Saudamos todas as estudantes e todos os estudantes que, por todo o mundo,
ocupam as suas faculdades em defesa do povo da Palestina. Vamos vencer o
genocídio, vamos derrotar o Apartheid, a Palestina será livre.
Saudamos todas as estudantes e todos os estudantes que, por todo o mundo,
ocupam as suas faculdades em defesa do povo da Palestina. Vamos vencer o
genocídio, vamos derrotar o Apartheid, a Palestina será livre.
(…)
[Hoje] agrava-se a sobrelotação extrema e são cada vez mais
os moradores de rua.
(…)
Os
preços não param de subir e há uma total falta de alternativas efectivas
dignas, e a especulação desenfreada instalou-se nas nossas cidades.
(…)
Muitas câmaras municipais da Área Metropolitana de Lisboa
voltaram a promover, nos últimos tempos, demolições selvagens, com violência
policial.
(…)
Quando apresentam [notificação prévia], dão prazos para saída
de cinco ou seis dias.
(…)
As
famílias expulsas são maioritariamente pessoas que trabalham, que saem de manhã
e regressam à noite para dormir numa tenda ou numa casa precária construída por
si.
(…)
São
também elas que têm construído as nossas casas e que sustêm as nossas cidades
com o seu trabalho, mas não têm salário suficiente para aceder a uma casa
digna.
(…)
Em vez
de acusarem as famílias de construção ilegal, devem ver que são as próprias
câmaras que não cumprem a lei.
(…)
Há quem considere que os direitos referidos são de natureza
programática e não vinculam o Estado.
(…)
Esta é uma interpretação enviesada e parcial da concepção dos
direitos e de uma determinada hierarquia que deveria ser questionada.
(…)
Ao fim
de 50 anos de Estado democrático, os direitos sociais fundamentais não podem
continuar a ser programáticos, têm de ser efectivos e garantidos pelos Estados
através das suas opções de políticas públicas.
(…)
Em
caso de despejo, os municípios ou outras entidades do Estado estão obrigadas a
encaminhar os agregados com efectiva carência habitacional para soluções de
acesso à habitação.
(…)
No
entanto, varias autarquias da Área Metropolitana de Lisboa voltam a avançar com
demolições e despejos sem qualquer alternativa, enquanto participam nas
celebrações dos 50 anos do 25 de Abril.
(…)
Além de desrespeitarem a lei, demonstram enorme desrespeito
pela pessoa humana e pela democracia.
(…)
A culpabilização das vítimas que promovem alimenta discursos
de ódio, típicos da extrema-direita.
(…)
[As
câmaras municipais devem desenvolver] uma verdadeira política que garanta
habitação digna a toda a gente que honre a nossa revolução e quem por ela
lutou.
Rita Silva, “Público” (sem link)
O tempo da política não se confunde com a cronologia e o que
é verdade hoje pode ser mentira no dia seguinte com a maior das facilidades.
(...)
A polémica com as ex-scut no Parlamento é uma autoestrada
para a demagogia que não inflecte direcção em boa parte das motivações que
acabaram por entregar 50 lugares à extrema-direita nos 50 anos do 25 de Abril.
(…)
O que o PS não admitia há seis meses é agora o que fez
aprovar; o que o PSD defenderia há meio ano é agora o que não permite avançar
com o seu voto.
(…)
Aprovado na generalidade contra a vontade do Governo, o fim
das portagens nas ex-scut impõe-se em nome da coesão territorial.
(…)
A bondade da medida é evidente.
(…)
A justeza da opção deveria enformar todo o debate.
(…)
Há uma certeza evidente que mede, a olho, a velocidade da
mudança [de opinião]: a posse do poder, travestida de propriedade.
(…)
Esse contraste é tão evidente que faria corar qualquer
condutor na passagem do pórtico.
Criação de um círculo de compensação: “Todos os votos contam”
A existência de círculos do território nacional com cada vez menos
eleitores, na ausência de qualquer mecanismo de compensação, limita a escolha e
distorce os resultados.
O número de votos que não são convertidos em mandatos já atinge os 10%,
criando um desafio democrático que exige resposta. Por isso, propomos a criação
de um círculo de compensação, como já acontece nos Açores. Para o Bloco, todos
os votos contam.
Hoje foram dezenas a marchar em passo lento em Lisboa. Temos de parar a
banalização da violência e mortes associadas à crise climática, temos de lado a
lado resistir e garantir as medidas essenciais à sobrevivência, como o fim de
novos projetos que aumentem emissões, de investimentos públicos em combustíveis
fósseis e a garantia de que sejam os mais ricos a pagar a transição necessária.
