sexta-feira, 31 de julho de 2020

O VÍRUS DA PRECARIEDADE




A pandemia revelou o país precário. São vários testemunhos que demonstram como a precariedade é o vírus que deixou muita gente sem trabalho e sem apoio. Ao contrário das promessas, o Governo foi deixando estas pessoas para trás. A mobilização dos precários e das precárias conseguiu alargar os apoios extraordinários, mas são ainda muito insuficientes. Combater a precariedade não pode ser apenas um slogan vazio. É a luta pelo nosso futuro. Para que realmente ninguém fique para trás.

212 ATIVISTAS AMBIENTAIS ASSASSINADOS EM 2019



Os números da Global Witness revelam um recorde relativamente aos anos anteriores. A ONG alerta ainda que, com o confinamento devido à pandemia, muitos ambientalistas ficaram desprotegidos face a quem os ameaça.
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FRASE DO DIA (1410)


Não deixa de ser curioso que dois líderes sociais-democratas, consecutivamente, sejam os maiores responsáveis pela normalização irresponsável de um projecto político pessoal absolutamente demagógico, maniqueísta, mentiroso e populista, tantas vezes racista, odioso e xenófobo.

JERUSALÉM É HISTORICAMENTE A CAPITAL DA PALESTINA




Nesta análise aprofundada, de uma honestidade intelectual admirável, o rabino Yaskov Shapiro explica que a ideia de Jerusalém como “capital do povo judeu” é uma ficção sionista e entra diretamente em conflito com os próprios ensinamentos do judaísmo. “O povo judeu não tem uma capital, nós nunca tivemos”, diz ele. (…) países têm capitais, estados têm capitais, o povo judeu não é um país ou região, e sim uma cominidade religiosa”.
Shapiro vai além e critica duramente o primeiro-ministro israelita Benjamin Natanyahu e seus antecessores por usarem a Bíblia, a Torá, como uma desculpa para a posse da terra. Não há referências nos livros sagrados, segundo ele sobre o direito de propriedade da Terra Santa a um povo ou outro. Há política e interesses.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

HOJE É O DIA INTERNACIONAL CONTRA O TRÁFICO DE PESSOAS



- Há no mundo 108613 vítimas oficiais do tráfico humano.
- 72% das pessoas traficadas no mundo são mulheres, na sua maioria vítimas de exploração sexual.

FRASE DO DIA (1409)

O problema é o prolongamento indefinido do lay-off sem critérios económicos e estratégicos.
Daniel Oliveira, “Expresso” Diário

AS AUDIÇÕES SOBRE OS ABRIGOS ILEGAIS DE SANTO TIRSO




Estão a decorrer as audições sobre os abrigos ilegais de Santo Tirso. Da primeira parte ficámos a saber que se tivesse havido anuência para a entrada da Associação portuguesa de Busca e Salvamento teriam conseguido salvar animais.
Da parte do presidente da Câmara, ficámos a saber que os números que deu e que os da DGAV sobre os animais errantes não batem certo, que há uma ordem de encerramento do espaço desde 2012 e que toda a gente foi não sabendo ou não querendo saber. A responsabilidade é também política de toda a gente que nunca quis saber e foi tratando a lei de não abate e de proteção animal como um ente menor. Essa responsabilidade tem de sair destes acontecimentos e da tragédia que poderia ter sido evitada. (Maria Manuel Rola)

NA DIREITA, ESTA É UMA PRÁTICA COMUM…



Nada que não seja espectável numa coligação de direita (PSD/CDS). A parte triste da história é que, incompreensivelmente, as populações continuam a confiar nesta gente.
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quarta-feira, 29 de julho de 2020

COM MAIS DE 2 MILHÕES DE INFETADOS, BOLSONARO QUER CANCELAR COMPRA DE RESPIRADORES



O Ministério da Saúde do Brasil, pasta há mais de 2 meses sem ministro, quer rever contratos para fornecimento de respiradores aos estados. O governo federal planeia cancelar a compra de ao menos 2800 desses equipamentos, segundo uma reportagem de Natália Cancian para a “Folha de São Paulo”.
 Via Mídia Ninja

