quinta-feira, 31 de março de 2022

QUEREMOS 1% PARA A CULTURA

 

HOJE É O DIA DA VISIBILIDADE TRANS

 

É uma data em que assinalamos os direitos conquistados pelas pessoas trans, mas sobretudo o muito que ainda está por fazer.

A comunidade trans enfrenta múltiplas discriminações em vários aspetos da sua vida, no acesso à habitação, ao emprego, aos serviços públicos e nos cuidados de saúde.

Pela autodeterminação, pelo combate à discriminação, pela igualdade. Mais Aqui


FRASE DO DIA (1825)

 
Esta é a NATO que herdámos. Não como força defensiva, mas como braço militar permanente dos interesses específicos de um dos estados que a integra.

Daniel Oliveira, “Expresso” online


PATRIOTAS…

 

Quando as pessoas não escondiam os seus verdadeiros amores…


31 MARÇO 1821, FIM DA INQUISIÇÃO EM PORTUGAL

 

Tempo de trevas e de terror.


quarta-feira, 30 de março de 2022

HÁ DÉCADAS EM QUE A FERROVIA É SUBFINANCIADA EM FAVOR DAS PPP RODOVIÁRIAS

 

O resultado de décadas de subfinanciamento da ferrovia enquanto se alimentaram as PPP rodoviárias.

https://www.esquerda.net/.../portugal-e-o-unico.../80162


FRASE DO DIA (1824)

 
A inovação pedagógica do aprender menos não remove o insucesso. Mascara-o. 

Santana Castilho, “Público”


PARA QUE NUNCA MAIS! (134)

 
Em 1970 quase a terça parte das portuguesas era analfabeta - Divulgada esta semana [última de março de 2022] no Facebook, uma publicação sobre o nível de literacia em Portugal durante a vigência do Estado Novo dá conta de que, em 1970, "quase uma em cada três portuguesas era analfabeta". Os dados parecem ter origem na base de dados Pordata, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, já que os respetivos logótipos surgem no canto inferior esquerdo da imagem. O Polígrafo confirma. (via polígrafo)
Mais Aqui

ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

 

Este ano, olhando para #2021, encontrámos falsas promessas e abuso de poder, conflito e repressão que levaram ao aprofundamento de desigualdades enraizadas e a uma maior instabilidade.

Acompanhe-nos para conhecer os principais destaques. Para saber mais consulte o relatório na íntegra Aqui (AI)


terça-feira, 29 de março de 2022

"O IMPERIALISMO VEM DE MÃO DADA COM O NACIONALISMO: OS DOIS ATACAM A UCRÂNIA"

 

Os povos têm direito à autodeterminação, à defesa da sua soberania e à manutenção da sua independência. É exatamente isso que está a ser atacado na Ucrânia. Nesta primeira reunião da Assembleia da República deixamos uma palavra de solidariedade ao seu povo. (Pedro Filipe Soares)


FRASE DO DIA (1823)

 
A liberalização dos preços dos combustíveis, justificada pelos efeitos benfazejos da concorrência, pode ser verificada pelas tabelas de preços em cada autoestrada.

Francisco Louçã, “Expresso” online


O BLOCO ENTREGOU HOJE AS 3 PRIMEIRAS INICIATIVAS PARLAMENTARES PARA A NOVA LEGISLATURA

 

O Bloco entregou hoje as 3 primeiras iniciativas parlamentares para a nova legislatura: despenalização da morte assistida, eliminação dos vistos gold e o regresso dos debates quinzenais com o primeiro-ministro.


A PALAVRA PAZ TEM DE FAZER SENTIDO

 
Via Bernardino José Guia

ARMAMENTO UM NEGÓCIO COMO OS OUTROS?

 
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PARA QUE NUNCA MAIS! (133)

 

Neste dia, a 29 de março de 1933, milhares de fanáticos religiosos de direita destruíram a sede de diversos grupos de Trabalhadores Revolucionários em Dublin, após um cerco de três dias.

