sábado, 30 de novembro de 2024

MAIS CITAÇÕES (310)

 
O governo francês cuspiu no túmulo da França. Em toda uma ideia da Europa de que a França se julga símbolo.

(…)

Quando o que acontece agora é o maior horror que já testemunhámos, o que as pessoas não foram capazes de ver, dizer, fazer há um ano importa pouco perante o que podem ver, dizer, fazer agora.

(…)

Estamos todos atrasados para quem já não viveu, mas sempre a tempo de algo que seja melhor do que nada.

(…)

Há duas semanas, Borrell pôs em cima da mesa suspender o diálogo com Israel, como forma de pressão (os ministros da UE rejeitaram).

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Agora apelou “a todos os membros da sociedade internacional e em particular aos da UE” para não “minar o Tribunal Penal Internacional”, porque “é a única forma de fazer justiça a nível mundial.”

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As decisões deste tribunal, lembrou Borrell, “não são políticas”, trata-se “de um órgão jurídico formado por pessoas respeitadas, as melhores da profissão”.

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Borrell puxou a máscara do anti-semitismo. É um alto-responsável da UE a dizer o que tanta gente diz há mais de um ano.

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Foi o próprio Netanyahu, claro, que aproveitou os megafones ao seu dispor como primeiro-ministro de Israel para fazer a grande acusação de anti-semitismo ao TPI, na noite de 21 de Novembro, pouco depois de serem emitidos os mandados de captura.

(…)

[Já o governo francês] decidiu entregar-se de bandeja a Netanyahu para que ele continue a abusar de milhões.

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Em Israel, todo o espectro político-partidário condenou a decisão do TPI (…) uma sociedade cada vez mais doente, muito para além de Netanyahu.

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O bombista Biden, que já saía da Casa Branca como armador-mor de Israel, agora sai também a insultar o mais alto tribunal das Nações Unidas.

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Macron esteve metido no cozinhado do cessar-fogo no Líbano, e não hostilizar Netanyahu pode ter sido parte do cozinhado.

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O alvo do mandado não tem imunidade mesmo que o seu país não reconheça o TPI. O compromisso dos estados é para com o TPI. Para com a justiça.

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Albanese (e outros) apontaram ainda a contradição francesa quanto a Putin e Netanyahu. França não invocou imunidade para Putin.

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A França cospe no seu próprio túmulo: o túmulo dos valores humanistas da Europa.

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Milhões de vidas são tiradas há muito na Palestina por causa da Alemanha, e a Alemanha persegue hoje, cada vez mais, as vozes pro-palestinianas internas.

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Hoje, Auschwitz é uma arma de destruição maciça em Gaza. 

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O Holocausto é usado para o holocausto em curso. O crime gera a culpa que gera o novo crime. 

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É preciso quebrar este círculo.

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Dá dó pensar que Portugal está aqui ao lado [da Espanha e da Irlanda] e podia ser maior do que é, mas se mantém pequeno em tantas frentes.

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Vi um vídeo em que vários israelitas insultam, ameaçam, levantam mãos e dedos em riste a jovens pacíficos em vigília.

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Espanha tem uma reparação histórica para com os sefarditas anterior à de Portugal. Isso não impede o governo de ser contundente com o genocídio que Israel leva a cabo.

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Não é por ter perseguido os judeus que a Europa agora tem de estar ao lado de Israel, ao contrário, é por ter perseguido os judeus que a Europa agora tem de salvar os palestinianos.

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A incapacidade do mundo em parar este horror é uma tragédia da humanidade, mas antes de mais da Europa.

Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)

 

O caminho percorrido desde as sociedades esclavagistas propiciou aos seres humanos poderem vender a sua força de trabalho a troco de um salário. 

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Nesse percurso foram aprofundados os pré-requisitos que sustentam a dignidade da pessoa humana e alcandorou-se o trabalho a direito universal.

