sábado, 27 de março de 2021

CITAÇÕES

 
A plantação de árvores em grande escala é só o mais recente prato do dia do menu infinito de falsas soluções do capitalismo verde.

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Para evitar ultrapassar o aumento de 1,5ºC até 2100 é necessário realizar um corte de 50% das emissões globais de gases com efeito de estufa até 2030, em relação ao nível de emissões de 2010. 

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A crítica à neutralidade de carbono não se prende com o conceito em si, mas com a visão oportunista do sistema capitalista e seus principais agentes.

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Nos últimos tempos têm surgido os planos megalómanos de plantação em grande escala como milagre.

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[A Shell] diz que é necessário plantar uma área de floresta equivalente à área do Brasil para manter o aumento da temperatura abaixo dos 1,5ºC até 2100 (é claro que este plano implica eles continuarem a explorar petróleo e gás).

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[As plantações florestais não são uma boa solução para a crise climática] porque não há área suficiente no planeta Terra para compensar as emissões actuais, quanto mais o aumento.

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A capacidade da maior parte das florestas do mundo para retirar carbono da atmosfera está a reduzir-se e não a expandir-se.

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Porque para ser um verdadeiro sumidouro de carbono, com absorção estável, as florestas demoram décadas e até séculos a constituir-se e a acumular carbono nos solos, árvores, plantas e outros seres vivos.

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Todas estas propostas assentam no oportunismo dos sectores que não querem cortar emissões e dos sectores que já operam nesta área.

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As plantações florestais são muito má ideia para a crise climática.

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Estas propostas não são só complexas e incertas: é uma impossibilidade elas resolverem o problema, e ameaçam agravá-lo.

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Finalmente, há uma derradeira realidade que deve assentar como uma forte chapada na cara dos propagandistas desta solução: a desflorestação.

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Desde 2001, a cobertura arbórea global reduziu-se em 10% (mais do que a área da Índia).

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Desde 2002, as florestas húmidas perderam 6% da sua área (mais do que área de Espanha).

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O circo das plantações florestais como ferramenta para a neutralidade carbónica, a que o governo português e a União Europeia aderiram efusivamente, só serve para fazer de nós palhaços mortos. 

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É necessário cortar os 50% de emissões globais na próxima década, sim ou sim.

João Camargo, “Expresso” Diário

 

[A Austrália] foi a primeira trincheira de uma batalha entre grupos de comunicação social e os gigantes da informática, provocando algumas cedências dos últimos, uma guerra que chega agora à Europa a à América do Norte.

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Quando o Governo australiano fez legislar no sentido de forçar as plataformas tecnológicas a pagaram às empresas de comunicação social pela partilha e difusão dos seus conteúdos, as empresas big tech protestaram vigorosamente. 

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[Estas empresas] apropriavam-se gratuitamente do produto de outra empresa, para direcionarem tráfego para as suas redes e para canalizarem a sua publicidade, estrangulando a imprensa a quem retiram o mercado publicitário.

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A 22 de fevereiro, a Microsoft anunciou que está a discutir com criadores europeus de notícias um esquema comparável e pressionou os Governos do continente e dos EUA a seguirem o mesmo caminho, forçando os seus rivais. 

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A 10 de março, deu entrada no Congresso um projeto de lei para forçar um acordo semelhante ao australiano. A UE um dia acordará para o problema.

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A opinião pública acusa estas empresas pela extração de informação privada, que tem sido a base da formatação da publicidade dirigida.

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A Google promete acabar em 2022 com os cookies que informam terceiros e deixar de vender anúncios baseados na história do nosso uso pessoal da internet.

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Seriam boas notícias o controlo pela comunicação social do seu produto e o seu acesso à publicidade para se financiar.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

A quantidade e a qualidade do emprego que vamos ter, por muitos anos, será determinada por escolhas que estão em preparação.

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Exige-se uma boa gestão das políticas protecionistas.

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O recurso a moratórias era necessário, mas se o processo agora for mal gerido, os seus impactos provocarão graves problemas no setor financeiro e na habitação.

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Entretanto, há outros desafios de alcance estratégico a considerar no combate às múltiplas vulnerabilidades que a pandemia evidenciou.

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Desiludam-se os milhares e milhares de pequenos empresários [do turismo] que atuavam neste setor, se ficarem à espera do que há de vir dos restos do banquete e não conseguirem apoios diretos para sobreviverem e recentrarem as suas atividades. 

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O país precisa de uma nova e qualificada especialização produtiva. 

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Invista-se na chamada economia de transição, na descarbonização, mas garanta-se a (re)industrialização efetiva do país.

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As opções sobre a reconversão de trabalhadores envolvidos e a criação de emprego qualificado têm de ser compromissos desde o início.

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Regulamente-se melhor o teletrabalho.

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O computador pode funcionar em diversificados lugares, de dia ou de noite, mas o ser humano não é uma máquina e deve salvaguardar os seus direitos, os da sua família e a sua cidadania.

Carvalho da Silva, JN

 

O PSD tem boas razões internas para defender o adiamento das eleições autárquicas para os últimos meses do ano.

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Nestas últimas semanas, assistimos a uma fúria antecipatória, "rush" de proactividade do PSD, ainda que da antecipação possa sair um adiamento.

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A virtude da proposta do PSD, (…), tem a enorme virtude de colocar em cima da mesa a necessidade de um plano B que tenha em conta uma eventual recalendarização eleitoral. 

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Eduardo Cabrita, de uma ou de outra forma, prontamente desautorizado por António Costa no Conselho Nacional do PS e a colecionar polémicas recorde num par de meses, parece ser um homem fora do lugar.

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As actuais regras não se ajustam ao contexto pandémico, não promovem a inclusão nem combatem a abstenção [nas eleições autárquicas].

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Decisões políticas que, sendo tomadas hoje, estruturarão futuras eleições para maiores patamares de participação.

Miguel Guedes,JN


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