Foi um dos vários ataques violentos perpetrados por multidões, conduzidas pela histeria anticomunista da Igreja Católica. O ataque começou no dia 27 de março após um sermão veementemente anticomunista proferido pelo padre na Catedral de Santa Maria. Tendo defendido a sede, apelidada de "Casa Connolly"*, por mais de 48 horas, bloqueando as entradas e atirando pedras e tijolos do telhado, o pequeno grupo de comunistas escapou pelo telhados, disparando tiros de advertência enquanto se retiravam. Triunfantes, os agressores saquearam o prédio, roubaram os registros de membros, destruíram móveis e, por fim, encheram o último andar de gasolina e incendiaram-no.

*A sede chamava-se "Casa Connolly" em homenagem a James Connolly, líder revolucionário socialista e independentista irlandês, fuzilado pelas tropas de ocupação britânicas no seguimento da revolta de páscoa na Irlanda, em 1916. (via História da Classe Trabalhadora)


segunda-feira, 28 de março de 2022

SUBIDA DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

 

Amanhã [hoje, dia 28], o preço dos combustíveis volta a subir. O governo diz estar à espera do parlamento para agir, mas a verdade é que podia já fazer mais: impor margens máximas para combater a especulação e descer de forma significativa o ISP. (Catarina Martins)


VITÓRIA DE TRABALHADORAS DA LIMPEZA NO PAÍS BASCO APÓS 9 MESES DE GREVE

 

Vitória de trabalhadoras da limpeza no País Basco, 9 meses de greve para conseguir fim dos vínculos precários e um aumento salarial de 20%. Um manifesto para lembrar o direito à greve e ao protesto sem represálias. Que o vento traga os ares de dignidade a este país. (José Gusmão)

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FRASE DO DIA (1822)

 
Gostamos de falar da “comunidade internacional”, mas a verdade é que as duas principais potências não reconhecem qualquer instrumento efetivo para que o direito internacional se lhes aplique.

Daniel Oliveira, “Expresso” Diário


DIREITO À EDUCAÇÃO

 

Apesar da promessa de reabertura das escolas às raparigas há mais de sete meses, os talibãs vão manter a interdição do acesso de reparigas ao ensino secundário.

Esta proibição representa mais um duro golpe aos direitos à educação e à igualdade das raparigas no #afeganistão.

Cabe à comunidade internacional, a todos nós, estarmos unidos para apoiar a defesa dos seus direitos. (AI)


domingo, 27 de março de 2022

27 MARÇO: DIA MUNDIAL DO TEATRO


A precariedade na Cultura continua a ser regra, num setor onde o investimento público é, ano após ano, insuficiente e onde os direitos laborais não são respeitados, inclusivamente em entidades tuteladas pelo Estado.

A Cultura é um setor fundamental da nossa sociedade e os seus profissionais devem ver as suas carreiras valorizadas e os seus direitos respeitados.

Pelo direito à Cultura, por uma Cultura com direitos.


REVISTA ESQUERDA SAÚDE

 

Nº1 da Revista Esquerda Saúde Aqui, onde pode ser lido em formato pdf.


FRASE DO DIA (1821)

 
Sem (…) rede de transportes coletivos acessível, tanto em infraestruturas como em horários, para todas as pessoas o transporte individual continuará a ser a solução para que nos possamos deslocar, e com a crescente crise ambiental o individualismo tem que deixar de ter lugar.

Beatriz Realinho, Esquerda.net


RAQUEL VARELA: “SE O OBJECTIVO ERA AJUDAR O POVO UCRANIANO O OCIDENTE PODIA SUSPENDER A SUA DÍVIDA PÚBLICA”

 

As sanções não são uma ajuda nem ao povo da Ucrânia nem contra a guerra. Se o objectivo era ajudar o povo ucraniano o Ocidente podia suspender a sua dívida pública, mas isso implicaria perdas para accionistas ocidentais que detêm esses títulos. As sanções não são um sacrifício idêntico para todos os europeus, como se alega, porque há muitos europeus que não só mantêm como aumentaram os lucros com a guerra, no campo da energia, do armamento (electrónica, informática, aço, computação, etc); especuladores. As sanções servem como medida de expropriação de alguns capitais russos, antes bem recebidos por empresários ocidentais, que com as sanções passam a controlar directamente esses capitais. Os preços já tinham disparado antes da guerra, com o trigo a subir 20%, a inflação já era de 8% nos EUA, antes da guerra. Não foi a guerra que provocou a crise económica, foi a crise económica que provou a guerra, uma vez que a deflacção de preços de produção (e a inflacção dos preços de consumo), dois sintomas das depressões no capitalismo, tinham começado antes da guerra. A guerra - disputa de matérias primas, para baixar custos de produção, expropriação de activos, economia de guerra (transferência de orçamentos da saúde e educação) - é a saída ignóbil e catastrófica para as crises cíclicas do capitalismo, desde 1914. (Raquel Varela)