Nas assembleias de abril decidimos em assembleia popular quais as
reinvindicações para o protesto de hoje.
Esta é o sexto protesto no espaço de 1 semana.
Dia 9 de maio, às 19h00, vem ter connosco na GAIA Lisboa para te juntares
aos próximos passos da luta contra a destruição de tudo o que amas.
No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, recordamos o papel crucial dos
jornalistas, assim como os perigos que enfrentam a nível global. Em muitas
partes do mundo, a atividade jornalística é ameaçada, perseguida, repreendida e
criminalizada. Nestas regiões, recolher, trabalhar e divulgar informação - para
que seja possível dar a conhecer a realidade - é um verdadeiro ato de coragem.
Os jornalistas têm um trabalho essencial para documentar a realidade no
terreno e combater a desinformação. É preciso protegê-los.
Saiba mais em www.amnistia.pt
Mais Aqui
Queremos
a semana de quatro dias, melhores salários, uma vida melhor. A tecnologia, como
a inteligência artificial ou os algoritmos, não pode servir para tirar direitos
a quem trabalha. Pelo contrário, podemos continuar a avançar. Ontem estive na
manifestação do Dia do Trabalhador em Lisboa e fomos muitos milhares a exigir
isso mesmo: uma vida boa para quem trabalha. Catarina Martins
O
projeto que hoje o Bloco de Esquerda apresenta não é novo. Finalmente o PS
decidiu que é injusto existirem portagens nas SCUT. Que consigamos dar, agora,
esse passo, pelas populações do Algarve e do interior do país. Isabel Pires
Daniel Oliveira, “Expresso” online
A plataforma The F Side, criada por três diretoras da indústria criativa,
recebeu cerca de 30 denúncias só no último mês. O objetivo não é “apontar o
dedo a alguém”, mas aumentar a consciencialização sobre o tema do assédio moral
e sexual em contexto de trabalho, e oferecer um lugar seguro às mulheres que
vivenciaram situações de abuso.
Saiba mais: https://expresso.pt/.../2024-04-29-trinta-casos-num-mes...
(…)
A razão da enchente impressionante parece-me
óbvia: 50 anos depois, os inimigos mais frontais do 25 de abril elegeram 50 deputados.
(…)
O desconforto de parte da direita democrática
com a data, por nela ter tido um papel secundário (…), não é uma novidade.
(…)
Primeiro tentaram vender a ideia da “evolução”,
diminuindo o papel fundador de abril.
(…)
Como não resultou, tenta-se equiparar o 25 de
novembro, a travagem de um processo que se estava a descontrolar, ao 25 de
abril.
(…)
Com o aparecimento do Chega, o saudosismo
perdeu a vergonha. A extrema-direita cresceu muito e é possível que vá crescer
mais.
(…)
O susto é tal que tendemos a ignorar que nós,
os que amam abril, somos a larga maioria do país.
(…)
Como se viu na quinta-feira, a memória da mais
bela revolução do século XX é uma arma poderosa contra isso.
(…)
[A força simbólica de abril também está
associada] à descolonização e a um conjunto impressionante de conquistas
sociais.
(…)
Somos uma democracia mais sólida do que a
espanhola. Com menos traços autoritários. (…) É por causa da revolução e
da força popular de abril.
(…)
[O facto de o 25 de abril ter sido um golpe de
baixa patente] ajudou a que fosse tomado pelo povo ao fim de poucos dias,
transformando-se numa revolução.
(…)
[“25 de abril sempre”] é o apelo que nos
fará sair à rua sempre que a minoria do ódio mostrar os dentes.
(…)
Mas, mesmo em comparação com tantas democracias
na Europa, a nossa tem uma força especial: não nos foi oferecida.
(…)
[A democracia foi conquistada] por militares
vindos do povo e por um povo que não queria apenas o voto e a palavra, queria a
paz e a dignidade, sair da guerra e sair do bairro de lata.
(…)
Na última quinta-feira, mostrámos que somos uma
ruidosa maioria que não ficará calada perante a fanfarronice saudosista.
(…)
Não será fácil murchar este cravo.
Daniel Oliveira, “Expresso”
online (sem link)
1 de
Maio de 1886. Nesse sábado e nos dias seguintes, em Chicago, nos Estados Unidos
da América, dezenas de pessoas foram feridas e mortas pela polícia.
