terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ENTREVISTA DE CATARINA MARTINS AO PÚBLICO



Apresentamos a seguir os pontos fortes da entrevista de Catarina Martins ao Público (edição de hoje)

- 2017 é um ano de risco do ponto de vista internacional. Estamos a viver um ano complicado e com muitos riscos.

- Enfim, vivemos uma conjuntura internacional muito instável. E uma conjuntura europeia muito complicada.

- Mas eu diria que, no que diz respeito ao BE, este não é um ano de mais risco do que qualquer outro.

- Não há nenhuma divergência [com o Governo] que seja nova.

- Atrevia-me a dizer que a democracia ganha com situações mais complexas do que com situações simples.

- Nós avançámos muito rapidamente nalgumas matérias do acordo – noutras estamos a avançar mais lentamente. E estamos a abrir negociações em matérias novas.

- O acordo não foi ainda cumprido, há dois pontos que são relativamente complicados do ponto de vista orçamental (…) e que são uma maior progressividade do IRS e também o problema de termos salários e carreiras congeladas na função pública há muito tempo.

- Na parte do acordo com medidas gerais, não se previa nenhum acordo sobre um aumento extraordinário de pensões que foi agora possível fazer neste Orçamento.

- Para o BE é importante que o acordo que fizemos seja cumprido.

- Queremos muito voltar a ter novos escalões em IRS, queremos muito que os serviços públicos tenham condições para funcionar, queremos muito reactivar a contratação colectiva.

- A recomposição de direitos do trabalho não tem efeitos orçamentais e, portanto, não tem de esperar por nenhum OE, nem cria nenhum problema com limites de défice ao Governo.

- Nós achamos que é muito importante credibilizar os caminhos que decidimos fazer em conjunto.

- Julgo que seria um tremendo erro se o [primeiro-ministro estivesse a preparar-se para antecipar eleições]. Não acredito que o esteja a fazer.

- À partida o acordo tem matérias que nós sabemos que precisam de uma legislatura para serem cumpridas.

- Não desistindo nós de um ideal, de um caminho para o socialismo, nunca abdicamos de, na relação de forças concreta, fazer propostas que possam melhorar a vida das pessoas agora.

- As propostas do PCP são, desse ponto de vista, tão sociais-democratas como as nossas.

- Uma coisa é certa, o projecto social-democrata é impossível no momento em que deixa de existir controlo público sobre os sectores estratégicos da economia.

- Quando um Estado não controla os seus sectores estratégicos fica sem os recursos financeiros necessários e sem a capacidade estratégica necessária para defender os meios necessários ao Estado Social.

- [Nas autárquicas os objectivos do BE passam por] aumentar a nossa representação no poder autárquico, aumentar o número de eleitas e eleitos.

- Se a pergunta é: o BE teria disponibilidade para negociar tendo em conta projectos políticos concretos? Teremos.

- De facto, nós temos feito um trabalho autárquico que, sendo escondido, é bastante competente e tem vindo a crescer.

- Julgo que a experiência que estamos a viver hoje a nível nacional demonstra às pessoas que o BE é tecnicamente bem preparado e capaz de fazer propostas.

- [Nas autárquicas] o BE nunca negociará com PSD e CDS, com a direita.

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