quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
CITAÇÕES À QUARTA (88)
(…)
Imaginem que isso se aplica a quem nos tem governado e agora
vai a votos e a reflexão ganha atualidade e pertinência.
(…)
[Um exemplo] Nos Açores será de esperar que o voto no PSD
sirva para apresentar soluções para melhores cuidados de saúde quando é da sua
responsabilidade a degradação dos serviços públicos?
(…)
[Outro exemplo] encontrar soluções no PS para o custo da
habitação quando foi sua escolha abraçar o mercado e a consequente especulação?
(…)
[Mais outro exemplo] votar no Chega para atacar o sistema
quando são os donos disto tudo que financiam este partido e andam com Ventura
ao colo?
(…)
[Na Madeira] até dentro do PSD havia vozes como a de Sérgio
Marques a denunciar promiscuidade entre o setor público e o privado.
(…)
Paulo Martins e Roberto Almada, eleitos pelo Bloco de
Esquerda na região foram ameaçados e processados pelas mesmas denúncias.
(…)
Já nos Açores, novamente o Chega quer ir para o Governo com
PSD, que continuou a mesma política nos grandes negócios que já vinha do tempo
das maiorias do PS.
(…)
[Apenas um exemplo como denunciou o deputado do Bloco,
António Lima] privatizaram a EDA para entregar todos os anos milhões em
dividendos ao grupo Bensaúde e à EDP.
(…)
Tempo para não repetir erros do passado nem perseguir lutas
contra moinhos de vento.
Pedro Filipe Soares, “Expresso”
Já quase todos disseram que, na forma como lidou com a crise
na Madeira, Luís Montenegro foi pouco corajoso e pouco coerente com tudo o que
dissera sobre António Costa.
(…)
Fontes do PSD fizeram saber, quando era evidente que o
presidente do governo regional ia mesmo cair, que Montenegro o tinha
pressionado para se demitir.
(…)
A verdade é que quem retirou a confiança política a
Albuquerque foi o PAN, não foi o PSD. Humilhante.
(…)
Só que, até que esclareça o que pretende fazer, a incoerência
mais relevante não é do líder da oposição, mas do Presidente da República.
(…)
Agora, nas mesmas circunstâncias [do que aconteceu com Costa],
aceita-se que o PSD Madeira indique um substituto que não foi a votos.
(…)
A única diferença entre as duas situações é que o PS tinha
uma maioria absoluta para oferecer, no apoio a Centeno, enquanto a coligação
PSD-CDS não pode dar essa garantia.
(…)
O grande argumento em defesa de Marcelo baseia-se num facto
indesmentível para chegar a uma conclusão torcida: o Presidente não tem, até
março, o poder de dissolução.
(…)
O argumento contra o paralelismo [entre o que aconteceu no
Continente e agora na Madeira] é que quando o anunciou já podia dissolver (mas
não dissolveu), enquanto agora não pode anunciar porque não pode dissolver.
(…)
Com o historial do Presidente da República é impossível
assumir outra coisa, que o Presidente se escuda num argumento constitucional
extraordinariamente restritivo.
(…)
Já a assunção de que o governo da Madeira é, mesmo sem
Albuquerque, para a legislatura, abre a possibilidade do cenário de uma maioria
direita que afaste Montenegro caso ele cumpra a promessa eleitoral e recuse um
entendimento com o Chega, que lhe dê maioria.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)
Marcelo
Rebelo de Sousa reenviou para a Assembleia da República o diploma que
autorizava a escolha de um nome neutro, ou seja, não identificável com o sexo
masculino ou feminino.
(…)
O
mesmo para o diploma sobre as medidas a adotar pelas escolas no cumprimento da
lei que estabelece a autodeterminação da identidade e expressão de género.
(…)
Estamos a falar de um assunto que diz diretamente respeito
apenas a uma minoria absoluta dos portugueses.
(…)
Há
quem veja em cada avanço no sentido da autodeterminação da identidade de género
uma ameaça civilizacional e que vocalize isso mesmo.
(…)
O veto de Marcelo foi uma vitória para as reivindicações da
extrema-direita.
(…)
Muitas
escolas já tinham avançado com medidas de apoio a alunos com disforia de
género. Marcelo agora dá ordem de recuo. Porquê?
(…)
Há quem prefira usar a inteligência apenas para justificar as
decisões que tomou.