(…)
[Massacrados
por reclamarem] a limitação do
horário de trabalho a oito horas diárias e 48 horas semanais.
(…)
Então, há 138 anos, o trabalhador (ainda) não
tinha dia. Era um trabalhador “sem dia”.
(…)
Morreram
a lutar pela vida, por uma míngua de descanso pessoal e de disponibilidade para
a família, por porem cobro a jornadas de trabalho que podiam ir até às 10, 12 e
mesmo 16 horas de trabalho por dia.
(…)
Salários miseráveis, trabalhos penosos e
insalubres, condições de segurança e saúde no trabalho e horários de trabalho
desumanos, trabalho infantil [que a História regista no contexto da Revolução
Industrial onde preponderava o ultraliberalismo económico]
(…)
O Dia
do Trabalhador passou a ser assinalado em Portugal em 1890 e, suspensa e
reprimida pela ditadura durante 48 anos, a sua manifestação livre só se
verificou pela primeira vez no 1.º de Maio de 1974.
(…)
Até ao
25 de Abril de 1974, [o trabalhador] podia, a qualquer momento e sem explicação
ou causa (justa ou injusta), ir para “o olho da rua” (ou até preso, se
reclamasse muito).
(…)
Nesse
1.º de Maio como Dia do Trabalhador de há meio século, ainda que não tendo
passado pela prévia violência e morte de há 138 anos, o trabalhador acreditou
com convicção no direito ao exercício de um trabalho seguro.
(…)
[A 1
de maio de 2024, ao trabalhador português] aflige e revolta a dúvida de se tal
dia significa (ainda) o Dia do Trabalhador, naquele seu sentido social, de
identidade colectiva no e pelo trabalho.
(…)
Uma vida que pela precariedade do que lhe é
sempre central como suporte e condicionante – o trabalho – se torna
também cada vez mais permanentemente precária em tudo o que dia a dia a
consubstancia.
(…)
O significado das expectativas deste dia de há
50 anos retrocedeu em não poucos domínios das condições de trabalho [como, por
exemplo, a sobre-intensificação do trabalho].
João Fraga de
Oliveira, “Público” (sem link)
As
reparações pelos crimes do colonialismo português surgiram inesperadamente na
ordem do dia, pela mão de um ator ainda mais inesperado [Marcelo Rebelo de
Sousa].
(…)
As
narrativas que Ventura, Núncio e tantos outros propagam – de que Portugal
“trouxe a civilização” aos territórios colonizados – ignoram as inúmeras formas
de organização social e política dos povos africanos que viviam nestas terras.
(…)
Um
país que se debruça sobre o seu passado precisa de repensar e desconstruir os
mitos imperiais, repetidos como verdades incontestáveis, e nos quais ainda
assentam vários elementos da identidade nacional portuguesa.
(…)
[O
argumento] que reduz a história do colonialismo a uma amálgama de “coisas boas
e más” do passado que nada nos dizem respeito, é a quantidade de pessoas vivas
que sofreram às mãos do aparelho colonial português.
(…)
O
passado não é um artefacto perdido em tempos memoriais nos quais alguns
escolhem mexer, mas, pelo contrário, forma uma estrutura de poder densa na qual
todos estamos imersos.
(…)
Debater
as reparações não significa remexer num passado longínquo e inócuo, como alguns
o pretendem pintar, mas sobre como essa história dá forma ao nosso presente.
(…)
Porque não avançar, agora, com uma Comissão da
Verdade do Colonialismo Português (…) ?
(…)
Assistimos a processos semelhantes na Bélgica,
Holanda, Alemanha e França.
Leonor Rosas e João
Moreira da Silva, “Público” (sem link)
O Chega está a aliar-se ao PSD para atrasar o fim das portagens na via do
Infante e noutra ex-scut. É assim o Chega. Tudo o que prometem na campanha é
traído em nome da vontade de ter uns ministros e umas secretarias de Estado
https://www.publico.pt/.../chega-trava-ps-portagens-ajuda...
José Gusmão
"Tenham cuidado, ele é idoso! Ele é o Óscar 'Tortura' Cardoso!".
O humorista Manuel Cardoso reflete sobre as palavras de Óscar Cardoso,
ex-agente da PIDE, que numa entrevista ao Correio da Manhã afirmou que a
Polícia Internacional de Defesa do Estado nunca realizou tortura.
Leia a crónica completa: https://expresso.pt/.../2024-04-30-tenham-cuidado-ele-e...