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segunda-feira, 31 de julho de 2023
FRASE DO DIA (2088)
Daniel Oliveira, “Expresso” online
domingo, 30 de julho de 2023
FRASE DO DIA (2087)
Ana Sá Lopes, “Público”
sábado, 29 de julho de 2023
MAIS CITAÇÕES (242)
(…)
Quando
foi receber o prestigiado prémio da Writers Guild of America, tinha saldo
negativo na conta.
(…)
Familiares
e amigos arranjaram-lhe o smoking, mas o laço teve de ser comprado a crédito.
(…)
O
glamour da televisão tem como motor uma mão de obra precária que dificilmente
consegue pagar as contas ao fim do mês.
(…)
Quanto
mais o seu trabalho é reconhecido e culturalmente influente, pior são as suas
condições de vida.
(…)
Uma
série típica nos canais tradicionais tinha 20 a 22 episódios, o streaming
aposta em temporadas de oito a dez.
(…)
O
resultado para quem os faz [os filmes] foi uma redução de 40 para 20 semanas de
tempo médio de trabalho em casa série, num meio onde se é pago à peça.
(…)
E se
dantes recebiam por cada reposição nas televisões, agora, com o streaming,
recebem apenas uma vez.
(…)
Foi
para reverter a degradação das condições contratuais e salariais que os
argumentistas entraram numa greve a que se juntaram os atores e que vai durar
meses.
(…)
O
vencimento [dos argumentistas] caiu em 23% no mesmo período [há uma
década].
(…)
Quase
90% dos atores recebem menos de 26 mil dólares por ano, o mínimo para ter
direito a seguro de saúde.
(…)
Como
em todo o lado, dinheiro não falta.
(…)
Há é
quem, aproveitando este momento disruptivos, fique com grande parte do bolo.
(…)
A
intenção de reduzir os direitos e o rendimento distribuído aos criadores
intelectuais, (…), não podia ser mais clara.
(…)
Os
mesmos estúdios que movem montanhas para proteger os seus direitos sobre
propriedade intelectual querem retirar direito de identidade e imagem a quem
está na origem da propriedade intelectual que tão zelosamente defendem.
(…)
Hollywood
transformou-se numa parte da gig economy, em que todos são tratados como
estafetas da Uber.
(…)
[Se
nada fizermos, avanços tecnológicos podem servir] para concentrar ainda mais a
riqueza.
(…)
Não é
a tecnologia que nos escraviza, é a relação de poder que lhe é prévia.
(…)
A
greve em Hollywood é, como em qualquer fábrica, sobre essa relação de poder.
(…)
É a
capacidade de resistir e mover a balança do poder [que determinam as perdas ou
ganhos de quem vive do seu trabalho].
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)
Segundo
o Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR, entre janeiro e novembro de
2022 ocorreram 22 femicídios em Portugal, todos em relações de intimidade e
levados a cabo por homens.
(…)
Cerca
de metade das situações era do conhecimento de familiares e vizinhos.
(…)
Até
março deste ano, morreram três mulheres, às quais poderão somar-se mais algumas
no 2º trimestre.
(…)
As
Estruturas de Apoio à Vítima são essenciais na identificação de situações, na
mitigação do impacto das dinâmicas abusivas e na criação de oportunidades de
mudança.
(…)
Ainda
assim, o fenómeno de violência doméstica é complexo.
(…)
Desde
julho de 2021, foram atendidas 311 pessoas no Espaço Vida e 68 tiveram apoio
psicológico no SAIV [Serviço de Apoio e Informação à Vítima] da CESPU
[Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário].
(…)
Ainda
somos uma sociedade pouco mobilizada e que desconhece que a violência é um
crime público.
Alexandra Serra, “Expresso” (sem link)
Na Europa a que pertencemos por geografia e por outros
compromissos coletivos, vemos as democracias enfraquecerem perigosamente
(…)
O eurocentrismo e o ocidentalismo têm negado dignidade e
direitos iguais a todos os povos.
(…)
Os resultados [das eleições do último domingo em Espanha]
foram uma grande vitória da democracia.
(…)
Reforçou-se a responsabilidade da Esquerda.
(…)
Na Europa há uma real onda neofascista que cavalga a grande
velocidade.
(…)
A extrema-direita e forças fascistas estão instaladas nos
parlamentos e governos de grande número de países da EU.