FRASE DO DIA (1408)


Como veio a ser comprovada pela ciência, esta invenção (raça) carece de base biológica, fisiológica e genética.
Raquel Raimundo, “Público”

PRECISAMOS DE UM PAÍS QUE GARANTA A PROTEÇÃO DAS PESSOAS




O país continua a arder e 3 bombeiros perderam a vida. Precisamos de um país mais seguro, e a segurança passa por exigir e construir um país que seja capaz de ter um território organizado, ter uma Proteção Civil eficaz, que garanta a proteção das pessoas (parte da minha intervenção no encerramento do Acampamento Liberdade Online). (Catarina Martins)

terça-feira, 28 de julho de 2020

KARL MARX ATUALÍSSIMO



Marx está atual! O que está destinado a quem produz a riqueza, os proletários, será a continuidade do roubo dos salários, o trabalho escravo, a liquidação dos direitos e a intensificação da instabilidade laboral, como reclamam alguns países da Europa, com a Holanda na liderança, que considera que as leis do trabalho em Portugal continuam muito rígidas para o capital. Para gerir as políticas neoliberais, de exploração máxima, PS e PSD, estão concertados.

MESQUITA EM HEBRON INCENDIADA E VANDALIZADA



Mesquita da Margem Ocidental incendiada e vandalizada com graffiti hebreus.
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FRASE DO DIA (1407)


O Novo Banco, com a Lone Star, é uma gigantesca lavandaria acarinhada por um contrato leonino e pelo silêncio das autoridades.
Francisco Louçã, “Expresso” Diário

BOLÍVIA: GRANDE MANIFESTAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS, PELA VIDA E PELA DEMOCRACIA




Grande manifestação pela vida e pela democracia. Movimentos sociais e organizações e organizações estão a concentrar-se em resposta à chamada do COB. (Presumimos que COB seja a sigla de alguma organização de defesa dos direitos humanos ou outra, com os mesmos fins)

segunda-feira, 27 de julho de 2020

JUSTIÇA PARA BRUNO CONDÉ



Bruno Condé foi assassinado às 13h da tarde do passado sábado no centro de Moscavide.
Como é que ainda há quem tenha coragem de dizer que não há racismo em Portugal?
Nem mais uma vítima. Exigimos justiça!
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JUSTIÇA CLIMÁTICA PRECISA-SE, UMA ECONOMIA PARA AS PESSOAS EXIGE-SE




Em paralelo com uma concentração marcada no Ministério do Ambiente, uma dezena de ativistas entraram no Ministério da Economia.
Na manifestação foi anunciado que a crise climática nunca foi um problema apenas ambiental, sendo isto cada vez mais óbvio à medida que a crise económica trazida ao de cima pela Covid-19 piora as condições de vida da população.
Em simultâneo foi exigida a assinatura de um contrato a ser assinado pelo Ministro da Economia Pedro Siza, no qual o próprio coletivo Climáximo prestará o serviço de descontaminação do ministério.
Mesmo com os avisos claros da toxicidade do ministério já afixados, os funcionários fizeram a vez de forças de segurança e ajudaram estas a hostilizar os ativistas.
Dentro deste contrato estavam incluídas condições como:
- Nacionalizar as empresas de produção e transporte de energia, de forma a efetuar uma transição justa, que garanta a geração de energia via fontes limpas e renováveis e assegure os postos de trabalho dos trabalhadores, recorrendo a formações profissionais para requalificação, quando necessário.
- Nacionalizar as empresas de transportes e expandir aquelas já detidas pelo Estado, com uma política de transportes compatível com as metas climáticas. Para isso, reduzir drasticamente o transporte aéreo e priorizar as estruturas dos meios de transporte coletivos e não individuais.
- Criar uma indústria nacional para o cumprimento das metas climáticas produzindo, para isso, desde painéis solares a carruagens de comboios, e assegurando posteriormente a manutenção dos equipamentos;
- Em todas as empresas nacionalizadas e criadas, garantir os direitos e condições laborais, rejeitando a subcontratação e a precariedade.
Nos últimos meses caiu a ficção de que exigências como estas são impossíveis, com estados prontos a injetar milhões em empresas de forma a preservar os lucros. Isto contrasta com a impossibilidade de continuar com o rumo do capitalismo fóssil, sendo necessário nos próximos 10 anos reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, para metade.
Justiça climática precisa-se, uma economia para as pessoas exige-se.

