Desde 2007, combativo e sempre do lado certo da história, José Soeiro
trouxe para dentro do Parlamento as vozes que muitas vezes ficaram à
margem—trabalhadores precários, cuidadores informais, operários invisíveis,
explorados das novas e velhas formas de trabalho. Trouxe-lhes dignidade,
reconhecimento e luta, com a certeza de que os direitos não são concessões, mas
sim conquistas arrancadas pela organização e pela persistência.
Num tempo em que nos querem convencer de que o trabalho é uma mercadoria
descartável, que as jornadas nunca terminam e que as plataformas digitais são a
nova lei, o José Soeiro nunca deixou de afirmar o essencial: sem justiça
social, não há democracia digna desse nome. Foi presença incansável na denúncia
da exploração, na construção de alternativas, na escrita de leis que fizeram
diferença na vida de milhares. O seu compromisso nunca foi de gabinete, mas de
chão de rua, ao lado dos trabalhadores.
O Parlamento fica mais pobre sem a sua voz, mas as lutas não perdem um
camarada—ganham um professor, um militante que seguirá, como sempre, a
construir caminhos de justiça e solidariedade. Se queremos a paz, cultivemos a
justiça. Obrigado, José Soeiro.
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