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No presente, a utilização de novos instrumentos de trabalho vindos do avanço tecnológico e científico (…)  está a servir, cinicamente, para estilhaçar direitos fundamentais do trabalho, e aumentar a exploração de milhões e milhões de trabalhadores à escala global.

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As pessoas apresentam-se perante as entidades contratantes (privadas ou públicas) sem o mínimo poder para discutir o salário e as condições da prestação do trabalho.

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O valor que o mercado atribui ao trabalho é um péssimo indicador para o estabelecimento de remunerações justas. 

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Os prestadores de cuidados às pessoas fazem um trabalho de valor extraordinário, mas não reconhecido no mercado.

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O trabalho sustenta a criação de valores de uso e de troca. Mas, sob pena de se tornar alienante, não pode dispensar a consciência ética e as regras deontológicas.

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O trabalho precário e desregulado opõe-se às necessárias qualificações dos trabalhadores e é inimigo de profissões e carreiras profissionais. 

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O trabalho requer ensino, informação, comunicação e cultura.

Carvalho da Silva, JN

 

Mas qual é o problema de não saber essas coisas “antigas”, cuja “utilidade” nos nossos dias é entendida como escassa ou estar substituída por outras “competências” ou “literacias”? Tudo e todo.

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A cultura não garante imunidade contra a crueldade, sabemos pelas bibliotecas de Hitler e Estaline, que eram homens cultos, mas mesmo do ponto de vista do mais comum dos homens mais vale tê-la do que não tê-la.

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A miséria é obviamente a grande inimiga da cultura dos homens comuns, que são duplamente pobres.

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A miséria foi a grande inimiga da cultura, de toda, a antiga e a moderna, mas nos dias de hoje há outras formas em crescendo do obscurantismo em particular as formas modernas de ignorância agressiva, ligadas à educação pelo lixo, pela cloaca das redes sociais

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A escola, que devia resistir, submete-se pelo facilitismo e pela moda.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Quando a ignorância de envergonhada passa à categoria de atrevida, a democracia não passa de um instrumento legal para instalar autocracias.

Comentário ao artigo de Pacheco Pereira acima mencionado, “Público” (sem link)


A LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA (LGP) PASSA A SER RECONHECIDA COMO "MEIO OFICIAL DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DO ESTADO PORTUGUÊS"

 

A proposta do Bloco de Esquerda de alteração ao Orçamento do Estado foi aprovada no Parlamento, prevendo que, em 2025, o Governo proceda a este reconhecimento.

Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-11-28-orcamento-na...


É URGENTE ENCONTRAR SOLUÇÕES PARA A FALTA DE ALOJAMENTO ESTUDANTIL

 

Mas o Governo só apresenta desculpas. Nos 900 milhões de património imobiliário que quer vender, não faltam edifícios que podiam e deviam ser convertidos em residências estudantis e em respostas à crise da habitação. Joana Mortágua


É A INCOMPETÊNCIA A JORRAR DO GOVERNO…

 

Em menos de um ano, o Governo já assumiu ter enganado as pessoas com contas erradas sete vezes.

À primeira qualquer um cai. À sétima só cai quem quer.

Na redução do IRS 👇

https://www.dn.pt/.../embuste-retoque-fiscal-e-ma-fe-a.../

Nas cirurgias oncológicas 👇

https://www.dn.pt/.../direcao-executiva-do-sns-corrige.../

Nas licenças de parentalidade 👇

https://www.esquerda.net/.../licencas-parentais-um.../92975

No financiamento do SNS 👇

https://www.publico.pt/.../governo-enganouse-contas-sns...

Nas pensões 👇

https://cnnportugal.iol.pt/.../6563923fd34e65afa2f7fc37

Nos alunos sem professor 👇

https://eco.sapo.pt/.../ministro-da-educacao-admite-que.../

No IRC 👇

https://observador.pt/.../corte-de-taxa-de-irc-em-dois.../


ÚNICA FRONTEIRA ENTRE A VIDA E A MORTE PARA MILHÕES DE PESSOAS…

 

A Agência da ONU para os refugiados da Palestina é a única fronteira entre a vida e a morte para milhões de pessoas, para milhares de crianças.