FRASE DO DIA (1406)


Queremos que estas estruturas [racistas que movem a sociedade] sejam desmanteladas para que possa haver maior inclusão e maior espaço para a projecção da voz de quem é constantemente oprimido.
Navváb Aly Danso, Público

MARIELLE FRANCO FARIA HOJE 41 ANOS.



Marielle Franco, negra, ativista feminista e LGBTI, vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, filha do Complexo da Maré, foi barbaramente assassinada a 14 de março de 2018. Faria hoje 41 anos.
Continuamos a querer saber quem a mandou matar.

CONTINUAM A CHEGAR MÁS NOTÍCIAS DO PARAÍSO TRUMPEANO ...


In "Expresso" Economia

domingo, 26 de julho de 2020

PRÉMIO GULBENKIAN PARA A HUMANIDADE ATRIBUÍDO A GRETA THUNBERG


In "Expresso"

QUATRO MESES DO SITE despedimentos.pt



Combater a impunidade. Garantir que nenhum abuso fica se resposta. 

MAIS CITAÇÕES (92)


No final de uma cimeira europeia com três dias de gritaria e um dia de Twiter, o resultado foi vendido como transcendente.
(…)
A conta foi feita por Lagarde: é menos de metade do que era necessário. E por Merkel e Macron: os 400 mil milhões de subsídios eram a linha vermelha, aceitaram a humilhação de a baixar.
(…)
Até ver, é um empréstimo garantido pelo Estados, ou seja, vão pagar nos orçamentos por três décadas
(…)
No Orçamento plurianual, Portugal sofre uma redução precisamente onde o primeiro-ministro prometera não se perder um cêntimo. São cortes de 7,5% na coesão (o Governo soma-lhe os novos fundos extraordinários para evitar esta conta) e de 9% na agricultura.
(…)
A Grécia, menos afetada pela pandemia que Portugal (…), receberá €19 mil milhões de subsídios (…) e 12,5 de empréstimos — a distribuição é feita segundo critérios talhados à medida de cada fato.
(…)
Um país pode reclamar da execução de programas noutros, criando-se uma forma de tutela pelo Conselho que politiza em conflito internacional o que deveria unir a União.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Por se ter tornado o palco universal de todos os discursos de ódio, que ­criam uma febre contagiante e que, por isso, são o pilar da comunicação atual, o Facebook é uma arma mais poderosa do que qualquer míssil.
(…)
Não havendo limites à convocação da violência, todas as milícias do ódio se podem mover naquele universo de 2600 milhões de participantes, e é o que fazem sem limite.
(…)
[Aaron Greenspan] que se tornou um crítico da rede social [Facebook], publicou um relatório, em janeiro de 2019, em que afirma que metade dos perfis é falsa, com base em dados da própria empresa. [A sua] função essencial é promover a mentira.
(…)
Kim Jon-un é só um aprendiz. O feiticeiro já está dentro da nossa casa.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

É fácil antever uma crise económica e portanto social e portanto política em 2021.
(…)
As sondagens que dão agora liderança destacada ao PS são o canto do cisne negro que desabou invisível no nosso mundo.
(…)
Depois da valorização da segurança do Estado lançada pelo Governo, que tinha prazo de validade para três meses, virá o tempo do deserto.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