PORTUGAL VENDE MILHÕES DE EUROS EM ARMAS PARA REGIMES AUTORITÁRIOS EM GUERRA

 

A indústria militar portuguesa vende armas a regimes que violam os direitos humanos revela a nova investigação do consórcio jornalístico Investigate Europe. Esta debruça-se ainda sobre a “política de defesa” europeia que resulta sobretudo no apoio financeiro público a cinco grandes empresas de armamento. Mais Aqui


sábado, 26 de março de 2022

MAIS CITAÇÕES (174)

 
Com todos os objetivos iniciais de Putin falhados, a guerra de fim incerto chegou a um impasse e fará cada vez mais vítimas civis. 

(…)

Partindo do mesmo anacronismo que levará a Rússia ao desastre, ninguém quer estar no lugar do apaziguador. 

(…)

Estamos, pela primeira vez em 80 anos, a ver tudo pelos olhos das vítimas. E descobrimos que as guerras nunca acabaram.

(…)

As tantas em que participámos como agressores foram desmateria­lizadas, com as vítimas vistas de longe.

(…)

Expostos diaria­mente a uma tenebrosa realidade que desconhecíamos, as nossas cabeças regressaram ao último momento em que isto foi possível.

(…)

Muitos flertam com o enfrentamento direto que levaria a uma guerra nuclear.

(…)

Putin não é apenas um bully, e já o devíamos ter percebido.

(…)

Joe Biden exige que a China escolha um lado. Como precisamos dela como mediadora, o nosso problema é mesmo se o escolher.

(…)

Aquilo a que convencionámos chamar de Ocidente acreditou que um capitalismo global desregulado traria a prosperidade e a democracia.

(…)

Sem disparar um tiro, com um capitalismo de Estado e planeado ainda mais implacável, a China está a tomar o nosso lugar. 

(…)

Em África, onde oferece nem menos nem mais liberdade, nem menos nem mais paz, nem menos nem mais respeito pelos direitos humanos, [a China] já decide tudo. 

(…)

Os EUA, que uma esquerda mais antiamericana do que anti-imperialista ainda vê como o centro de todas as coisas, são um império poderoso mas em declínio.

(…)

A Rússia estrebucha violentamente em busca de um passado que já nem sequer é próximo. 

(…)

Achamos que somos atrativos porque vivemos em democracias. 

(…)

O resto do mundo percebe que os nossos valores são, como se lê nos estabelecimentos comerciais, para consumo exclusivo da casa.

(…)

Muitos conhecem a guerra de sempre e não são tão impressionáveis perante os seus horrores. 

(…)

Nós já não somos o centro do mundo nem temos o poder de antes.

(…)

Temos de nos concentrar em garantir, por agora, que a China não dá a mão a Putin. 

(…)

Há solução para a guerra? Apenas provisória, injusta e urgente.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Um mês depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra prossegue com os seus horrores, num cenário de corrida contra o tempo, de premência da ação diplomática.

(…)

A diplomacia tem de ser bem mais do que a troca de "avisos" a que temos assistido, e jamais se pode restringir às verdades das propagandas.

(…)

O ricochete das sanções aplicadas à Rússia está longe de ser percetível, mas é certo que o grande poder económico/financeiro não abdicará de fazer negócio.

(…)

A exploração dos trabalhadores e dos povos aumenta.

(…)

A extrema-direita e forças fascistas, atuando em todos os espaços do conflito, aproveitam para "normalizar" a sua existência e vão-se credibilizando.

(…)

No plano nacional, o contexto com que o Governo se depara, (…), é exigente. 