Contra o boicote israelita, propusemos que Portugal reforce o seu financiamento.

A extrema-direita opõe-se repetindo as mentiras de Netanyahu.


HÁ 800 MIL TRABALHADORES POR TURNOS EM PORTUGAL

 

Estas pessoas fazem horários noturnos e irregulares, com consequências profundas para a sua saúde e vida pessoal. Lançamos uma petição para que a lei proteja os trabalhadores nesta situação e compense o seu desgaste.


sexta-feira, 29 de novembro de 2024

PSD QUER DAR BENEFÍCIOS FISCAIS A EMPRESAS QUE AGRAVAM DESIGUALDADES DENTRO DAS MESMAS

 

Num país onde um trabalhador dentro da mesma empresa chega a ganhar 100 vezes menos que outro, e onde 1 em cada 10 trabalhadores vive na pobreza, o PSD quer dar benefícios fiscais a empresas que agravam estas desigualdades. Num contexto de profundas injustiças salariais, esta proposta reforça um modelo de país desigual. José Soeiro


CITAÇÕES

 
Na sua imensa vaidade, o então vice-almirante [Gouveia e Melo] transformou uma operação logística [relacionada com a vacinação contra a covid] numa impressionante operação de autopromoção. 

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Passada a pandemia, Presidente e primeiro-ministro perceberam que a farda estava outra vez na moda e tentaram garantir a passividade de Gouveia e Melo com um lugar de chefe do Estado-Maior da Armada que não lhe estava destinado. 

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42 anos depois da extinção do Conselho da Revolução e do regresso dos militares aos quartéis, um homem fardado foi diariamente indagado sobre o seu futuro presidencial.

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Tirando umas vacuidades consensuais, não lhe conhecemos qualquer posição política. 

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Só a decadência da democracia pode explicar que um militar ainda no ativo e sem qualquer currículo político ou cívico seja o mais sério candidato à vitória.

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O líder do PS já se arrependeu, mas o homem das abstenções violentas [António José Seguro] quando os executores da troika nem precisavam delas foi rápido a sentir o chamamento.

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A alternativa a um militar que não sabemos o que pensa é um político que sabemos que nada pensa. Ao vazio responde-se com o vazio.

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As televisões ainda acreditam que fazem reis. 2025 não é 2016.

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Escolha [a direita] quem escolher, a farda, mesmo no corpo de um moderado, falará mais alto. 

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É à esquerda que a reflexão é indispensável.

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Alguma coisa grave está a acontecer à democracia para Santana Lopes ter mais currículo do que qualquer outro dos putativos candidatos. 

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O melhor que a política tem para oferecer contra uma farda sem um político lá dentro são políticos que se destacam como comentadores, tecnocratas ou sacos de vento.

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A crise de quadros nos partidos e governos chegou à Presidência. 

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Estamos a rapar o fundo de um tacho vazio, porque a política deixou de cozinhar gente capaz.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Não há eleição mais sumarenta e “trendy” que aquela que evoque um culto de personalidade. 

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A dificuldade dos partidos é evidente em encontrar alguém que os portugueses entendam ser recto e cuidador.

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Um candidato de Esquerda só poderá vencer perante uma Direita profundamente dividida, colhendo ao centro. 

Miguel Guedes, JN

 

A “questão” da Palestina e da solidariedade com o povo palestiniano é um significante vazio que as Nações Unidas têm vindo a eternizar desde 1977.

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Esta ocupação [de território palestiniano há cerca de 70 anos] teve como consequência a transformação violenta do território e a expulsão de mais de metade da população palestiniana.

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[Desde essa data], centenas de povoações, cidades inteiras ou pequenas aldeias, foram apagadas do mapa ou reduzidas a ruínas abandonadas à espera de que o tempo as engula.

