfrentamos uma formação partidária de direita populista que promete soluções radicalmente simples, rápidas e falsas.

(…)

Porque chegámos até aqui é uma pergunta que temos de tentar responder com seriedade e funda intenção de melhoria.

(…)

Que os 50 anos do 25 de Abril nos encham de vergonha coletiva e nos motivem ao obrigatório ato de contrição.

Cristina Azevedo, “diário as beiras” (sem link)

 

Entre outras medidas a AfD [Alternativa para a Alemanha] propõe-se combater a imigração e sair da zona do euro impondo ainda uma acentuada política de “germanização” do país e de aproximação à Rússia.

(…)

Ao mesmo tempo esteve há pouco envolvida num plano destinado, se chegar ao poder, a expatriar para um país africano não especificado um número indefinido de cidadãos não “assimilados”.

(…)

O Parlamento de Estrasburgo [estima que] dentro de pouco tempo, cerca de um terço dos seus deputados vinculados a esta área extremista [extrema-direita].

(…)

O que pretende a nova extrema-direita? Desde logo uma mistura das velhas receitas do nacionalismo e de manipulação da história que antes da Segunda Guerra Mundial aumentaram a ascensão dos fascismos.

(…)

falta aqui, na aparência a componente totalitária e genocida que caracterizou o nazismo. mas este será o passo seguinte a dar.

(…)

Estas forças aproveitam os descontentamentos e os medos de um numero crescente de cidadãos perante as incertezas do seu destino, recorrendo à pior demagogia, à mentira e à manipulação da informação.

(…)

[O adormecimento da Europa] existe em larga medida porque um número crescente de cidadãos ignora as lições da história.

(…)

Mas acontece também porque um número crescente de forças políticas democráticas tende, também como ocorreu num passado, entretanto esquecido, a subvalorizar o perigo.

(…)

[Não se mostram capazes] de tomar medidas efetivas, se necessário recorrendo para a força da lei, contra os partidos e as organizações que todos os dias se preparam para [destruir o sistema democrático].

Rui Bebiano, “diário as beiras” (sem link)

 

Quando lemos os textos do Papa Francisco, o sonho é uma palavra recorrente nas suas intervenções.

(…)

Neste tempo de conflitos, sem horizonte de paz, só temos o Sonho da Paz.

(…)

Se olharmos para o panorama do mundo percebemos que estamos numa sociedade onde o culto da violência se vai manifestando em locais improváveis: família, escolas, ruas das nossas cidades, estrada… mas também, e sobretudo, numa economia geradora de injustiças. E a injustiça é o caldo apropriado para a cultura da violência…

Idalino Simões, “Diário de Coimbra” (sem link)


NEM NO MEIO DA MAIS COMPLETA CATÁSTROFE RELACIONADA COM A FALTA DE ÁGUA NO ALGARVE, O GOVERNO TRATA DO QUE INTERESSA…

 

…Converter todas as monoculturas intensivas em produções sustentáveis, converter uma parte das explorações em culturas de sequeiro, obrigar hotéis e campos de golfe a investir no aproveitamento de águas residuais. Para o governo, obrigações, aumento de preços, racionamento, multas e ameaças estão reservadas para quem usa a água para beber, cozinhar e tomar banho.

https://setentaequatro.pt/.../algarve-nao-ha-agua-sem...

José Gusmão


É SEMPRE POSSÍVEL PROTEGER TODAS AS PESSOAS DAS AMEAÇAS À LIBERDADE, À DIGNIDADE E À HUMANIDADE

 

Não deixemos nunca de acreditar que é possível proteger todas as pessoas das ameaças à liberdade, à dignidade e à humanidade, revisitando o passado mas acreditando num futuro livre de preconceito e ódio.

Junte-se a nós pela defesa dos Direitos Humanos em www.amnistia.pt


O INCITAMENTO AO ÓDIO E À VIOLÊNCIA É CRIME

 
Martha Mendes, "diário as beiras"

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

CITAÇÕES

 
Todas as crianças até cinco anos em Gaza não estão a receber nutrição suficiente, e correm o risco de danos físicos e mentais.

(…)

Todas as crianças até cinco anos. Que em Gaza são 335 mil. O equivalente a mais de metade das crianças dessa idade em Portugal

(…)

E que, ao contrário das outras guerras, de tudo o que conhecemos, não têm para onde fugir. Além de esfomeadas, foram amontoadas à bomba em tendas molhadas, sujas, focos de doença.

(…)

Cesarianas sem anestésicos, sem hospital, sem cama. Aleitamentos sem água, sem comida.

(…)

Mais as 50 mil mulheres que continuam grávidas em Gaza, agora. Realmente nunca vistas, além das estatísticas.

(…)

E porque toda a gente lá é palestiniana, e não europeia, americana, israelita, também há outro sem precedente em Gaza desde 7 de Outubro: não entram repórteres (fora os inseridos nas tropas israelitas, mediante censura), e os locais têm estado a ser mortos.

