domingo, 25 de outubro de 2020

MAIS CITAÇÕES (104)

 
Não aceitamos um Orçamento que falha à emergência social.

Catarina Martins, Esquerda. net

 

No momento presente, a mais candente ameaça [segundo QAnon] seria a conspiração de pedófilos e satânicos que dirigem uma operação global de tráfico de crianças para exploração sexual.

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Ora, como qualquer conspirador sabe, se a uma ameaça delirante se juntar um conjunto de nomes famosos, a atenção está garantida.

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A presença do QAnon na campanha presidencial norte-americana é muito visível.

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[O FBI classificou] o QAnon como a mais grave ameaça terrorista doméstica.

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O QAnonismo [tem] proliferado e dado origem aos movimentos “pela verdade”, que se multiplicam e que procuram mobilizar o desgaste social: Médicos pela Verdade, Advogados pela Verdade.

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A maior inquietação perante tudo isto é a de tentar perceber o que faz com que as pessoas acreditem nestas bizarrias e por elas se mobilizem.

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Algumas das consequências já as conhecemos: a recusa da ciência e a proliferação de diversos negacionismos.

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O QAnon é somente a voz política de um mundo paralelo que sabe falar a linguagem dos medos de muitas pessoas.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

O Governo, que aqui e por aí foi muitíssimo elogiado pela resposta rápidas na primeira vaga, e pela forma como criou coesão e convocatória no país em torno de um inimigo comum, é o mesmo que agora não sabe a quantas anda nem a quantos manda. 

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O Governo — e as instituições públicas em geral — soube improvisar no início o que não soube planear depois.

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No Serviço Nacional de Saúde repetem-se os alertas de saturação.

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Cada semana que “fechamos” é uma semana de mais recessão e desemprego.

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Conseguiu-se dinheiro comunitário e alívio para o défice orçamental, mas isso é útil para as consequências da pandemia, não serve para substituir outra ação chamada pensar.

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Mas o Governo tem de recuperar a liderança no discurso e na ação, até para ser eficaz no comprometimento dos cidadãos, muitos dos quais relaxaram comportamentos. 

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

[A pandemia] está a ser uma oportunidade para acentuar desigualdades e desequilibrar relações económicas e de poder.

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Talvez o dado mais impressivo da singularidade nacional esteja no esforço das famílias portuguesas com despesas de saúde (quase 30% da despesa total), muito acima dos nossos parceiros europeus.

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A pandemia não se pode transformar numa oportunidade para os privados se financiarem, depauperando o SNS.

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A contratação de serviços aos privados corresponde, de facto, à retirada de recursos ao SNS. 

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[O privado] tem resistido a tratar doentes da pandemia.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

[O Papa] quer impedir que a Igreja Católica se transforme num reduto de ultraconservadores, incapaz de lidar com a pluralidade dos seus fieis.

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O Papa Francisco tenta livrar a Igreja de uma guerra cultural que tem sido suicida para sectores políticos tradicionais e que a entregaria a nichos fanatizados.

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Tenta colocar a Igreja num lugar mais próximo da radicalidade do cristianismo.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

[A vida portuguesa está transformada] num cerrado nevoeiro que impede de ver outros caminhos além daquele que diariamente nos aconselham a seguir.

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Cumpriu-se, finalmente, a aspiração de todos quantos tanto fizeram para que o nevoeiro fosse o estado natural da vida sobre a terra: deixámos de saber onde cada um pode ser encontrado.

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É preciso subir bem alto, ao cume mais alto da montanha, para se perceber a extensão do nevoeiro. Ele cobre toda a terra.

Cipriano Justo, “Público” (sem link)

 

Alguns dos países cuja intervenção estatal é maciça são também aqueles em que o mesmo Estado disponibiliza recursos gigantescos às empresas e as duas coisas estão interligadas, como, por exemplo, a Turquia e os EUA.

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Não se estranhe incluir os EUA, cujo Estado gasta biliões para apoiar o sector privado por via dos gastos militares, ou agora na indústria farmacêutica.

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E desde quando aumentar o salário mínimo, ou as prestações sociais, como fizeram Marcelo Caetano, Sá Carneiro, Soares, Guterres, Cavaco, Sócrates, é especialmente de esquerda?

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Na verdade, as chamadas “linhas vermelhas” do Governo são todas na fronteira da economia capitalista.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

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