quinta-feira, 31 de outubro de 2024

CONTINUAMOS A PERGUNTAR: ONDE É QUE VÃO RETIRAR PROFISSIONAIS DO ESTADO?

 

Vão continuar a dar milhões em benefícios fiscais a empresas com lucros recorde, enquanto hospitais, escolas e outros serviços públicos ficam sem profissionais? A cada novo silêncio, o Governo mostra de que lado está. Mariana Mortágua


FRASE DO DIA (2338)

 
O não posicionamento [do Presidente da República] em relação à morte de Odair Moniz é mais do que uma omissão discursiva, é uma omissão de responsabilidade institucional.

Luísa Semedo, “Público”


SOBRE O ARROTO DA NOSSA EXTREMA-DIRETA ACERCA DA MARAVILHA QUE É MATAR NEGROS

 

"Nunca apanhariam Marine Le Pen ou Bardella a dizer tal insanidade. Nunca apanhariam Giorgia Meloni. E muito menos Viktor Orbán, mais culto do que Ventura. Ou mesmo Geert Wilders. Porque as afirmações gratuitas não fazem parte da cartilha da extrema-direita europeia. (...)", escreve Clara Ferreira Alves, escritora, jornalista e cronista do Expresso.

Leia a opinião na íntegra: https://expresso.pt/.../2024-10-30-ventura-nu-e-cru-cf10cac2


ESTE ORÇAMENTO É UM PRÉMIO TAX-FREE AOS MAIS RICOS

 

Este orçamento compromete o futuro do país: enquanto os serviços públicos são enfraquecidos e o número de trabalhadores congelado, os benefícios fiscais privilegiam os mais ricos. É um plano que agrava as desigualdades, oferecendo um verdadeiro prémio tax free às grandes fortunas, ao custo de um Estado Social mais frágil para todos. Marisa Matias


A IRONIA DE UM PAÍS QUE SE TORNOU NAQUILO QUE UM DIA ODIOU…

 

O regime atualmente em vigor em Israel, em nada difere do regime nazi, capitaneado por Adolfo Hitler. O que Hitler pretendia fazer, com os judeus, Natanyahu quer aplicar aos palestinianos – simplesmente aniquilar todos até ao último, perante a complacência de uma parte significativa da humanidade.


TRÁFICO DE SERES HUMANOS

 

Via “Diário de Coimbra”


quarta-feira, 30 de outubro de 2024

OUVIR A REVOLTA, COMPREENDER AS SUAS RAZÕES, É PARTE DA MUDANÇA QUE NÃO SE PODE MAIS ADIAR

 

Via Catarina Martins, “Linhas Vermelhas”


CITAÇÕES À QUARTA (127)

 
A principal medida deste governo é um ataque ao direito ao usufruto e valorização da propriedade privada, revogando o direito dos condomínios se oporem à presença de frações dedicadas ao alojamento local em prédios residenciais.

(…)

Traduzindo por miúdos, o que antes resultava da decisão maioritária de condóminos sobre o destino do prédio onde vivem, torna-se num imbróglio legal.

(…)

Quem comprou uma casa, pensando que o estava a fazer num prédio de uso habitacional, fica de mãos atadas se o andar de baixo e a casa em frente se transformarem numa porta giratória com gente a entrar e sair às tantas da manhã.

(…)

O direito à propriedade, tantas vezes citado pela direita, acaba quando há hipótese de outros investidores lucrarem com ela.

(…)

É a financeirização total da habitação.

(…)

Montenegro vem abrir portas à entrada de um sem número de processos, tentando resolver nos tribunais o que devia resultar do bom-senso do legislador

(…)

Agora não estamos a falar de casas vazias para especulação, mas de quem apenas pretende dormir e descansar em paz na casa onde vive e vê esse direito ameaçado por uma alteração legislativa. 

(…)

Só na cidade de Lisboa, há cinquenta mil casas vazias. 

(…)

Como diz Alda Botelho Azevedo, mais do que de casas precisamos de reabilitação e de uma política pública que regule o seu uso.

(…)

Isto não acontece apenas em Lisboa ou em Portugal. Em Espanha, país que viu gigantescas manifestações pelo direito à habitação este mês, uma em cada sete casas está vazia.

(…)

Apenas 29% dos espanhóis com menos de 30 anos vivem fora de casa dos pais, metade dos que o faziam há 15 anos.

(…)

A ideia que basta construir mais casas para baixar os preços, sem uma política que regule o mercado habitacional, esbarra com a dureza de números.