(…)
Quando isso acontece, temos boas razões para péssimas
decisões. Isto acontece frequentemente a Marcelo Rebelo de Sousa.
(…)
Marcelo recorreu a argumentos que parecem razoáveis para vetar as
medidas a adotar pelas escolas.
(…)
Um calvário de abstrações.
(…)
Olho
para Marcelo Rebelo de Sousa e arrisco dizer que desconhece a tortura de viver
num corpo no qual não se reconhece.
(…)
Nunca
esteve noutra posição que não a de estar no topo da cadeia antropológica a
tomar decisões sobre a vida dos restantes.
(…)
Agora
são umas centenas de pessoas que querem ver reconhecido o seu direito à
identidade de género, a aceder às casas de banho onde se sentem mais confortáveis
e a usar nomes neutros.
(…)
Tenho
é pena que a sua [de Marcelo] empatia seja tão seletiva [como por exemplo em
relação às gémeas brasileiras] e que deixe de fora crianças e adolescentes que
estão há demasiado tempo em fila de espera para ser felizes.
Carmo Afonso, “Público” (sem link)
Sejamos
claros: se uma vertente nuclear da educação for (e é) tornar o ser moralmente
responsável pelos seus actos, perante a sua consciência e perante os outros,
resulta evidente que não o podemos deixar entregue à sua natureza instintiva.
(…)
Temos,
isso sim, de o orientar num processo que o leve a admitir que a sua liberdade
tem limites e que a entrada na sociedade supõe a aceitação de um conjunto de
normas e de regras (disciplina) a que terá de obedecer.
(…)
A
autonomia que sempre tenho defendido para as escolas não serve se for entregue
a (ir)responsáveis que escondem que a indisciplina é o maior problema das
instituições que dirigem.
(…)
Dir-se-ia que a obsessão pelos cuidados a prestar às crianças
e aos adolescentes obliterou a obrigação de os responsabilizar.
(…)
Erram
os que identificam disciplina com repressão, sem lhe reconhecer a capacidade
transformadora de um ser bruto num ser social, ética e culturalmente válido.
Santana Castilho, “Público” (sem link)
ISRAEL TEM DE CUMPRIR O ACÓRDÃO DO TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
A Amnistia Internacional considera que a
decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), no dia 26 de janeiro, na
qual ordenou medidas provisórias em resposta ao processo de genocídio da África
do Sul contra Israel são um passo importante que pode ajudar a proteger o povo
palestiniano na Faixa de Gaza. No entanto, voltamos a lembrar que só um
cessar-fogo permanente poderá pôr fim a um sofrimento civil sem precedentes.
Mais Aqui
CATARINA MARTINS NO LINHAS VERMELHAS DE ONTEM
A decisão do Tribunal de Haia é uma chamada do mundo à responsabilidade.
Não podemos assistir a um genocídio de braços cruzados. É urgente travar Israel
e proteger a população de Gaza. Portugal tem de tomar posição para travar
Israel e reconhecer desde já o Estado da Palestina.
No Linhas Vermelhas de ontem, em que também falamos da crise política na
Madeira e de corrupção. Na íntegra nas plataformas de podcast e na app e site
da SIC Notícias
terça-feira, 30 de janeiro de 2024
O BLOCO APRESENTA CONTAS QUE PERMITEM SALVAR O MAIS IMPORTANTE NA ÁREA DA SAÚDE: O SNS
O Bloco apresenta contas. Um regime de
exclusividade a sério custa 501 milhões por ano. Contratar 2000 médicos e 2000
enfermeiros custa 166 milhões. Isto permite poupar 100 milhões em tarefeiros e
302 milhões em horas extra. E permite fazer o mais importante: salvar o SNS.
(Mariana Mortágua)
FRASE DO DIA (2186)
José Gusmão e Madalena Figueira, “Público”
PARA ACABAR COM A CORRUPÇÃO, É PRECISO TOLERÂNCIA ZERO PARA OS OFFSHORES
Porque é que há tão poucas condenações
por corrupção? O problema é que a lei deixa que o dinheiro sujo fuja. Impedir o
recurso a offshores é a única forma de travar este círculo vicioso.