(…)

A desvalorização salarial e das profissões, a precariedade e o esvaziamento da negociação coletiva como fatores estratégicos do perfil da economia têm de ser abandonados.

(…)

Será que o Governo vai ser capaz de construir políticas articuladas para respostas estruturais aos problemas demográfico, habitacional, das mobilidades, da pobreza e territorial?

(…)

Não é preciso ser bruxo para adivinhar que o deslizar para a Direita e a "normalização" da extrema-direita vão acentuar a tentação para afastar contributos das forças da Esquerda.

Carvalho da Silva, JN

 

Nestes dias comemora-se a ultrapassagem do tempo da ditadura pelo tempo da democracia.

(…)

Olhando a partir do meu tempo “vivido”, a ditadura demorou muito mais tempo do que a democracia.

(…)

Olhando para os 48 anos de ditadura, o tempo parece-me muito longo; os 48 anos de democracia um instante incomparável com o anterior.

(…)

Nenhum historiador consegue escrever sobre estas quase cinco décadas sem fazer distinções entre tempos, mas há constância (ou constâncias) na ditadura, a começar por ser isso mesmo, uma ditadura.

(…)

Por outro lado, os 48 anos de democracia parecem-me muito rápidos.

(…)

Por muito que estes diferentes acontecimentos [mais recentes] marquem momentos da vida da democracia, parecem ter uma duração curta e ter menor valor estrutural do que os grandes momentos da relação da ditadura com a história do século XX.

(…)

Como Salazar estava lá quase todo este tempo, a face do regime era sempre a mesma, tudo parecia “evolução na continuidade”.

(…)

Aliás, parece que, à medida que os anos de democracia e liberdade vão passando, se instala um consenso de regime mais pacífico, e por isso sentido como uma normal respiração do tempo, como se nada acontecesse.

(…)

Comparado com 48 anos de claustrofobia e medo, sem liberdade, com polícia política e censura, guerra em África, o tempo da democracia parece mais suportável, menos pesado, logo, mais rápido.

(…)

A claustrofobia e a autarcia paralisavam a mudança e, por isso, o tempo parecia mais lento antes de 1974.

(…)

Em bom rigor, [a partir do dia 26 abril de 1974] começou a haver tempo, dia, manhã, meio-dia, tarde, fim de tarde, crepúsculo, noite e madrugada, e não só noite.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Em Portugal, felizmente, muitas cidades contam já com alternativas aos transportes habituais dentro dos seus centros urbanos.

(…)

[Apesar de termos estado] muito tempo confinados, acredito que veremos uma aceleração no ritmo de crescimento do uso deste tipo de soluções. 

(…)

Sabemos que o futuro depende das acções de cada um e que estas farão a diferença em anos vindouros.

Santiago Páramo, “Público” (sem link)

 

É tempo de os tribunais libertarem os profissionais da cultura da inevitabilidade da precariedade.

Joana Neto, “Público” (sem link)

GUERRA NA EUROPA: REGRESSO AO PASSADO?

 

Vencer a dependência face à Rússia, sem passos atrás na resposta climática, sem discriminação no apoio a refugiados, sem branquear a NATO responsável por tantos mortos e refugiados, sem engordar a mesma indústria militar que vendeu as armas com que a Rússia ataca agora a Ucrânia. (José Gusmão)


LEGISLATIVAS DE 30 JANEIRO: RECORD DO NÚMERO DE PORTUGUESES QUE DECIDIRAM O SEU VOTO NO DIA DA ELEIÇÃO

 

“Nos últimos 20 anos, desde que há registo de estudos pós-eleitorais, nunca os portugueses guardaram tanto para o último dia a sua decisão quanto ao sentido de voto” (“Expresso”)


CRISE ALIMENTAR EM DEBATE NO "LADO A LADO" DESTA SEMANA

 

No podcast desta semana, o José Gusmão e eu, conversamos sobre as propostas da UE para responder à crise alimentar global e também sobre a flexibilização dos fundos europeus de coesão para o acolhimento dos refugiados da Ucrânia. Aqui fica u pequeno resumo. (Marisa Matias)

Versão integral Aqui.