Desparlamentarizar e desinstitucionalizar o conflito político está longe de ser um bom caminho.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Nem a ideia de que a Europa terá recursos próprios para o Fundo de Recuperação está segura.
(…)
Os “feudais” [vulgo frugais] conseguiram que uma minoria ficasse com a mão na torneira do Fundo de Recuperação.
(…)
À boleia da pandemia, uns poucos Estados conquistaram o poder formal de determinar políticas de outros.
(…)
Apesar de ser um dos países que mais enriqueceu à custa do euro, a Holanda vende a narrativa da frugal vítima espoliada.
(…)
Os holandeses só querem o melhor para nós. Até ficam com os nossos impostos, para não os estourarmos com mulheres e vinho.
(…)
Os nacionalismos europeus nasceram agarrados aos valores e interesses das burguesias nacionais.
(…)
Os nacionalismos europeus nasceram agarrados aos valores e interesses das burguesias nacionais.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

[O falhanço do apoio às artes] em a ver, sim, sobretudo, com o caráter marginal, dir-se-ia mesmo ornamental ou decorativo, que é atribuído pelo Estado às atividades desenvolvidas por esses agentes.
(…)
Nada há de sólido no panorama dos agentes culturais apoiados pelo Estado.
(…)
[Portugal é] como aquele país em que a abundância de equipamentos mais tem crescido na razão inversa das oportunidades de emprego artístico gerado…
(…)
A cultura em geral e o campo das artes em particular não podem ficar para trás. Mas, exigir mais dinheiro, acenando com 1% (ou mais) do PIB, de nada serve, se for para fazer mais do mesmo.
(…)
Antes de mais, é preciso encarar o investimento público na criação, consolidação e desenvolvimento de estruturas de produção artística como um investimento reprodutivo, e não como um ónus ou um desperdício.
Mário Vieira de Carvalho, “Público” (sem link)

Confundir a crítica dos pares com censura diz sobretudo de quem a concebe assim.
(…)
Nem a investigação, nem o debate público sobre a natureza e a ação da extrema-direita se faz no abstrato, e muito menos hoje, quando ela tem o poder e a ambição de poder que tem por todo o Ocidente.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

Os momentos altos destes debates [até agora quinzenais], um pouco por todo o mundo, são reproduzidos nos meios de comunicação e transmitem posicionamentos políticos ao eleitorado.
(…)
Rui Rio disse há poucas semanas que os debates quinzenais impedem o primeiro-ministro de trabalhar, como se submeter-se ao escrutínio do poder legislativo fosse uma desprezível distração na agenda ocupada do chefe omnisciente e todo-poderoso.
(…)
Que [o líder da oposição] o declare publicamente e ajude o partido do governo a acabar com os debates quinzenais entra no domínio do trágico.
(…)
O Parlamento é o lugar por excelência para fazer oposição e os debates quinzenais servem para incomodar o governo.
Susana Peralta, “Público” (sem link)

BLOCO JÁ ALERTARA PARA A URGÊNCIA DE DEFENDER O EMPREGO E OS RENDIMENTOS.




“Se o primeiro-ministro tivesse ouvido o Bloco os seus lamentos não pareciam lágrimas de crocodilo”.
“O que vemos agora poderia e deveria ter sido evitado”, afirmou Pedro Filipe Soares em resposta às declarações de António Costa sobre a desregulação do mercado de trabalho. O deputado relembrou que o Bloco, logo após as eleições, alertou para a urgência de defender o emprego e os rendimentos.
O líder parlamentar bloquista relembrou que o Bloco, logo no início da pandemia, apresentou uma proposta para proibir os despedimentos que contou com o voto contra do PS, deixando a questão: “quando o Primeiro-Ministro fala de estabilidade, está disponível para um reforço da estabilidade das famílias?”

NO PRÓXIMO OUTONO OU INVERNO O DESEMPREGO PODE ATINGIR 1 MILHÃO DE PESSOAS


Francisco Louçã, "Expresso" Economia

sábado, 25 de julho de 2020

25 DE JULHO - DIA DO VESTIDO TRADICIONAL PALESTINIANO



Hoje comemora-se na Palestina, o tradicional vestido bordado à mão com diversos motivos, um mais maravilhoso do que o outro.
Óleo sobre tela do artista palestiniano Sliman Mansour. lhoso do que outro.
Via Fernando Gregório