Mariana Mortágua
AUSTERIDADE 2.0
"Esta abordagem completamente enviesada das contas públicas privilegia
estratégias de consolidação através de cortes na despesa em detrimento do
crescimento. Retoma a lógica das troikas e demonstra que Comissão, direita e
socialistas não aprenderam nada com a experiência desastrosa da
austeridade."
https://www.publico.pt/.../opiniao/austeridade-20-2078576.
UMA EXIGÊNCIA SIMPLES: BAIXAR O PREÇO DAS CASAS
Uma multidão nas ruas, com uma exigência
simples: baixar o preço das casas. A escolha do Bloco é clara: o direito à
habitação está acima da especulação. Mariana Mortágua
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
DECLARAÇÃO DE ANTÓNIO BRANCO, MANDATÁRIO DA CANDIDATURA BLOCO ALGARVE, NA ENTREGA DA LISTA
Um Bloco de muitas esquerdas para voltarmos a ter a esquerda do Algarve
FRASE DO DIA (2185)
Ricardo Paes Mamede, “Público”
REFUGIADOS CLIMÁTICOS SÃO PESSOAS FORÇADAS A MIGRAR POR DESASTRES OU MUDANÇAS CLIMÁTICAS VIOLENTAS
Mais e mais pessoas estão sendo forçadas a
migrar devido a desastres e mudanças repentinas no clima. A população de
pessoas deslocadas internas (dentro de seus países), deslocadas externas
(refugiadas) e apátridas (aquelas sem cidadania em qualquer país) está
crescendo em número. (Árvore, Ser Tecnológico)
Mais Aqui
domingo, 28 de janeiro de 2024
AÇÃO DE CAMPANHA NO MERCADO MUNICIPAL DE PORTIMÃO COM A PRESENÇA DE JOSÉ GUSMÃO, CABEÇA DE LISTA DO BLOCO PELO ALGARVE
Contacto com a população numa ação de campanha
do Bloco de Esquerda, com a presença do cabeça de lista pelo Algarve José Gusmão, no Mercado Municipal de Portimão.
Via Bloco de Esquerda
Algarve
PARA O CIDADÃO COMUM NÃO PASSA DE MAIS UMA PROMESSA DE CAMPANHA ELEITORAL
Depois de ter rejeitado dezenas de propostas do Bloco para acabar com as
portagens nas ex-SCUT, o PS vem prometer em campanha eleitoral aprovar, depois
das eleições, o que anda há mais de uma década a chumbar. Quem não os conheça
que pague a portagem.
https://rr.sapo.pt/.../ps-promete-fim-das.../364439/
José Gusmão
PELA TERCEIRA VEZ, MILHARES DE PESSOAS SAÍRAM À RUA NA CAPITAL, E NOUTRAS CIDADES, UM POUCO POR TODO O PAÍS, EM PROTESTO PELO DIREITO À HABITAÇÃO
Numa longa caminhada da Alameda à Rua Augusta, jovens, reformados,
imigrantes, pessoas de todas as origens gritaram muitas palavras de ordem. Uma
das frases que mais se ouviu foi: “Baixem as rendas, prolonguem os
contratos".
Leia a reportagem: https://expresso.pt/.../2024-01-27-A-cidade-e-para-morar...
FRASE DO DIA (2184)
sábado, 27 de janeiro de 2024
PRECISAMOS DE UM QUARTO PARA ESTUDAR E DE UMA CASA PARA VIVER
À medida que se reduzia a disponibilidade de quartos para estudantes,
aumentava o preço da habitação. Enquanto isso, o alojamento local, o turismo e
a especulação imobiliária lucraram e continuam a lucrar, sem que haja respostas
para o alojamento estudantil. (Mariana Mortágua)
MAIS CITAÇÕES (267)
(…)
Quem se queixa de oito anos de um partido à frente do país deve
imaginar o que são 50 anos numa ilha.
(…)
Não há como Montenegro se pôr ao largo, depois da colagem
descarada e trapalhona à vitória do PSD na Madeira.
(…)
A convicção é que, se não passa na televisão, a justiça não se
faz. Sobretudo a eleitoral.
(…)
Se isto se traduzisse em condenações, ainda se tolerava. Assim,
serve para desgastar a democracia.
(…)
Desde José Sócrates que a direita, para não se concentrar nas suas
propostas antipopulares, adotou a superioridade ética face ao PS como o
principal substrato do seu discurso.
