sábado, 12 de fevereiro de 2022

MAIS CITAÇÕES (168)

 
O mercado da comunicação social já não é o da informação, é o da atenção.

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Muitos jornalistas limitam-se a produzir conteúdos, como hoje se diz, para cumprirem essa função.

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[Os deputados do Chega] são, como uma tragédia ou tudo o que polariza, um produto com boas audiências.

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Numa semana, a CNN teve um terço do grupo parlamentar no estúdio.

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[A comunicação social] é condição para a democracia, mas não a garante.

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A extrema-direita portuguesa foi criada nos estúdios de televisão, alimentada nos civlos noticiosos de 24 horas e continuará a engordar em antena.

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Dirigentes do IL e colunistas que navegam nas águas da direita saltaram para a [polémica em torno da candidatura de Pacheco de Amorim à vice-presidência da AR] com entusiasmo.

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Se o sei candidato for recusado, o Chega terá de respeitar o resultado.

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Ninguém pode obrigar democratas a votar em racistas para não os aborrecer.

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Racista e xenófobos não se tornam menos racistas e xenófobos quando os normalizamos, normalizam o racismo e a xenofobia.

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Na campanha, mal as sondagens o assustaram, [Costa] usou a cartada do Chega.

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O Chega é a forma de manter vivo o perigo da direita e agregar a esquerda enquanto se governa no centro vazio.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

São, cada vez menos os “independentes” disponíveis para governar.

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Enquanto isso, a política vai sendo progressivamente vista como uma atividade menor.

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As competências necessárias para investigar e ensinar estão bem longe do que é necessário para planear e executar políticas.

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Não faltam exemplos de académicos que deram bons ministros, mas o currículo académico está lnge de preparar para a governação.

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A governação tem, de facto, estado a viver um longo interregno.

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Num país que tanto gosta de repetir, como um mantra, “isto só em Portugal”, pois só mesmo entre nós é que se valoriza tanto a governação por não-políticos.

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Uma maioria absoluta também deve servir para contrariar ideias feitas.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Com a fixação do salário mínimo nacional (SMN) em 705 euros brutos, a partir do passado dia 1 de janeiro, perspetiva-se que um milhão e duzentos mil trabalhadores (…) estão abrangidos pelo SMN. 

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Quase um em cada três dos homens e mulheres que trabalham no nosso país ganham muito pouco, por vício ou falta de informação.

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Em alguns setores e regiões há falta de trabalhadores e de formações muito concretas, nomeadamente de profissões que foram ostracizadas num contexto de desvalorização salarial.

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[Dito por dirigentes patronais é que] o perfil da nossa economia, talhado pelas suas opções empresariais, continuará a ser de baixo valor acrescentado e baixa produtividade.

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Não querem "alterar salários por decreto", mas não se apresentam no "campo do jogo" da negociação coletiva nas empresas e nos setores de atividade, nem aceitam poderes sindicais em pé de igualdade com os seus.

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As apostas da CNCP no crescimento pelo aumento da produtividade, as preocupações com as qualificações e "captação de talentos" tendem a não passar de floreados.

Carvalho da Silva, JN

 

Quem vive lá fora existe única e exclusivamente para as remessas e para voltar no Verão.

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E sim, nos primeiros anos da diáspora íamos de propósito a Portugal só para votar. 

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Mas vale a pena. Vale a pena ter a certeza de que a nossa vontade mais esta maneira de pensar contam. E por isso talvez volte a voar só para votar.

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Até lá? Até lá continuamos a brincar às eleições.
Até lá continuamos a brincar com os eleitores. E a desrespeitar a democracia.

João André Costa, “Público” (sem link)

 

O PS coloca, assim, uma área de 1495 quilómetros quadrados e as suas gentes à venda, num golpe que relembra a assinatura dos 14 contratos de concessão mineira, um dia após o chumbo do Orçamento de Estado.

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Uma vez mais, o PS aprova estes projectos demonstrando total desprezo pelas vontades das comunidades locais, que se têm mobilizado nas ruas e se serviram dos mecanismos estatais para ampliar as suas vozes.

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O governo, ao desdenhar por completo esta “consulta pública”, demonstra que este tipo de instrumentos não passam de uma mera fachada procedimental.

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A corrida ao minério deste governo não olha a meios nem a fins: ignora os gritos das populações, que serão directamente impactadas pelos mega projectos aos quais se opõem.

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O avanço do PPP de Lítio é uma má notícia para todas as pessoas que se preocupam com o futuro do país e do planeta.

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Como nos mostra o Mapa do Minério, a corrida extractivista não se cinge ao lítio nem para por aqui: quase um quarto de Portugal está ameaçado por esta devassa ambiental.

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Perante a falta de transparência do governo e da sua indiferença pelas comunidades locais, urge apoiar estas populações, mobilizando-nos pela defesa dos territórios.

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Agora, mais do que nunca, é imperativo travar as acções destrutivas de quem nos governa e apoiar as populações em luta pela vida.

Mariana Riquito, “Público” (sem link)


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