PRIORIDADES DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2021




Teremos um Orçamento do Estado para 2021 e será imperativo que a sua construção sirva para responder á crise. E as prioridades terão de ser claras: proteger o emprego e salário, começando pela proibição dos despedimentos em empresas com lucros; reforçar os serviços públicos essenciais, do SNS à Escola Pública, sem esquecer os equipamentos sociais de apoio a pessoas dependentes.
E, mesmo antes do novo orçamento, concretizar a contratação, a título definitivo, dos novos 8426 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos), já previstos no Orçamento do Estado para 2020.
Afinal, criar condições de confiança para a construção de novas soluções exige que os compromissos já assumidos sejam cumpridos.
Estamos sempre disponíveis para encontrar soluções, mas não para ouvir proclamações vazias. (Catarina Martins)

CITAÇÕES


[O fim dos debates quinzenais dá um sinal] altamente negativo, de desapego ao debate e ao confronto democrático e à fiscalização do Governo [por parte de PS e PSD].
(…)
[No lay-off] há uma gritante desigualdade no modo como a medida trata o trabalho e o capital.
(…)
Os sacrifícios imputados a quem trabalha contrastam com a ausência de contribuição exigida às empresas que acumularam lucros.
(…)
A simplificação do lay-off deu azo a uma vaga de abusos laborais, que o Governo não preveniu no modo como desenhou a lei e que a inoperacionalidade da Autoridade para as Condições de Trabalho não trava.
(…)
A pandemia revelou os efeitos da precarização das relações de trabalho, que o PS não quis inverter até agora.
(…)
Garantir agora a proteção social implica combater a precariedade, fazer uma alteração estrutural à proteção no desemprego e ter uma proteção social que permita às pessoas sair da pobreza.
(…)
[Ao apoios criados no Orçamento Suplementar] além de temporários, têm um problema de fundo: nenhum deles tem sequer como referência o limiar de pobreza.

A saída da crise em que estamos mergulhados impõe alterações no padrão de especialização que tínhamos antes da pandemia.
(…)
Não podemos continuar a depender tanto do turismo e do imobiliário e é necessário colocar o futuro destes setores associado à melhoria das condições de vida dos portugueses.
(…)
Sem dúvida que o volume e as condições gerais das verbas aprovadas para a reconstrução económica e social mais imediata (com realce para os 750 mil milhões) não são o mesmo que os planos de ajustamento impostos pela UE na crise anterior, mas não são, de certeza, um plano Marshall.
(…)
Não se inculque na cabeça dos portugueses a ideia de que vamos ter todos os dias à nossa disposição um pote de muitos milhões de euros para gerirmos como quisermos.
(…)
A distribuição de apoios às empresas sem critérios tem de terminar.
(…)
É imprescindível salvaguardar meios para o reforço da capacidade do Estado com vista a garantir aos portugueses direitos fundamentais, como a saúde e o ensino.
(…)
A proteção das pessoas, do emprego e do sistema da Segurança Social tem de ser prioritária.

A velha luta entre hedonistas latinos e holandeses frugais está ao rubro.
(…)
É apenas um empréstimo dos frugais DDE à comunidade despesista que alimenta as contas do paraíso fiscal holandês com 10 mil milhões de euros/ano de impostos sobre o lucro, desviados das economias reais.
(…)
O Parlamento era para ser a casa do debate em democracia, mas passa da abundância de um debate quinzenal com o primeiro-ministro para a frugalidade da presença de António Costa em formato bimestral.
(…)
Os "vistos gold" eram para ser uma ferramenta para a captação de investimento e para a criação de postos de trabalho, mas, nos últimos oito anos, só 0,19% deram origem a empregos.

