domingo, 13 de setembro de 2020

MAIS CITAÇÕES (99)

 
Compreendemos que há um problema grande de conflito de interesses com as quatro maiores empresas deste género [de auditoria], porque todas andaram a ganhar dinheiro à conta do Novo Banco.

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O que o Estado deve fazer é um caminho sério de audição por entidades públicas do que aconteceu.

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A proposta do BE é esta: não há nenhuma injecção no Novo Banco e faz-se uma auditoria com uma comissão pública com vista ao processo de denúncia do contrato com a Lone Star.

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[Centeno] teve a responsabilidade de ser o ministro das Finanças que decidiu entregar o Novo Banco à Lone Star, em sintonia com todo o Governo, com o Presidente da República e com a Comissão Europeia.

Catarina Martins, entrevista, “Expresso” (sem link)

 

Curiosamente, apoiantes do partido do Governo sugeriram que, dada a crise, este devia recusar cumprir tais compromissos [anteriormente assumidos].

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O problema é que as contratações [de profissionais de saúde] entretanto feitas são por quatro meses e está-se, portanto, longe dos 8400 profissionais anunciados para reforçar o SNS.

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[A minha sugestão é] um entendimento para um plano estruturante do SNS, registando necessidades em hospitais e centros de saúde, lares e outras instalações.

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Bem se vê que vamos precisar, com centenas de novos casos de covid por dia e com um mar de outras consultas adiadas, a agravar a falta de pessoal anterior.

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O Governo fez saber por Marques Mendes que admite não colocar dotação orçamental para o contrato com a Lone Star. Em alternativa, o Fundo de Resolução iria endividar-se num empréstimo bancário, mais caro.

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A conta fica sempre no défice, com consequência que dependerá de regras europeias, e continua a ser paga pelas contas públicas. Assim, ladear o problema não o resolve.

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Não vejo como se possa ignorar que o Fundo [de Resolução] não tem tido vontade ou competência para cumprir o seu papel, ou que a administração do banco [Novo Banco] tem vio­lado os contratos.

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As evidências de ilegalidades, como de operações descuidadas, a preços ou para compradores sinistros, são uma vergonha para Portugal.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

A mentira [fake news] é enunciada como uma razão para criar um mundo paranoico de posicionamentos odiosos.

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[Na campanha para as presidenciais] batalhões de perfis falsos marcharão pelas redes, os insultos esvoa­çarão e serão repetidas as deixas que resultaram noutros países.

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Talvez a proposta de baixar os impostos sobre os ricos, vinda de um advogado de um escritório de gestão de interesses económicos, seja mais reveladora do que qualquer fogo de artifício.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

[No caso Rui Pinto] a revelação desta semana, com suspeitas sobre Luís Filipe Vieira, é um bom exemplo do que a palavra “colaboração” pode significar.

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Repare-se na diferença das consequências do Football ­Leaks e do Luanda Leaks.

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No Luanda Leaks, duas semanas de noticiário chegaram para consequências imediatas, sendo a mais visível a capitulação do poder de Isabel dos Santos em Portugal.

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Qual foi a diferença de base? A opinião pública: tolerante com os heróis da bola, inclemente com a empresária angolana.

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[Rui Pinto] é um homem ameaçado. Porque entrou à bruta no micado do poder.

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O segredo é a alma da corrupção.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Por definição, um Presidente em exercício adquire gravitas e amplia o seu espaço de influência.

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A pulverização de candidaturas diminuirá a expressão da vitória de Marcelo, assim como a sua força política num segundo mandato.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Obsessivamente presente no espaço mediático, foi demissionário em tudo o que não correspondesse a ganhos de popularidade.

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Foi solidário com o governo quando isso favorecesse uma reeleição esmagadora, passou rasteiras quando sentiu que o seu potencial eleitor estava irritado.

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Pouco dado a lealdades ou gratidões, veremos como será o Presidente sentado em 70% de votos e sem precisar de se reeleger.

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Deixar a direita colonizar todo o debate num país maioritariamente de esquerda, pondo o centro do confronto onde ele não está, seria estúpido.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

As forças políticas conservadoras, de direita, estão desesperadas em buscas de agendas que possam chamar a si os adeptos de que parecem carecer.

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[No atual contexto] afirmar liberdades que possam desestabilizar a educação dos jovens e questionar ainda mais as suas expectativas assume uma particular gravidade.

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No caso da educação sexual (porque é disso que se trata), não está em causa a desobediência a orientações da OMS, está em causa a violação de tratados internacionais de direitos humanos que Portugal ratificou.

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As transformações políticas por que passámos, os movimentos sociais que se lhes seguiram em favor dos direitos sexuais e todo o movimento global pelos direitos humanos foram sedimentando uma nova cultura de paz e de convivência, de reconhecimento da diferença e de respeito pela diversidade.

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Não é optativo retroceder. Os retrocessos na educação são sempre um péssimo augúrio para a sociedade.

Boaventura Sousa Santos, “Expresso” (sem link)


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