(…)
E há uma década que a direita se alimenta do exibicionismo da
Justiça.
(…)
Uma coisa é a Justiça investigar crimes, como deve acontecer no
Estado de Direito, outra é o aproveitamento partidário.
(…)
O PSD tornou-se, subitamente, amante da presunção de inocência.
(…)
Miguel Albuquerque explicou, em novembro, que era impossível
António Costa continuar a governar.
(…)
[Montenegro] tratou este episódio como uma mera “perturbação na
atenção política dos portugueses”.
(…)
Em novembro [Montenegro] disse que o Governo não tinha “nenhuma
condição para continuar”.
(…)
Agora diz que “as diferenças são mais que muitas” nas duas
histórias.
(…)
Conheço a Madeira e sei o que a casa gasta. Até por isso me
espanta a pontaria de, em meio século de uso do Estado para proveito privado e
condicionamento da comunicação social, esta investigação cair em vésperas de
eleições.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)
Em
2018, o Governo cessante garantiu que em 2024, 50 anos depois da Revolução de
Abril, teríamos o problema de habitação resolvido.
(…)
Voltou
a reforçar esse anúncio em 2021. Porém, chegados aqui, temos de voltar a lutar
pela habitação e por muito mais.
(…)
O acesso à habitação está em retrocesso acelerado.
(…)
Os
jovens, com o avançar na idade, não conseguem resolver a sua vida e sair de
casa dos pais, saindo, em vez disso, do país.
(…)
Desde o referido anúncio, vários pacotes de
políticas para a habitação têm sido anunciados.
(…)
Todos falharam, porque não vão ao essencial:
não têm a coragem política de confrontar os interesses imobiliários e turísticos.
(…)
A
única forma de resolver a crise na habitação será através da continuidade da
organização, da pressão e da mobilização popular nas ruas.
(…)
A
plataforma Casa para Viver, que desde 1 de Abril tem convocado manifestações
amplas, junta uma centena de organizações com experiência e conhecimento, ancoradas
na realidade concreta.
(…)
Foi graças a estas manifestações que se
conseguiu, por exemplo, o fim dos
"vistos gold" associados ao imobiliário (…) que se
conseguiu que o Governo subsidiasse parte das famílias inquilinas, aliviando o
seu orçamento (…) ou o anúncio, dois dias depois da manifestação
de 30 de Setembro, do fim do regime fiscal dos residentes não habituais, com grande
impacto na inflação do valor das casas.
(…)
Se há
algo que o 25 de Abril nos ensinou foi que é preciso organizarmo-nos,
mobilizarmo-nos, lutarmos para conquistar os nossos direitos.
Rita Silva, “Público” (sem link)
Depois
de uma mudança de regime [em 25 de Abril de 1974] feita sem sangue eis-nos presos
a uma estratégia de desenvolvimento pouco ambiciosa, a políticas públicas
teimosamente redistributivas, e a uma classe política com evidentes
fragilidades.
(…)
Nesta
fase de pré-campanha eleitoral o cruzamento da política com a justiça
arrisca-se a fazer implodir o centro político em Portugal.
(…)
nunca
como agora enfrentamos uma formação partidária de direita populista que promete
soluções radicalmente simples, rápidas e falsas.
(…)
Porque
chegámos até aqui é uma pergunta que temos de tentar responder com seriedade e
funda intenção de melhoria.
(…)
Que os
50 anos do 25 de Abril nos encham de vergonha coletiva e nos motivem ao
obrigatório ato de contrição.
Cristina Azevedo, “diário as beiras” (sem link)
Entre
outras medidas a AfD [Alternativa para a Alemanha] propõe-se combater a
imigração e sair da zona do euro impondo ainda uma acentuada política de “germanização”
do país e de aproximação à Rússia.
(…)
Ao
mesmo tempo esteve há pouco envolvida num plano destinado, se chegar ao poder,
a expatriar para um país africano não especificado um número indefinido de
cidadãos não “assimilados”.
(…)
O
Parlamento de Estrasburgo [estima que] dentro de pouco tempo, cerca de um terço
dos seus deputados vinculados a esta área extremista [extrema-direita].
(…)
O que
pretende a nova extrema-direita? Desde logo uma mistura das velhas receitas do
nacionalismo e de manipulação da história que antes da Segunda Guerra Mundial
aumentaram a ascensão dos fascismos.