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O que é importante reter é que a deslocação forçada da população palestiniana decorre de uma estratégia política de limpeza étnica praticada pelo Estado de Israel.

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Considero ser cada vez mais legítimo falarmos de um quadro de genocídio que vem sendo legitimado pela comunidade internacional a troco de interesses económicos na região.

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É esta fluidez cronológica de violações de direitos fundamentais que me leva a poder dizer que o que aqui chamo de significante vazio se torna fácil de perceber e difícil de aceitar.

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Dez anos após a total ocupação da Palestina, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu, através da Resolução 32/40B, o dia 29 de novembro como o Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestiniano.

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Mas a outra face da encenação do discurso "onusiano" é o reconhecimento tácito da sua própria incapacidade para fazer cumprir as resoluções que aprovou.

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Urge alterar a correlação de forças entre Israel e a Palestina. Porventura, começar pelo reconhecimento do direito à existência de dois Estados pode ser o primeiro passo.

Carlos Morgado Braz, “Público” (sem link)

 

A mais de um ano das próximas eleições presidenciais, já há muitos meses que vários nomes de potenciais candidatos circulam.

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Desde a Primeira República que todos os presidentes se assemelham: são todos homens, média de idade de sessenta anos em início de mandato e de sessenta e sete no final.

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Parecem enquadrar-se na categoria amplamente dominante, em cargos de poder, da heterocisnormatividade branca, de classe média, alta ou burguesa, sem que qualquer um deles, salvo erro, tenha origem operária.

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Mérito? Quem se arrisca a dizer que mulheres, pessoas racializadas ou queer não têm mérito? As mulheres representam metade da população.

(…)

Como é possível que, até hoje, nenhuma tenha tido o mérito de nos representar na Presidência da República?

(…)

Bastaria que duas mulheres tivessem sido eleitas consecutivamente para surgirem vozes a defender que “desta vez era bom ser um homem”.
(…)

Se os perfis que têm ocupado a Presidência são de facto hegemónicos, isso não significa que representam, nem podem representar, a universalidade de todas as experiências e identidades.

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Para repensarmos o modelo actual da Presidência da República, proponho que se reflita, no mínimo, sobre a possibilidade de uma rotatividade de género.

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Representar não implica dominar nem ocupar uma posição de superioridade, ou de inferioridade.

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Continuamos a perpetuar uma visão patriarcal e aristocrática do poder, em que o Presidente da República encarna uma figura paternalista.

Luísa Semedo, “Público” (sem link)


A DIREITA PRIVATIZOU SETORES ESTRATÉGICOS E ENTREGOU-OS AO ESTADO CHINÊS E ANGOLANO

 

Agora, baixam o IRC para que os lucros saiam mais uma vez do país. Propusemos travar esta política e garantir que nenhuma decisão sobre a TAP fosse tomada sem passar pelo Parlamento. A proposta foi chumbada, mas a luta continua: não desistiremos de defender o interesse público. Mariana Mortágua


29 DE NOVEMBRO: DIA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE COM O POVO PALESTINIANO

 

São 76 anos de ocupação, apartheid e limpeza étnica. Portugal não pode ser cúmplice. Queremos sanções a Israel e boicote à ocupação sionista. Por um cessar-fogo permanente. Palestina viva, Palestina livre. Sempre.


O PERÍODO DE REFLEXÃO É UM MECANISMO DE CONTROLO, NÃO DE APOIO NO PROCESSO DA IVG

 

O direito à interrupção voluntária da gravidez foi uma conquista histórica das mulheres, mas ainda enfrenta obstáculos na lei que limitam o seu acesso. O período de reflexão é um mecanismo de controlo, não de apoio. Exigir dois médicos é uma burocracia que atrasa e desrespeita. A falta de regulamentação da objeção de consciência deixa muitas mulheres sem resposta. E o prazo atual exclui quem precisa de mais tempo. Lutar pelos direitos das mulheres é ir além do papel: é garantir que a lei é justa e acessível para todas. Marisa Matias


