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Em Portugal, como se sabe, há mais de 1 milhão de pessoas sem trabalho mas os que estão empregados são sujeitos a um autêntico regime de escravatura. Em cada dia que começa, muitos trabalhadores só sabem a hora a que iniciam as suas tarefas porque o término é quando a entidade empregadora quiser. E quanto mais poderosa for mais se sente à vontade para levar a cabo os abusos que entender. Ainda por cima, o Governo em funções dá toda a cobertura a estes desmandos.
Um exemplo desta situação pode ser encontrado na última edição da revista “Sábado” com uma notícia cujo título é: “Empresa da PT quer trabalho grátis nos feriados abolidos”. No primeiro parágrafo podemos ler:
"A empresa Portugal Telecom Sistemas de Informação (PTSI), do grupo PT e responsável pelo fornecimento de sistemas de informação e soluções de tecnologia, informou em comunicado os seus colaboradores externos de que nos dias 21 e 29 de Fevereiro (ano bissexto), 7 de Junho, 15 de Agosto e 5 de Outubro terão de continuar a prestar os seus serviços embora estes não sejam facturados pelos recursos humanos. Pelo que não serão pagos. De todo. A medida surge depois de o Governo ter abolido a ponte de Carnaval e quatro feriados nacionais (três em dias úteis)".
No dito comunicado a PTSI alega, com o maior despudor que pretende o “aumento da capacidade de trabalho, mantendo os preços e diminuindo os custos”. Ou seja, o aumento da competitividade da empresa será feito apenas à custa de trabalho não pago. O factor trabalho é assim considerado um “custo”. Ficamos esclarecidos!
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