domingo, 9 de abril de 2017

INOCENTES SÃO AS VÍTIMAS




Há organizações que, de forma envergonhada – têm razões para isso – pretendem branquear acções criminosas de regimes déspotas, mas não querem que essas tomadas de posição se tornem públicas e, então, tratam de desviar as atenções da opinião pública, espalhando a mentira e escondendo a verdade. Todos têm o direito de escolher quem quiserem para o seu círculo de amizades mas o que não podem é fazer dos outros parvos, atirando a realidade para debaixo do tapete.
No seguimento deste raciocínio, redes sociais e outros meios de comunicação tentaram espalhar a ideia de que o Bloco finalmente deixou cair a máscara de esquerda e se revelou como agente de Trump em São Bento, quinta coluna de legitimação (sic) do ataque estadunidense à Síria. Já era de suspeitar, visto que o Bloco nunca convidou partidos sírios pro-Assad ao seu congresso.
Que não se deturpem os factos.
O Bloco de Esquerda não votou a favor dos ataques à Síria. Muito pelo contrário. O voto que mereceu os votos favoráveis de PS, PSD, Bloco, CDS e PAN, e a rejeição de PCP/Verdes versava da seguinte forma: "Assim, a Assembleia da República reunida em sessão Plenária decide apresentar um voto de condenação pelo ataque químico à cidade síria de Khan Cheikdhoun, apelando ao fim da violência contra civis inocentes e à intervenção da comunidade internacional de forma a apurar toda a verdade sobre o que aconteceu nesta cidade do norte da Síria. Ao mesmo tempo, a Assembleia da República apresenta as suas mais sentidas condolências e a sua solidariedade para com as populações sírias afetadas por mais este ataque".
A intervenção do Bloco está aqui, para que não restem dúvidas.

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