MAIS UMA VEZ, ANTÓNIO GUTERRES COM AS PALAVRAS CERTAS NO MOMENTO CERTO

 

Imagem via “diário as beiras”


quinta-feira, 28 de novembro de 2024

DIZEM AS MÁS LÍNGUAS QUE NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE ISTO ACONTECE…

 

Montenegro anunciou meios que já estavam contratados, para resolver um problema que o próprio diz que não existe. Seria apenas caricato, se não fosse também grave. Mariana Mortágua


FRASE DO DIA (2352)

 
As mulheres representam metade da população. Como é possível que, até hoje, nenhuma tenha tido o “mérito” de nos representar na Presidência da República?

Luísa Semedo, “Público”


PORQUE VENDER IMÓVEIS PÚBLICOS, COM APTIDÃO HABITACIONAL, EM PLENA CRISE DE HABITAÇÃO?

 

Enquanto milhares lutam por uma casa, o Governo prefere entregar património público à especulação e ao turismo de luxo. Estes imóveis devem servir quem precisa de habitação, não os interesses do mercado. Os imóveis públicos devem ser usados para garantir direitos, não para encher os bolsos de especuladores. Mariana Mortágua


INADMISSÍVEL APROVEITAMENTO POLÍTICO

 

"Montenegro pendurou-se numa investigação em curso e substituiu-se às polícias na comunicação dos resultados de uma operação policial", escreve Daniel Oliveira, cronista do Expresso.

Leia a opinião na íntegra: https://expresso.pt/.../2024-11-28-as-percecoes-e-os...


EM 25 DE NOVEMBRO, A DIREITA COMEMORA DERROTAS…

 

A direita que conviveu sempre mal com a democracia distorce a linha do tempo para apoucar Abril. As primeiras eleições livres foram em abril de 1975. E a constituição aprovada em 1976 prevê a irreversibilidade das nacionalizações e o caminho para o socialismo. A direita comemora derrotas. Catarina Martins


ARGENTINA: OS NÚMEROS MAIS RECENTES DO GOVERNO MILEI FALAM POR SI…

 

''Economia argentina recua 3,3% em setembro, em meio a cortes de gastos de Javier Milei · Resultado veio pior do que o esperado por analistas. Esse foi o quarto mês consecutivo de contração anual da atividade econômica do país.'' - 22/11/2024

Faltando pouco para o liberal tupiniquim fingir que não conhece o herói.

Via “O Esquerdista”


A SITUAÇÃO DRAMÁTICA PROVOCADA PELA FOME EM GAZA

 

Imagem via “diário as beiras”


quarta-feira, 27 de novembro de 2024

CITAÇÕES À QUARTA (131)

 
Não é preciso morar em Lisboa para notar a degradação da recolha do lixo e da limpeza. 

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[Este] é o [ponto] mais visível dessa incompetência [na gestão mais inábil que Lisboa já conheceu].

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Usou o único instrumento político que conhece para combater o único problema que lhe interessa: a propaganda para mudar a perceção pública.

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Os ecrãs multimédia (…) transformaram-se num poderoso instrumento de propaganda política.

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Só propaganda política.

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A propaganda de Moedas ocupa tanto espaço que, nos últimos anos, este tipo de rede de publicidade institucional da Câmara deixou de divulgar, como sempre fez, espetáculos ou iniciativas de grupos culturais, desportivos ou outras atividades de associações da cidade.

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A promoção e apoio institucional teve de dar lugar aos slogans dos Novos Tempos, pagos com dinheiro da autarquia.

(…)

A promoção e apoio institucional teve de dar lugar aos slogans dos Novos Tempos, pagos com dinheiro da autarquia.

(…)

Nas redes sociais da Câmara, com mais de um milhão de seguidores à espera de ter acesso a informação útil sobre a cidade e a autarquia, vemos o mesmo. 

