sábado, 15 de setembro de 2018

CITAÇÕES


Há um problema nacional grave de sobrearmamento.
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O sobrearmamento da sociedade portuguesa está intimamente ligado a práticas de crimes, na esfera pública e na esfera doméstica.
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Há cerca de dez anos atrás, uma estimava por baixo apontava para um gasto médio anual para o Estado de cerca de 108 milhões de euros em custos diretos (tratamento hospitalar e perda de produtividade) e indiretos (como sofrimento e perda de qualidade de vida) dos crimes provocados por armas de fogo.

Uma trabalhadora do Pingo Doce que ganhe o salário mínimo tem de trabalhar 20 anos para ganhar o mesmo que o administrador da empresa ganha num único mês.
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A desigualdade salarial dentro das empresas não tem parado de crescer nos últimos anos.
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O universo dos gestores funciona como um mercado fechado e distorcido, sem qualquer regulação.
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Parecem estar reunidas em Portugal as condições para fazermos história na luta contra a desigualdade salarial.

Infantilizar as mulheres configura uma fórmula gasta de descredibilização machista.
Ana Cristina Santos, Público (sem link)

A penalização da especulação imobiliária, seja a título individual, seja para empresas e fundos de risco, pode fazer sentido, quando 80% das casas são compradas e vendidas em seis meses e é necessário travar essa evolução vertiginosa, sob pena de as cidades se esvaziarem ainda mais de residentes.
Amílcar Correia, Público (sem link)

[João Almeida do CDS] afirmou que quem é de direita não pode levar em conta qualquer posição que venha das “esquerdas”.
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Na verdade, o único interlocutor de Almeida são os “proprietários”, expressão que prefere a “senhorios”, porque as palavras fazem parte da guerra.
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[João Almeida] nunca diria que a Lei Cristas “desrespeita os inquilinos”, pondo-os na rua em massa. E nunca acrescentaria “sejam ricos ou pobres”.
Pacheco Pereira, Público (sem link)

Os dirigentes desportivos gozam de uma acalmia, senão mesmo, quando confrontados com processos judiciais, de uma grande benevolência.
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Um país onde valha a pena ter uma vida minimamente digna passa certamente pela participação de cada cidadão nos assuntos de toda a sociedade.
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Vale a pena confrontar o grau de criticismo em relação aos políticos com o grau de benevolência com que se “absolve” os escândalos do mundo do futebol.
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O facto de Mourinho ou Cristiano Ronaldo fugirem aos impostos com milhões e milhões de euros passa quase incólume na vida social.
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Repare-se na diferença com que o aconteceria em relação a qualquer dirigente partidário que fuja ao pagamento dos impostos devidos, como já aconteceu.
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A sociedade está já encharcada em futebol e tende a substituir o seu envolvimento na construção de uma vida decente e digna por um amor clubístico que apenas precisa de impulsos primários.
Domingos Lopes, Público (sem link)

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