(…)

Precisamos de nova construção (sobretudo para oferta pública), mas se ela não for acompanhada de medidas que regulem o mercado, vale de pouco.

(…)

Com este decreto-lei cai também a suspensão em vigor de novas licenças de alojamento local em onze freguesias de Lisboa.

Daniel Oliveira, “Expresso” online

 

No ano em que se comemoram os 50 anos do ato revolucionário que derrubou a ditadura em Portugal, por que razão a história do acontecimento mais importante da era contemporânea portuguesa continua a ser esparsa, frágil e pouco aprofundada?

(…)

Mas, entretanto, o que sabe, na verdade, a maioria dos portugueses sobre os acontecimentos que se sucederam ao dia 25 de Abril de 1974? O que aprendem os jovens sobre esta matéria? Suspeito que quase nada.

(…)

Entre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975 aconteceu muita coisa no país, e as duas datas, colocadas agora em igualdade de simbolismo, revela uma necessidade de afirmação ideológica, no mínimo bizarra.

(…)

A confusão ideológica, que também é histórica, tem-se exacerbado nos últimos tempos, porque dá muito jeito, no atual quadro político, posicionar o Chega e o Bloco de Esquerda como blocos opostos, mas semelhantes no seu extremismo.

(…)

A ditadura do proletariado nunca se cumpriu, e o proletariado já lá vai como consciência de classe. Descansem os corações, nenhuma revolução virá desse lado.

(…)

A história da Revolução de Abril (…)está, obviamente, recheada de peripécias, de lutas e compromissos ideológicos, que espelham a fragilidade dos seus primeiros momentos.

(…)

O papão, ressequido e esvaziado, imoral e radical da extrema-esquerda, continua a alimentar os espíritos mais atormentados pela falta de esclarecimento.

(…)

Não se pode instaurar a comemoração do “fim” de um processo revolucionário (…)  sem que a data que desencadeou esse processo seja posta em causa.

(…)

O dia 25 de Abril foi, este ano, um exemplo de como as diferenças políticas podem conviver sob o teto simbólico de uma Revolução, sem preconceitos ou terrores imaginários.

Emília Tavares, “Público” (sem link)


NA RUA COM OS TÉCNICOS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

 

Juntamo-nos hoje às dezenas de trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) à frente da Assembleia, porque o Governo ainda não levou a sério as suas reivindicações.

O problema é evidente e recorrente em várias profissões do SNS e dos serviços públicos. Não se consegue atrair pessoas para trabalhar porque paga muito pouco: o salário base do INEM são 920 euros, pouco acima do salário mínimo nacional. Mariana Mortágua


QUER EM GAZA QUER NOS TERRITÓRIOS PALESTINIANOS OCUPADOSA UNRWA TEM SIDO UMA TÁBUA DE SALVAÇÃO

 

A lei aprovada pelo parlamento israelita que proíbe o trabalho da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) terá um impacto devastador na população palestiniana.

Enquanto Israel, a potência ocupante, continua a violar de forma flagrante as suas obrigações para com os palestinianos em Gaza e no resto do Território Palestiniano Ocupado, a UNRWA tem sido uma tábua de salvação, prestando assistência humanitária, educação e abrigo.

Esta lei vai contra a ordem do Tribunal Internacional de Justiça, que exigiu que Israel garantisse assistência humanitária suficiente e facilitasse os serviços básicos.

A comunidade internacional deve ser rápida a condenar esta medida nos termos mais veementes e exercer toda a influência que tiver sobre o Governo israelita para a revogar. AI

Mais Aqui


DEZ ANOS DEPOIS DO SEU COLAPSO, VALE A PENA RECORDAR O CASO BES

 

Mariana Mortágua explica como Ricardo Salgado construiu o seu castelo de cartas à sombra das instituições reguladoras e do poder político. O antigo presidente do BES vai agora a tribunal, mas as regras do capitalismo financeiro não mudaram e nada garante que a história não se repetirá. Tal como há dez anos, o Bloco de Esquerda continuará a escrutinar os "donos disto tudo". Não lhes damos descanso.


