sábado, 26 de outubro de 2024

MAIS CITAÇÕES (305)

 
Por vezes há fenómenos naturais a gerar pobreza, todavia as suas causas principais e as que a eternizam (muito estudadas) resultam de atos humanos reais.

(…)

Porque ideologia são quadros de valores que todos temos, é reacionário quem acusa os outros de “ideológicos” para impor a sua ideologia como única.

(…)

Numa sociedade em que existe mais riqueza que nunca, onde há capacidade para produzir alimentos e bens que garantam uma vida digna a todos os seres humanos constata-se que os objetivos estabelecidos para 2030, pela Organização das Nações Unidas (ONU), não serão atingidos.

(…)

Em Portugal, tomando os dados disponíveis (de 2022), a situação agravou-se.

(…)

Há mais de um milhão de portugueses a viver com menos de 510 euros e três em cada quatro pensões de reforma de valor inferior ao salário mínimo nacional. Temos, ainda, habitação cara e muitas casas sem conforto.

(…)

Somos um país com profundas desigualdades - o maior gerador de pobreza. Cidadãos identificados como estando “em risco de pobreza” são pobres.

(…)

Não se erradica a pobreza com esmolas.

(…)

O que [o Governo] deve fazer é aumentar as pensões com justiça evitando a sua erosão. Chega de hipocrisia.

(…)

As instituições e todos os que querem combater a pobreza necessitam ser mais acutilantes.

Carvalho da Silva, JN

 

O acordo militar assinado pelos Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-coreano, Kim Jong-un, em Junho (…) é a aliança estratégica mais importante entre duas nações desde o fim da Guerra Fria.

(…)

Kim tem procurado aumentar a tensão na península nos últimos tempos (…) para obter ajuda ao desenvolvimento dos seus mísseis e do seu sector nuclear.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Kim Jong-un deve andar contente com o cheiro a Guerra Fria pela manhã. Não há melhor especialista na diplomacia geopolítica desse passado que um regime que nunca de lá saiu.

(…)

Yoon Suk-yeol [Presidente sul-coreano] adoptou desde o começo do seu mandato, em Maio de 2022, uma posição de força em relação ao regime norte-coreano.

(…)

De acordo com os meios de comunicação da Coreia do Norte, o país reviu a sua Constituição recentemente para incluir a menção à Coreia do Sul como um “Estado hostil”.

(…)

Os dois países nunca assinaram um acordo de paz depois do conflito (1950-53) que dividiu a península entre o Norte pró-chinês e o Sul pró-ocidental.

(…)

A Coreia do Norte vai transformar a fronteira com a Coreia do Sul numa “fortaleza”, destruindo as estradas e as ligações ferroviárias com o vizinho da península.

(…)

A ideia é implementar paulatinamente uma separação completa entre as duas Coreias.

(…)

Desde que no princípio deste ano Kim Jong-un declarou a República da Coreia como a “principal inimiga” da República Popular Democrática da Coreia, o regime enviou mísseis capazes de transportar ogivas nucleares para uma fronteira já fortemente armada.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

[Estamos a assistir a uma] mudança de paradigma da censura.

(…)

Já não limita o discurso através dos meios repressivos do aparelho de Estado, mas oferece estímulos de mercado para mobilizar colaboradores na construção de mantras convenientes.

(…)

O pluralismo real dos meios de comunicação, uma realidade apenas há 30-40 anos, parece hoje uma máscara virtual, tentando ocultar a crescente concentração monopolista dos media.

(…)

Há inúmeros exemplos da colaboração de media como a Sky News ou a CNN, com Washington e Bruxelas no confundir da natureza de Gaza: um campo de extermínio apresentado como um campo de batalha. 

(…)

 A censura no Ocidente não gera consenso, mas sim conformismo, esculpido a golpes de mercado, combinando a cenoura e o chicote.

Viriato Soromenho Marques, DN

 

Mais um ano, mais um capítulo da promessa assumida pelo Governo português em reduzir as desigualdades e promover a inclusão social, no Orçamento de Estado de 2025.

(…)

É evidente que existe uma desconexão preocupante entre o que foi prometido e o que está efetivamente projetado.

(…)

Mais alarmante é que o valor intrínseco da ação social parece ter sido relegado para segundo plano, com cortes em programas essenciais para coesão social.

(…)

Medidas como o acesso a creches gratuitas, a expansão dos programas de alimentação escolar e programas de apoio à inclusão dos jovens no mercado de trabalho correm o risco de ficar apenas no papel.

(…)

Esta disparidade levanta uma questão crucial: quão comprometido está o Governo com a erradicação da pobreza?

(…)

A falta de recursos consistentes e de uma visão de longo prazo no que toca à inclusão social é preocupante.

(…)

É neste contexto que o papel das organizações da sociedade civil ganha uma relevância incontornável.

(…)

As ONG têm surgido como uma solução alternativa e eficaz, preenchendo as lacunas deixadas pelas políticas públicas insuficientemente financiadas.

(…)

Ao contrário das políticas públicas, muitas vezes morosas e inadequadas face às realidades locais, as organizações conseguem atuar rápida e eficazmente, aproveitando o talento e o esforço coletivo dos jovens.

(…)

O OE2025 deveria refletir um compromisso sério com a inclusão social, garantindo que as promessas feitas pelo Governo não serão apenas simbólicas.

(…)

Se queremos um país mais inclusivo e coeso, é fundamental que o combate à pobreza seja central no Orçamento e não apenas uma nota de rodapé.

(…)

A falta de investimento adequado em programas de inclusão levanta dúvidas sobre a congruência entre a retórica política e a prática orçamental.

(…)

É necessário um esforço coletivo para exigir uma maior responsabilidade do Governo e para continuar a apoiar iniciativas da sociedade civil que têm mostrado ser capazes de fazer a diferença.

Joana Moreira, “Público” (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário