segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
OE 2016: EXPLORAÇAO DE HIDROCARBONETOS NO ALGARVE
Debate com o Ministro da Economia sobre o Orçamento do Estado de 2016. A problemática da exploração de hidrocarbonetos no Algarve colocada pelo deputado João Vasconcelos.
FRASE DO DIA (182)
O
controlo público procura simplesmente restabelecer as condições para decisões
coerentes sobre o bem comum, como o sistema bancário.
Francisco
Louçã, Público
SUSPENDER AS DEMOLIÇÕES NA RIA FORMOSA, DEFENDE O BE/ALGARVE
O
semanário Barlavento questionou várias entidades regionais sobre se “o Governo
deve continuar as demolições na Ria Formosa?”. Relativamente a esta
problemática, Nuno Viana do Bloco/Algarve pronunciou-se da seguinte forma:
O Governo deve dar oportunidade
aos moradores das ilhas-barreira da Ria Formosa e da Península do Ancão de
legalizarem as suas habitações. A pretendida renaturalização (POOC Vilamoura –
Vila Real) pode ser compatível com as expectativas dos moradores destes núcleos
de não serem expulsos de um território onde vivem há gerações. A
renaturalização deve servir os interesses desta população. A forma pouco
transparente e nada dialogante como todo este processo tem vindo a
desenrolar-se, deve levar o governo a rever os planos e, no imediato, a
suspender as demolições. Em articulação com os moradores dos núcleos, deve ser
feito um Plano de Pormenor destas áreas, atendendo, entre outros, à sua
natureza e riscos associados, aos processos da dinâmica costeira e às alterações
climáticas.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
PROCURADOR DA REPÚBLICA SUSPEITO DE CORRUPÇÃO…
Era
só o que nos faltava termos um procurador da República em prisão preventiva,
suspeito num processo de corrupção.
Acaba
de ser atingido um dos pilares do regime democrático, numa história que só
agora teve o seu início e não sabemos as suas consequências. Os portugueses
como que levaram um forte e inesperado murro no estômago que irá abalar ainda
mais a débil confiança que já tinham na justiça.
Vamo-nos
socorrer dos dois primeiros parágrafos do texto que Pedro Santos Guerreiro
assina esta semana no Expresso, onde desata a “meada” dos factos que levaram à detenção
do ex-procurador da República, Orlando Figueira, suspeito de ser corrompido
pelo vice-presidente de Angola, Manuel Vicente.
Não
é mais um caso da Justiça de sempre, nem mais um caso com angolanos, é o
primeiro caso de sempre em que um procurador da República é suspeito de ser
corrompido, e é a primeira vez de sempre em que um dirigente angolano é
suspeito de corromper. Um é orlando Figueira, o outro é Manuel Vicente. Inocentes
até prova em contrário. Escândalo com indícios a favor.
Siga
a meada. 1) Em abril de 2011, Manuel Vicente compra um nono andar de 250m2 no
edifício Estoril-Sol por €3,8 milhões. Nem é preciso adjetivos, são €15.200 por
metro quadrado, ou o custo de 250 apartamentos T1 por um só andar. 2) em setembro
seguinte, o Ministério Público abre um processo-crime por a sociedade vendedora
não ter comunicado compras neste edifício, de um russo e quatro angolanos,
incluindo Vicente. Uma operação de rotina, de mecanismos automáticos de prevenção
de branqueamento de capitais, obrigatórios para estes volumes e para pessoas
politicamente expostas. 3) Em outubro, Orlando Figueira abre uma conta na
filial portuguesa do banco angolano BPA. A criação dessa conta não terá sido
comunicada ao Banco de Portugal, o que era obrigatório. 4) Em dezembro, o
procurador fica com o processo. E recebe €130 mil na sua conta, provenientes de
uma sociedade ligada à Sonangol. 5) No início de 2012, Orlando Figueira separa
o processo de Manuel Vicente dos dos restantes angolanos. 6) A 16 de janeiro, num
prazo relâmpago, o processo de Manuel Vicente é arquivado. No mesmo dia,
Orlando Figueira recebe €175 mil na conta. 7) Dois dias depois, Orlando Figueira
vê aprovada uma licença sem vencimento. Irá trabalhar para o BCP, cujo maior
acionista é… a Sonangol. A Sonanagol é do Estado angolano, que tem como
vice-presidente Manuel Vicente, que aliás foi presidente da empresa. Naquela época,
2011, Manuel Vicente era dado na imprensa angolana como sucessor de José Eduardo
dos Santos na presidência angolana.