DO RIO ATÉ AO MAR, A PALESTINA SERÁ LIVRE

 

A melhor caixa de piza de sempre. Via Saher A. Saad


terça-feira, 29 de outubro de 2024

NA AUDIÇÃO COM O MINISTRO DAS FINANÇAS, O BLOCO DE ESQUERDA EXIGIU RESPOSTAS SOBRE QUESTÕES URGENTES

 

- Por que o Governo pretende reduzir ainda mais o IRC? Por que opta por vender património público ao mercado imobiliário em plena crise de habitação, em vez de investir em soluções públicas? Como pode o Parlamento ser chamado a autorizar mudanças na lei do trabalho em funções públicas sem qualquer explicação sobre essas alterações? O Bloco deixa claro: não se pode aprovar mudanças fundamentais sem critérios claros nem garantias para o bem público.

Mariana Mortágua

FRASE DO DIA (2337)

 
A história da Revolução de Abril é a história da instauração de uma democracia, a partir de um processo, de facto revolucionário, não existe outro nome a dar-lhe.

Emília Tavares, “Público”


HÁ QUE DEFENDER O DIREITO DAS PESSOAS A HABITAR AS CIDADES

 

O movimento popular pelo direito à habitação é um grito contra a turistificação que esmaga as nossas cidades. Não sabemos se haverá condições para uma coligação à esquerda em Lisboa, mas temos a certeza sobre as nossas prioridades: defender o direito das pessoas a habitar as cidades. Mariana Mortágua


AO QUE CHEGOU O EXTREMISMO DO GOVERNO ISRAELITA!


A legislação arrisca-se a colapsar o frágil processo de distribuição de assistência em Gaza, numa altura em que a crise humanitária no enclave se está a agravar. Portugal garante que continua a apoiar assistência em Gaza.

Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-10-29-israel-aprova-lei-que...


A LUTA DOS TÉCNICOS SUPERIORES DE DIAGNÓSTICO TEM RAZÕES MUITO FORTES

 

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica saíram à rua para se fazerem ouvir pela ministra da Saúde que não lhes tem dado resposta. A luta destes trabalhadores e trabalhadoras é importante por três razões:

👉Por uma questão de justiça. As pessoas têm direito a ver a sua carreira reconhecida. O Estado não pode ter um método de avaliação num hospital, e um método diferente noutro hospital.

👉Porque quando nós falamos da importância da saúde e do SNS, estamos também a falar destes trabalhadores e trabalhadoras.

👉Porque quando falamos sobre aumentar os salários médios em Portugal, começa-se por respeitar cada carreira e as pessoas que trabalham todos os dias. Mariana Mortágua


SOMOS TODOS GAZA

 

Colocado na Pennsylvania, IN Palestine Today


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

O PSD CONTINUA A FAVORECER INTERESSES PRIVADOS E A CEDER AO DISCURSO DA EXTREMA-DIREITA

 

Numa altura em que as pessoas enfrentam uma crise de habitação, um SNS em dificuldade e crescentes desigualdades, o PSD continua a favorecer interesses privados e a ceder ao discurso da extrema-direita. Precisamos de soluções reais que respondam à vida das pessoas, não promessas vazias. Marisa Matias


FRASE DO DIA (2336)

 
É precisamente iniciativas como incluir conteúdos sobre igualdade de género, orientação sexual e identidade de género na disciplina de Cidadania que libertam as pessoas das “amarras ideológicas”.

Clara Não, “Expresso” online


A MAIS DURA DAS DESCRIMINAÇÕES…


Paulo Baldaia, jornalista que cresceu "num bairro de vivendas geminadas" e é "neto de um polícia", escreve sobre a pobreza e o preconceito tido para com as pessoas que habitam bairros sociais.

Leia o texto de opinião na íntegra: https://expresso.pt/.../2024-10-28-sou-neto-de-um-policia...


MAIS UMA HISTÓRIA MAL CONTADA RELACIONADA COM UMA MORTE DA RESPONSABILIDADE DA POLÍCIA

 

Para a ex-deputada Helena Roseta, ex-deputada, ex-vereadora da Câmara de Lisboa e arquitecta, é motivo de revolta a falta de informação sobre o que realmente se passou na noite da morte de Odair Moniz, residente no bairro do Zambujal.

Leia a entrevista: https://www.publico.pt/2109615


MILHARES "PELA VIDA, PELA LIBERDADE, PELA IGUALDADE" E OS AMIGOS DO VENTURA

 
Na manifestação do Chega, 50 seriam os deputados e, para além disso, pouco mais.

PALESTINA SERÁ LIVRE

 

Via Palestine Today, Istambul


domingo, 27 de outubro de 2024

NOS BAIRROS PERIFÉRICOS FALTA QUASE TUDO

 

Nos bairros periféricos falta quase tudo.

