sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

CITAÇÕES

 
Em quatro décadas, os outsiders que iriam desafiar a ordem instalada concentram o poder de moldar o mundo aos seus interesses.

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A elite que conta está com Trump. A que ainda não está, estará. 

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Os capitalistas não têm ideologia. Têm interesses e sabem quem os pode servir ou prejudicar a cada momento. 

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Não querem ser regulados e limitados na sua ambição.

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E a “liberdade de expressão” que dizem querer devolver à América serve, na realidade, para concentrar nas suas mãos o poder de decidir quem fala e quem se cala.

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Sempre houve milionários a usar meios de comunicação para influenciar a política a bem dos seus negócios.

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O poder de Murdoch ainda não foi totalmente enterrado e teve relevância para chegarmos onde estamos.

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Nunca concentraram tanta riqueza e poder como esta pequeníssima oligarquia tecnológica.

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A fortuna de Musk multiplicou-se mais de 15 vezes desde o início da pandemia.

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Desde 2013, a percentagem de americanos e britânicos que não consomem qualquer notícia subiu de 8% para 30%.

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Segundo o Instituto para o Estudo do Jornalismo, da Reuters, metade dos adultos até aos 50 anos recorre tanto às redes sociais como à comunicação social para se informar.

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Nestas plataformas, a mensagem é visual, seja vídeo ou memes. Zero complexidade. 

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O ideal para o crescimento da extrema-direita.

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Não é preciso ver o braço esticado de Musk para saber quem são os seus candidatos às lideranças europeias. 

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Se o Brasil resiste, vergando o dono do X e impondo mecanismos de regulação no Facebook e no Instagram, a União Europeia também o pode fazer. 

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Se se deixar intimidar, as suas democracias não resistirão à polarização, à desinformação e à manipulação.

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A dimensão da vitória eleitoral de Trump ainda não traduz com rigor a enorme viragem cultural a que assistimos.

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As repúblicas caem com mudanças culturais subterrâneas e a naturalização do que antes nos parecia abjeto.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A oligarquia que tomou o poder nos Estados Unidos pretende tomar conta de nós por uma espécie de privilégio natural que lhes permite ir contra a ciência, contra o equilíbrio, contra os valores de civilização e progresso, a favor do seu algoritmo.

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Fundamentalmente, a certeza e a convicção de que tudo mudou.

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O culto da arrogância e do orgulhosamente capaz de decidir unilateral e visceralmente é o novo modelo americano de Trump.

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A inimputabilidade também se constrói assim.

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Depois, as sombras. Não é uma espécie de saudação nazi que faz de Elon Musk um nazi.

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Elon Musk é mais perigoso do que um qualquer nazi porque nos coloca a debater sobre a sua real identidade e a teorizar sobre a relativização dos seus gestos.

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As sombras estão muito mais no que ficou por dizer do que no que foi dito (e já decretado) no dia um da segunda administração de Trump.

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O presidente dos EUA não teve uma única palavra para o mundo-inferno que separa os oligarcas que colocou, reverencialmente a seu lado, da pobreza extrema de 800 mil americanos sem abrigo ou de um sistema nacional de saúde que empurra milhares de pessoas para a morte e que não é acessível a milhões de americanos.

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Nem uma palavra sobre a crise climática, pelo contrário, a defesa da sua negação.

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O anátema das deportações na condenação das palavras da bispa Mariann Edgar Budde que teve a coragem de pedir clemência.

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Nos EUA como na Europa, a opção que resiste à falência do sistema é mesmo única: construir uma alternativa que responda à crise social.

Miguel Guedes, JN

 

O conceito de neutralidade carbónica é fundamentalmente errado e enganador.

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O que é necessário e urgente é uma redução da emissão de gases com efeito estufa (GEE), assim como de outros tipos de poluição.

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[Algo muito sério é Portugal] estar a iniciar a construção de uma grande infra-estrutura que é diametralmente oposta às metas de neutralidade carbónica com que tanto Portugal como a UE decidiram, em linha com o acordo de Paris, um acordo a nível global.

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Não há planos rigorosamente nenhuns de reduzir o número de voos, nem sequer parece que haja uma estratégia para que isso forçosamente acontecer.

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Qual é a expectativa dos Governos (serão muitos até 2037) sobre a capacidade da indústria da aviação de aumentar a eficiência?

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Não há planos rigorosamente nenhuns de reduzir o número de voos, nem sequer parece que haja uma estratégia para que isso forçosamente acontecer.

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Ao dia de hoje, a aviação é dos maiores emissores mundiais de GEE — e dos mais desiguais.

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O Relatório Ambiental admite, na maior das ironias, que o aumento de emissões que o novo aeroporto causará vai contra todas as metas ambientais de Portugal e da UE.

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A CTI [Comissão Técnica Independente] mostra que as emissões da aviação têm aumentado todos os anos e usa esses mesmos dados para tentar provar que as emissões vão descer no futuro,

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Todos nós temos de ter uma visão crítica, não só acerca do impacto material do aeroporto, mas também acerca do que ele simboliza: mais consumo, mais poluição, mais barulho, mais e mais e mais.

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Aquando da consulta pública sobre o novo aeroporto, a Rede para o Decrescimento, da qual sou membro, foi, tanto quanto sei, a única organização que se opôs à sua construção.

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Parece ser a única voz racional no meio de uma classe política capturada, sem qualquer problema em continuar a afundar a população num buraco ecológico cada vez mais fundo.

Filipe Medeiros, “Público” (sem link)


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