(…)
Pressupor que a “ganância” dos trabalhadores e dos
pensionistas (quando reivindicam melhores salários e pensões) é simétrica da
ganância dos detentores de fortunas escandalosas feitas do dia para a noite é
negar a igualdade, a solidariedade, a justiça.
(…)
[Os povos de Espanha] não querem a ultradireita no governo.
Numa
decisão com a importância da venda da TAP importa entender a lógica do que irá
acontecer depois.
(…)
É
muito importante para o país o chamado “Hub de Lisboa”.
(…)
Hub é
a plataforma giratória de voos, e centro de conexão.
(…)
Nenhum
hub pertence a um aeroporto ou cidade, mas sim às companhias aéreas.
(…)
Lisboa
não tem nenhum hub. Quem tem hub é a TAP que faz do aeroporto Humberto Delgado
um centro de ligações entre continentes.
(…)
Lisboa
é o hub da TAP e só haverá um hub em Lisboa enquanto a TAP (…) decidir que é em
Lisboa que pretende manter ou instalar a base da sua rede.
(…)
[Se o
comprador for uma companhia aérea europeia] será consequente a deslocação do
hub da TAP [para dora de Portugal].
(…)
Portanto,
com a venda da TAP ficamos sem TAP e com um aeroporto secundário.
(…)
Acabarão
os voos diretos de e para a áfrica, América Latina e América do Norte.
(…)
Em
termos de tráfico aéreo, Portugal deixa de ter importância internacional.
(…)
[Quando
se espera lucro efetivo] na TAP é que é que se pretende destruir o prestígio
Nacional que a TAP representa?
(…)
Mantendo
a TAP nacionalizada, ela terá o seu hub em Lisboa e há indicadores económicos
fortes da sua viabilização.
(…)
Ainda
tem a TAP a criar riqueza em Portugal, a criar emprego em Portugal, a exportar
por Portugal, a alimentar a receita fiscal dos portugueses.
(…)
A
gestão da TAP tem é que perceber o que é uma empresa pública e para que é que o
povo português precisa de uma empresa pública.
(…)
Aquilo
que se passa hoje na Altice Portuga, antiga PT, está a acontecer porque houve
um crime principal, que abriu caminho para todos os outros. Esse crime foi o da
privatização da PT.
Celestino Flórido Quaresma, “Diário de Coimbra”, (sem link)
A DIREITA PLANEIA GOVERNAR COM O APOIO DOS NOSTÁLGICOS DA DITADURA SALAZARISTA
O tempo da ambiguidade acabou, a Direita decidiu. O PSD assumiu, por
interposta Espanha, que planeia governar com os fascistas portugueses. Vale
tudo, incluindo governar com racistas e nostálgicos das ditaduras ibéricas. A
partir de agora, o que veremos serão truques para esconder o óbvio. (José Gusmão)
https://setentaequatro.pt/.../excitam-se-comadres...
INICIÁMOS ESTA SEMANA COM BOAS NOTÍCIAS
Lembra-se de Mohamed Baker? Foi finalmente libertado!
O corajoso advogado tinha sido injustamente
preso em 2019, por defender os Direitos Humanos de pessoas marginalizadas no
Egito.
Quase
5.000 pessoas assinaram a petição pela libertação de Mohamed Baker, detido de
forma injusta por atentar contra a segurança do Estado para defender um amigo,
Alaa Abdel Fattah, um proeminente ativista que tinha sido preso. Crimes que
nunca existiram.
Após 4 anos de prisão, foi finalmente
libertado!
Hoje celebramos graças a si! Obrigado por
agir connosco! (AI)
sexta-feira, 28 de julho de 2023
CITAÇÕES
(…)
Ora, o
medo pode vencer, mas não sabe governar.
(…)
O uso
do medo é naturalmente um subproduto da aceleração emocional.
(…)
É nele
que se especializam os criadores da política gasosa. Vai prosperar.
(…)
Para
estudar esse vazio, dois cientistas, Bjorn Bremer e Kine Rennwald, do Max
Planck Institute e da Universidade de Genebra, publicaram há dois meses um
estudo sobre evolução do mapa eleitoral em 18 países europeus entre 1945 e 2021.
