Tendo
como pano de fundo o relatório sobre reestruturação da dívida pública portuguesa
elaborado pelo Partido Socialista e Bloco de Esquerda e apresentado esta
sexta-feira, o Expresso entrevistou Pedro Filipe Soares (PFS), líder parlamentar
do BE.
Das
afirmações proferidas por PFS destacamos as seguintes:
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As conclusões que tem [o relatório] e as medidas que apresenta ficam aquém do
que o BE tem apresentado noutras ocasiões.
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O que tentámos fazer foi discutir se podemos chegar a consensos para ajudar a
melhorar a vida das pessoas. Se me pergunta se isto são as propostas do BE, não
são.
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Neste contexto, encontrámos uma proposta concreta pela qual o Governo se pode
bater se os dirigentes europeus mostrarem abertura para a discussão do tema.
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[Mesmo com a alteração proposta nas condicionantes da dívida pública] o peso da
dívida continua a a ser muito acima dos tais 60% que nos dizem que devemos ter.
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O que não acompanhamos é a timidez da solução e o achar que temos de estar
sempre dependentes de outros para defender os interesses do país, do Estado
social ou defender direitos e salários.
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Será positivo se esta resposta for aceite à escala europeia porque desonera o
Orçamento de Estado de recursos.
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Mas uma coisa é termos melhorias face ao existente e outra coisa é resolvermos
o problema.
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Para o PS e BE, este é também um instrumento com propostas que podem ser
materializadas enquanto alterações legislativas e defendidas no debate público
para melhorar a vida do país.
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Falamos aqui em centenas de milhões de euros – pode ter impacto positivo na
vida das pessoas.
- A luta é constante e nós não
estamos reféns de nenhum relatório nem de nenhum momento específico.