domingo, 15 de dezembro de 2019

MAIS CITAÇÕES (60)


O Eurogrupo, apesar de não ser uma instituição europeia, tem vindo a acumular um poder considerável.
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É igualmente justo e necessário dizer que Mário Centeno nunca esteve particularmente empenhado [na inversão da agenda do Eurogrupo].
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A experiência deste mandato [de Centeno] mostra que, em vez de levar a experiência portuguesa para Bruxelas, Centeno optou por condicionar a recuperação dos rendimentos em Portugal com as escolhas da ortodoxia europeia.
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Na realidade, Centeno foi um fator de bloqueio da necessária inversão da política de austeridade.
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Centeno [no Eurogrupo] não trouxe mudança. Portugal precisa dessa mudança e a Europa também.
José Gusmão, “Expresso” (sem link)

No caso brasileiro bem sabemos como funcionou esta norma da delação premiada.
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Alguns delatores já negaram as suas declarações iniciais, afirmando que foram pressionados e instrumentalizados pelas autoridades.
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O risco do expediente [e que ] pode permitir tanto o apuramento da verdade como a manipulação.
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Se pode haver sempre declarações falsas [no tribunal], o que não pode é existir um sistema que as estimule. A partir daí, como se verifica no Brasil, a justiça passaria a ser um braço de uma milícia política.
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Se queres combater a corrupção vigia o dinheiro, as contas bancárias, as compras de bens de luxo, as transferências para o estrangeiro, não há outra via mais consistente e, aliás, protetora dos direitos democráticos.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

A delação premiada tem o condão de ser, ao mesmo tempo moralmente errada e processualmente ineficaz.
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Não se encontra um penalista que defenda a legalidade do processo [da delação premiada].
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Se alguém incrimina outro para se defender ou dividir a sua responsabilidade, a probabilidade de deturpar a verdade é significativa.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

O horizonte da campanha contra ele [SNS] é o sistema que os EUA têm, onde a esperança média de vida caiu por três anos consecutivos.
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É por isso [pelo lucro] que são os doentes graves, crónicos e caros que valorizam o SNS público.
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Temos de estancar a sangria para o privado de pessoal especializado, maltratado e esgotado no [setor] público [da saúde].
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

As bancadas da esquerda reprovaram [a moção que equiparava o nazismo ao comunismo] por entenderem, com toda a justeza, que o paralelo estabelecido branqueava o nazismo.
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Têm sido os partidos de direita e de extrema-direita que mais têm insistido nessa «semelhança», aproveitando-a para desenvolver junto dos eleitorados uma retórica anticomunista, antissocialista e essencialmente antidemocrática.
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Na realidade, não se trata de conceitos ou de experiências idênticos: o nazismo, bem como todos os fascismos, estão associados a ideologias e a regimes segregacionistas, que visam eliminar ou subjugar setores da população (…) enquanto o comunismo é, na essência, um ideal de sociedade solidário, igualitário e justo.
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A legitimidade que fascismo e comunismo impuseram para defender essas escolhas foi radicalmente diversa: enquanto nas experiências dos Estados socialistas o objetivo nuclear era reeducar o dissidente para produzir um «homem novo», na experiência nazi era eliminar o pária, higienizando a sociedade da sua presença.

Os CEO de grandes empresas ganham cem vezes mais do que os cientistas de topo.
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A compensação financeira para os cientistas de topo é quase zero quando comparada com o que atletas de topo ou gestores de topo ganham.
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Os contribuintes iriam votar contra os políticos que permitem que um cientista de topo ganhe tanto como o Cristiano Ronaldo.
Paul De Grauwe, “Expresso” Economia (sem link)

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