sábado, 29 de janeiro de 2022

MAIS CITAÇÕES (166)

 
Se o Elon Musk vos diz que vocês são iguais a ele é porque quer pagar pela sua fortuna a mesma taxa de imposto que vocês pagam pelo salário que tanto vos custa a ganhar.

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Uns trabalham outros fazem fortuna a manobrar uma economia de ar e da manigância. É este o sonho da direita liberal.

Mariana Mortágua, Bloco de Esquerda

 

O ideólogo da extrema-direita brasileira [Olavo de Carvalho] morreu esta semana de covid-19, doença que menorizou e contra a qual não se quis vacinar.

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Muito influente na campanha e no princípio do mandato de Jair Bolsonaro na presidência do Brasil, Olavo de Carvalho foi perdendo peso no Governo ao longo do tempo, à medida que Bolsonaro acordava a sua sobrevivência política com o “centrão”.

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Nikolas Ferreira, vereador de Belo Horizonte (BH), um evangélico conhecido pelas suas posições antivacinas, vacinou-se de modo a voar para a Europa e participar em protestos antivacinas.

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Podia ser o princípio de uma piada se não fosse realmente verdade.

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Nikolas Ferreira completa o pacote todo do dedicado jovem evangélico bolsonarista com o elogio fúnebre a Olavo de Carvalho, com uma foto abraçada ao “professor”.

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Meat Loaf levou a sua até ao fim, recusando a vacina contra a SARS CoV-2 até morrer, aparentemente, de covid-19, embora a família não tenha adiantado a causa da morte.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

As políticas das últimas décadas construíram uma sociedade de proprietários [de habitações].

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Mais de um terço dos proprietários vive com uma falsa sensação de segurança, pagando mensalmente, sob pena de perder a casa, uma prestação ao banco.

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Segundo os resultados preliminares dos Censos 2021, cerca de 57% dos agregados têm encargos mensais com a habitação, como renda ou pagamento de empréstimo, ou vivem de favor, não tendo garantido o direito à habitação.

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Num mercado desregulado e com o trabalho cada vez mais precarizado, o apoio à compra vai endividar muitos jovens, ao mesmo tempo que limita muitos mais que não conseguem aceder a esta medida.

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Apesar de “aumento da verba” [para apoios à renda, como o Porta 65] parecer, à partida, positivo, estes programas têm um papel fundamental na manutenção do problema de acesso à habitação digna.

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Ao pagarem ao senhorio uma parte da renda que o inquilino não tem capacidade de suportar, estão a garantir o seu lucro, ao mesmo tempo que não exigem contrapartidas.

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Estes programas não vão resolver o problema, porque praticam rendas de acordo com o preço de mercado e não de acordo com os rendimentos dos agregados.

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Tal como na educação ou na saúde, não se pode estar à espera de que quem tem a lucrar com a desgraça dos outros faça alguma coisa no sentido de garantir direitos.

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Assim, é necessário um forte investimento em habitação pública – proposta transversal nos partidos à esquerda.

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As rendas praticadas devem ser calculadas em função dos rendimentos do agregado e o problema deve começar a ser resolvido para quem mais sofre com ele.

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No que toca à habitação, este Plano [PRR] teria de extravasar os limites temporais da pandemia e estar assente na vontade de dar resposta a problemas que já têm décadas.

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São resilientes as famílias em lista de espera por habitação pública e as outras tantas que ainda não conseguiram entrar na lista, os portugueses que passam frio em casa, os que estão sob ameaça de despejo, os que gastam 40 ou 50% do seu rendimento na renda, os que não tem condições de salubridade.

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São resilientes os que se encontram em situação de sem abrigo.

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É essencial revogar a “Lei Cristas”, a lei dos despejos, acabar com os Vistos Gold, limitar o alojamento turístico e começar com os fundos do PRR a aumentar massivamente o parque público de habitação.

Marta Sousa e Helena Souto, “Público” (sem link)

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou no passado dia 20 de janeiro a criação de um Índice da juventude na Política.

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[O Secretário-Geral da ONU] afirmou que os jovens estão sendo profundamente afetados pelas crises atuais, mas estão também “na linha da frente para ações e soluçõe.

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Todos sabemos que os jovens estão sub-representados nos processos de tomada de decisão que os afetam, embora o seu envolvimento seja absolutamente indispensável para a democracia.

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Que o próximo governo português seja capaz de canalizar e colocar em prática parte deste esforço financeiro da ONU em ações de capacitação e motivação da participação cívica e política de muitos jovens.

Liliana Marques Pimentel, “Diário de Coimbra” (sem link)

 

[Várias das afirmações da entrevista de António Saraiva, presidente da CIP, ao Público] não têm rigor, outras são erros crassos: i) segundo o Eurostat, Portugal é um dos países da União Europeia com menor percentagem de trabalhadores do setor público no emprego total; ii) no tempo de Passos Coelho não se verificou diminuição da despesa, mas sim contratação de serviços privados sem controlo de custos; iii) a maior parte das tarefas na AP (central e local) são serviços de grande densidade social, não substituíveis por meios digitais ou robots; iv) a modernização da AP é necessária, mas as novas tecnologias são onerosas, exigem formações adequadas e muitas vezes mais trabalhadores; v) a folga orçamental pode obter-se combatendo a fuga ao Fisco, criando emprego, pagando melhores salários; vi) as políticas de resposta à crise socioeconómica exigem proteção e rentabilização do emprego, nos setores privado e público, jamais um grande despedimento no Estado, seguindo, como é pedido, "corajosas terapias" das empresas privadas.

Carvalho da Silva, JN


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