(…)
O que
Bremer e Rennwald fizeram foi olhar para os seus dados e inquirir sobre as
razões deste desgaste [dos partidos sociais-democratas], perguntando se alguém
ainda gosta da social-democracia.
(…)
Em 20
anos o apoio do centro baixou de cerca de 30% para cerca de 20%.
(…)
Ao
passo que as esquerdas subiram alguma coisa, ficando acima dos 10% desde a
crise financeira de 2008.
(…)
Por
detrás destes dados, no entanto, descobre-se uma mutação ameaçadora.
(…)
Desde
que se virou para a “terceira via” nos anos 1990, os partidos
sociais-democratas consolidaram as suas referências estratégicas numa
combinação de liberalismo económico com um discurso benfeitor e atenuante das
dificuldades que assim aceleravam.
(…)
A
contradição já vinha de trás: na década anterior, Mitterrand tinha
nacionalizado todo o sector financeiro e os sete principais grupos industriais,
para logo desfazer essa investida e se conformar com as regras de mercado.
(…)
Foram
governos sociais-democratas que paraconstitucionalizaram as regras liberais na
União Europeia.
(…)
Alienou
o apoio dos operários empobrecidos, que são “desmobilizados”, nos termos dos
nossos dois autores.
(…)
[O
apoio da classe média] é um apoio instável, gere interesses e, cá está, flutua
com os medos.
(…)
Dois
desses medos são a guerra e a imigração.
(…)
Esta,
tão necessária, é usada pela extrema-direita para criar uma identidade nacional
racista.
(…)
A
invasão da Ucrânia desfez partes da esquerda e levou o centro a desistir de um
projeto energético europeu e a alinhar-se com os falcões norte-americanos. O medo,
mais uma vez.
(…)
A
conclusão espanhola parece evidente: o medo é uma força eleitoral.
(…)
Há
sempre mais medo depois do medo.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)
Já se
começava a desvendar na minha cabeça que o novo filme sobre a Barbie não era
estritamente sobre a boneca que habita a nossa imaginação colectiva, mas sim
sobre as ideias ancoradas a essa boneca.
(…)
Greta Gerwig propõe-se a iluminar-nos esse caminho, e a
traçar indelevelmente o que significa ser Barbie.
(…)
Acabo
por discordar de muitas das críticas feitas ao filme, sentindo que não estão
realmente a descortinar a teleologia do filme.
(…)
Por um
lado, vejo as críticas masculinas reaccionárias, de se tratar de um filme com
um discurso woke e que quer destruir a masculinidade.
(…)
Do
outro lado, vejo homens progressistas que se desiludiram com a forma
superficial, típica do feminismo liberal, com que é abordada a questão.
(…)
A
Barbie, nos termos da Greta Gerwig, recusa-se a seguir os cânones do cinema
mainstream, que impinge uma doutrina feminista cansada: o feminismo é sermos
todos iguais, palavras vazias e coniventes com o mesmo sistema que nos oprime.
(…)
Mas
também se recusa a seguir os cânones da contracorrente, que obriga as mulheres
a tornarem-se os mártires da sua própria condição, condenando-as a carregarem
uma cruz.
(…)
[O filme vem] descrever a feminilidade através do female gaze (olhar feminino, em português).
(…)
A
Barbie decide ser humana, aceitando que, com essa condição, venham também as
adversidades da vida real, mas também a felicidade de sentir conexões reais.
(…)
Não conseguimos uma revolução
feminista porque não temos uma linguagem que defina a
sociedade que queremos criar.
Isabel Lobo, “Público” (sem link)
A
extrema-direita enche de perdigotos malsãos tudo à sua volta, arremete contra
os mais fracos, confunde má educação com frontalidade, mas quando os resultados
da democracia, cujos mecanismos, usa em seu proveito, não são os esperados,
recorre ao discurso do perseguido.
(…)
Santiago Abascal não falhou na noite eleitoral de domingo
(…), recorreu à perseguição, que o resultado tinha sido heróico, porque todos
estavam contra o Vox.
(…)
Mesmo
os meios de comunicação social foram disso acusados, quando, em Espanha, como
em Portugal, como noutros cantos da Europa, têm (temos), na verdade,
contribuído para normalizar a imagem da extrema-direita.
(…)
Em Espanha, o Vox (…) sabe, no entanto, que esta é
apenas mais uma etapa da volta ao fascismo em bicicletadas políticas.
