Sob
o título genérico Especial 2016, o Público de ontem publicou uma reflexão de Manuel
Carvalho da Silva, investigador e ex-dirigente da CGTP, sobre a redução do
tempo de trabalho. Entre as suas afirmações seleccionámos as seguintes ideias:
- O aumento da esperança da vida e o papel das
mulheres no trabalho e na sociedade são, para mim, duas enormes mudanças do
último século.
- Estou plenamente convencido que o rompimento
com o pensamento neoliberal, que por agora está instalado, coloca entre outros
desafios, uma nova discussão sobre o tempo de trabalho.
- Será possível trabalhar menos horas e criar
mais emprego, organizando as empresas e serviços para, com as capacidades
técnicas, financeiras disponíveis, produzir mais e melhor.
- Se na produção da riqueza não houver uma
distribuição justa que se reflicta no salário, dificilmente a justiça é
recuperada no sistema fiscal.
- Não se pode afirmar a cidadania, a
participação cívica, a democracia sem olhar para o trabalho e garantir-lhe
dignidade.
- Precisamos que o trabalho seja remunerado de
forma justa, que tenha condições que respeitem a nossa dignidade, que seja um
espaço de relações entre iguais.
- As sociedades do futuro têm extraordinárias
possibilidades de gerir melhor a carga de sofrimento do trabalho, reduzindo-a e
ampliando as componentes de criatividade, de prazer e de realização humana.
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