(…)
EXPOSIÇÃO A GLIFOSATO POTENCIALMENTE CANCERÍGENA, AVISA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
Durante décadas, impingiram-nos
uma mentira sobre o herbicida sistémico mais usado no
planeta, inventado nos anos 70 pela Monsanto,
o gigante agro-químico americano. Concretamente, foi-nos dito que “O
glifosato foi extensivamente avaliado em estudos de toxicidade e investigado
cientificamente por investigadores independentes. A conclusão unânime das
principais agências regulatórias e de especialistas da área é que o uso
comercial de glifosato não representa risco para o meio ambiente ou para
humanos e animais.”
Contudo, há um ano, os média noticiaram a confirmação de que a exposição ao produto a que, em
maior ou menor grau, todos estamos sujeitos (via comida, ar ou água) é
potencialmente cancerígena. O que, para muita gente, não constituiu nenhuma
novidade, a começar logicamente pelos canalhas impostores da Monsanto.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
DAVID DUKE, POLÍTICO LIGADO À KU KLUX KLAN, DECLARA APOIO A DONALD TRUMP
Para quem desconheça a personalidade do candidato republicano mais bem
posicionado à eleição para presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, basta ter
a noção de significado de um apoio deste tipo para perceber com o que pode
contar… Recorde-se que Ku
Klux Klan é o nome dado a várias organizações racistas dos Estados Unidos que
defendem a supremacia branca e o protestantismo em detrimento de outras
religiões.
CITAÇÕES
Depois de terem recebido a quantia astronómica de 661mil milhões de euros desde 2008 em ajudas públicas, os bancos
[europeus] estão descapitalizados (…) e têm dificuldades em pagar as suas
responsabilidades de curto prazo.
Francisco Louçã, Público (sem link)
Os canais noticiosos, que deviam acrescentar-se
aos canais desportivos, são tanto ou mais desportivos e cada vez menos
noticiosos.
(…)
Como acontece por toda a Europa, a impotência
do poder político democrático face ao poder económico castrou governos eleitos.
(…)
[Há partidos que] contestam a promiscuidade que
juntou socialistas com partidos do PPE, numa aliança que tornou o “não há
alternativa” na ideologia autoritária dos nossos dias.
(…)
O PDS tornou-se mais revanchista do que o CDS,
e não tem outra estratégia que não seja garantir que haja eleições a curto
prazo.
Pacheco
Pereira, Público (sem link)
O avanço do neoconservadorismo contaminou há
muito as elites políticas e culturais que se descrevem como social-democratas.
Manuel Loff, Público (sem link)
Como é que o ex-ministro dos Negócios
Estrangeiros, Rui Machete, terá recebido a notícia de que Vicente é suspeito de
corromper o procurador?
(…)
Em relação a Angola, o governo de Passos Coelho
conseguiu interferir onde não devia (justiça) e não interferir onde devia
(política).
Alexandra Lucas Coelho, Público (sem link)
A
Europa não tolera que se procure atingir o mesmo fim (a consolidação
orçamental) por meios diferentes (aliviar os rendimentos do trabalho).
Pedro
Adão e Silva, Expresso (sem link)
O
ódio que Passos Coelho evidenciou no debate do Orçamento do Estado não é
encenação nem retórico. É verdadeiro e pessoal.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem link)
Uma
coisa é certa: este é um orçamento que irrita os neoliberais europeus. Só por
isso, o OE-2016 merece uma oportunidade.
(…)
O
descalabro da banca portuguesa é o reflexo do descalabro da economia nacional
após quatro anos de austeridade e sequelas profundas sobre o tecido produtivo.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem
link)
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