(…)

Portanto, se Gaza é o nunca visto, imaginem se víssemos.

(…)

Quanto ao que está a acontecer desde então [7 outubro 2023] em Gaza, o jornalismo pôde captar só uma pequena parte. 

(…)

Por outras palavras, a vida segue à custa da morte em Gaza. Ver, teme-se, seria insuportável.

(…)

O trauma do ataque do Hamas, também ele sem precedentes no Estado judaico. Os lutos de 1200 mortos, as famílias de 240 sequestrados.

(…)

Qualquer jornalista que aterrou em Israel no pós-7 de Outubro terá recebido em inglês, no seu email ou WhatsApp, muitas possibilidades de reportagem.

(…)

Uma gigantesca rede de assessoria de imprensa.

(…)

O repórter podia só pôr o despertador para a hora do autocarro em que as autoridades israelitas levariam os jornalistas num tour pela destruição do lugar tal, e os devolveriam ao fim do dia a Telavive ou Jerusalém.

(…)

Entretanto, algumas dezenas de palestinianos cobriam uma catástrofe sem precedentes em Gaza, sendo eles mesmo alvos. E na Cisjordânia disparava a guerra na sombra há muito.

(…)

Ao longo de mais de 20 anos, vi multiplicarem-se centenas de milhares de colonos na Cisjordânia, com todas as estruturas que apoiam a ocupação.

(…)

Israel nunca parou de transferir população para o território que ocupa, violando as convenções internacionais.

(…)

Cada colono é ilegal, e todos os colonos são Israel.

(…)

Sempre foram o bulldozer do Estado, a sua carne para canhão, a sua milícia, e no actual Governo de Netanyahu a sua ala terrorista, cada vez mais armada.

(…)

A violência dos colonos de Israel não é o que escapa ao controlo do Governo, ao contrário do que os EUA tentam vender, para dar um ar de que pressionam Israel em algo. Os colonos são a política de Israel. São o Estado.

(…)

Assim, enquanto os EUA e a Europa debatem a solução Dois Estados, há muito por contar na Cisjordânia.

(…)

Se em Gaza a vida está a ser extinta, qualquer povoação da Cisjordânia, neste momento, teme pela vida.

(…)

Teoricamente, não é só Israel a travar a entrada de jornalistas em Gaza. O Egipto contribui para isso na fronteira de Rafah. Mas na prática é Israel, porque o Egipto não está interessado em fazer frente a Israel.

(…)

Cobrir Gaza não rivaliza com cobrir a Ucrânia.

(…)

Se o 7 de Outubro tomou o espaço mediático, isso não significa que a vida e morte em Gaza estejam a ser cobertas, para além do esforço heroico dos repórteres palestinianos (os Gigantes do Ano de 2023).

(…)

Nunca precisámos tanto de jornalismo, além das redes sociais (que, no caso da Palestina, têm sido muitas vezes as únicas janelas).

Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)

 

Segundo dados do Observatório [da Mobilidade Social], cerca de 65% da população activa dos 31 Estados que fazem parte da OCDE teme não ter a mesma estabilidade financeira dos seus pais.

(…)

As crianças que nascem hoje nas famílias mais pobres terão salários 20% mais baixos que as que têm sorte de vir ao mundo entre os agregados mais abastados; na próxima geração, o fosso será ainda maior.

(…)

E se hoje já seriam precisas quase cinco gerações para o rendimento das famílias mais pobres chegar à média, imagine-se o que virá a seguir.

(…)

Quando questionados, quase 80% dos inquiridos dos 31 países acreditam que se deveria reduzir a desigualdade económica e que mais deveria ser feito para nivelar as oportunidades.

(…)

Diz a OCDE que os portugueses, quando lhes pediram para classificar, de 0 a 10, o seu nível de satisfação geral em relação à vida, acabaram com 5,8 de média, abaixo dos 6,7 da média geral dos países da organização.

(…)

No sábado, os Trabalhistas britânicos apresentaram um estudo que demonstra que o país se tornou “menos produtivo e menos igualitário” depois de 14 anos com os conservadores no poder.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

A percepção de que a nova AD não consegue implantar-se no eleitorado começa a formar uma evidência.

(…)

Não são apenas as sondagens que o indicam, é também o potencial crescimento da extrema-direita a reforçar a ideia de que a nova coligação não conseguiu qualquer sinal de retoma de um eleitorado que lhe foge entre os dedos.

 (…)

 Nenhuma linha laranja foi traçada quando o alerta era mais do que vermelho. 

(…)

A incapacidade de comunicar positivamente pode ser a gota de água que empurre o PSD para o empate técnico com a extrema-direita, como já se augura nas últimas sondagens, se levarmos em linha de conta a distribuição de indecisos. 

(…)

Poderá chegar o tempo em que Passos Coelho volte, não para liderar um projecto na Direita, mas para levar o PSD como apêndice.

Miguel Guedes, JN