sábado, 25 de dezembro de 2021

CITAÇÕES

 
[Rui Rio] escolheu dizer que o problema do emprego em Portugal é haver apoios sociais a mais.

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A proteção social em Portugal não é demais, é de menos.

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132.461 pessoas inscritas nos centros de emprego não tinham direito a proteção no desemprego e a estas somam-se as que não estão sequer inscritas.

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Temos uma baixa cobertura do subsídio de desemprego e temos valores que são, na maioria dos casos, condenações à pobreza. 

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O valor médio [do RSI] por família era de 261 euros (menos de metade do limiar de pobreza) e o valor médio por beneficiário era de 119,5 euros.

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Até a OCDE, [aconselhava ainda este mês] alargar o acesso aos subsídios de desemprego e aumentar o nível e a cobertura das prestações de rendimento mínimo…

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A sugestão de Rui Rio serve para namorar os equívocos deliberados da extrema-direita. 

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[Em 2012 Passos Coelho] tratava o subsídio de desemprego como uma espécie de favor do Estado e não como um direito dos trabalhadores fundado nos seus descontos.

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Os resultados, em termos de emprego, nesse período, são bem conhecidos: a maior vaga migratória e o maior número de desempregados das últimas décadas.

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Para que o emprego seja atrativo e para que o padrão produtivo mude, é preciso muito mais [que uma subida do salário mínimo].

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É na contratação coletiva que se definem salários para além do mínimo, categorias, carreiras, perspetivas. 

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[Há uma] grande fatia de jovens que nunca conheceu qualquer contrato coletivo.

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A percentagem de contratos a prazo permanece estruturalmente a mesma, com ligeiríssimas variações nas últimas duas décadas.

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O PS chumbou sempre, ao longo deste período [de três anos], a proposta do Bloco para criar leques salariais nas empresas.

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A recusa de mudanças onde é essencial é um problema.

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Se antes [do congresso laranja] Rio era crucificado por [querer viabilizar um governo PS], os outrora opositores passaram a alinhar pelo mesmo diapasão numa escolha a que não são alheios os cálculos eleitorais.

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A ideia de PS e PSD como fiéis depositários da confiança do regime é antiga. É a soberba de quem se acha dono da democracia.

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É a alternância sem alternativa para o país.

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Os interesses instalados e o sistema dos negócios são, e sempre foram, a marca do bloco central e fator de atraso do país.

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O PSD tem uma estratégia que pode reconquistar influência nas escolhas do país, mesmo que seja dando a mão ao PS.

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Com um pé no centrão e a boca no discurso de extrema-direita, ficamos na dúvida qual estará mais perto do coração de Rui Rio.

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É verdade que estão em causa escolhas de governo e a vontade de virar as costas à esquerda para dar a mão ao PSD é o novo caminho que António Costa pretende.

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O voto útil morreu em 2015 quando as pessoas perceberam que todos os votos contam na eleição de deputados e que é das maiorias parlamentares que se fazem as escolhas de governo.

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E o povo de esquerda já sabe que não há utilidade no voto que coloca o país dependente das vontades do PSD.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

O que não é acidente é o tormento que vivem os serviços de saúde.

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O Governo desistiu de um SNS que garante a universalidade e a qualidade do acesso à saúde e dá por certo que o sector privado determinará a nossa vida.

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O Governo suportado pela ‘geringonça’ repôs os níveis de financiamento, começou a contratar quadros necessários e promoveu o acesso aos serviços.

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Para chegarmos à média dos países equivalentes precisaríamos de mais 30 mil enfermeiros, e muitos dos agora contratados são por meses, além de terem condições deploráveis.

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Faltam enfermeiros nos serviços, nos centros, nos cuidados continuados, nos lares. E faltam médicos em todo o lado.

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Como não há carreiras com exclusividade e condições atrativas, os concursos mal repõem quem se aposenta ou sai para o privado.

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Chegou-se ao fim de dezembro do primeiro ano da pandemia com menos 945 médicos do que em janeiro.

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Só temos hoje mais 18 médicos no SNS do que tínhamos quando começou a pandemia.

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Na medicina familiar, é o desastre: há hoje 1.081.136 utentes sem médico de família, mais 56% em dois anos, mais 230 mil só em 2021.

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Não se constroem os hospitais prometidos.

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A crise do SNS é uma estratégia [económica]. Está a resultar.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Tem estado em crescendo a campanha promocional de soluções políticas de "centro", a banha da cobra moderna com poderes curativos para todas as maleitas do país e dos portugueses.

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O êxito da solução [PS+esquerda], a confiança e a estabilidade política geradas, desarmaram os defensores do grande centrão de interesses. 

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Viu-se no congresso do PSD que o programa político da Direita se resume a ganhar o PS para regressar ao que "é normal".

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No PS não faltam encantamentos por este velho concubinato. 

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Hoje, nos planos global, europeu e nacional o perigo é a extrema-direita e o fascismo que atentam contra as liberdades e a democracia, que espezinham valores humanos.

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Ao longo de décadas, o centro que governava e o centro que consentia (…) persistiram sintonizados na promoção da matriz económica de baixos salários e baixo valor acrescentado.

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Os grandes avanços alcançados em democracia (…) foram conquistados, em regra, em confronto com a Direita.

Carvalho da Silva, JN

 

Negacionistas a negar que o maior número de internados em UCI são mesmo não vacinados.

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A secura dos números [da pandemia] ficou agora a falar por si.

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Seremos todos reféns do cuidado e, se temor fosse crença, estes seriam os mais católicos dos natais.

Miguel Guedes, JN

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