REPRESENTAÇÃO DO TRÁFICO TRANSATLÂNTICO DE ESCRAVIZADOS

 

O dia 25 de março foi proclamado como Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Escravos, através da Resolução 62/102, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Primeiro para os arquipélagos atlânticos, depois para o Brasil e para as Américas, o tráfico transatlântico de escravizados, iniciado pelos portugueses, seria, entretanto, a grande via de construção do espaço atlântico, unindo as duas margens do oceano.

Entre 1500 e 1875, mais de cinco milhões e 800 mil pessoas reduzidas à condição de escravas foram transportadas a partir do continente africano em navios de pavilhão português ou luso-brasileiro, cerca de 47% do volume total do tráfico atlântico.

O Museu do Aljube Resistência e Liberdade na exposição temporária ATO (DES)COLONIAL presta homenagem a todas as vitimas da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos, e a todas e a todos os resistentes anticoloniais, antifascistas e antirracistas. (via Museu do Aljube Resistência e Liberdade)


sexta-feira, 25 de março de 2022

25 MARÇO: DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DA ESCRAVIDÃO E DO TRÁFICO TRANSATLÂNTICO DE PESSOAS ESCRAVIZADAS

 

Hoje assinala-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas.

Portugal foi pioneiro no comércio transatlântico de pessoas escravizadas no século XV, tendo chegado a ser uma das maiores potências globais do comércio de pessoas escravizadas.

A luta pela reparação histórica das comunidades afetadas pela escravatura mobiliza-nos para o debate sobre o passado colonial português e para a necessidade de tomar medidas concretas para a sua desconstrução, como é o caso do mito do “bom colonizador”, perpetuado até aos dias de hoje.

O exercício da reparação histórica é um caminho de igualdade, pela justiça e contra o racismo e a xenofobia.


EM DEFESA DO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO

 

As ruas de Lisboa encheram-se de estudantes em defesa de um ensino superior público, universal e gratuito. As e os Jovens do Bloco também estiveram presentes.


CITAÇÕES

 
No verão passado, terminou em desastre a única operação militar da NATO deste século.

(…)

As forças norte-americanas retiraram-se e os 300 mil soldados que tinham armado, um dos maiores exércitos do mundo, debandaram em poucos dias e entregaram o poder aos talibãs. 

(…)

Centenas de cidadãos norte-americanos foram deixados para trás na precipitação da fuga. A NATO atingiu o seu ponto mais baixo. 

(…)

Poucos meses depois, a organização é já a vencedora da guerra da Ucrânia, como quer que prossiga a destruição do país.

(…)

Tem sido analisada a estratégia do Kremlin, que procura afirmar uma potência global, embora sem recursos para tal. 

(…)

Em Washington, confrontaram-se sempre duas abordagens à questão, desde o fim da URSS.

(…)

Uma tem sugerido o prolongamento da guerra fria para desagregar o inimigo.

(…)

A outra visão queria integrar a Rússia e, por isso, opôs-se à decisão de 1998 de extensão da NATO para o leste europeu

(…)

A primeira opção faz o seu caminho, impulsionada agora pelo ataque à Ucrânia.

(…)

A invasão putinesca e o seu desastre militar e político criarão um novo Muro a leste e destroçarão a economia russa. 

(…)

A segurança europeia ficará presa da confrontação a leste.

(…)

Sem dar um tiro, Biden venceu o inimigo e submeteu os aliados.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Disse ele [António Guterres] que se está a agravar o desinteresse dos governos pelos seus compromissos climáticos e que estamos mais longe dos modestos objetivos do Acordo de Paris. 

(…)

A limitação do aumento médio da temperatura a mais 2°C do que na época pré-industrial não será alcançada pelos 196 países que a assinaram.

(…)

E, se em 2022 as políticas ambientais são atropeladas pela guerra e pela crise energética que desencadeia, mais longe ficamos das metas de Paris.

(…)

A invasão da Ucrânia é, só por si, uma destruição ambiental, além da tragédia humana. 

(…)

Mas esta guerra tem outra particularidade, por envolver um grande exportador de combustíveis, afetando o seu preço.

(…)

A emergência da guerra é usada para justificar exceções aos compromissos anteriores.

