quarta-feira, 9 de outubro de 2024

CITAÇÕES À QUARTA (124)

 
No ponto a que chegámos só se pode ir para melhor. E o ponto é mesmo muito mau quando medido por todos os indicadores objetivos sobre ambiente e clima que o conhecimento científico domina.

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Ao longo das últimas três décadas a denúncia da insustentabilidade em todas as suas figuras não parou de reunir consenso científico e reconhecimento institucional a todos os níveis.

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Apesar disto, a situação da crise global não parou de se agravar paulatinamente.

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Dos nove Limites de Referência do modelo Planetary Boundaries estabelecido pelo Potsdam Institut — sete já foram ultrapassados.

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Tudo problemas que induzem uma mudança de estado do sistema do planeta Terra com múltiplas repercussões em cadeia.

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Só no último ano saíram importantes relatórios e alertas por parte dos cientistas. 

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Ainda esta semana, a carta aberta de líderes globais e prémios Nobel pedindo com urgência um “tratado de não-proliferação das energias fósseis”.

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Também a comunicação social tem noticiado com abundância não só os estudos científicos, como as inúmeras ações dos inúmeros protagonistas para a defesa do ambiente no planeta.

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[Não passa] pela cabeça de ninguém que a emenda dos erros não estivesse prestes a acontecer.

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Os produtores ativos das causas da crise global não só continuam impávidos e serenos, como aceleram e intensificam a sua ação nefasta.

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Todos os indicadores provam que nunca se destruiu tanto e poluiu tanto como nos últimos anos.

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As mais simples e democráticas manifestações públicas ambientais chegam a estar policial e judicialmente perseguidas.

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O resultado é o atual retrocesso político de todas vias de recuperação daquilo que constitui a mais grave crise que a Humanidade atravessa desde há muitos milhares de anos. 

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No momento em que recuam as políticas públicas ambientais até mesmo na União Europeia, também assistimos no nosso país à ironização desenvolta dos mais elementares conhecimentos científicos sobre ambiente, sustentabilidade e clima.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

Mesmo com tantos avanços no diálogo em torno de minorias sexuais, a assexualidade continua a ser uma identidade minoritária praticamente invisível e mal compreendida.

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A assexualidade continua a ser esquecida.

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Num mundo que coloca a sexualidade no seu centro, é fácil esquecer que também existem vivências fora desse círculo, que merecem ser reconhecidas e compreendidas.

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A assexualidade é definida como a ausência de atracção sexual por outras pessoas.

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Pessoas grey-assexuais sentem atracção sexual de forma rara ou ocasional, enquanto as pessoas demissexuais sentem atracção sexual após desenvolverem uma forte ligação emocional com outra pessoa.

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Vivemos numa cultura ocidental que valoriza a atracção sexual e a percebe como uma experiência universal.

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A assexualidade é muitas vezes posta em causa, mal compreendida ou vista como algo temporário ou “anormal”.

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Muitas pessoas do espectro da assexualidade acreditam que há algo de errado com elas e que as suas vivências não são válidas.

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Quando a assexualidade é mencionada, é frequentemente recebida com comentários como “ainda não encontraste a pessoa certa” ou “isso é só uma fase”.

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A assexualidade, como qualquer outra identidade sexual, é uma parte válida e rica da diversidade humana. 

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É essencial que a assexualidade deixe de ser a minoria de que ninguém fala.

Ana Catarina Carvalho, “Público” (sem link)

 

Um dos apoios que [o Fundo Ambiental] prevê, desde 2019, é um incentivo ao abate de carros de combustão antigos.

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Dando um apoio, com esse abate, ao financiamento de veículos eléctricos ou híbridos. 

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Na verdade os carros eléctricos não se destinam a salvar o planeta mas sim a indústria automóvel.

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A verdadeira solução de mobilidade centra-se nos transportes públicos e meios suaves.

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[No Orçamento de 2024],para além de se manterem os apoios referidos com o incentivo ao abate, passou a prever-se também a opção pela atribuição de um Cartão de Mobilidade creditando o valor pelo abate. 

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Este cartão com uma validade longa, serviria para utilizar no pagamento de viagens em qualquer meo de transporte público coletivo no país.

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Em vez de trocar um carro por outro na via pública, retirava-se um carro da via pública trocando por viagens como incentivo.

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O valor a atribuir à viatura abatida ficou para fixar por despacho a publicar pelo governo… desde Dezembro de 2023… tristemente típico.

Mário Reis, “diário as beiras”

 

No dia 4 de outubro de 2024, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou os acordos de comércio de agricultura e pescas feitos em 2019 entre a União Europeia (UE) e o Reino de Marrocos como estando em violação com a autodeterminação do povo saraui.

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[A Frente Polisário] é a legítima representante do povo do Sara ocupado, quando afirma que este acordo entre a UE e Marrocos foi feito ao arrepio do consentimento dos sarauís.

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[O Sara Ocidental] tem direito a um referendo que permita aos sarauís expressarem a sua opinião quanto ao seu futuro.

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É essencial não esquecer os territórios que, fruto da ocupação colonial europeia no passado, estão ainda em vias de ver reconhecido o seu direito à autodeterminação.

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É com a certeza de que a causa e luta do povo sarauí é tão atual como sempre que as deputadas e os deputados abaixo identificados criaram um Grupo Parlamentar de Amizade com o Sara Ocidental.

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Esperamos que esta decisão seja respeitada por todas as partes, contribuindo assim para a resolução desta ocupação que dura há décadas.

Inês Sousa Real (PAN); Jamila Madeira (PS); Jorge Pinto (Livre); Marisa Matias (BE); Miguel Costa Matos (PS); Paula Santos (PCP), “Público” (sem link)


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