(…)
As
responsabilidades pela atual situação cabem, numa parte significativa, à
condescendência e adesão de governantes das nossas democracias a agendas
ultraliberais e retrógradas,
(…)
[As agendas
ultraliberais] desapossaram milhões de pessoas de condições de vida digna, e
fecharam os olhos e os ouvidos às reivindicações da imensidão de seres humanos
que nada têm.
(…)
Criou-se o
ambiente para a irracionalidade e as tiranias.
(…)
O
comportamento dos banqueiros e o recuo de países fundamentais nos compromissos
para o combate às alterações climáticas (…) são apenas dois dos campos de
políticas erradas que se conectam com muitas outras
(…)
É um erro
fatal buscar respostas assentes no negócio e na financeirização de tudo.
(…)
Esta era
apresenta-se carregada de injustiças profundas, de individualismo exacerbado,
de desprezo pela maioria dos seres humanos.
(…)
Os pobres e
deserdados são denegridos, catalogados de incapazes e burros, logo merecedores
de todos os castigos.
(…)
Estão
enganados aqueles que pensam que a governação de Trump é um interlúdio no
“funcionamento normal” das democracias liberais. Estas estão infetadas.
(…)
São
escavacados direitos sociais e o direito do trabalho. Essa é a situação, nos
planos nacional e europeu, contra a qual o povo terá de agir.
A
malária continua a ser a principal causa de morte em África. Todos os anos,
cerca de 600 mil pessoas morrem de paludismo no mundo, 95% delas no continente.
(…)
Além
dos Camarões, outros países africanos começaram a aplicar a vacina, conta o El País, nomeadamente o
Burkina Faso, o Níger, a Serra Leoa e a Libéria.
(…)
O
sistema de saúde camaronês administra a vacina gratuitamente a crianças de seis
meses a dois anos em 42 dos 206 distritos de saúde do país.
(…)
O país está entre os 12 mais afectados pela doença, com mais
de sete milhões de casos anuais.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
O
homem que Donald Trump escolheu
agora para liderar o Departamento de Saúde enviou uma petição à Administração
de Alimentos e Medicamentos (…) a solicitar que a autorização das vacinas fosse
revogada e que nenhuma outra fosse concedida porque os seus malefícios
superavam os benefícios.
(…)
Sem qualquer prova científica a sustentar o seu
pedido (…) Robert F. Kennedy enviou o pedido em nome da organização que
fundou e dirige, a Children Health Defense.
(…)
Neste
segundo mandato de Trump, circular pelos recantos
mais obscuros de qualquer área transforma a pessoa num alvo de selecção
para cargos na Administração dos EUA.
(…)
Quase
quatro anos depois, Robert F. Kennedy é um desses seres das margens que Trump
trouxe para o centro das políticas públicas norte-americanas.
(…)
Imaginem o que teria sido a pandemia com este
militante antivacinas a conduzir o combate!
(…)
Kennedy
disse no final de 2021 que a vacina da covid-19 era a “vacina mais mortal
alguma vez criada”, sem ter qualquer prova da veracidade da sua afirmação.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
Quando estiver pronto no Verão, o Isambard-AI
será o supercomputador mais poderoso do Reino Unido.
(…)
Vai
ser posto ao serviço da investigação no domínio da saúde, utilizando
inteligência artificial para desenvolver vacinas para a Alzheimer e a demência.
(…)
O
Isambard-AI é dez vezes mais potente do que o mais rápido supercomputador
actualmente existente no Reino Unido, aliás, é mesmo um dos dez mais potentes
do planeta nos dias de hoje.
(…)
Criado
ao longo de anos de investigação científica, desde os primeiros protótipos nos
anos 1990, o Isambard-AI evoluiu para se transformar numa instalação colossal.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
O
tempo em que o acesso à informação mais se democratizou é também aquele em que
mais desinformação se disseminou, contribuindo para as decisões mais tolas (e
até mesmo criminosas).
(…)
Falta
de escrúpulos de políticos e investigadores, diminuição dos jornalistas de
ciência, multiplicação de plataformas de divulgação de estudos sem controlo de
pares, algoritmos que nos induzem permanentemente em erro e velocidade de
transmissão são factores que contribuem para fazer passar por ciência aquilo
que não é.
(…)
O que
importa se os cientistas já desmentiram centenas de vezes que as vacinas não
provocam autismo quando alguém que defende essa ideia acaba a liderar as
políticas públicas de saúde de um dos países mais poderosos do mundo?
António Rodrigues, “Público” (sem link)
[Com a tomada de posse de Trump] aboliu-se a
pretendida luz exemplar da liberdade, disseminada com intensidade prosélita
pelo mundo.
(…)
A luz de Trump (…) [será] hostil a tudo o
que é estrangeiro, palavra usada, até, como sinónimo de criminoso.
(…)
[A América é] um país há muito dominado pelo
individualismo desenfreado.
(…)
[Trata-se de] um país há muito dominado pelo
individualismo desenfreado.
(…)
O brutalismo de Trump é uma clarificação daquilo
que tem sido a política geral dos EUA, com destaque para a externa.
(…)
O Congresso americano é eleito pelo povo, mas é
mantido e alimentado pelos grupos de pressão.
(…)
[Os grupos de pressão] tratam o Capitólio como um
mercado onde as leis são compradas e vendidas.
(…)
Na verdade, pelo menos desde Reagan, os EUA
iniciaram o caminho sem recuo para se transformarem numa plutocracia, um
governo ao serviço dos ricos.
(…)
Que total contraste com os tempos de F.D.
Roosevelt e J.F. Kennedy, sobretudo entre 1944 e 1963, quando o imposto sobre
os rendimentos mais altos chegou a atingir 90%!
(…)
O “decente” Biden terminou o seu mandato
indultando o próprio filho e exigindo a Kiev que empurrasse para a fornalha de
uma guerra perdida jovens de 18 anos.
(…)
O cúmulo da (in)decência foi atingido quando a
Administração Biden deu cobertura, em Gaza, ao maior genocídio cometido por um
Estado contra um povo indefeso, desde o Camboja de Pol Pot.
(…)
É de recear que, caso Trump resolva aprender a
falar de mansinho com quem por cá manda nos governos e nos media, ainda possamos acabar na Europa, só com a roupa que
trazemos no corpo.
Sem comentários:
Enviar um comentário