Desde logo, respeito por quem lá vive. Catarina Martins


FRASE DO DIA (2335)

 
O racismo sistémico pressupõe o envolvimento de sistemas inteiros — os sistemas político, jurídico, económico, educativo — na discriminação de pessoas de pele escura.

Graça Castanheira, “Público”


O MODELO DE POLICIAMENTO ESTÁ ERRADO

 

Estivemos hoje com a Catarina Martins na manifestação por justiça para Odair Moniz. Foi um momento enorme de comunidade e revolta. Foi um dia importante no caminho para, juntos, superarmos o lastro de violência policial e racismo que perdura em Portugal. Fabian Figueiredo


A PALESTINA SERÁ LIVRE

 

Via Nafees Shaikh


QUEREMOS TER IMIGRAÇÃO CLANDESTINA OU IMIGRAÇÃO COM DIREITOS?

 

Hoje (este dia 25 outubro) juntámo-nos aos imigrantes que se manifestaram em frente à Assembleia da República pela reposição da manifestação de interesse, o mecanismo de regularização eliminado pelo governo Montenegro. O seu fim, garantem as associações, vulnerabiliza os imigrantes. A escolha é entre imigração com direitos ou imigração clandestina. E é também sobre que sociedade queremos ser: um país dilacerado pelo ódio, pelo discurso de violência e discriminação ou uma sociedade unida pelo respeito de cada pessoa, capaz de assegurar - a quem está e a quem chega - o que é essencial (casa, saúde, educação) e orgulhosa da sua diversidade?


A JUSTIÇA É ISTO MESMO...

 

Eduardo Galeano, “Filosofia incerta”


sábado, 26 de outubro de 2024

O MINISTÉRIO DA SAÚDE TEM IGNORADO AS NEGOCIAÇÕES COM OS FARMACÊUTICOS DO SNS

 

Grande parte destes profissionais essenciais juntaram-se hoje [leia-se “há dois dias] em frente ao ministério.

Sabe mais em esquerda.net:

https://www.esquerda.net/.../farmaceuticos-em-greve.../92671


MAIS CITAÇÕES (305)

 
Por vezes há fenómenos naturais a gerar pobreza, todavia as suas causas principais e as que a eternizam (muito estudadas) resultam de atos humanos reais.

(…)

Porque ideologia são quadros de valores que todos temos, é reacionário quem acusa os outros de “ideológicos” para impor a sua ideologia como única.

(…)

Numa sociedade em que existe mais riqueza que nunca, onde há capacidade para produzir alimentos e bens que garantam uma vida digna a todos os seres humanos constata-se que os objetivos estabelecidos para 2030, pela Organização das Nações Unidas (ONU), não serão atingidos.

(…)

Em Portugal, tomando os dados disponíveis (de 2022), a situação agravou-se.

(…)

Há mais de um milhão de portugueses a viver com menos de 510 euros e três em cada quatro pensões de reforma de valor inferior ao salário mínimo nacional. Temos, ainda, habitação cara e muitas casas sem conforto.

(…)

Somos um país com profundas desigualdades - o maior gerador de pobreza. Cidadãos identificados como estando “em risco de pobreza” são pobres.

(…)

Não se erradica a pobreza com esmolas.

(…)

O que [o Governo] deve fazer é aumentar as pensões com justiça evitando a sua erosão. Chega de hipocrisia.

(…)

As instituições e todos os que querem combater a pobreza necessitam ser mais acutilantes.

Carvalho da Silva, JN

 

O acordo militar assinado pelos Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-coreano, Kim Jong-un, em Junho (…) é a aliança estratégica mais importante entre duas nações desde o fim da Guerra Fria.

(…)

Kim tem procurado aumentar a tensão na península nos últimos tempos (…) para obter ajuda ao desenvolvimento dos seus mísseis e do seu sector nuclear.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Kim Jong-un deve andar contente com o cheiro a Guerra Fria pela manhã. Não há melhor especialista na diplomacia geopolítica desse passado que um regime que nunca de lá saiu.

(…)

Yoon Suk-yeol [Presidente sul-coreano] adoptou desde o começo do seu mandato, em Maio de 2022, uma posição de força em relação ao regime norte-coreano.

(…)

De acordo com os meios de comunicação da Coreia do Norte, o país reviu a sua Constituição recentemente para incluir a menção à Coreia do Sul como um “Estado hostil”.