Chegaram ao fim os debates quinzenais, criaram-se obstáculos na apresentação de petições ao Parlamento, levantaram-se dificuldades para a apresentação de candidaturas autárquicas.
(…)
A nossa democracia já não anda para a frente, meteu a marcha atrás. PS e PSD uniram-se para esses recuos.
(…)
Escrutínio, fiscalização, debate e transparência, nada disto lhe toca ao coração, bem pelo contrário. Foge que nem diabo da cruz.
(…)
[Nesses dias da “geringonça” os debates quinzenais] foram fundamentais para a criação de uma nova Lei de Bases da Saúde, para o aumento das pensões ou do Salário Mínimo Nacional e outros avanços.
(…)
O ataque ao direito de petição também não tem justificação. PS e PSD elevaram de 4 mil para 10 mil o número de assinaturas necessárias para que o Parlamento discuta uma petição apresentada.
(…)
No caso da lei eleitoral para as autarquias, a história repetiu-se. PS e PSD uniram-se para criar regras que dificultam a apresentação de candidaturas de cidadãos, defendendo o monopólio dos partidos e das máquinas partidárias.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Embora o custo desse dinheiro nestes dias seja muito indiferente a quase todos, dos de cima aos de baixo, esse dinheiro tem um enorme preço: o pouco que já sobrava de Portugal como país independente.
(…)
[Tal como já acontece com a política fiscal Portugal] vai agora ter a sua política económica e social igualmente controlada.
(…)
O princípio de que quem paga manda é uma receita para o desastre, vai alimentar o populismo, tornar indiferente em quem se vota, erodindo a democracia.
(…)
Uma coisa é ser pequeno e fraco e outra é ser subserviente.
(…)
E se há coisa que se pode dizer desde já é que exactamente o dinheiro funciona contra a mudança, tende a solidificar tudo o que está mal.
(…)
O nosso patronato não é particularmente competente, gere mal e considera que as empresas são uma extensão do seu cofre.
(…)
Já o que demos em troca de soberania e democracia, isso vai ser muito difícil de recuperar.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

TEMOS PERDIDO MUITO TEMPO A AFIRMAR PROJETOS NUNCA EXECUTADOS




Temos perdido muito tempo a afirmar projetos nunca executados, projetos sempre esquecidos.
Será desta a ferrovia? Foi a primeira proposta do Bloco na anterior legislatura. Perdemos tempo que não temos. E se é a ferrovia, e se é o clima, para quê o aeroporto do Montijo?
Será desta vez o cadastro e o banco de terras? E com eles o desenvolvimento do interior, a salvaguarda da floresta, uma estratégia para a autonomia alimentar? Ou, depois dos anúncios, voltará o abandono?
Será mesmo desta vez a ciência e a cultura? Com orçamentos, compromissos plurianuais? Ou, repetição de proclamações vazias em setores onde a precariedade é a regra absoluta?
Talvez uma das maiores debilidades estruturais do nosso país seja mesmo a constante proclamação das prioridades consensuais sem a coragem dos passos que as concretizem. (…) (Catarina Martins)

UMA ESPERTEZA SALOIA...


Francisco Louçã, "Expresso" Economia

sexta-feira, 24 de julho de 2020

IMPEDIR DESPEDIMENTOS EM EMPRESAS COM LUCROS




Jorge Costa afirmou que as medidas do governo de combate à pobreza “não foram suficientes”, explicando que no Orçamento Suplementar foram previstas medidas importantes de apoios extraordinários mas que nenhum dos apoios tem em conta o limiar da pobreza.
“É necessária uma alteração estrutural no desemprego e garantir que a proteção social permite às pessoas a saída da pobreza, está o Primeiro-Ministro disponível para que a frase “não deixar ninguém para trás” tenha realmente um impacto na vida das pessoas?”

FRASE DO DIA (1405)


Num contexto em que se mobilizam milhões de dinheiro público para o apoio às empresas e em que centenas de milhares de trabalhadores sofrem cortes salariais e desemprego, como não se exigiu ainda que as empresas com lucros estejam proibidas de despedir?

PETIÇÕES: PROPOSTA DE PS E PSD TEM COMO OBJETIVO DIFICULTAR O USO DESTE INSTRUMENTO DEMOCRÁTICO




PS e PSD alteraram de 4 mil para 10 mil o número mínimo de subscritores de uma petição para ela ser discutida em plenário na AR. Isto é completamente contrário do discurso da necessidade de ligação dos eleitores aos eleitos. Assim se vê o que o bloco central quer…
O que PS e PSD pretendem é “dissuadir o uso desse instrumento democrático” que é a petição. Mais uma decisão na linha da abolição dos debates quinzenais na AR. A democracia está a meter medo ao bloco central numa altura em que tanto precisamos dela viva e atuante.

