Há na Europa uma concentração obscena de
riqueza nas mãos de poucos que convivem com milhões de pessoas que vivem ainda
na pobreza.
(…)
Ao afirmar que a Comissão era tão
diversa quanto a Europa, Von der Leyen tornou invisíveis milhões de europeus e
de europeias.
O PAN tem apenas uma década de história
mas a sua falta de posicionamento ideológico acaba por tornar transparente a
impreparação para alavancar verdadeiras mudanças estruturais em política.
(…)
O PAN é a muleta perfeita para António
Costa governar em minoria com uma maioria absoluta.
Promessas [do PS] a mais
para dinheiro a menos.
(…)
O compromisso com uma
democracia de qualidade exige responsabilidade e transparência.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem link)
As declarações de Catarina Martins
[em que afirma que o programa do Bloco é
social-democrata] suscitaram a habitual tempestade num copo de água, no
anedotismo da cobertura jornalística e comentarial, na qual se mistura muita
ignorância e o tribalismo cada vez mais crescente na vida política portuguesa.
(…)
A tradição
social-democrata pode ser definida de forma simplista como a combinação de uma
dimensão democrática, após o abandono da ideia de revolução no início do século
XX pelos socialistas alemães (…) com uma ideia de justiça social.
(…)
Na verdade, muita da
confusão ideológica actual vem do PSD ter objectivamente abandonado a sua
postura social-democrata e não apenas ter virado à direita, mas virado muito à
direita, a uma direita para quem a palavra social-democrata era maldita.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
Tem o Brasil o direito de
destruir o último reduto natural do planeta, determinante para o seu equilíbrio
ecológico, num momento decisivo de escolha, perante a ameaça avassaladora das
alterações climáticas?
(…)
Até que ponto o argumento
da soberania é válido, quando os detentores da mesma põem em perigo um
Património Mundial insubstituível?
(…)
As questões ecológicas vão
progressivamente dominar a nossa vida e obrigar a rever radicalmente as nossas
noções de crescimento económico baseado num conceito excessivo de lucro
imediato e de curto prazo.
António Sérgio Rosa de
Carvalho, “Público” (sem link)
Milhões de pessoas em todo
o mundo juntaram-se às greves escolares [climáticas] ; só a 15 de março foram
1,4 milhões a protestar em 125 países. E há ainda duas greves
“intergeracionais”, com adultos incluídos, previstas para este mês.
(…)
Nos Estados Unidos as
greves (…) estão a fazer das alterações climáticas um tema central nas
eminentes eleições presidenciais, quando foram praticamente ignoradas nas
anteriores.
(…)
[No Reino Unido] a direita
até muito recentemente cética em relação aos problemas ambientais, está agora
comprometida com uma acção radical para reduzir para zero as emissões de gases
com efeito de estufa.
(…)
Se há agora esperança muita
dela advém da cobertura mediática dada ao primeiro protesto solitário de
Thunberg, e aos seus efeitos nos jovens e líderes políticos.
Geoffrey
Lean, “Público” (sem
link)
Para os aiatolas, os
homens com parte das pernas ao léu são um perigo para as mulheres iranianas que
vão ver um jogo de futebol.
(…)
Na cabeça dos dignitários
religiosos, ir a um estádio de futebol para ver as pernas dos jogadores é algo
que apresenta uma gravidade com enorme relevo criminal.
(…)
Em Teerão, a jovem Sahar
Khodayari, que se imolou
pelo fogo, teria visto a sua pena de prisão
retirada se deixasse de ir aos estádios. Porém, ela entendeu manter a sua
vontade de ir ver futebol.
Domingos
Lopes, “Público” (sem
link)
Como nos podemos resignar
e conformarmo-nos com um sistema que abre caminho, a toda a velocidade, em
direcção ao ecocídio e à catástrofe climática?
(…)
A verdade é que cerca de
100 empresas são responsáveis por cerca de 71% da emissão de gases com efeito
de estufa (GEE).
(…)
Enquanto as emissões
anuais sobem para recordes históricos, as minas de carvão e as petrolíferas
continuam a exploração isentas e impunes de qualquer responsabilização e até,
em alguns casos, apoiadas pelos estados.
(…)
Depois de décadas a tentar
chamar a atenção para o problema usando o protesto legal, é hora de recorrermos
à insubordinação pacífica contra o sistema que permitiu não só que a crise
climática se criasse como a alimentou conscientemente.
Matilde
Alvim, “Público” (sem
link)
O fascismo foi um
instrumento desesperado para esmagar todas as formas de organização popular
autónoma e de destruição radical das liberdades democráticas perante a ameaça
da tomada do poder pelos trabalhadores.
Adelino Fortunato, “Público”
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