sábado, 18 de dezembro de 2021

CITAÇÕES

 
Uma reportagem da CNN Portugal mostrou o ódio e a brutalidade, mas o vídeo e as fotos são o registo sádico que os próprios militares [da GNR] quiseram guardar para a posteridade.

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Há um nome mais simples e certeiro: xenofobia.

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As imagens que há poucos meses chocaram o país pela desumanidade com que os imigrantes eram tratados naquele concelho, a falta de condições de vida e a miserável exploração, são apenas parte de uma realidade cruel e bárbara que cava fundo até nas forças de segurança.

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Seres sub-humanos, despidos de dignidade, “animais”, assim foram considerados os imigrantes pelos sete militares da GNR.

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Aqueles sete bárbaros não são militares, são um gangue que espalhou o terror nas comunidades de imigrantes em Odemira.

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A insegurança e a fragilidade humana foram exploradas por estes predadores fardados.

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A autoridade com que o Estado reconhece às forças de segurança o monopólio da força legítima é uma responsabilidade não é um brinquedo ou um privilégio.

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É motivo para perguntar quão fundo cavam o racismo e a xenofobia nas forças de segurança. 

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É para defender os que são bons profissionais e prestam bom serviço ao país que não se pode transigir com quem não respeita a lei ou o Estado de direito.

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Que se avalie também a atuação das chefias.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Observa-se o envelhecimento da população por efeito não só do saldo natural negativo (diferença entre nascimentos e óbitos), mas também de uma enorme dimensão da emigração em década e meia.

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Torna-se evidente que o país precisa, urgentemente, de uma população ativa mais numerosa e mais jovem.

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Numa perspetiva de curto prazo, aquele objetivo só é possível com a vinda de imigrantes a quem se garanta trabalho digno.

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Quanto mais maltratados e mal pagos forem os imigrantes, mais jovens portugueses emigrarão, mais se enraíza a precariedade, mais se aprofunda a pobreza.

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São necessárias políticas novas e solidárias para a imigração.

das condições de trabalho.

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Portugal precisa de políticas que contrariem o envelhecimento da população.

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Se [o trabalho] for valorizado é uma alavanca extraordinária para o desenvolvimento das sociedades; se for instrumento de exploração ilimitada e de desigualdades, afunda-as.

Carvalho da Silva, JN

 

O fugitivo [Rendeiro] não se soube esconder, o que retira algum encanto à sua competência e mancha as expectativas de que o mistério estaria para durar.

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 A forma lastimável como o ex-banqueiro foi retratado em pijama no momento da detenção, parecendo um pormenor particular de quem até pior merecia, é um ataque público aos direitos, liberdades e garantias do nosso sistema como um todo.

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A contemplação dos escombros de um homem, ainda que foragido e do qual podemos (porventura, devemos) ter a pior das opiniões, é perigosíssima. Desde logo, porque o humaniza.

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As declarações de Rui Rio [a propósito da detenção de Rendeiro] e as inúmeras tentativas de as justificar pelo PSD pecam pela incapacidade de se reduzirem ao evidente.

Miguel Guedes, JN

 

[A OCDE] surpreendeu os seus devotos com a proposta de aumento de impostos em Portugal.

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Olhando para a Saúde, propõe mais investimento, sobretudo nos cuidados paliativos e intensivos e na saúde mental, além de melhores condições para os profissionais.

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Acrescenta que é preciso melhorar o acesso ao subsídio de desemprego e subir as prestações sociais, depois de ter registado que Portugal é um dos países que impõem maior penalização das pensões antecipadas.

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[Critica o facilitismo] quanto ao branqueamento de capitais por via do imobiliário e depois, para surpresa de muitos, a proposta de aumentar os impostos sobre a poluição e sobre o imobiliário (ou sobre a herança).

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[A OCDE] propõe ajustamentos que sejam reparadores da crise orçamental e das perturbações sociais que quer impor com a outra mão.

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Uma das sugestões da OCDE vai precisamente neste sentido sugerido pelo jornal [Financial Times], de “questionar” os “privilégios dos ricos”, linguagem pouco comum nestas esferas. 

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Vai ser curioso saber o que se dirá nestas eleições acerca desse imposto e de medidas para reduzir os “privilégios dos ricos”.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O crescimento dos preços da energia e a recuperação do consumo reprimido nos últimos dois anos gerou inflação.

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Já nos tínhamos desabituado disto nas últimas duas décadas. 

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A resposta, algo desconexa, está prisioneira de uma dúvida, a de saber se este processo é momentâneo e reversível ou se é permanente.

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Estamos a ser governados pela ideologia e ela leva-nos para a pior das alternativas.

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[Ela impõe-nos] um travão quando a recuperação ainda é frágil.

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Uma das consequências desse travão será a turbulência nos mercados financeiros.

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Ora, um dos novos fatores que agrava estes riscos é o clima.

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Um bilião de dólares, [é] uma pequena parcela do que pode ser o efeito de contaminação [do mercado] pelo perigo climático.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O relatório [do World Inequality Lab publicado recentemente]] atualiza muitos dos indicadores que já estavam disponíveis na primeira edição.

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Os 10% mais ricos do mundo ficam com 52% do rendimento mundial (antes de impostos, mas considerando pensões e subsídios de desemprego), ao passo que a metade mais pobre tem apenas 8,5%.

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Segundo o relatório, os 50% mais pobres do mundo têm apenas 2% da riqueza; que é como quem diz: nada. Já os 10% mais ricos têm 76% da riqueza.

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A pandemia só veio piorar as coisas. Entre 2019 e 2021, a riqueza dos 0,001% mais ricos do mundo aumentou 14%.

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Os super-ricos viram o seu património crescer a um ritmo 14 vezes superior ao das restantes pessoas.

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Já a riqueza do grupo mais restrito dos bilionários aumentou 50%.

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Será que estas pessoas assim tão ricas pagam a sua justa parte de impostos?

Susana Peralta, “Público” (sem link)


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