sexta-feira, 19 de abril de 2024

CITAÇÕES

 
Depois do juiz de instrução, foi o Tribunal da Relação a não encontrar indícios de crime na Operação Influencer.

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Depois da suspeita de corrupção, cai a de tráfico de influências.

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A reforma da justiça que os políticos andam há anos a evitar está finalmente a ser feita nos tribunais, corrigindo-se o desequilíbrio criado por superjuízes que se comportaram como assessores do MP.

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Havendo linhas vermelhas na relação do poder político com o poder económico, também há zonas cinzentas.

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Costa foi imprudente ao escolher quem vinha do coração do gabinete de Sócrates para seu braço direito 

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A separação de poderes não é uma estrada de sentido único, em que apenas a política deve respeitar a esfera judicial.

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A separação de poderes não é uma estrada de sentido único, em que apenas a política deve respeitar a esfera judicial.

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O parágrafo acrescentado por Lucília Gago ao comunicado da Procuradoria-Geral da República teve consequências que ainda nem conseguimos medir o alcance.

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Luís Montenegro não era o candidato que o PSD queria levar a votos; Pedro Nuno Santos ainda não estava preparado para assumir a liderança do PS.

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Nenhum processo judicial com tão pouco causou tanto dano à democracia. E continuamos reféns desta investigação incompetente.

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O problema é que, ao fim de duas decisões judiciais, nada resta da investigação e é precisamente por isso que o processo está parado. 

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O que está em causa é a degradação das instituições e é ao Presidente que compete responder por isso.

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Se a PGR não percebe a gravidade de tudo isto, terá de ser o Presidente da República a explicar-lhe a insustentabilidade de se manter no lugar.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Um Governo de maioria absoluta caiu por causa de um parágrafo de Lucília Gago que não deveria ter sido escrito, por causa de uma investigação fantasiosa do Ministério Público e por causa da intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa.

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Não deveria ter acontecido e houve consequências graves para o país.

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Parece que ninguém teve culpa. Até hoje, Lucília Gago não assumiu as suas responsabilidades neste processo.

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Minto. Na verdade, existe uma única pessoa que está a ser responsabilizada pelo que fez. Trata-se da procuradora-geral adjunta, Maria José Fernandes.

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A única pessoa do MP que veio a público denunciar a atuação da magistratura, a qualidade das investigações e (…)

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Lucília Gago determinou a instauração de um processo de averiguações a Maria José Fernandes, o qual pode avançar para processo disciplinar.

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[A decisão da Relação de Lisboa] arrasa o trabalho que os magistrados desenvolveram e as conclusões a que chegaram, chegando a acusar o MP de inaptidão.

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Luís Montenegro chegou ao cargo de primeiro-ministro por causa de uma embrulhada que não deveria ter acontecido.

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Mergulhámos numa situação política frágil e perigosa.

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Fomos para eleições antecipadas e ficámos numa situação de instabilidade política. 

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O que quero dizer é que houve consequências dramáticas para os portugueses, mas que ainda não houve consequências para os responsáveis por isto.

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Não podemos simplesmente fazer de conta que isto não está a acontecer.

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Fomos lesados e a democracia foi lesada. 

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Quem nos representa não pode conviver bem com o facto de nos serem dadas razões para deixarmos de acreditar no funcionamento do sistema democrático. Se erraram tem de haver consequências.

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Estão a ser cometidos demasiados erros e os portugueses já estão demasiado desorientados.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Liberdade para as minorias sexuais, do Movimento de Acção Homossexual Revolucionária (MAHR), publicado a 13 de Maio desse mesmo ano [1974?}, rapidamente mostrou gerar o descontentamento por parte da direita conservadora da época.

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A repressão da homossexualidade mostrou prolongar-se até à sua despenalização no Código Penal Português em 1982.

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No espaço de 40 anos, Portugal passaria de um país que criminalizava a homossexualidade para ser considerado o país mais “gay-friendly do mundo”, segundo a Spartacus Gay Travel Índex 2019.

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Apesar dos importantes avanços jurídico-legais, a implementação de legislação e políticas de igualdade mostram permanecer desiguais.

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Existe uma desigualdade que é estrutural e que empurra tudo o que é “dissidente” da norma para as margens. Quando olhamos para as pessoas trabalhadoras do sexo percebemos o que ficou por cumprir da revolução de Abril.

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Cinco décadas após a revolução de Abril, continuamos a perceber o desencanto de quem vê os seus direitos cívicos e laborais serem adiados pela "moral dos bons costumes".

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[Cinco décadas depois de abril vemos levantar-se um] passado que criminalizava, entre tantas outras coisas, a homossexualidade e a prostituição, com penas que iam desde internamento a trabalho forçado por período indeterminado.

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Vivemos num tempo em que mais do que criminalizar a discriminação precisamos de pensar a raiz do conservadorismo, lembrar a história e resgatar do silêncio quem por desafiar o poder e moral instituídos foi perpetuamente mergulhado numa maré de violência e clandestinidade.

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Hoje, urge construir novos projectos colectivos que combatam as estruturais formas de discriminação, violência e silenciamento.

Daniel Santos Morais, “Público” (sem link)

 

Há um país que espera para ser resgatado em segredo enquanto o segredo de justiça é espezinhado todos os dias através de pombos-correios e de fugas de informação que ninguém parece querer travar. 

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Perante a ausência de explicações da Procuradoria- -Geral da República, não podemos pôr em causa o elementar: é impensável que o poder político interfira na Justiça.

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Mas podemos ficar assim, impávidos e serenos, perante este protótipo de uma República de Juízes que provoca abalos sísmicos no sistema democrático e que interfere nas decisões políticas do país?

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A ausência de prestação de contas de Lucília Gago, procuradora-geral da República, é uma anedota que acaba em adivinha.

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Marcelo Rebelo de Sousa não pode assobiar para o ar. 

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A demagogia ganhou a luta e a democracia presta contas a torcionários que cuidam de a destruir por dentro.

Miguel Guedes, JN


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