PARA QUE NUNCA MAIS (031)



Uma foto – mais uma – que espelha a realidade social do tempo da ditadura salazarista.
Nesta foto bem significativa, datada de 1953, de um lado estão os “meninos” bem “penteadinhos”, de “soquettes brancos” (escola primária, São José, Coimbra), do outro estão outras crianças de pé descalço, vestido de forma a não deixarem dúvidas sobre a sua pobreza.
Os adultos da foto, provavelmente professores, estão, obviamente, junto aos meninos bem vestidos. Tudo de acordo com as descrições que se ouvem e leem sobre a época em questão.
Esta foto foi retirada do grupo Bairro Norton de Matos, Coimbra.

COMISSÕES BANCÁRIAS: COMO SEMPRE, PS E PSD CEDERAM À BANCA




Numa curta, mas importante declaração, Mariana Mortágua relembrou ontem as propostas que o Bloco trouxe ao Parlamento destinadas a limitar a cobrança abusiva de comissões bancárias, um tema de grande importância para o dia a dia do cidadão comum. Sendo certo que houve avanços, não é menos verdade que também houve recuos.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

PROPOSTAS DE PS E PSD SÃO “EXPRESSÃO DA ARROGANTE DESVALORIZAÇÃO POLÍTICA DO PARLAMENTO”




Vem aí o parlamento dos técnicos, dos especialistas na vírgula do artigo não sei quantos, mas alérgicos ao debate político, que recebem o Primeiro Ministro cada dois meses como quem recebe um convidado de honra e não como o Primeiro Ministro de uma democracia parlamentar. Foi isto que defendi esta tarde, em nome do Bloco de Esquerda. (José Manuel Pureza)

FRASE DO DIA (1404)


A deformação ética necessária para tolerar facilmente o sofrimento gratuito de animais torna a nossa sociedade muito mais disponível para toda a violência, o que inevitavelmente se virará contra nós, os mais perigosos de todos.

SAÚDE: PERGUNTAS A QUE O GOVERNO TENTA FUGIR




A ministra da Saúde foi ouvida, a requerimento do Bloco de Esquerda, sobre o lançamento de novas PPP na saúde. Estas são as perguntas a que o Governo tenta fugir. Por uma razão: se respondesse objetivamente às mesmas, teria de admitir que não há nenhuma razão para o lançamento de novas PPP em Cascais e em Loures. Bom… nenhuma razão que respeite o interesse público e os utentes. (Moisés Ferreira)

CARTA DE MARCELO REBELO DE SOUSA A CAETANO


Repare-se no estilo servil e lambe botas de Marcelo Rebelo de Sousa perante o ditador Caetano. Em vésperas do 25 de Abril, as posições políticas que defende são inequivocamente alinhadas como regime salazarista. 
Via Alfredo Barroso.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

ALGARVE: O BLOCO FAZ O SEU TRABALHO




João Vasconcelos questiona a ministra da Coesão sobre os apoios que são necessários para o Algarve. O Bloco de Esquerda apresentou um Plano que foi aprovado na Assembleia da República. Cabe ao Governo cumprir o que foi aprovado, como conceder apoios às famílias e empresas, salvar o emprego, ajudar quem precisa, levantar as portagens, requalificar toda a EN125, avançar com a construção do Hospital Central apoiar as praças e a agricultura da região. O Bloco faz o seu trabalho.

UMA IMAGEM PARA TODOS REFLETIRMOS


Temos aqui o exemplo acabado de que mais vale uma imagem que mil palavras...

