sexta-feira, 14 de março de 2025

CITAÇÕES (797)

 
[Trump] lançou a NATO em novo coma e trata de dividir o saque ucraniano com Putin.

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Os oligarcas abancam em Washington e Moscovo e a liderança europeia treme, desnorteada como um frango sem cabeça.

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[Há quem queira] marchar para a guerra, mas um frango sem cabeça sabe lá por onde vai.

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Oitocentos mil milhões de euros para rearmar a Europa? 

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Para onde foram os 326 mil milhões de euros gastos em 2024 (mais 30% que em 2021)?

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Se tivesse cabeça, a Europa olhava ao espelho. No ano passado, uma rede de desinformação russa colocou na internet milhões de artigos para condicionar os algoritmos da Meta, da Google, da Microsoft e da OpenAI.

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Quem irá comandar esse exército europeu e controlar o botão vermelho nuclear em Paris? Le Pen? Weidel? Ou será Putin?

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A guerra é dos oligarcas contra a democracia.

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A guerra é o poder da Google, da Meta ou da Amazon de manipularem a nossa informação e a nossa “nuvem”.

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A guerra é a política em transformação. Só há uma forma de vencer: combater os oligarcas, os nossos e os outros. 

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Proteger a educação e a saúde e retomar aquilo de que nunca deveriam ter-se apropriado.

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A Europa dispensou a diplomacia para defender a Ucrânia porque ia “vencer a Rússia”. Ajudou a armar o genocídio na Palestina.

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[As bombas] não nos servirão para evitar guerras.

Mariana Mortágua, “Expresso” 

 

Haverá poucos, nas redações ou no Parlamento, que não conhecessem o seu currículo [de Montenegro]. 

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[Montenegro] teve o mérito de se reinventar pelo silêncio.

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De tal forma que uma das suas vantagens eleitorais era a imagem de honestidade.

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O que se passou com a sua empresa (…) foi a confirmação de que o fato que não serve acaba sempre por rasgar.

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E não há como Montenegro voltar a parecer sério. 

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Quer dizer que nunca mais vai ser visto da mesma forma.

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O PSD é, como o PS, uma federação de carreiras e negócios locais que tem medo de perder a época de nomeações e contratos depois de tantos anos longe do pote.

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É desse PSD profundo que Montenegro e os seus problemas vieram, aliás.

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Montenegro arranjou forma de se demitir e vitimizar-se por isso.

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Ele, e não “os políticos” ou “os partidos”, é o responsável pelas suas falhas éticas e por procurar a crise.

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O problema é o tema desta campanha, que Luís Montenegro impôs depois de sequestrar o partido e o Governo para resolver os seus próprios problemas.

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O primeiro-ministro fará da vitimização o mote da campanha.

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Montenegro venceu porque havia um grande cansaço com oito anos de PS. 

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O que hoje assombra Montenegro não irá desaparecer. 

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As histórias dos negócios que se cruzam sempre com a política estão lá todas, para serem visitadas. Muitas.

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Se não se transformar num cadáver político, Montenegro será uma bomba-relógio. 

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O voto não o pode limpar.

Daniel Oliveira, “Expresso”

 

É provável que para o Presidente Donald Trump soft power seja uma expressão pouco masculina.

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Para Trump, só existe hard power e, com ele à frente, os EUA mostrarão o mais duro hard power que o mundo alguma vez viu.

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A sanha com que a sua Administração se lançou sobre a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) (…) estará mais relacionada com a ideia de que essa ajuda tem de vir com contrapartidas directas.

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Cortar a eito e sem nexo nem alternativa [a ajuda externa], como está a fazer esta Administração que nem há dois meses chegou ao poder, terá um “alto custo humano imediato” em quem depende da ajuda e sem grandes ganhos para os EUA.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Em apenas seis semanas (…) o Governo Trump já cancelou 83% dos programas da USAID [a ajuda externa] por não servirem os interesses nacionais dos EUA.

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Este anúncio chega poucos dias depois de o Supremo Tribunal ter rejeitado o pedido da Administração Trump para reter quase dois mil milhões de dólares em pagamentos para organizações de ajuda internacional.

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[o juiz Carl Nichols] foi nomeado por Trump e no mês passado permitiu que o Governo avançasse com o seu plano de colocar mais de dois mil funcionários da USAID de licença.

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Os cortes foram decididos por Elon Musk e o seu Departamento de Eficiência Governativa (DOGE) e, segundo a imprensa norte-americana, levaram ao choque entre o multimilionário e o secretário de Estado [Rubio].

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Com enorme sentimento de irrazoabilidade, o país tem eleições marcadas para dia 18 de maio e um calvário eleitoral pelo meio.

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Luís Montenegro não explica porque prefere não explicar.

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Ainda que com todos os riscos, é para ele mais seguro ir a eleições do que a queima em lume brando de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

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É muito difícil imaginar que pessoas preparadas durante anos para o exercício de cargos públicos não percebam que têm mesmo de largar os seus negócios à porta, sobretudo quando assumem responsabilidades governativas.

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A responsabilidade política desta crise tem um nome e uma causa impulsionadora.

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Não podem ser eleições a julgar eventuais ilícitos éticos cometidos por Montenegro, pelo que o primeiro-ministro arrasta o líder do PSD para uma Comissão Eleitoral de Inquérito.

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Dois meses em que não se tratará de nada mais senão de políticos a convocarem um largo júri colectivo, provavelmente abstencionista, para um julgamento popular.

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O curto prazo de validade que se augurava ao Governo de Montenegro não passou do prazo. Há um outro PSD à espreita.

Miguel Guedes, JN


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