sábado, 20 de junho de 2020

CITAÇÕES


Até 2017, dos 2468 topónimos que a cidade [do Porto] tinha, só 50 eram de mulheres. Como explicava a atriz [Sara Barros Leitão], 95% dos nomes das ruas eram masculinos.

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A história dos subalternos, da classe trabalhadora ou das mulheres, das minorias étnicas ou culturais, está ainda em grande medida por contar.
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[Está ainda por contar a História] da colonização portuguesa contada por quem foi vítima dela e dos seus processos de escravização, de violência e de expropriação.
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Os jovens racializados, ajudam a colorir os dias “interculturais” das escolas, mas que são relegados para “currículos alternativos”.

Em todo o mundo, são 79,5 milhões de pessoas deslocadas em resultado da guerra, de perseguição ou da violação de direitos humanos.
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São mais nove milhões de pessoas do que em 2018 e quase o dobro em relação a 2010.
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Os poderes vigentes continuam a ignorar o estatuto de dignidade que cada pessoa merece e, em muitos locais, continua a vender-se uma imagem de "perigo" associada a quem tudo perdeu.
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Parece impossível, mas ainda hoje [na UE] não há uma estratégia comum de asilo e os mecanismos que tinham sido criados para garantir alguma dignidade a quem foge da morte foram sendo gradualmente desmantelados.

Enquanto o governo francês pagou 1500€ de bónus aos profissionais de saúde que estiveram na linha da frente da resposta à covid-19 ou a Alemanha decidiu aumentar a remuneração destes profissionais, o primeiro-ministro português passa das palmadinhas nas costas para uma desconcertante metáfora futebolística.
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Como todos sabemos, não é com salvas de palmas ou pancadinhas nas costas que se pagam as contas no final do mês, não serve para trocar por comida na mercearia nem consta que seja nome de algum vale de desconto.
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Em quanto é que a Champions aumenta os salários destes profissionais [da saúde] ?
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Ainda não há passado para onde possamos regressar após esta epidemia.
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O grupo internacional "EndCoronavirus.org", onde se reúnem mais de quatro mil cientistas, coloca Portugal na categoria dos países em alerta vermelho no combate à epidemia.

Barroso foi o lacaio de serviço na organização da cimeira das Lajes, em 2003, onde foi assumido o avanço para a invasão e guerra do Iraque.
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Ora, ele sabia muito bem que as Nações Unidas não aceitavam tal ato.
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Durão Barroso participou, bem informado e conscientemente, num dos atos criminosos e belicistas mais graves após a II Guerra Mundial.
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Propositadamente traiu o povo português, mas ganhou "competências" que o catapultaram para presidente da Comissão Europeia e agora para chairman do banco Goldman Sachs Internacional, um dos principais pilares, à escala global, da "economia que mata" a que se refere o Papa Francisco.

A União [Europeia] vive uma crise de legitimidade, em resultado do fracasso do modelo pós-Maastricht, que supôs a constitucionalização do neoliberalismo como única política possível.
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É certo que o Pacto de Estabilidade está suspenso, mas só momentaneamente, não sendo revogado, mesmo quando as suas trágicas consequências são agora evidentes.
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Com a recessão de 2009 e a crise da dívida soberana de 2011, ocorreu uma gigantesca transferência de recursos do sul para o centro e das classes populares para as classes dominantes.

A ideia de que a maioria dos estudantes internacionais são ricos é um mito urbano que precisa ser desmontado.
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Foram os próprios diretores dos Serviços de Ação Social de várias instituições com quem reuni que propuseram o alargamento da aplicação dos seus fundos de emergência à comunidade académica internacional.
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Todos os combates contra o abandono escolar são estratégicos para darmos um pontapé na crise.
Luís Monteiro, “Público” (sem link)

A novidade é o PSD de Rui Rio ter escolhido o mesmo lado [que o CDS e o Chega]. É evidente que Rui Rio sabe que há racismo em Portugal.
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Ao arriscar esta colagem, o PSD afastou-se do centro político ao qual se tem agarrado com unhas e dentes, revelando mais medos do que certezas.
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Se entre a democracia e Ventura, Rio escolhe o segundo, arrisca-se a afundar as miudezas no espaço que não é o da direita clássica.
Cecília Honório, “Público” (sem link)

Lutar pela humanidade é não ter medo de reagir quando, sob forma de piadas veladas, se ataca tudo o que é diferente de nós.
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A mudança faz-se não só quando as pessoas que não têm voz se revoltam, mas também quando as pessoas que a têm se unem ao coro.
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Eu quero que vejas a minha cor e quero que me ames, não independentemente disso, mas também por isso.
Sara Vaz Garez Gomes, “Público” (sem link)

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