terça-feira, 5 de julho de 2011

REFLEXÃO

A juntar ao comentário que aqui deixei expresso no dia 6 de Junho sobre o resultado das legislativas no que diz respeito ao BE – que no essencial mantenho – subscrevo por inteiro o texto que Bruno Sena Martins hoje assina no Arrastão.
É convicção geral que o Bloco fez uma boa campanha à volta do tema central da renegociação da dívida, cuja acuidade é, cada vez maior. O tempo vai dar razão à verdadeira esquerda, ainda mais cedo do que se esperava. No entanto, perante uma crise aguda e o pânico que ela gera, as pessoas, em vez de procurarem alternativas às “premissas fundamentais da ideologia dominante”, agarram-se ainda mais a elas como a bóia salvadora que se encontra mais à mão. Por assim dizer, sentem mais segurança no que já conhecem embora não seja o que na realidade desejam.
Trata-se de uma situação contraditória mas real, que provoca estragos dificilmente controláveis nas forças políticas que, embora defendendo propostas sérias, seguem demasiado à frente da “ideologia dominante”.

Luís Moleiro

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