(…)

Ainda estou à espera de um vídeo dele próprio a recolher o lixo.

(…)

Foi nas redes sociais que Moedas foi mais longe.

(…)

A propaganda política em defesa do trabalho do Presidente deve ser paga pelas concelhias dos partidos que o apoiam.

(…)

Nem depois de 14 anos de vícios de governação se assistiu a esta apropriação ilegal dos instrumentos de comunicação da Câmara por um partido político.

(…)

Também nisto, Moedas transformou a capital num exemplo de subdesenvolvimento.

Daniel Oliveira, “Expresso” online

 

Na minha agenda este dia [25 de novembro] está cativado há muitos anos com a seguinte inscrição: Marcha contra a Violência sobre as Mulheres.

(…)

Desde 2000 que este dia é por ela [ONU] oficialmente designado Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

(…)

Em 2023 (dados da ONU), o ciclo de violência para 51.100 mulheres terminou com o seu assassinato?

(…)

Em 2023, uma mulher foi assassinada a cada dez minutos no mundo e Portugal contribuiu.

(…)

Este é um dia em que as reivindicações do movimento feminista ressoa (…)  na agenda política e nas intervenções parlamentares.

(…)

Mas cada qual tem as suas agendas e este ano as direitas parlamentares decidiram brincar às ideologias e comemorar, no Parlamento, com pompa e circunstância, o 49.º aniversário do 25 de Novembro de 1975.

(…)

O 25 de Novembro é o dia em que se constata que a nossa democracia é imperfeita e vulnerável, porque não é capaz de proteger as mulheres, que continuam a viver quotidianos de violência e a morrer às mãos de homens.

(…)

Segundo o Observatório da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), este ano, entre 1 de janeiro e 15 de novembro, 25 mulheres foram assassinadas em Portugal.

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[A maioria parlamentar das direitas] escolheu invisibilizar e desprezar as mulheres e as organizações que todos os dias combatem este problema.

(…)

Sobre este 25 de Novembro, as direitas não têm nada a dizer, contribuindo, assim, para naturalizar e normalizar a violência machista.

Andrea Peniche, “Público” (sem link)

 

Em Março do ano passado, os Estados Unidos e a Alemanha foram lestos a aplaudir o Tribunal Penal Internacional (TPI) quando este emitiu um mandado de prisão contra o Presidente russo, Vladimir Putin.

(…)

O chanceler Olaf Scholz acrescentou que a acusação significava que “ninguém está acima da lei”. Não é verdade.

(…)

Biden e Scholz acham que Netanyahu e Israel estão, em qualquer caso, acima da lei. 

(…)

A reacção norte-americana e alemã são a enésima demonstração de hipocrisia

(…)

Como se o Governo israelita não estivesse a levar a cabo um extermínio insuportável.

(…)

“Netanyahu pretende transformar o mandado de prisão do TPI numa moção global de desconfiança contra o direito internacional e as suas instituições”, escreveu Noa Landau, directora adjunta do Haaretz.

(…)

Israel tem ignorado resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desafiado constantemente o direito internacional, ocupado territórios de forma ilegal e continua confiante na sua impunidade.

(…)

Há muito que esta intervenção deixou de ser uma guerra de defesa, para se transformar numa vingança que o direito internacional não pode ignorar, como até o Papa Francisco reconheceu.

(…)

[Não] se importam [os Israelitas] que Gaza e Cisjordânia sejam arrasadas e que os palestinianos morram à fome, numa prisão a céu aberto, na qual não entra assistência humanitária?

(…)

A próxima Administração de Donald Trump seguirá o óbvio princípio de tudo para Israel e nada para a Palestina.

(…)

Na lógica de Netanyahu e aliados, toda e qualquer crítica à atitude desumana com que Israel conduz a sua intervenção no Médio Oriente explica-se pelo anti-semitismo.

(…)

Qualquer semelhança entre isto e democracia é pura coincidência

Amílcar Correia, “Público” (sem link)