[Estou com a Greta e com quem hoje ocupa
as ruas por todo o mundo] e sinto necessidade de insistir nisto porque, nos
últimos dias, a campanha de ódio contra Greta Thunberg e a greve climática se
multiplicou.
(…)
A extrema-direita e os negacionistas das
alterações climáticas empenham-se na disseminação de notícias falsas e de
teorias da conspiração.
(…)
Por que continuamos a ter tanta
dificuldade em sermos confrontados com o caráter destrutivo do capitalismo, da
economia do carbono e do paradigma extractivista?
(…)
Aproveitemos então a pujança de um movimento
que cresce em número, em capacidade de marcar o debate público e nas
solidariedades que convoca.
(…)
[As crianças e os jovens] são o presente
e estão a reivindicar, ao afirmar-se presente, a sua condição de cidadãs agora
e de intervenientes políticas.
É muito pouco plausível
que não houvesse informação [sobre o roubo das armas de Tancos] do que se
passava para o ministro da Defesa.
Pacheco
Pereira, Público (sem
link)
O meu compromisso político
maior é a luta contra o racismo que, naturalmente, obriga a um igual
compromisso com todas lutas contra todas as formas de opressão e de
desigualdade.
(…)
Em todos os segmentos da
população nacional, os sujeitos racializados são os mais atingidos pelas
opressões de classe, raça e género.
(…)
De todos os sujeitos
racializados, a mulher racializada é aquela que mais sofre a violência das
desigualdades e das opressões do sistema capitalista e patriarcal e machista,
hegemonicamente branco.
(…)
45 anos depois da
ditadura, as pessoas racializadas são ainda aquelas que têm menos acesso à
educação, à saúde e ao emprego.
(…)
O país precisa de um
assomo de coragem para enfrentar o racismo e ser forçado a ceder espaços de
visibilidade e de poder para aqueles e aquelas que continuam marginalizados e
excluídos da sociedade por causa da sua cultura ou cor de pele.
Mamadou
Ba, “Público” (sem link)
O apartheid climático, onde
ricos pagam para escapar do sobreaquecimento, da fome e do conflito só torna
evidente que as pessoas menos responsáveis pelas emissões globais são também as
mais atingidas por ele.
(…)
É necessário travar as
políticas predatórias neoliberais, mas sem que isso signifique perda da
soberania, de suas reservas e essas não mudem apenas de mãos opressoras.
Marcela
Uchôa, “Publico” (sem
link)
Se o mercado respondesse
às necessidades das pessoas, não haveria fome no mundo.
(…)
Mais de 90% da água usada
por humanos, mais de 75% da energia consumida e 97% do lixo do mundo provém de
empresas que tomam decisões a favor do lucro — e não do nosso futuro.
(…)
Sejamos honestos connosco
perante os factos: é mito que o mundo está a ficar sem recursos, estes estão
simplesmente a ser roubados.
(…)
Eleições, petições e
acções não confrontativas traduziram-se em inacção governamental, nas melhores
das situações, e vontade de acelerar a catástrofe, na maioria destas.
(…)
Neste momento, estamos num
acordo do estilo “pegar ou largar” com o planeta Terra.
(…)
A alternativa à vitória do
movimento ambientalista é toda a gente perder.
(…)
Precisamos de todos e
todas para apagar o fogo que está a destruir a nossa casa neste preciso momento.
Noah
Zino, “Público” (sem
link)
É uma prioridade o país
investir no autoconsumo energético partilhado, com as nossas condições
climáticas únicas e privilegiadas.
(…)
Gosto de imaginar um país
repleto de painéis fotovoltaicos que rasgam os céus e aquecem os dias das
nossas aldeias e das nossas cidades.
Mafalda
G. Moutinho, “Público” (sem
link)
Se foi de facto declarada
uma emergência climática pelo órgão máximo da democracia, aquele que foi eleito
directamente pelas pessoas, não há que agir de acordo com essa
emergência?
(…)
O aproximar do limite da
viabilidade material para a existência de civilização humana (apontado como os
1,5º ou, no máximo, 2ºC) tem levado a uma mobilização social sem
precedentes nas últimas décadas.
(…)
2018 foi o ano com mais
emissões de sempre, batendo o recorde do ano anterior, e por aí fora.
(…)
Hoje a necessidade de
cortar 50% das emissões significa na verdade apenas voltar a um nível de
emissões similar ao início dos anos 80.
(…)
Os 10% mais ricos do mundo
são responsáveis por 49% das emissões globais, enquanto os 50% mais pobres são
responsáveis por cerca de 10% das emissões globais.
João
Camargo, Público (sem
link)
Só nos resta é fazer com
que as circunstâncias obriguem [o PS] a
mudar. E isso só votando nos “empecilhos” à esquerda do PS.
Manuel Loff, “Público” (sem link)
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