O INACEITÁVEL DÉFICE DE GARANTIA DE CUIDADOS PALIATIVOS




Criar condições para que as decisões livres e responsáveis de cada um sobre o seu fim de vida sejam respeitadas é um dever do Estado. Neste sentido, questionei, em nome do Bloco de Esquerda, a Ministra da Saúde sobre o inaceitável défice de garantia de cuidados paliativos no nosso país. (José Manuel Pureza)

FRASE DO DIA (1403)


Um Trump qualquer apreciaria muito este Ministério da Educação, pela regressão mental que promove, transformando aulas em entretenimento e exames em charadas de cruzinhas.
Santana Castilho, “Público”

VISITA GUIADA À FALÊNCIA DO BANCO ESPÍRITO SANTO COM MARIANA MORTÁGUA




Acompanhemos a deputada Mariana Mortágua pelas histórias, pormenores, negócios e decisões políticas erradas que levaram à falência do Grupo Espírito Santo e ao buraco do Novo Banco.
Ainda que este vídeo tenha sido publicado pela primeira vez a 3 de fevereiro de 2015, cada vez mais se cimenta a ideia de que é preciso haver controlo público sobre a banca, como muito bem afirmava então Mariana Mortágua.

terça-feira, 21 de julho de 2020

MAPA DA PALESTINA NO ANO 100 DA NOSSA ERA


No ano 100 DC já Ptolomeu assinalava a Palestina num mapa.

FRASE DO DIA (1402)


A ideia de um acordo europeu como ato de solidariedade é, finalmente, errada porque a "frugalidade" que tornaria os Países Baixos moralmente superiores é obtida à custa dos impostos que deveriam ser cobrados em outros países europeus. (recomendamos a leitura integral do artigo)

ESTÁ NA HORA DE PÔR AS PESSOAS E O AMBIENTE À FRENTE DOS INTERESSES ECONÓMICOS




Ouvimos hoje, finalmente, o Ministro do ambiente e o da Habitação, em conjunto, sobre os graves problemas instalados no Perímetro de Rega do Mira.
Ficámos a perceber:
a)  os interesses económicos das empresas agrícolas sobrepuseram-se sem rei nem Roque aos valores ambientais e sociais em jogo;
b)  o Governo errou e erra em manter em aberto a capacidade de aumento de instalações em mais 2/3, sem fazer uma moratória enquanto se fazem as análises dos “limites” daquele território;
c)  no que toca à habitação, as necessidades ultrapassam já largamente o levantamento de 2017 do IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana] que não tem em conta estas realidades e as duplicará, pelo menos;
d)  “Disponibilidade orçamental para habitação deve ser reforçada” disse o ministro das Infra-estruturas e Habitação.
É evidente já há muito.
No entanto, não existe nada substancial no programa de recuperação económica e social do Governo. Até quando este estado de negação da evidente, essencial e urgente intervenção decidida do Estado? (Maria Manuel Rola)

PARA QUE NUNCA MAIS (030)



O colonialismo belga no Congo: em 1908, belgas lendo a Bíblia antes de enforcarem um menino negro de 7 anos, no Congo, sob o rei Leopoldo II. O garoto foi enforcado porque o seu pai não conseguiu produzir a sua quota de trigo para alimentar os colonos brancos.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

DOIS ANOS SEM JOÃO SEMEDO




Lutador incansável pelo Serviço Nacional de Saúde, militante antifascista contra a ditadura do Estado Novo, coordenador do Bloco de Esquerda, ativista pelo direito a morrer com dignidade. Uma vida feita de luta, impossível de resumir em poucas palavras.
Neste vídeo, recordamos alguns dos grandes momentos do João Semedo no Bloco de Esquerda.
Obrigado, João.

COLONOS SIONISTAS QUEIMAM OLIVEIRAS PALESTINIANAS



Oliveiras palestinianas da aldeia de Burine ardem em resultado de um fogo ateado por colonos judeus sionistas na Palestina ocupada, 19 julho 2020.

FRASE DO DIA (1401)


É a arrogância social agressiva de quem sempre viu o país como domínio seu, onde deputados não devem ter a “ousadia” de “meter a foice em seara alheia”. Até um Espírito Santo menos dotado, como Ricciardi, sente esta superioridade de berço. 
Daniel Oliveira, “Expresso” Diário

CONTINUA O DESCONTENTAMENTO SOBRE OS SERVIÇOS DOS CTT


In "Diário as beiras"

domingo, 19 de julho de 2020