(…)

Os dois países nunca assinaram um acordo de paz depois do conflito (1950-53) que dividiu a península entre o Norte pró-chinês e o Sul pró-ocidental.

(…)

A Coreia do Norte vai transformar a fronteira com a Coreia do Sul numa “fortaleza”, destruindo as estradas e as ligações ferroviárias com o vizinho da península.

(…)

A ideia é implementar paulatinamente uma separação completa entre as duas Coreias.

(…)

Desde que no princípio deste ano Kim Jong-un declarou a República da Coreia como a “principal inimiga” da República Popular Democrática da Coreia, o regime enviou mísseis capazes de transportar ogivas nucleares para uma fronteira já fortemente armada.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

[Estamos a assistir a uma] mudança de paradigma da censura.

(…)

Já não limita o discurso através dos meios repressivos do aparelho de Estado, mas oferece estímulos de mercado para mobilizar colaboradores na construção de mantras convenientes.

(…)

O pluralismo real dos meios de comunicação, uma realidade apenas há 30-40 anos, parece hoje uma máscara virtual, tentando ocultar a crescente concentração monopolista dos media.

(…)

Há inúmeros exemplos da colaboração de media como a Sky News ou a CNN, com Washington e Bruxelas no confundir da natureza de Gaza: um campo de extermínio apresentado como um campo de batalha. 

(…)

 A censura no Ocidente não gera consenso, mas sim conformismo, esculpido a golpes de mercado, combinando a cenoura e o chicote.

Viriato Soromenho Marques, DN

 

Mais um ano, mais um capítulo da promessa assumida pelo Governo português em reduzir as desigualdades e promover a inclusão social, no Orçamento de Estado de 2025.

(…)

É evidente que existe uma desconexão preocupante entre o que foi prometido e o que está efetivamente projetado.

(…)

Mais alarmante é que o valor intrínseco da ação social parece ter sido relegado para segundo plano, com cortes em programas essenciais para coesão social.

(…)

Medidas como o acesso a creches gratuitas, a expansão dos programas de alimentação escolar e programas de apoio à inclusão dos jovens no mercado de trabalho correm o risco de ficar apenas no papel.

(…)

Esta disparidade levanta uma questão crucial: quão comprometido está o Governo com a erradicação da pobreza?

(…)

A falta de recursos consistentes e de uma visão de longo prazo no que toca à inclusão social é preocupante.

(…)

É neste contexto que o papel das organizações da sociedade civil ganha uma relevância incontornável.

(…)

As ONG têm surgido como uma solução alternativa e eficaz, preenchendo as lacunas deixadas pelas políticas públicas insuficientemente financiadas.

(…)

Ao contrário das políticas públicas, muitas vezes morosas e inadequadas face às realidades locais, as organizações conseguem atuar rápida e eficazmente, aproveitando o talento e o esforço coletivo dos jovens.

(…)

O OE2025 deveria refletir um compromisso sério com a inclusão social, garantindo que as promessas feitas pelo Governo não serão apenas simbólicas.

(…)

Se queremos um país mais inclusivo e coeso, é fundamental que o combate à pobreza seja central no Orçamento e não apenas uma nota de rodapé.

(…)

A falta de investimento adequado em programas de inclusão levanta dúvidas sobre a congruência entre a retórica política e a prática orçamental.

(…)

É necessário um esforço coletivo para exigir uma maior responsabilidade do Governo e para continuar a apoiar iniciativas da sociedade civil que têm mostrado ser capazes de fazer a diferença.

Joana Moreira, “Público” (sem link)


O CHEGA ESTÁ A QUERER MOSTRAR A SUA VERDADEIRA FACE


A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito a André Ventura e Pedro Pinto pelas declarações que fizeram sobre a morte de Odair Moniz. Mas a petição pública para subscrição de uma queixa-crime continua a reunir milhares de assinaturas, ultrapassando as 70 mil.

Leia mais: https://expresso.pt/.../2024-10-26-peticao-sobre-queixa...


É PRECISO REGULARIZAR QUEM CÁ VIVE E TRABALHA

 

Estive na concentração de imigrantes pela reposição da manifestação de interesse como forma de regularização. Pessoas que estão em Portugal, com contrato de trabalho, a descontar para a Segurança Social e a pagar impostos. Entregaram-me dezenas de cópias dos seus pedidos de residência, aos quais não obtiveram resposta da Agência para a Imigração (AIMA).

É preciso regularizar quem cá vive e trabalha. Proteger quem vem para Portugal é proteger quem cá está. Mariana Mortágua