(…)

Sonâmbulos a caminho do desastre, disse Guterres. Ninguém o ouviu.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Todos os sucessores [de Costa] estão a seu lado.

(…)

Saberemos, entretanto, quando o destino importar, se o tempo indicará Belém ou a Europa na viagem.

(…)

A ideia de que uma capacidade técnica infalível ou acima da média é requisito para que alguém possa assumir uma pasta ministerial é uma dor politicamente assistida.

(…)

Verter nomes e deitar água na fervura do presidente da República terá sido o primeiro diploma informal do XXIII Governo Constitucional.

(…)

Será inverosímil que aquele António Costa que rompeu com os seus aliados à Esquerda, promovendo a crise política que lhe entregou a maioria nos braços, seja agora o mesmo que pretende criar pontes e espaços de síntese com a oposição.

Miguel Guedes, JN

 

A Rússia não só procura atingir alvos militares, também escolheu o crime ambiental para tentar vergar a resistência ucraniana.

(…)

Desde que os cientistas criaram o Relógio do Fim do Mundo nunca estivemos tão perto: separados apenas 100 segundos da hecatombe.

(…)

[São cientistas que] calculam como a civilização humana se acerca ao seu fim.

(…)

O cálculo foi feito em Janeiro, ainda antes de Vladimir Putin lançar a sua ofensiva militar sobre a Ucrânia.

(…)

Os cientistas já tinham chamado a atenção em Janeiro para a Ucrânia como um dos focos de maior tensão no panorama internacional.

(…)

O que os cientistas não previram e se tornou uma novidade deste conflito, é ver um dos exércitos em confronto a visar como alvo instalações nucleares.

(…)

António Guterres pôs as coisas em termos dramáticos esta semana:  “Estamos a caminhar como sonâmbulos para a catástrofe climática”.

(…)

Se ao menos se ouvisse a ONU, se ao menos o multilateralismo não estivesse pelas horas da amargura, neste tempo de exibições testosteronianas de soberanismos, talvez se pudesse adiar este inevitável caminho para a extinção.

(…)

Uma guerra na Europa agora vai ter um impacto directo e indirecto no ambiente (…), desviando para a defesa verbas tão necessárias às alterações climáticas.

(…)

E por travar toda a política energética que vinha sendo feita para fazer diminuir a dependência dos combustíveis fósseis.

(…)

Chegamos a 2022 com um mundo perigoso, onde a dissuasão nuclear que durava desde a II Guerra Mundial tem de ser completamente repensada.

(…)

Depois deste conflito, será difícil travar uma corrida às armas que obrigará a novos rearranjos geopolíticos.

(…)

Nem a pandemia travou a corrida às armas das grandes potências, antes pelo contrário.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Cristina Rodrigues, deputada à Assembleia da República na última legislatura, pelo PAN, declarou “com toda a transparência”, no Twitter, que vai trabalhar para o Chega e esclareceu que as suas funções serão jurídicas.

(…)

Cristina Rodrigues posicionou-se perante o eleitorado português como progressista; defensora da causa feminista, da causa LGBTQIA+, dos valores democráticos e, claro, dos direitos dos animais.

(…)

Chegou a apresentar um projeto de lei que obrigava ao fim das touradas e que previa apoios para a reconversão das praças de touros.

(…)

Pois bem, agora Cristina Rodrigues integrará o gabinete de assessoria parlamentar do Chega, partido que defende as touradas até no seu programa.

(…)

Por outro lado, o Chega assume-se como partido antiprogressista e foco de resistência a todas as causas cuja camisola a ex-deputada tem vestido.

(…)

[Quando existe uma traição política como a de Cristina Rodrigues] o problema maior é a desconfiança que se instala e que passa a ser normal.

(…)

Interessa sim o impacto que estes casos têm na vida pública. Temos inúmeros entre nós de desilusão política coletiva.

(…)

O seu contributo para a percepção que os portugueses (…) têm de que os políticos não se pautam por princípios é grande.

(…)

Este é o principal serviço que presta ao Chega: acicatar a desconfiança e insatisfação que os portugueses já têm relativamente à classe política.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)