É com o patronato que António Costa quer
mesmo fazer uma coligação.
(…)
[Os patrões apelam à maioria absoluta]
mostrando gratidão e confiança a quem não os quis incomodar com alterações das
leis laborais e a quem não os quer incomodar com aumentos salariais.
(…)
Na verdade, é essa franqueza virtuosa
que os une – os três querem mesmo é ver-se livres da esquerda, esse empecilho.
[No programa eleitoral do PS] há
promessas inviáveis
(…)
Que seja uma boa notícia termos deflação,
é uma afirmação espantosa: significa recessão, e não percebo como Centeno festeja
a notícia.
(…)
Pois é, contas certas são preferíveis.
Mascarar os problemas que são difíceis é sempre a pior alternativa. Ora, as
contas [do programa do PS] demonstram que não haverá aumento relevante para a
função pública, que algumas prestações sociais serão reduzidas, não se sabe
como, que o programa de habitação não tem dinheiro suficiente e que o
investimento público continuará medíocre.
(…)
Depois do entusiasmo com a viragem
contra a austeridade da troika, o PS oferece quatro anos de estagnação.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
É criminoso colocar no mesmo plano quem espezinhou a
democracia, as liberdades e valores do progresso e quem, com enorme sacrifício,
por vezes da própria vida, os defendeu.
(…)
Salazar, conscientemente,
espezinhou as liberdades e direitos humanos, provocou violento sofrimento aos
portugueses e cometeu imensas atrocidades sobre os angolanos, os moçambicanos,
os guineenses, os cabo-verdianos, os são-tomenses, os timorenses e os goeses.
(…)
Na democracia que se fez
duramente contra Salazar não há lugar, nem para reabilitações, nem para
avaliações pretensamente neutras da sinistra figura.
[Se o PSD] for capturado pela direita,
como aconteceu nos últimos anos, entra num processo de decadência.
(…)
O Estado tem obrigação de equilibrar os
desequilíbrios sociais e promover uma distribuição de rendimentos entre quem
tem mais e quem tem menos.
(…)
[A direita] está esvaziada acima de tudo
de influência social.
(…)
O PS conduz uma política de direita que
não é sustentável a prazo. É a política europeia, de controlo do défice.
(…)
[O programa da direita] está ocupado
pelo PS.
(…)
[A “geringonça”] significa que a direita
nunca mais voltará ao poder sem maioria absoluta.
(…)
O que prejudica a “geringonça”? A
política económica do PS na troika.
Pacheco Pereira,
“Expresso”, entrevista (sem link)
A estabilidade que caracterizou o ciclo político
que agora finda dá incentivos para os eleitores repetirem o voto no BE e PCP,
limitando a capacidade de o PS crescer à esquerda.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
Os que têm os valores no lugar não se
deixam levar pelo ódio.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Ou o Ministério Público torna os seus
processos mais robustos ou será a vítima mais escandalosa dos seus próprios
estrondos.
(…)
Alguém a credita que a justiça está
mesmo a sobrepor-se à captura pelos chamados poderosos?
Pedro Santos Guerreiro,
“Expresso” (sem link)
Uma década após a crise, alguns bancos [americanos]
ainda estão a lutar contra ações movidas por aqueles que foram prejudicados
pelo seu comportamento irresponsável e fraudulento.
Joseph
E. Stiglitz, “Expresso” Economia (sem
link)
[No Brasil] os pastores
passaram a dominar o Congresso, derrubaram o governo Dilma Rousseff em 2016 e
em 2018 fizeram um presidente. Pleiteiam agora um ministro no Supremo
Tribunal Federal.
Paulo Werneck, “Público” (sem link)
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