(…)
“Desta vez”, afirma Jesús González Pazos,
activista político basco, em entrevista publicada pela agência Prensa
Comunitaria, “a direita foi travada, a extrema-direita afundou-se em grande
medida e as forças progressistas salvaram esta eleição”.
(…)
No
entanto, não se pode descansar, como se o trabalho estivesse feito, porque “o
fascismo não se pode branquear, não se pode jogar com as suas cartas; ao
fascismo é preciso combatê-lo sempre, em todos os lugares”.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
Claro
que [o filme] Lightyear, de Angus MacLane, o spin-off feito a partir da
personagem do astronauta de brinquedo Buzz Lightyear de Toy Story, acabou por
ser proibido no ano passado em diversos países muçulmanos.
(…)
Agora, o mesmo aconteceu na localidade espanhola de Bezana,
na Cantábria [pela mão do vereador do VOX, Javier Ruiz].
(…)
Como uma das suas primeiras medidas, o vereador Javier Ruiz
retirou o filme da programação do Cine de Verano.
(…)
[Perante
esta medida], na quarta-feira, junto à câmara de Santa Cruz de Bezana, meio
milhar de pessoas, muitas delas do mesmo sexo, desataram a beijar-se
desalmadamente como se disso dependesse o futuro de Espanha.
(…)
Ao
invés do chocho de Lightyear, frente à câmara de Bezana houve uma bebedeira de
beijos lânguidos, com e sem língua, lésbicos, gays, heterossexuais e até em
trio.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
Ainda hoje, no programa político que levou a sufrágio das
urnas no domingo [a Falange Espanhola, um partido político fascista
fundado em 1933] defende o regresso à Espanha que havia antes da
Constituição de 1978, ou seja, a da ditadura de Franco.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
A POLÍTICA DO BCE PREJUDICA O PAÍS E PREJUDICA OS TRABALHADORES
Isso não é desculpa para quem tomou a decisão do governo de pôr os salários
a pagar a inflação. Nem para quem continua a defender que o BCE e a política
monetária estejam fora da democracia. (José Gusmão)
Ver debate completo:
www.rtp.pt/play/p11207/e706369/eurodeputados
A TUNÍSIA RECUPEROU 901 CORPOS DE MIGRANTES QUE MORRERAM AFOGADOS NA SUA COSTA ESTE ANO
Há poucas semanas, a Comissão Europeia celebrou um Memorando de
Entendimento com a Tunísia. Sabemos que haverá 105 milhões de euros para gerir
fronteiras. Na Tunísia, isso tem significado abandonar pessoas no deserto. Em
ambos os lados do Mediterrâneo, significa naufrágios. (José Gusmão)
https://www.reuters.com/.../tunisia-migrants-idAFKBN2Z622L
NO IRÃO HÁ RESTRIÇÕES À ENTRADA DE MULHERES NOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL DESDE 1979
Apesar das restrições, a 10 de novembro de 2018, um grupo de mulheres foi
autorizado a entrar no Estádio Azadi, em Teerão, para assistir a um jogo da
Taça dos Campeões Asiática, mas muitas outras foram barradas.
Forough Alaei foi a fotógrafa iraniana que
documentou a entrada das mulheres no estádio, revelando a história da jovem
Zeinab, que muitas vezes se disfarçou de homem para poder assistir a jogos de
futebol.
“Crying for Freedom” ou, em português,
“Lágrimas pela Liberdade”, é um trabalho documental de fotografia sobre a
discriminação de género que deu a Forough Alaie o prémio World Press Photo
de 2019, na categoria de desporto.
Conheça a história contada pela fotógrafa iraniana na 3ª edição da revista
Humanista, já nas bancas! Saiba mais em www.amnistiainternacional/humanista
quinta-feira, 27 de julho de 2023
GOVERNO SEM NOÇÃO DO ESTADO DA NAÇÃO
O Primeiro-Ministro disse que a economia está mais qualificada.
É MENTIRA!
Ao longo do último ano, o mandato da maioria absoluta do PS, o país já
perdeu 105 mil trabalhadores com ensino superior.
Governo sem noção do Estado da Nação.
Artigo completo em https://expresso.pt/.../2023-07-19-Emprego-esta-perto-de...
Pedro
Filipe Soares