(…)
falta
aqui, na aparência a componente totalitária e genocida que caracterizou o
nazismo. mas este será o passo seguinte a dar.
(…)
Estas
forças aproveitam os descontentamentos e os medos de um numero crescente de
cidadãos perante as incertezas do seu destino, recorrendo à pior demagogia, à
mentira e à manipulação da informação.
(…)
[O
adormecimento da Europa] existe em larga medida porque um número crescente de
cidadãos ignora as lições da história.
(…)
Mas
acontece também porque um número crescente de forças políticas democráticas
tende, também como ocorreu num passado, entretanto esquecido, a subvalorizar o
perigo.
(…)
[Não
se mostram capazes] de tomar medidas efetivas, se necessário recorrendo para a
força da lei, contra os partidos e as organizações que todos os dias se preparam
para [destruir o sistema democrático].
Rui Bebiano, “diário as beiras” (sem link)
Quando
lemos os textos do Papa Francisco, o sonho é uma palavra recorrente nas suas
intervenções.
(…)
Neste
tempo de conflitos, sem horizonte de paz, só temos o Sonho da Paz.
(…)
Se olharmos
para o panorama do mundo percebemos que estamos numa sociedade onde o culto da
violência se vai manifestando em locais improváveis: família, escolas, ruas das
nossas cidades, estrada… mas também, e sobretudo, numa economia geradora de
injustiças. E a injustiça é o caldo apropriado para a cultura da violência…
Idalino Simões, “Diário de Coimbra” (sem link)
NEM NO MEIO DA MAIS COMPLETA CATÁSTROFE RELACIONADA COM A FALTA DE ÁGUA NO ALGARVE, O GOVERNO TRATA DO QUE INTERESSA…
…Converter todas as monoculturas intensivas em produções sustentáveis,
converter uma parte das explorações em culturas de sequeiro, obrigar hotéis e
campos de golfe a investir no aproveitamento de águas residuais. Para o
governo, obrigações, aumento de preços, racionamento, multas e ameaças estão
reservadas para quem usa a água para beber, cozinhar e tomar banho.
https://setentaequatro.pt/.../algarve-nao-ha-agua-sem...
José Gusmão
É SEMPRE POSSÍVEL PROTEGER TODAS AS PESSOAS DAS AMEAÇAS À LIBERDADE, À DIGNIDADE E À HUMANIDADE
Não deixemos nunca de acreditar que é possível proteger todas as pessoas
das ameaças à liberdade, à dignidade e à humanidade, revisitando o passado mas
acreditando num futuro livre de preconceito e ódio.
Junte-se a nós pela defesa dos Direitos Humanos em www.amnistia.pt
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
CITAÇÕES
(…)
Todas as crianças até cinco anos. Que em Gaza são 335 mil.
O equivalente a mais de metade das crianças dessa idade em Portugal
(…)
E que, ao contrário das outras guerras, de tudo o que
conhecemos, não têm para onde fugir. Além de esfomeadas, foram
amontoadas à bomba em tendas molhadas, sujas, focos de doença.
(…)
Cesarianas sem anestésicos, sem hospital, sem cama.
Aleitamentos sem água, sem comida.
(…)
Mais as 50 mil mulheres que continuam grávidas em
Gaza, agora. Realmente nunca vistas, além das
estatísticas.
(…)
E
porque toda a gente lá é palestiniana, e não europeia, americana, israelita,
também há outro sem precedente em Gaza desde 7 de Outubro: não entram
repórteres (fora os inseridos nas tropas israelitas, mediante censura), e os locais
têm estado a ser mortos.
(…)
Portanto, se Gaza é o nunca visto, imaginem se víssemos.
(…)
Quanto ao que está a acontecer desde então [7 outubro 2023]
em Gaza, o jornalismo pôde captar só uma pequena parte.
(…)
Por outras palavras, a vida segue à custa da morte em Gaza.
Ver, teme-se, seria insuportável.
(…)
O
trauma do ataque do Hamas, também ele sem precedentes no Estado judaico. Os
lutos de 1200 mortos, as famílias de 240 sequestrados.
(…)
Qualquer
jornalista que aterrou em Israel no pós-7 de Outubro terá recebido em inglês,
no seu email ou WhatsApp, muitas possibilidades de reportagem.
