(…)
Trata-se de um Governo com uma agenda
regressiva nunca vista, a executar com a extrema-direita, num contexto europeu
e mundial perigoso.
(…)
A alteração à Lei da Nacionalidade é uma
escolha política deliberada (…) ela estará ferida de
inconstitucionalidade em vários aspetos.
(…)
[Trata-se de] uma bandeira da extrema-direita
para semear o ódio.
(…)
“A nova comunidade do subcontinente
asiático, que inclui Bangladeche, Nepal, Índia e Paquistão, ainda é uma minoria
estatística de 7%”.
(…)
Os argumentos do Governo e da extrema-direita são, pois,
escabrosos.
(…)
Estão em marcha políticas regressivas para a
vida das pessoas e para o exercício das liberdades.
(…)
As medidas que o Governo avança para o IRS são
globalmente regressivas.
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Começa a ser desmantelado tudo o que possa ser
obstáculo à apropriação indevida da riqueza, em particular atacam-se os
direitos do trabalho, que são direitos humanos e estão plasmados na
Constituição da República.
(…)
O ataque (ideológico) à Lei da Greve visa
reforçar instrumentos do Governo e dos patrões no quadro muito delicado que se
vai viver.
Investir na adaptação climática é uma das
oportunidades financeiras mais inteligentes do nosso tempo.
(…)
Menos de 5,5% do financiamento climático global
chega realmente aos países em maior risco.
(…)
É uma oportunidade perdida de causar um impacto
real.
(…)
O mundo reuniu-se em Sevilha, Espanha, para a
quarta Conferência
sobre o Financiamento do Desenvolvimento (FFD4).
(…)
Importante é a necessidade de investir na
adaptação climática.
(…)
Enquanto a mitigação visa impedir que as alterações climáticas
piorem (…) a adaptação visa lidar com os efeitos [das alterações
climáticas] que já não podemos evitar.
(…)
Ambas as abordagens são necessárias, mas a
adaptação muitas vezes recebe menos atenção. E menos dinheiro.
(…)
Os
investidores privados já comprometeram grandes somas para projectos de energia
limpa. Mas fizeram muito menos para apoiar as comunidades na linha de frente
das alterações climáticas.
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Ideias promissoras muitas vezes ficam sem financiamento.
(…)
Isso
está a começar a mudar. Novas ferramentas estão a ajudar os investidores a
assumir menos riscos e a apoiar mais projectos.
(…)
O Fundo Verde para o Clima é a maior fonte de
financiamento dedicado ao clima para os países em desenvolvimento.
(…)
Este dinheiro ajuda a desbloquear esforços de adaptação que antes estavam
fora de alcance.
(…)
Já
podemos ver progressos. [Poe exemplo] no Quénia e na Etiópia, os agricultores estão a usar sementes resistentes
à seca para cultivar mais alimentos em condições em mudança.
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Nas
zonas costeiras, a restauração das florestas de mangais pode reduzir a força
das tempestades, proteger a biodiversidade
e apoiar a pesca.
(…)
Na sua
função anterior como Príncipe de Gales, o Rei Carlos III lançou a Natural
Capital Investment Alliance, uma iniciativa que visa mobilizar dez mil
milhões de dólares (8500 milhões de euros) para projectos que restauram e
protegem a natureza.
(…)
A aliança também ajuda os investidores a
compreender melhor este tipo de oportunidades, criando orientações e normas
mais claras.
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Os
investidores que entram nestes espaços emergentes ganham mais do que retornos
financeiros. Constroem relações de longo prazo com governos e comunidades
locais.
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Os
projectos de adaptação também trazem benefícios reais para as pessoas. Melhoram
o acesso à água potável, protegem o abastecimento alimentar, criam empregos,
fortalecem a educação e apoiam os sistemas de saúde.
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Ao criar ambientes estáveis e acolhedores para
o investimento responsável, os governos podem acelerar essa mudança.
(…)
Investir
na adaptação climática não é mais apenas uma questão moral. É uma resposta
inteligente, escalável e necessária a um mundo em mudança.
Ali Serim, “Público” (sem link)
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