(…)
Uma gigantesca rede de assessoria de imprensa.
(…)
O
repórter podia só pôr o despertador para a hora do autocarro em que as
autoridades israelitas levariam os jornalistas num tour pela destruição do
lugar tal, e os devolveriam ao fim do dia a Telavive ou Jerusalém.
(…)
Entretanto,
algumas dezenas de palestinianos cobriam uma catástrofe sem precedentes em
Gaza, sendo eles mesmo alvos. E na Cisjordânia disparava a guerra na sombra há
muito.
(…)
Ao
longo de mais de 20 anos, vi multiplicarem-se centenas de milhares de colonos
na Cisjordânia, com todas as estruturas que apoiam a ocupação.
(…)
Israel nunca parou de transferir população para o território
que ocupa, violando as convenções internacionais.
(…)
Cada colono é
ilegal, e todos os colonos são Israel.
(…)
Sempre
foram o bulldozer do Estado, a sua carne para canhão, a sua milícia, e no
actual Governo de Netanyahu a sua ala terrorista, cada vez mais armada.
(…)
A
violência dos colonos de Israel não é o que escapa ao controlo do Governo, ao
contrário do que os EUA tentam vender, para dar um ar de que pressionam Israel
em algo. Os colonos são a política de Israel. São o Estado.
(…)
Assim, enquanto os EUA e a Europa debatem a solução Dois Estados,
há muito por contar na Cisjordânia.
(…)
Se em Gaza a vida está a ser extinta, qualquer povoação da
Cisjordânia, neste momento, teme pela vida.
(…)
Teoricamente,
não é só Israel a travar a entrada de jornalistas em Gaza. O Egipto contribui
para isso na fronteira de Rafah. Mas na prática é Israel, porque o Egipto não
está interessado em fazer frente a Israel.
(…)
Cobrir Gaza não rivaliza com cobrir a Ucrânia.
(…)
Se o 7
de Outubro tomou o espaço mediático, isso não significa que a vida e morte em
Gaza estejam a ser cobertas, para além do esforço heroico dos repórteres
palestinianos (os Gigantes do Ano de 2023).
(…)
Nunca
precisámos tanto de jornalismo, além das redes sociais (que, no caso da
Palestina, têm sido muitas vezes as únicas janelas).
Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)
Segundo
dados do Observatório [da Mobilidade Social], cerca de 65% da população activa
dos 31 Estados que fazem parte da OCDE teme não ter a mesma estabilidade
financeira dos seus pais.
(…)
As
crianças que nascem hoje nas famílias mais pobres terão salários 20% mais
baixos que as que têm sorte de vir ao mundo entre os agregados mais abastados; na próxima geração, o fosso será ainda maior.
(…)
E se hoje
já seriam precisas quase cinco gerações para o rendimento das famílias mais
pobres chegar à média, imagine-se o que virá a seguir.
(…)
Quando
questionados, quase 80% dos inquiridos dos 31 países acreditam que se deveria
reduzir a desigualdade económica e que mais deveria ser feito para nivelar as
oportunidades.
(…)
Diz a
OCDE que os portugueses, quando lhes pediram para classificar, de 0 a 10, o seu
nível de satisfação geral em relação à vida, acabaram com 5,8 de média, abaixo
dos 6,7 da média geral dos países da organização.
(…)
No
sábado, os Trabalhistas britânicos apresentaram um estudo que demonstra que o
país se tornou “menos produtivo e menos igualitário” depois de 14 anos com os
conservadores no poder.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
A percepção de que a nova AD não consegue implantar-se no
eleitorado começa a formar uma evidência.
(…)
Não são apenas as sondagens que o indicam, é também o
potencial crescimento da extrema-direita a reforçar a ideia de que a nova
coligação não conseguiu qualquer sinal de retoma de um eleitorado que lhe foge
entre os dedos.
(…)
Nenhuma linha laranja foi traçada quando o alerta era
mais do que vermelho.
(…)
A incapacidade de comunicar positivamente pode ser a gota de
água que empurre o PSD para o empate técnico com a extrema-direita, como já se
augura nas últimas sondagens, se levarmos em linha de conta a distribuição de
indecisos.
(…)
Poderá chegar o tempo em que Passos Coelho volte, não para
liderar um projecto na Direita, mas para levar o PSD como apêndice.